Em julho, IBGE prevê safra de 308,9 milhões de toneladas para 2023

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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A área a ser colhida é de 77,1 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,2% maior que a estimativa de junho

Colheita massiva de soja em Campo Verde, Brasil. A agricultura intensiva tem contribuído para o colapso de algumas populações de animais. Foto: Alffoto / WWF

A estimativa de julho para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2023 é de 308,9 milhões de toneladas, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Isso significa que será 17,4% maior (ou mais 45,7 milhões de toneladas) que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas) e 0,5% acima da estimativa de junho. 

A área a ser colhida é de 77,1 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,2% maior que a estimativa de junho.

No Brasil, são três safras de grãos em um ano, o que faz o país ter o calendário agrícola mais dinâmico do mundo, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento Agrícola (Conab). 

Feijão e tomate: declínio

A produção de alimentos importantes para a mesa dos brasileiros, caso do tomate, por exemplo, foi estimada em 3,7 milhões de toneladas, declínio de 1,1% em relação a junho. 

Ainda nesse comparativo, houve redução das produções em todas as Regiões Geográficas, à exceção da Norte em que foi registrada estabilidade: Nordeste (-0,1%), Sudeste (-2,2%), Sul (-0,5%) e Centro-Oeste (-0,0%).

No caso do feijão, a estimativa da produção de 2023, nas três safras, foi de 3,0 milhões de toneladas, declínios de 3,5% em relação a junho e de 3,1% em relação a 2022.

A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, decréscimo de 4,8% frente à estimativa de junho. A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 4,4% frente à estimativa de junho. 

Esta 2ª safra representa 42,8% do total de feijão produzido no País em 2023. Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 662,9 mil toneladas, crescimento de 0,9% frente à estimativa de junho.

Arroz, milho e soja: alta  

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,0% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. 

Frente a 2022, houve altas de 24,5% para a soja, de 10,2% para o algodão herbáceo (em caroço), de 34,4% para o sorgo, de 13,7% para o milho, com aumentos de 10,5% no milho na 1ª safra e de 14,6% no milho na 2ª safra, e de 7,1% para o trigo, enquanto para o arroz em casca, houve decréscimo de 5,8%.

Área a ser colhida

Na área a ser colhida, houve acréscimos de 3,8% na área do milho (aumento de 0,5% no milho 1ª safra e de 4,9% no milho 2ª safra), de 5,6% na do algodão herbáceo (em caroço), de 22,4% na do sorgo, de 6,1% na do trigo e de 6,6% na da soja, ocorrendo declínios de 6,5% na área do arroz e de 3,7% na do feijão.

A estimativa de julho para a soja foi de 148,8 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 125,2 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 97,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra).

Estimada em 10,0 milhões de toneladas está a produção de arroz; a do trigo em 10,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 7,4 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.

Variação anual e mensal 

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,6%), a Centro-Oeste (17,4%), a Sudeste (4,8%), a Norte (16,4%) e a Nordeste (7,4%). 

Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (3,9%), a Região Centro-Oeste (0,5%) e a Região Sudeste (0,1%). A Região Sul (-0,2%) e Região Norte (-0,2%) apresentaram declínios.

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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