A estimativa de julho para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2023 é de 308,9 milhões de toneladas, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso significa que será 17,4% maior (ou mais 45,7 milhões de toneladas) que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas) e 0,5% acima da estimativa de junho.
A área a ser colhida é de 77,1 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,2% maior que a estimativa de junho.
No Brasil, são três safras de grãos em um ano, o que faz o país ter o calendário agrícola mais dinâmico do mundo, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento Agrícola (Conab).
Feijão e tomate: declínio
A produção de alimentos importantes para a mesa dos brasileiros, caso do tomate, por exemplo, foi estimada em 3,7 milhões de toneladas, declínio de 1,1% em relação a junho.
Ainda nesse comparativo, houve redução das produções em todas as Regiões Geográficas, à exceção da Norte em que foi registrada estabilidade: Nordeste (-0,1%), Sudeste (-2,2%), Sul (-0,5%) e Centro-Oeste (-0,0%).
No caso do feijão, a estimativa da produção de 2023, nas três safras, foi de 3,0 milhões de toneladas, declínios de 3,5% em relação a junho e de 3,1% em relação a 2022.
A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, decréscimo de 4,8% frente à estimativa de junho. A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 4,4% frente à estimativa de junho.
Esta 2ª safra representa 42,8% do total de feijão produzido no País em 2023. Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 662,9 mil toneladas, crescimento de 0,9% frente à estimativa de junho.
Arroz, milho e soja: alta
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,0% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.
Frente a 2022, houve altas de 24,5% para a soja, de 10,2% para o algodão herbáceo (em caroço), de 34,4% para o sorgo, de 13,7% para o milho, com aumentos de 10,5% no milho na 1ª safra e de 14,6% no milho na 2ª safra, e de 7,1% para o trigo, enquanto para o arroz em casca, houve decréscimo de 5,8%.
Área a ser colhida
Na área a ser colhida, houve acréscimos de 3,8% na área do milho (aumento de 0,5% no milho 1ª safra e de 4,9% no milho 2ª safra), de 5,6% na do algodão herbáceo (em caroço), de 22,4% na do sorgo, de 6,1% na do trigo e de 6,6% na da soja, ocorrendo declínios de 6,5% na área do arroz e de 3,7% na do feijão.
A estimativa de julho para a soja foi de 148,8 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 125,2 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 97,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra).
Estimada em 10,0 milhões de toneladas está a produção de arroz; a do trigo em 10,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 7,4 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.
Variação anual e mensal
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,6%), a Centro-Oeste (17,4%), a Sudeste (4,8%), a Norte (16,4%) e a Nordeste (7,4%).
Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (3,9%), a Região Centro-Oeste (0,5%) e a Região Sudeste (0,1%). A Região Sul (-0,2%) e Região Norte (-0,2%) apresentaram declínios.
LEIA MAIS:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.