PSB diz que candidato do partido em 2014 é Eduardo Campos

Da Folha

PSB reage a Marina e diz que candidato em 2014 é Campos

10/10/2013 – 03h58

RANIER BRAGON
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Um dia depois de a senadora Marina Silva afirmar em entrevista à Folha que tanto ela quanto o governador Eduardo Campos são “possibilidades” para 2014, integrantes do PSB afirmaram que o nome que aparecerá na urna no dia 5 de outubro de 2014 como o candidato do partido à Presidência será o de “Eduardo Henrique Accioly Campos”.

“Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A candidatura posta é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição. A cabeça de chapa se chama Eduardo Henrique Accioly Campos e esse será o nome na urna no dia da eleição”, afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.

Um dos congressistas que participaram da articulação para a aliança Campos-Marina, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também negou a possibilidade de que o governador possa vir a ceder a vaga a Marina, a depender das circunstâncias.

“Os que apostarem em uma disputa entre Eduardo e Marina vão perder. Não tenho nenhuma dúvida de que a Marina fez opção pela candidatura do Eduardo, e essa candidatura vai até o fim.”

Nesta terça (9), Marina reclamou do destaque dado à sua declaração e disse que falava só em possibilidades para o Brasil, mas voltou a se negar a responder diretamente se descarta a sua postulação.

Apesar de reconhecerem o constrangimento, integrantes do PSB dizem, nos bastidores, que Marina não deixará clara agora a sua possível desistência de concorrer ao Planalto por dois motivos: risco de desmobilização na Rede, o partido que ela tentou criar, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral, e possibilidade de que Campos vire o foco principal dos adversários.

De acordo com o Datafolha, Marina tem 26% das intenções de voto contra 8% de Campos, o que leva militantes da Rede a defender que ela seja a cabeça de chapa.

Anunciada no último sábado, a aliança entre Campo e Marina representou o lance mais surpreendente da corrida ao Planalto e teve o objetivo de criar uma terceira via contra as candidaturas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

A ameaça tácita de possível “inversão” de papéis na chapa é só um dos potenciais curtos-circuitos que já surgiram após o anúncio da aliança.

Nos Estados, há chances reais de que Rede e PSB caminhem em lados distintos. Em São Paulo, o PSB tendia a apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), mas integrantes da Rede já passaram a defender o nome do deputado federal Walter Feldman, “marineiro”.

Em Goiás, a ex-senadora “vetou” publicamente a aliança do PSB com o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM).

No Distrito Federal, Marina anunciou apoio à pré-candidatura do deputado federal Reguffe (PDT), apesar de o PSB também ter um nome para a disputa, o de Rollemberg.

“O Reguffe trabalhou pela criação da Rede, e é natural que ela manifeste preferência por ele”, disse o senador.

Em entrevista na terça, Marina disse que o limite para os acertos com o PSB nos Estados será a “coerência”.

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Na geladeira de casa tem escrito..

    “The opinions expressed by the husband of the house are not necessarily those of the manager”

    Dudu, acho que faz tempo que cê não abre a porta da geladeira…

  2. A boba da Marina caiu numa armadilha

    Talvez tenha sido levantada para ela a perspectiva de ser a candidata. Mas nao é ela quem tem o poder de decidir isso, e agora já nao tem mais prazo para mudar de partido, o que seria aliás uma desmoralizaçao a mais. O Eduardo se livrou de uma possível concorrente que diminuiria ainda mais as chances dele estar no segundo turno, deve ganhar pelo menos uma parte dos votos que iriam para ela, e a tola ganhou uma candidatura a vice, que nao lhe acrescenta nada. Bem feito!  

    1. O “Dudu” é LULA desde criancinha.

      Anarquista,

      Como você deve saber, o Eduardo aliado incondicional do Lula. Com essa “jogada”, mataram dois coelhos com uma só tacada: Tiraram a Marina do jogo e acabaram com o segundo turno.

  3. O jogo só está começando

    Não há que imaginar que a candidatura do PSB já esteja irreversivelmente definida. Ainda faltam uns 9 meses para  o parto da chapa se consumar, aliás ela até pode sofrer um aborto espontâneo ou provocado nesse meio-tempo. Os panos quentes já começaram a ser aplicados, olhem só:

    Início de luta interna dentro do PSB de Eduardo Campos, que abrigou em bloco os dirigentes do Rede de Marina Silva, leva chefes a se reunirem em São Paulo; “Aliança não começa pelos nomes”, disse governador de Pernambuco; “Faço minhas as palavras do governador”, aquiesceu ex-ministra; mantido pacto entre eles de que definição sobre candidato e vice só será feita em 2014; diz-que-diz-que resolvido ou apenas adiado?

    10 de Outubro de 2013 às 16:27

     

    SÃO PAULO, 10 Out (Reuters) – O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse nesta quinta-feira que a recém-anunciada aliança entre ele e a ex-senadora Marina Silva causou um “terremoto na política brasileira”, e aqueles que apostarem em uma cisão vão perder.

    Campos reuniu-se com Marina em São Paulo nesta quinta para iniciar o debate que vai levar à redação de um documento que servirá de base para o programa de governo que o PSB deve apresentar na eleição do ano que vem.

    O governador voltou a afirmar que a decisão sobre quem será o candidato do partido à Presidência em 2014 ficará para o ano que vem. Já Marina, que estava ao lado dele, disse que reafirmou “repetidas vezes a candidatura de Eduardo”.

    “Essa aliança causou um verdadeiro terremoto na política brasileira”, disse Campos em entrevista coletiva ao lado de Marina, acrescentando que a definição da cabeça de chapa do partido para a eleição presidencial não vai gerar disputas entre o PSB e a Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentava criar para disputar a Presidência no ano que vem e que foi abrigado no PSB.

    “Não haverá nenhum problema entre Rede e PSB no que tange essa questão (definição da chapa). Quem acha que vai ter problema está redondamente enganado”, disse o governador. “Aqueles que querem o povo fora da política em 2014, a sociedade sem ter opção, eles quebraram a cara”, acrescentou.

    Marina decidiu se aliar a Campos e se filiar ao PSB depois que a Rede teve o pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral este mês. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente ocupa a segunda posição nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff, enquanto Campos é apenas o quarto colocado. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece em terceiro.

    A ex-senadora disse que a aliança dela com o socialista “invertia” o processo tradicional da política brasileira, ao definir primeiro conteúdo programático e somente depois os nomes de candidatos.

    Marina comparou a disputa que terá pela frente ao lado de Campos como “uma luta de Davi contra Golias”. Ela ironizou comentários recentes do marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, João Santana, que disse que os opositores da presidente eram “anões”.

    “A vantagem de sermos anões, é que olhamos de baixo para cima. E acima de nós está o futuro do povo brasileiro”, disse.

    Campos e Marina devem voltar a se reunir no próximo dia 29, em São Paulo, para continuar o que chamaram de “debate programático” visando a elaboração do documento que servirá de base para o programa de governo. Ainda não há previsão sobre quando esse documento deve ser concluído e divulgado.

    (Por Eduardo Simões)

    247 – O diz-que-diz-que entre chefes do PSB, partido que abriga desde o sábado 5 a cúpula do embrionário Rede, tem de parar. O momento é o de encontrar e até mesmo criar convergências entre os programas das duas agremiações. Tudo, enfim, vai ficar em paz se essa for a política interna para este momento.

    Para transmitir esse discurso a seus liderados, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva se reuniram nesta quinta-feira 10 em São Paulo para, em seguida, em entrevista coletiva, procuraram apagar quaisquer brasas de brasas de divisão provocadas pela discussão sobre qual deles será o candidato do partido à Presidência da República em 2014. Marina havia dito que ambos são “possibilidades”, o que resultou em flechadas de caciques do PSB, garantindo que a definição já está feita a favor de Campos.

    “A decisão que nós temos tomada com muita clareza é que nós estamos fazendo uma aliança que busca a identidade que o PSB e a Rede têm”, apaziguou o governador. “É preciso começar essa aliança não pelos nomes, mas pelo conteúdo que deve presidir esse nosso encontro. Em 2014 vamos tomar uma decisão sobre a chapa”.

    Marina Silva falou, em seguida, na mesmíssima direção. “Eu faço minhas as palavras do governador. Estamos invertendo um processo na política brasileira. O que acontece tradicionalmente: faz-se uma aliança eleitoral, ganha-se os governos e depois inventa-se um programa. Nós estamos fazendo uma aliança programática”, completou ela.

    O governador de Pernambuco reforçou a aposta de que, quem jogar na ruptura dessa unidade, perderá a aposta. “Se alguém imagina que vai ter problema entre Marina e eu e outros companheiros para que a gente possa organizar isso, está redondamente enganado”, disse ele.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/117427/H%C3%A1bil-Campos-acerta-com-Marina-nome-s%C3%B3-em-2014.htm

     

  4. Now or never

    Agora ficou claro o movimento de Eduardo.

    Se não fosse agora não seria nunca.

    Em 2018 haveria mais espaço para Marina, Aécio, Ciro ou qualquer outro do que pra ele.

    Saindo agora, mesmo perdendo ele sai ganhando.

  5. Marina, você se pintou

    Marina, você se pintou

    Por Wanderley Guilherme dos Santos

    Em 48 horas de fulminante trajetória a ex-senadora Marina Silva provocou inesperados solavancos no panorama das eleições em 2014. Renegando o que há meses dizia professar aderiu ao sistema partidário que está aí, mencionou haver abrigado o PSB como Plano C, sem mencioná-lo a desapontados seguidores, e declarou guerra a um suposto chavismo petista. De quebra, prometeu enterrar a aniversariante república criada pela Constituição de 88, desprezando-a por ser “velha”. Haja água benta para tanta presunção.

    Marina e seguidores não consideravam incoerente denunciar o excessivo número de legendas partidárias e ao mesmo tempo propor a criação de mais uma. Ademais, personalizada. O “Rede” sempre foi, e é, uma espécie de grife monopolizada pela ex-senadora. Faltando o registro legal, cada um tratou de si, segundo o depoimento de Alfredo Sirkis. Inclusive a própria Marina. Disse que informou por telefone ao governador Eduardo Campos que ingressaria no Partido Socialista Brasileiro para ser sua candidata a vice- presidente. Ainda segundo declaração de Marina, o governador ficou, inicialmente, mudo. Não era para menos. Em sua estratégia pública, Eduardo Campos nunca admitiu ser um potencial candidato à Presidência, deixando caminhos abertos a composições. Eis que, não mais que de repente, o governador é declarado candidato por sua auto-indicada companheira de chapa. Sorrindo embora, custa acreditar que Eduardo Campos esteja feliz com o papel subordinado que lhe coube no espetáculo precipitado pela ex-senadora.

    Há mais. Não obstante a crítica às infidelidades de que padecem os partidos
    que aí estão, Marina confessou sem meias palavras que ingressava no PSB, mas não era PSB, era “Rede”, e seria “Rede” dentro do PSB. Plagiando o estranho humor da ex-senadora, o “Rede” passava a ser, dali em diante, não o primeira partido clandestino da democracia, mas o primeiro clandestino confesso do Partido Socialista Brasileiro. Não deixa de ser compatível com a sutil ordem de preferência de Marina Silva. Em primeiro lugar vinha a criação da Rede, depois a pressão para que a legenda fosse isenta de exigências fundamentais para a constituição de um partido conforme manda a lei e, por fim, aceitar uma das legendas declaradamente à disposição.

    Decidiu-se por uma quarta opção e impor-se a uma legenda que não é de conhecimento público lhe tenha sido oferecida. Enquanto políticos trocam de legenda para não se comprometerem com facções, a ex-senadora fez aberta propaganda de como se desmoraliza um partido: ingressar nele para criar uma facção. Deslealdade com companheiros de percurso, ultimatos e sabotagem de instituições estabelecidas (no caso, o PSB), não parecem comportamentos recomendáveis a quem se apresenta como regeneradora dos hábitos políticos.

    O campo das oposições vai enfrentar momentosas batalhas. Adotando o reconhecido mote da direita de que o Partido dos Trabalhadores constitui uma ameaça “chavista”, Marina pintou-se com as cores da reação, as mesmas que usa em suas preferências sociais: contra o aborto legal, contra o reconhecimento das relações homoafetivas, contra as pesquisas com células tronco, enfim, contra todos os movimentos de progresso ou de remoção de preconceitos. Abandonando a retórica melíflua a ex-senadora revela afinal a coerência entre suas posições políticas e as sociais. Empurrou o PSB para a direita de Aécio Neves, a um passo de José Serra. É onde Eduardo Campos vai estar, queira ou não, liderado por Marina Silva. As oposições marcham para explosivo confronto interno pelo privilégio de representar o conservadorismo obscurantista.

     

  6. A precipitação de Campos

    A precipitação de Campos deve-se ao fator Haddad.

    Na melhor das hipóteses para o PSB é candidatura oscilar entre 15 a 20% dos votos, eleger uma bancada razoável, e alguns governadores.

    Dependendo do humor do eleitorado a Dilma pode disparar, e Serra/Aécio manter os 30% de 2010, aí Dudu praticamente acabou com uma promissora carreira. O PSB desidrata e vira mais um PPS da vida, uma baixa votação presidencial atrapalha os seus governadores que tentam a reeleição.

    Porque precipitação? Haddad é uma hipótese, mesmo que Padilha e Lindenberg ganhem pra governador, não tentariam a presidência em 2018. Campos poderia ser a grande liderança governista entre a disputa PT/PMDB. Quem poderá ocupar esse espaço (talvez sem a pretenção para presidente, mas sendo poderoso) com o PSD elegendo a terceira bancada do congresso será: Gilberto Kassab. 

  7. Não sei não, mas algo me diz

    Não sei não, mas algo me diz que isto ainda vai dar muito pano para mangas… várias afinal, a começar pela disputa interna de vice. É só a imprensa começar a dizer que é a Marina que deverá concorrer que o Eduardo Campos vai ficar sob pressão.

    Da mesma forma a disputa Serra-Aécio, que ainda vai produzir muito. Depois disso vai ser só uma carnificina contra a Dilma. Nesta posição, senhores não haverá cristãos, sábios ou boa vontade em prol da população geral!!! Veremos.

  8. O programa de TV do PSB passou hoje

    E foi bem feito. Um discurso de ‘mais e melhor’ bem feito, usando o recurso ‘no meu país tem de bom (conquistas) mas tem isto de ruim (o que falta melhorar.)  Fala da falsa polarização mas sem ser simplista (como o uso da palavra ‘picuinha’ exaustivamente feito por Chalita.)

    E mostrou Marina com destaque.

  9. Como dizia o Janio Quadros 

    Como dizia o Janio Quadros  vice não é nada, e o povo brasileiro nem lembra mais  de quem  foi vice.Por isso a Marina não é nada !!

    1. Sim, mas o mesmo Jânio

      Sim, mas o mesmo Jânio “botou” o próprio vice, Jango, no poder.

      E não vamos esquecer de que o destino levou tanto o Sarney, como o Itamar ao cargo máximo da república.

      Com Marina de vice, o Campos, pra mim, passa de oposição tolerável, pra oposição intolerante.

      1. Tolerar é apenas para coisas com problemas.

        Toleramos vizinhos que fazem barulho à noite. Toleramos visitas inconvenientes ou bêbados em festas.

        Oposição é algo em princípio OK, apenas uma proposta diferente.

        Senão teríamos uma ‘situação’ intolerante, não?

  10. Chute…

    Titia acha que este assunto já deu…’tá encerrado…

    Com esta configuração, a dupla edurina ou maredu, vai ter um efeito só: fazer dilma ganhar no 1º turno!

    Se foi o tio Lula que arquitetou isto, titia não sabe, mas que é bom acreditar nesta hipótese, ah, isto é…

    Quem duvidar das possbilidades, é só ler o volume 2 da biografia de Getúlio…

  11. No parágrafo final do artigo 

    No parágrafo final do artigo  está dito que em entrevista marina declarou que  o limite para o acerto com o PSB nos estados é a coerência. Ora,  se a Marina se filiou ao PSB quer dizer que o PSB pode não se acertar com o …PSB. Haja coerência. Está criado o partido denttro do partido. Contra isto nem o TSE  pode agir. Como diz o velho refrão:  pau que nasce torno não tem jeito, morre torto. Quanto tempo será que este acerto resiste? Aliás a mesma situação está ocorrendo no PSDB e, embora haja desmentidos e uma grande conversa fiada de apoios incondicionais, o Aecim e o Serra trabalham em dereções opostospara firmar suas candidaturas e dificilmente haverá acordo quando uma das duas candidaturas vingar. Até parece que toda esta turma está trabalhando como cabos eleitorais da Dilma…

  12. Notícia velha.

    A notícia de ontem já é velha como a Sé de Braga. Na noite desta quinta-feira, Marina anunciou nas barbas do Eduardo Henrique Campos que a candidata era ela. Na política, vale facada pelas costas. Como a Marina veio do campo, ela foi pelas costas, mas de foice no pescoço do Eduardo Campriles, valha-me Deus!

  13. Geografia

    Eduardo Campos é pernambucano, como Lula. Mas Lula vive em São Bernardo, Campos, no Recife. Marina é acreana e nunca morou em São Paulo, jamais comeu bauru no Ponto Chic. Que diabos fazem os dois na terra da garoa? Certamente não é por causa do luxo de gosto duvidoso dos motéis da Via Raposo Tavares.

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