Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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O esvaziamento das manifestações e o triunfo da mesmice, por Aldo Fornazieri

O esvaziamento das manifestações e o triunfo da mesmice, por Aldo Fornazieri

Embora as manifestações de 12 de abril tenham sido significativas, se for tomado como metro as manifestações do dia 15 de março, não há dúvida que ocorreu em enorme esvaziamento. Além da redução do número de manifestantes houve uma diluição do seu impacto político. A tendência de esvaziamento dos protestos, tal como ocorreu em junho de 2013, era previsível. Sem um objetivo central, sem líderes e sem organizações partidárias e da sociedade civil que as sustentem por um tempo prolongado, não há como as manifestações se manterem ativas por um longo período.

Em 2013, os protestos tiveram dois momentos distintos. O primeiro foi liderado pelo MPL e conseguiu uma vitória concreta com a redução das tarifas e o bloqueio da PEC 37. O segundo, capitaneado por um espontaneísmo mais conservador se diluiu em pouco tempo, pois não tinha objetivo a ser conquistado. O mesmo ocorre agora: o “Fora Dilma e o Fora PT” são sentimentos e desejos de pessoas inconformadas com o que acontece no país – algumas movidas por uma vontade sincera de mudanças para melhor, outras ressentidas pelo ódio e um terceiro grupo ainda motivado por uma visão conservadora e retrógrada.

Ocorre que a bandeira do “Fora Dilma” não tem sustentação jurídica e nem política. Não há um fato que fundamente o processo de impeachment. Assim, o desejo do “Fora Dilma” não encontra correspondência na realidade, mostrando os limites dos protestos e atestando sua tendência ao esgotamento. Ademais, junto com o “Fora Dilma e o Fora PT” são proclamadas inúmeras outras bandeiras, algumas corretas, como a punição dos corruptos e outras equivocadas, como o fim do programa “Mais Médicos”.

As manifestações dos dias 15 de março e 12 de abril têm um parentesco maior com a Marcha pela Família de 1964, embora num outro contexto histórico, do que com a Campanha das Diretas e o impeachment de Collor. Tanto a Campanha das Diretas quanto o impeachment de Collor foram mobilizações que tiveram duas singularidades inteiramente diferentes desses protestos de 2015: 1) foram lideradas por organizações da sociedade civil e por partidos políticos e tinham líderes legítimos, reconhecidos pelo povo; 2) elas articulavam as mobilizações de rua com objetivos institucionalmente postos: a emenda das Diretas e o processo de impeachment no Congresso. Ou seja, aquelas manifestações tinham a possibilidade de produzir mudanças políticas e institucionais reais. Outra diferença daquelas manifestações em relação às de 2015 é que elas eram marcadas com um conteúdo progressista e democratizar, enquanto que as de agora têm vieses retrógrados (defesa do golpe militar) e conservadores (críticas a políticas sociais).

O Limite da Internet e a Vitória da Mesmice

A tendência de esgotamento dos protestos evidencia também o limite da tese de que a internet substitui as organizações partidárias e sociais e a força das ruas. A internet e as redes sociais, como estruturas de uma nova forma de fazer política, se esgotam em si mesmas. O correto é concebê-las como novos meios de mediação e de convocação que devem ser combinados com os meios históricos da ação política, vinculados à organização, à força e à liderança.

A maior parte dos protestos recentes, caracterizados pela convocatória via internet e redes sociais, a exemplo dos Indignados da Espanha, do Occupy Wall Street e as manifestações de 2013, fracassaram. Mais progressistas ou mais conservadores, esses movimentos têm algumas características comuns: são marcados por forte conteúdo antipolítico e antipartidário e são avessos à liderança e à organização. As redes sociais se apresentam, assim, como a potência e, ao mesmo tempo, como o limite desses movimentos. Esses movimentos, embora não sejam sem significado, têm conteúdos difusos e dispersivos e se mostram sem direção, pois não são orientados para alcançar objetivos reais e definidos.

Se o esvaziamento das manifestações produz certo alívio ao governo, não resolve, no entanto, os seus enormes problemas. É verdade que Dilma deu dois passos importantes para sair das cordas: delegou a Joaquim Levy a condução da política econômica e a Michel Temer a articulação política. Oposicionistas tentaram desqualificar e ver uma perda de credibilidade de Dilma nessas duas iniciativas, mas, na verdade, dadas as circunstâncias políticas, foram dois acertos da presidente e uma demonstração de que ela começa a se guiar pelo senso de realidade. Levy está reduzindo desconfianças internas e internacionais sobre o governo. O PMDB tende a reduzir seu grau de rebeldia com Temer no comando político.

Com a economia parada, com a inflação alta, com o aumento do desemprego e com as iniciativas governamentais travadas, o governo precisa dar conta de dois enormes desafios: a) convencer a sociedade e o Congresso de que o ajuste fiscal é necessário e de que ele é condição para a retomada do crescimento econômico; b) criar condições políticas no Congresso para garantir a aprovação de projetos e medidas que garantam a governabilidade. Se o governo for capaz de transitar por essas duas tormentas sem sucumbir, criará condições para chegar de forma razoável até 2018. Por outro lado, existe o enorme passivo moral do PT e do próprio governo, algo mais difícil de enfrentar. O governo, contudo, tem uma válvula de escape. Já o PT não parece dar mostras de que tem capacidade de reagir para reposicionar-se na conjuntura.

A oposição, por sua vez, sequer consegue colocar-se a reboque das manifestações. Contaminada por passivos morais, tem poucas credenciais para bancar movimentos de rua. Não é bem recebida sequer naqueles que existem e não se mostra capaz de apresentar saídas para a crise. Feitas todas as contas, parece que o Brasil, apesar dos humores inflamados, vai continuar em sua trágica normalidade e nada de significativo emergirá da crise ou das manifestações. Esse desencanto é o modo de vier próprio da nossa sociedade enquanto a esperteza de políticos e de empresários inescrupulosos continua em festa, ora de forma explicita e ostensiva e ora de forma camuflada e dissimulada. Seja como for, o dinheiro público continua pagando a festa.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

34 Comentários

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  1. [  Embora as manifestações de

    [  Embora as manifestações de 12 de abril tenham sido significativas  [ a lei do argumento é terríveel: depois que se acieta uma  grande imbecildiade como se fosse verdade, tudo quando for idiotice parecerá verdade cristalinaa. leio não, quero não

  2. Ótimo texto

    Acho que tudo que estamos passando desde as manifestações de 2013 pode ser resumido por “Sem um objetivo central, sem líderes e sem organizações partidárias e da sociedade civil que as sustentem por um tempo prolongado, não há como as manifestações se manterem ativas por um longo período.”

    1. É o nível da argumentação que

      É o nível da argumentação que faz com que o PT esteja tão bem na fita com o eleitorado!

      Parabens pelos argumentos, debate de idéias, bom nivel de discussão e feliz 2018!

      Se tudo pode ser resumido numa palavra, se rotular é tão fácil e eficiente, para quê ficar usando os neurônios, não é mesmo?

      E se te disserem que o PT há muito está cavando a própria sepultura, é só postar uma foto de coxinha ou nem se dar ao trabalho de responder, para não alimentar os trolls… simples assim, tudo resolvido

  3. Passivo moral que foi escolhido e defendido com a realpolitik

    “Por outro lado, existe o enorme passivo moral do PT e do próprio governo, algo mais difícil de enfrentar. “

    A diferença entre remédio e veneno está na dose…. se acomodaram ao jogo sujo como a solução mágica para todos os males. Agora a conta bate na porta.

  4. Esse Aldo Fornazieri vive em

    Esse Aldo Fornazieri vive em Marte. Não tem organização política por trás, Aldo? Quem paga a estrutura dos protestos? Se cada carro de som custa 20 mil reais o aluguel dia segundo o Estadão, o dinheiro vem de onde? Da venda de camisetas sem nota? Ora, ora, tem financiamento e estratégia de grupo político aí sim. Se o grupo político fica em cima do muro e atua com mão de gato é outra coisa. Se o Aldo não leu nos jornais é só dar uma googlada e encontrar a notícia que o Paulinho da Força colocou 3 carros de som na Paulista na manifestação do dia 15 de março. E é só ele analisar as cidades onde os protestos foram maiores para encontrar a organização partidária que os sustenta. Fora os números inflados de manifestantes divulgados pela polícia militar dos estados governados pela oposição.

    Mas a maior derrotada nas manifestações de ontem foi a imprensa. Com a Globo a frente, a ajuda providencial da pesquisa do Datafolha e o auxílio luxuoso do juiz Moro e promotores 171 que prenderam o André Vargas por um motivo alheio ao Lava Jato, insuflaram o que puderam mas não conseguiram fazer o protesto crescer.

    1. Aldo eh mto inteligente…

      mas insiste em negar a nefasta corrução dos oposicionistas ao gov federal, a capacidade de midiotizar a populaçao mediana preguiçosa pró-direita pela #MidiaBandidaCorporativa, o fator PMDB do Mal (cunha+Renan e acólitos)… aí não dá pra fazer critica consistente nem ao governo/PT, nem entender manifestações…

      Enfim, Vera coberta de razão!

    2. Vera, tem organização que

      Vera, tem organização que garante a logística, isso sem dúvida. Mas o que ele quer dizer é que não tem liderança partidária. A “liderança” fica por conta desses oportunistas do “revoltados online” e até aquele garoto nissei que coitado deve estar querendo aparecer, para quem sabe “pegar umas minas”.

      Essas “lideranças” da sociedade civiil são como pastel de vento, ou melhor, coxinha sem recheio. A oposição ficar a reboque dessas excentricidades oportunistas é uma desmoralização completa. Ao mesmo tempo, ela não tem peito nem condições de liderar esse movimento. Por isso fica nem lá, nem cá. 

    3. Vera, talvez os recursos venham de bem mais longe!

      Vera, para mim é claro o patrocínio destes movimentos, o patrocínio é externo e isto que afasta os corruptos da oposição do movimento, não a vergonha nem o medo de caírem em desgraça dos manifestantes.

      Como a patrocínio é externo as lideranças locais da oposição não sabem a onde vai parar o movimento, logo com medo de que sobre para eles, a distância é mantida.

      Porém, este patrocínio externo tem dois pontos fracos, a escolha dos patrocinados e a total falta de profissionalização destes.

      Ontem, como a manifestação era perto de minha casa, e já tinha levado o meu cachorro para fazer suas necessidades, na ausência de outra atividade de tanta importância que a de aliviar os intestinos do meu cão, fui dar uma olhadinha na manifestação. Eu estava de camisa vermelha em casa (gosto da cor), mas para observar melhor pus uma camisa de cor de burro quando foge e fui até a manifestação.

      Tinha um carro de som que um imbecil qualquer dizia palavras de ordem o tempo inteiro, e isto se repetiu todo o tempo que fiquei ouvindo (uma meia hora), com isto as pessoas iam se aborrecendo, pois é algo extremamente cansativo e provavelmente mais uns 50% que ficaram ouvindo estas bobagens não voltam mais.

      As pessoas que coordenam estes movimentos não tem a mínima experiência e vivência de motivar alguma manifestação pública, eles ficaram 1 ano escrevendo pequenas mensagens no Facebook e Twiter e pensam que repetir isto motiva alguém. 

      Ou seja, os patrocinadores estão patrocinando pessoas erradas, pois para patrocinar as certas teriam que ter começado de forma totalmente diferente, os cavalos que escolheram para a corrida não conseguem nem entrar na pista. Agora fica difícil de mudar, pois se mudarem o pessoal que foi desprezado vai por a boca no trombone.

      Toda estas análises esquecem do lado prático das coisas, que um Lacerda não se cria de um dia para o outro atrás de um teclado do computador.

  5. Estava esperando o primeiro

    Estava esperando o primeiro post a analisar as manifestações de ontem. Muito lúcidas e imparciais as palavras do autor. Resumindo: Governo um pouco aliviado, mas ainda ameaçado e precisando urgentemente encontrar o caminho da governabilidade sem se dobrar aos achaques do congresso; PT na lona, sem sinal de que vai se reeguer; Oposição sem moral, sem líderes legítimos e apostando no perigoso “quanto pior melhor”; Sociedade em geral dando sinais de que está dividida e de ressaca;

  6. As pessoas são muito

    As pessoas são muito imediatistas, pensavam que só pelo o fato de ir as ruas, Dilma iria se demitir.

    Tudo é um processo.

    Historicamente já vimos estes processos em outros países, por exemplo a campanha para derubada de Slobodan Milošević na sévia demorou 10 anos.

    Claro que o Brasil não é a Sévia, nem Dilma é Slobodan Milošević apesar dela desejar ser.

    Em um menos de um mês 3,5 milhões de pessoas foram as ruas pedir um novo país, o PT eos politicos atuais não podem responder a este desejo, serão apeados do poder cedo ou tarde.

    No Brasil ninguém confia em politicos estamos por conta própria.

     

     

      1. Flics qual e a intenção de

        Flics qual e a intenção de colocar isso sempre, ta achando que isso me irrita ou me intimida?

        Sabe que isso te denuncia.

        1. Denuncia que é uma anta

          A figura denuncia que o troll mal-alcunhado de “Oneide” é uma anta…

          Pessoalmente eu discordo porque é ofensivo para as antas.

    1. Já no Brasil, D. Pedro II

      Já no Brasil, D. Pedro II demorou 58 anos para ser derubado…  é…  já não se fazem sérvias como antigamente.

       

      O amigo não perdeu os tenis na passeata de ontem?

      1. Aquele Nike zero bala

        Aquele Nike zero bala chulezento era dele . . . . e estava escrito, FORA . . . (o resto estava apagado, nao deu pra ler) . . . 

    2. Meu Deus, que novo país estes

      Meu Deus, que novo país estes manifestantes foram pedir: a volta dos militares, o fim dos programas sociais exitosos, a quebra de direitos ciivis das minorias. Qual a proposta progressista para avançar o país apresentaram? Como avançar com Bolsonaro, Paulinho da Força, ex-torturadores, tucanos envolvidos em escândalos? O que de bom foi sugerido para o país? Tudo isto só poderia dar num retumbante fracasso.

    3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, 3,5 milhões de pessoas? Descobri onde você tabalha: na PM de São Paulo, aquela que infla os números mais do que o IBOPE. Na boa, na melhor das hipóteses em março vcs juntaram um milhão. Em abril, 650 mil; só que não dá para somar porque eram as mesmas pessoas, então em abril faltou coxinha. Vc pensa que aqui só tem teletubie é? A gente já é geração Netflix e assiste House of Cards,kkkkkkkkk

  7. Foi muito estranha a ausência

    Foi muito estranha a ausência de Aécio nas manifestações. Ele fez muito barulho, como das manifestações passadas, mas nem mesmo apareceu na sua janela dessa feita. Quem tá p. da vida com ele é Paulinho da Força. Enfim, como o nome do tucano apreceu e desapareceu na Lava Jato, quem sabe ele não está se preservando por medo do futuo que lhe aguarda?

  8. Veja, Estadão, Folha, Globo e

    Veja, Estadão, Folha, Globo e PSDB morreram no domingo. Manifestações manicominiais marcaram as lamentações dos barões da mídia. Ha, ha, ha…

  9. Modismo é a palavra que descreve isso

    A tendência de esgotamento dos protestos evidencia também o limite da tese de que a internet substitui as organizações partidárias e sociais e a força das ruas. A internet e as redes sociais, como estruturas de uma nova forma de fazer política, se esgotam em si mesmas.

    E porque é assim? Porque as pessoas seguem modismo inventados no facebook, guiados por números inflados de views e pelo está “Hipe ou coll”. Não existe reflexão, não existe motivação real. A pessoa vai só porque “tá na moda”, e “todo mundo vai”. Quando em 2013 alguém me perguntou quando terminariam as manifestações de junho eu declarei minha previsão (que se concretizou!):

    – As manifestações vão acabar assim que se iniciarem as férias escolares.

    Dito e feito em Julho de 2013 já não tinha ninguém mais na rua. Acabou a moda e surgiram outros interesses maiores do que um simples post de facebook. O pior de tudo é ver gente inteligente e importante querendo transformar as tais “jornadas de julho” em um fato importante quando não foi nada além de modismo bobo propagado pela idiotice suprema chamada Faceburro!

    E agora em 2015? Qual seria minha previsão? Acho que eles não conseguem fazer nem mais 2 passeatas. Se fizeram mais uma vai ser prá acabarem de se enterrar. Os líderes, depois de faturarem muito, vão cair no ridículo e provavelmente voltar pra Miami ou o anonimato. E pobre classe média tradicional vai ter passado pelo maior mico da toda sua história onde se rendeu a um modo tosco de agir e pensar em nome de preconceitos estúpidos. Triste ver como a imbecilidade pode ser tão atraente às pessoas que vivem a ver TV.

  10. o pt imobilizado

    Realmente o PT as portas do seu V Congresso continua imobilizado incapaz de se reposicionara perante os brasileiros e dar conta deste passivo  moral que lhe pesa sobre as costas.

    Enquanto não houver uma fratura no nucleo dirigente paulista (CNB) que deu origem a essa pragmatismo governistsa que hoje cobra sua fatura será dificil para o partido iniciar um novo ciclo.

     

  11. O Aldo Fornazieri era bem

    O Aldo Fornazieri era bem melhor nas análises quando era marxista e militava no PRC, junto com o Adelmo Genro Filho, o Genoíno e o Tarso. Seus textos na revista teórica da organização, a Teoria e Política, eram muito mais qualificados na análise da conjuntura e da correlação de forças das classes em conflito. Hoje, ele repete banalidades da sociologia burguesa vulgar com pinceladas homeopáticas do muito mais robustos conceitos gramscianos de outrora. Mas a decadência é evidente!

    Seguiu o caminho dos seus companheiros renegados que optaram pelo oportunismo!

     

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Revolucion%C3%A1rio_Comunista

     

    http://www.lamericas.org/arquivo/teoriaepolitica.pdf

     

     

     

  12. Até concordo com alguns

    Até concordo com alguns argumentos do texto, descontado o moralismo de mestre-escola mal-humorado. Mas continua a lengalenga das “jornadas de junho”. Dessa vez, com a curiosa afirmação de que, naqueles eventos, houve um segundo momento “capitaneado por um espontaneísmo mais conservador”. É de rir. Muito. Capitaneado pelo espontaneismo. Houve um conjunto de tres manifestacoes, na terceira semana de junho/2013, claramente convocadas e pautadas pela principal rede de tv. Seus comenaristas (como jabor) e seus artistas não saiam da tela convocando os atos e ditando os lemas. A rede chegava a interromper novelas e programas de esporte para isso. Fez cobertura em tempo real dos atos, com esquema similar a jogos – tinha “pré-jogo”, jogo e terceiro tempo, com os comentaristas “repercutindo”. E me vem falar de “capitaneado por um espontaneismo mais conservador”. Cegueira ideológica.

  13. salada!
    Gosto muito de verdura. Mais do que de fruta!
    Nossa, substima sinceramente os movimentos sociais independente do padronizado. Abra sua mente e vamos sair do quadrado politico existente e melhorar as vozes dos representados. Substima o movimento de junho de 2013 e nao consegue ver que o de ontem eh seguencia deste inicio.
    Caracas nenhum partido seja do PT ao PSDB da extrema a outra extrema politico partidario conseguem ver algo nestas manifestacoes? Nao eh um bate papo de adjetivos eh real Aldo! Nao olhe o mar em mare baixa somente pode ter uma surpresa.
    Outro ponto eh este paragrafo: “A internete e as redes sociais, como estruturas…” Nao se esgotaram nao senhor Aldo, nem comecou plenamente, eh igual ao samba tem muita estrada mais jah deu a bossa nova e ai vai,
    Nao pode confundir democracia dos partidos e politicos tradicionais com a nova forma de informacao da internete com as redes tambem. Hoje na america eh as redes e a internete que vai na velocidade. A internete e Dilma com Facebook. Eh justamente esta depreciacao que a grande midia fez e seu desespero por nao acompanhar as mudancas. A internete e redes sao grandes ferramentas e vamos ver muito mais ainda, acredite.
    Os vinculos, as vozes e a informacao nao morreu no tradicional e sim a dinamica mudou. Os lideres jah comecam a aparecer no Brasil e no mundo senhor.

    1. Edson, que pérola!

      A insanidade liberal é algo estupendo! Parece que por mais que o critiquemos jamais poderemos pensar em tamanhas vilanias.

      Guardei numa pasta intitulada “loucuras liberais”.

    2. Abjeto o que li, quando

      Abjeto o que li, quando comecei a ler sobre a questão da autopropriedade que desobrigaria o pai de alimentar o filho, me lembrei do meu sobrinho de 7 anos que, após perder o pai e a mãe num acidente de transito perguntou aos adultos que o cercavam: Como vou comer agora, quem vai comprar roupa prá mim,

      1. Eu não consegui ler tudo!

        José, eu tenho cinco filhos e dois netos, só ler a forma como tratam as crianças como mercadoria me revoltou o estômago, tenho um sobrinho que é neo-liberal, mas acho que não chega a este ponto, vou mandar uma cópia para ele e ver como ele reage, certamente se ele concordar vai levar uns cascudos.

  14. Impossível

    Como você vai levar a sério um sujeito que mente descaradamente ou é muito mal informado.

    O Indignados não deu em nada ? Como assim ? O Podemos é resultado da canalização, da formatação, da energia dos Indignados pelo Turrion e sua turma. Já tem 10% das cadeiras da Espanha no Parlamento Europeu e nas recentes eleições na Andaluzia mostrou que é a terceira força eleitoral na Espanha usando apenas crowdfunding.

    Já o Occupy é outra estória. O Occupy não fracassou, simplesmente o Estado usou de toda sua força repressora e prendeu as lideranças. Tem gente que até hoje, depois de quatro anos ainda está “sob prisão” da CIA e do FBI.  

  15. Minhas desculpas pelo

    “fora de pauta”, mas eita mulherada feia nessas fotos! As micaretas golpistas da classe mérdia estão mais é pra baile das bruxas. Não é à toa que os maridos delas andam gritando pelas ruas, desesperados, agressivos, com cara e atitudes de loucos.

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