Jornal GGN – O setor público consolidado encerrou o mês de agosto com um déficit primário de R$ 14,5 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central.
No período, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social), os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits primários de R$ 12 bilhões, R$ 2,3 bilhões e R$ 173 milhões, respectivamente.
Com o resultado, o superávit acumulado no ano alcançou R$ 10,2 bilhões, bem abaixo dos R$ 54 bilhões contabilizados no mesmo período de 2013. Considerando-se os fluxos acumulados em doze meses, o superávit primário atingiu R$ 47,5 bilhões – equivalente a 0,94% do PIB (Produto Interno Bruto), resultado igualmente inferior ao visto no total acumulado em julho, quando o total foi de R$61,5 bilhões (1,23% do PIB).
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 17 bilhões em agosto, comparativamente a R$ 28 bilhões em julho. De acordo com o BC, o menor número de dias úteis no mês e a reversão, de desfavorável para favorável, no resultado das operações de swap cambial, contribuíram para essa redução. No acumulado no ano, os juros nominais atingiram R$ 165,3 bilhões, comparativamente a R$ 163,4 bilhões no mesmo período de 2013. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$ 250,8 bilhões (4,97% do PIB), reduzindo-se 0,13 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Já o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados por competência, foi deficitário em R$ 31,5 bilhões em agosto. No acumulado no ano, o déficit nominal alcançou R$ 155,1 bilhões, bem acima dos R$ 109,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. Nos últimos doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 203,3 bilhões (4,03% do PIB), elevando-se 0,16 ponto percentual (p.p) do PIB em relação ao mês anterior.
No mês, ocorreram expansões de R$ 39,8 bilhões na dívida mobiliária, de R$ 7,7 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$ 6,6 bilhões no financiamento externo líquido, que foram parcialmente contrabalançadas pela redução de R$ 22,6 bilhões na dívida bancária líquida.
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