Marina Silva: predestinação e incertezas, por Tadeu Cesar

Como já se poderia antever, a campanha de Marina Silva começou a sofrer perdas. Não entre o seu eleitorado, que ainda está em êxtase com sua ascensão à cabeça de chapa e consequente candidatura à Presidência da República, mas entre seus apoiadores e nos partidos que a acolhem.

Messiânica, Marina Silva parece julgar-se escolhida por deus para ser candidata à Presidência da República e, quem sabe, se eleger. Ela parece acreditar que deus a teria escolhido, em prejuízo de Eduardo Campos. É o que se pode concluir de sua afirmação de que foi por “providência divina” que ela não embarcou no jato com Eduardo Campos na manhã fatídica que o vitimou. Mais do que ser presidenta da República, no entanto, posto ao qual será alçada ou não pela escolha dos eleitores, talvez Marina Silva devesse pensar na possibilidade de ter sido “predestinada” a se desentender e a provocar cisões nos partidos aos quais se filia.

Convicta de seu destino de condutora de pessoas mais puras politicamente, Marina Silva saiu do PT, depois de cerca de 30 anos de permanência, alegando que o partido se conspurcara no exercício do poder e que deixara de defender as bandeiras ecológicas pelas quais lutara. Para defender sua concepção política, filou-se ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência da República em 2010 e pelo qual obteve quase 20 milhões de votos. Passada a eleição, vendo-se preterida na disputa pela presidência da sigla, Marina Silva desligou-se do PV e dedicou-se à fundação da Rede Sustentabilidade, um anti-partido, que atuaria(ará) como rede e que, portanto, não teria(rá) direções ou lideranças fixas.

Era pela Rede Sustentabilidade que Marina Silva acreditava ser possível realizar seu destino político em 2014. Como o TSE inviabilizou este projeto, pois a Rede não conseguiu angariar o número necessário de assinaturas de apoio para assegurar seu registro, Marina Silva filiou-se ao PSB no último dia do prazo legal para se candidatar à Presidência da República, provocando desconforto em parcela considerável dos “sonháticos”, que vinham se dedicando à fundação do novo partido.

Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva voltou a ocupar o posto de candidata à Presidência da República, herdando o reconhecimento público que seu aliado possuía, conhecido pela capacidade de articular em torno de si posições bem diversas, como eram as suas próprias e as de Marina. Antes que os eleitores a se manifestem, confirmando ou não, pelo voto, a sina pela qual Marina Silva se julga ungida, torna-se importante analisar a trajetória partidária de Marina, na qual, ao contrário de seu antecessor, o que se destaca é mais a cizânia do que a tolerância e a capacidade de negociação.

No PV, a passagem de Marina Silva provocou rachas que não se fecharam até hoje, em virtude das imposições programáticas e de campanha que o partido e sua direção tiveram que aceitar durante sua estada. No PSB, a permanência de Marina Silva começa a provocar cisões que dificilmente serão superadas, em virtude das alterações programáticas e de campanha que ela começa a impor ao partido e sua direção. Carlos Siqueira, secretário-geral e militante histórico do PSB e homem de confiança de Eduardo Campos, desligou-se da função de coordenador geral da campanha alegando ter sido ofendido pela candidata. Saiu atirando, afirmando que Marina Silva “não representa o legado de Campos”.

Beto Albuquerque, que assumiu a candidatura de vice-presidente para exercer o papel de representante do PSB na chapa e também o de garantidor dos acordos partidários e programáticos já assumidos pela candidatura de Eduardo Campos, tentou apaziguar os ânimos, afirmando que “tudo não passou de um mal entendido”. Papel que, parece, ele terá que desempenhar com denodo e muita frequência, já que Marina Silva não deu sinais, até aqui, de ter desistido de se transferir para a Rede tão logo ela tenha sido fundada, nem de desistir dos vetos e restrições que já exercera na campanha e nos acordos firmados por seu antecessor.

Hóspede do PSB, Marina Silva não se considera obrigada aos acordos firmados por Eduardo Campos, já que sua condição de candidata à Presidência da República teria sido resultado de uma conjuntura muito especial, quase divina, da qual não pretende abrir mão. No papel de escudeiro de Marina Silva, Beto Albuquerque será exposto aos leões. De bom moço, como sempre foi tratado pela mídia, já passou a ser acusado de vilão: teria recebido doações de empresas de armamento para financiar suas campanhas à Câmara Federal e, depois de eleito, teria se tornado defensor no Congresso Nacional da Monsanto e de suas sementes transgênicas, em frontal contradição com as posições assumidas até aqui por Marina Silva, o que o colocaria na alça de mira de sua própria companheira de chapa.

Convicta de sua missão, Marina Silva não se incomoda, ao que parece, de se indispor com seus pares. A certeza de seus objetivos a absolve de antemão em quaisquer confrontos e reveste de uma áurea de superioridade seu afastamento dos “impuros”. Esta postura lhe garantiu votos em 2010 e, com certeza, garantirá a adesão de parcela significativa do eleitorado em 2014. Seus eleitores, desiludidos da política e dos políticos, pelos vícios oriundos do sistema eleitoral e partidário brasileiro e pela ação contínua da grande mídia de desprezar a política durante anos, tenderão a vê-la como a emissária da “boa política”, aquela cuja missão será a de resgatar a moral pública e de promover o ingresso do país no caminho “do bem”.

O isolamento de Marina Silva, que se considera diferente e acima das demais forças políticas, sua estrutura partidária fraca, a exiguidade dos partidos que integram sua coligação, a dubiedade de suas propostas, a escassez de quadros técnicos em sua equipe e até mesmo o reduzido tempo de que ela dispõe para a propaganda de rádio e TV talvez não sejam empecilhos para sua arrancada rumo à Presidência da República. Os problemas surgirão, realmente com força, caso ela consiga vencer Aécio Neves e Dilma Rousseff e cumprir o desígnio ao qual ela se julga predestinada. Se não fizer acordos e se não flexibilizar posições, talvez acabe como Collor de Mello ou até como João Goulart, se os fizer, talvez tenha que governar como um arremedo de Lula da Silva e Dilma Rousseff, tendo que desistir de se tornar a “grande renovadora” da política brasileira.Como já se poderia antever, a campanha de Marina Silva começou a sofrer perdas. Não entre o seu eleitorado, que ainda está em êxtase com sua ascensão à cabeça de chapa e consequente candidatura à Presidência da República, mas entre seus apoiadores e nos partidos que a acolhem.

Messiânica, Marina Silva parece julgar-se escolhida por deus para ser candidata à Presidência da República e, quem sabe, se eleger. Ela parece acreditar que deus a teria escolhido, em prejuízo de Eduardo Campos. É o que se pode concluir de sua afirmação de que foi por “providência divina” que ela não embarcou no jato com Eduardo Campos na manhã fatídica que o vitimou. Mais do que ser presidenta da República, no entanto, posto ao qual será alçada ou não pela escolha dos eleitores, talvez Marina Silva devesse pensar na possibilidade de ter sido “predestinada” a se desentender e a provocar cisões nos partidos aos quais se filia.

Convicta de seu destino de condutora de pessoas mais puras politicamente, Marina Silva saiu do PT, depois de cerca de 30 anos de permanência, alegando que o partido se conspurcara no exercício do poder e que deixara de defender as bandeiras ecológicas pelas quais lutara. Para defender sua concepção política, filou-se ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência da República em 2010 e pelo qual obteve quase 20 milhões de votos. Passada a eleição, vendo-se preterida na disputa pela presidência da sigla, Marina Silva desligou-se do PV e dedicou-se à fundação da Rede Sustentabilidade, um anti-partido, que atuaria(ará) como rede e que, portanto, não teria(rá) direções ou lideranças fixas.

Era pela Rede Sustentabilidade que Marina Silva acreditava ser possível realizar seu destino político em 2014. Como o TSE inviabilizou este projeto, pois a Rede não conseguiu angariar o número necessário de assinaturas de apoio para assegurar seu registro, Marina Silva filiou-se ao PSB no último dia do prazo legal para se candidatar à Presidência da República, provocando desconforto em parcela considerável dos “sonháticos”, que vinham se dedicando à fundação do novo partido.

Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva voltou a ocupar o posto de candidata à Presidência da República, herdando o reconhecimento público que seu aliado possuía, conhecido pela capacidade de articular em torno de si posições bem diversas, como eram as suas próprias e as de Marina. Antes que os eleitores a se manifestem, confirmando ou não, pelo voto, a sina pela qual Marina Silva se julga ungida, torna-se importante analisar a trajetória partidária de Marina, na qual, ao contrário de seu antecessor, o que se destaca é mais a cizânia do que a tolerância e a capacidade de negociação.

No PV, a passagem de Marina Silva provocou rachas que não se fecharam até hoje, em virtude das imposições programáticas e de campanha que o partido e sua direção tiveram que aceitar durante sua estada. No PSB, a permanência de Marina Silva começa a provocar cisões que dificilmente serão superadas, em virtude das alterações programáticas e de campanha que ela começa a impor ao partido e sua direção. Carlos Siqueira, secretário-geral e militante histórico do PSB e homem de confiança de Eduardo Campos, desligou-se da função de coordenador geral da campanha alegando ter sido ofendido pela candidata. Saiu atirando, afirmando que Marina Silva “não representa o legado de Campos”.

Beto Albuquerque, que assumiu a candidatura de vice-presidente para exercer o papel de representante do PSB na chapa e também o de garantidor dos acordos partidários e programáticos já assumidos pela candidatura de Eduardo Campos, tentou apaziguar os ânimos, afirmando que “tudo não passou de um mal entendido”. Papel que, parece, ele terá que desempenhar com denodo e muita frequência, já que Marina Silva não deu sinais, até aqui, de ter desistido de se transferir para a Rede tão logo ela tenha sido fundada, nem de desistir dos vetos e restrições que já exercera na campanha e nos acordos firmados por seu antecessor.

Hóspede do PSB, Marina Silva não se considera obrigada aos acordos firmados por Eduardo Campos, já que sua condição de candidata à Presidência da República teria sido resultado de uma conjuntura muito especial, quase divina, da qual não pretende abrir mão. No papel de escudeiro de Marina Silva, Beto Albuquerque será exposto aos leões. De bom moço, como sempre foi tratado pela mídia, já passou a ser acusado de vilão: teria recebido doações de empresas de armamento para financiar suas campanhas à Câmara Federal e, depois de eleito, teria se tornado defensor no Congresso Nacional da Monsanto e de suas sementes transgênicas, em frontal contradição com as posições assumidas até aqui por Marina Silva, o que o colocaria na alça de mira de sua própria companheira de chapa.

Convicta de sua missão, Marina Silva não se incomoda, ao que parece, de se indispor com seus pares. A certeza de seus objetivos a absolve de antemão em quaisquer confrontos e reveste de uma áurea de superioridade seu afastamento dos “impuros”. Esta postura lhe garantiu votos em 2010 e, com certeza, garantirá a adesão de parcela significativa do eleitorado em 2014. Seus eleitores, desiludidos da política e dos políticos, pelos vícios oriundos do sistema eleitoral e partidário brasileiro e pela ação contínua da grande mídia de desprezar a política durante anos, tenderão a vê-la como a emissária da “boa política”, aquela cuja missão será a de resgatar a moral pública e de promover o ingresso do país no caminho “do bem”.

O isolamento de Marina Silva, que se considera diferente e acima das demais forças políticas, sua estrutura partidária fraca, a exiguidade dos partidos que integram sua coligação, a dubiedade de suas propostas, a escassez de quadros técnicos em sua equipe e até mesmo o reduzido tempo de que ela dispõe para a propaganda de rádio e TV talvez não sejam empecilhos para sua arrancada rumo à Presidência da República. Os problemas surgirão, realmente com força, caso ela consiga vencer Aécio Neves e Dilma Rousseff e cumprir o desígnio ao qual ela se julga predestinada. Se não fizer acordos e se não flexibilizar posições, talvez acabe como Collor de Mello ou até como João Goulart, se os fizer, talvez tenha que governar como um arremedo de Lula da Silva e Dilma Rousseff, tendo que desistir de se tornar a “grande renovadora” da política brasileira.

Publicado originalmente em http://www.sul21.com.br/jornal/marina-silva-predestinacao-e-incertezas/

Redação

25 Comentários

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  1. Pelo poder se faz de tudo.

    “Pelo poder se faz de tudo. Essa mulher é sínica, interesseira e maluca. Faz aliança até com os diabo (argentários) para ser presidente. Ambiantalista argentária é pra acabar. Deu uma volta de 360º e virou reacionária.”

    Candidato a vice na chapa de Marina Silva à Presidência, pelo PSB, Beto Albuquerque (PSB-RS) recebeu doação de R$ 30 mil da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam), na campanha eleitoral de 2010, de acordo com prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE); ‘O valor é pequeno. Eu votei favoravelmente ao desarmamento, no Referendo de 2005’, se justifica; recentemente, Marina estabeleceu que campanha não iria receber nenhum tipo de doação da indústria do tabaco e da indústria bélica. “Queremos trabalhar com a ideia de promoção da saúde”

    1. quem gira 360º mantém a orientação.

      Essa mulher é sínica (sic), interesseira e maluca. Faz aliança até com os diabo (argentários) para ser presidente. Ambiantalista argentária é pra acabar. Deu uma volta de 360º e virou reacionária (sic).

      Ricardo, se não sabe escrever, peça ajuda de alguém.

    2. Marina grande marina

      Ricardo Santos,

      A acreana é esperta, e aquela esperteza vem conseguindo dar certo junto a uma boa parcela da sociedade brasileira, a parcela que não conhece a figura, aquela que só conhece a Marina que aparece no noticiário e mais nada.

      Já a sociedade do Acre da candidata, que realmente conhece a candidata que agora se reconhece como enviada por deus,  fez dela terceiro na eleição de 2010, isto porque não tinha um quarto candidato com relativa expressão.

      Em Brasília, eu gostaria de saber quem é capaz de trazer as propostas da então senadora em seus dois mandatos, e como Ministra do Meio Ambiente não há motivo para discussão, foram 5 anos de completo desastre, um longo período em que MSilva se detacou pela cizânia, por sua teimosia siderúrgica, por romper acordos em nome dos peixes, das árvores ou motivações semelhantes, pois ela não é boba.

      Agora, quando se vê diante do inesperado, logo percebeu que teria que fazer composição com deus e o diabo, ao ponto de encaixar na mesma sala ALRezende e LErundina, algo que nem um morador do Pinel poderia sugerir.

      Até aqui a malandra tem conseguido se safar, do rebú ( provocado por sua ascensão em pesquisa de opinião)  ocorrido na semana passada , ninguém viu a candidata se manifestar, ainda não explicou a questão do avião utilizado pelo PSB, partido no qual pegou carona e mais nada; a herdeira do Itaú deu entrevista na qual não precisou sequer tocar no nome da candidata, que foi tratada como deve ser, um zeo à esquerda; hoje saiu publicada uma entrevista do Eduardo Gianetti que pode e deve ser classificada como uma aberração tupiniquim.

      Na verdade, Marina Silva candidata a presidente por 8 anos ( o cinismo chegou ao ponto de dizer que, em caso de vitória só governará por 4 anos), passou uma semana escondida, inteiramente blindada, só que não vai dar prá esconderem aquele troço eternamente, o troço precisa se comunicar, dar as suas opiniões a respeito dos inúmeros aspectos da vida nacional, o troço não está se candidatando a deputado federal.

      Esta cínica é um caso tão, mas tão sério, que até o insuspeito rsrsrs Reinaldo Azevedo vem criticando energicamente sobre a possibilidade da tal candidata inegavelmente inesperada chegar ao Olimpo, o que faria do patropi um país severamente espoliado, em permanente estado de crise política, com os progressos de ordem social inteiramente abandonados, etc…

      Um abraço  

       

       

       

       

       

  2. O PSB confundiu candidato a

    O PSB confundiu candidato a vice com vice-candidato.

    Está fadado a desaparecer. Ou a Marina fica no PSB, mas dando as cartas, ou seja, transformando-o lentamente (ou nem tanto) em uma espécie de Rede 2, ou ela sai do PSB e vai para a Rede no ano que vem, independentemente de vencer ou não as eleições.

  3. Micarla federal

    Quem é de Natal-RN ou mora aqui vai entender. É incrível como as mesmas pessoas do meu círculo de amizades e de trabalho que, em 2008, se entusiasmaram com a candidatura de Micarla a prefeita de Natal (“diferente”, “é o novo”, “contra tudo isso que aí está”, “honesta”) estão agora no mesmo entusiasmo com Marina. A mesma mistura desastrosa de messianismo com apolítica. Não desejo ao Brasil um décimo do que nós passamos aqui em Natal.

  4. Turbulência – efeito colateral

    Um péssima notícia esta percorrendo o Rio Grande do Sul, o vitalício senador pelo estado Pedro Simnon, anunciou na noite de ontem  que vai concorrer ao Senado pelo PMDB na vaga deixada por Beto Albuquerque. Até ontem negava que iria concorrer devido a recomendação de seu médico. O PMDB oficial apóia para presidente o PSB. Simon na última eleição presidencial apoiou Marina.

     

  5. historia se repete
    em 1989

    historia se repete

    em 1989 elite com banqueiros e globo lancaram mario covas, sassa mutema como novela para produzir o vice, lima duarte, incompetencia e falta de credibilidade lhe deu 4% dos votos, antes do desastre, elite usou regra 3, criou outro candidato o collor, sem sustentacao parlamentar, sem partido, sem interlocutor, etc,,, este mesmo fazendo todo combinado (fez parte impopular do que seria o plano real, abriu importacao, cortou liquidez (congelamento poupanca) aumentou juros e fez reservas, as vesperas de lancar o REAL, GOLPE derrubaram ele, quem assumiu:

    andre lara rezende, ERUNDINA, FHC, aecio, etcetcetc,,,,

    marina é o collor II, a destruicao,,,,

  6. Uma criatura sem a minima

    Uma criatura sem a minima estatura, experiencia, vivencia, preparao e visão de mundo para dirigir um Pais da envergadura do Brasil, está sendo embalada para um papel perigoso de enganos por supostos inteligentes como Eduardo Giannetti, Neca Setubal, Lara Resende. SERÁ QUE NÃO SABEM quem é a personagem? Ou, mais provavel, pretendem maneja-la como uma boneca?  As duas hipoteses são horripilantes. Os industriais do Ruhr, com Thyssen à frente, pensavam que poderiam manipular Hitler, eles achavam que o cabo austriaco não tinha a minima condição para dirigir a Alemanha mas como foram eles que o bancaram  achavam que seria um ignorante manipulavel. Ledo engano.

    O fenomeno do “ingenuo manipulavel” não é novo. A Historia está cheia de exemplos, o ingenuo ai não é o escolhido, são seus “mestres espertos”. A maquina eleitoral de Tom Prendergast que dominava o Missouri e o Kansas inventou Truman, vendedor de camisas, para vice presidente de Roosevelt, Truman não tinha nem ginasio. Uma vez na cadeira da Presidencia , Prendergast não passava nem na calçada da Casa Branca, o “manipulavel” Truman tinha tanto peito que demitiu cara a cara o mais poderoso general dos Estados Unidos, Douglas Mac Arthur.

    Giannetti, Neca e Lara vão jogar este Pais numa aventura? Será que são cegos ou serão apenas ingenuos?

    Messianica, mistica, esotérica, biografia de sofredora, cheia de idiosicransias, aculturada sem cultura, o Brasil quer entrar no mundo dos grandes com esse perfil?  Francamente, o Brasil é vitima historica desses enganos de partida.

    1. Concordo André. Mas, pelo

      Concordo André.

      Mas, pelo jeito, as chances dela aumentam a cada dia. A inépcia do Governo Dilma, com sua equipe mediocre, e a grande massa de eleitores anti-PT, tem tudo para dar a presidência a Marina. No momento creio ser a hipótese mais provável.

      Sinto um clima parecido com a eleição de 2002 de Lula.

      Dilma tem um mes e pouco para tentar reverter, mas não será fácil. 

      Os três personagens citados estão embarcando na onda da Marina, vão tentar se beneficiar de alguma forma. Se tudo der errado, uma é bilionária, outro mora fora do País e o terceiro sempre poderá continuar dando suas aulas, palestras, etc….

      1. Abandonando o barco, Daniel?

        Abandonando o barco, Daniel? Não vejo esse governo desastroso que vc pinta. Aliás, que governo continuaria em pé diante da avalanche de notícias negativas que o Pig tenta lhe colar na testa? Isso para não falar do panorama econômico internacional, esse sim  desastroso. E não vejo Marina com essa bola toda…aliás com o começo da campanha eleitoral, Dilma começou a crescer…

        1. Apesar do Governo com muitas

          Apesar do Governo com muitas falhas eu ainda voto na Dilma, mas creio que não adiante fazer propaganda por aqui.

          A campanha ja começou, inclusive na TV com muito maior tempo para a Dilma.

          O Governo tem é que reagir, foi com esse pensamento que estava tudo bem que chegou a esse ponto, de iminente derrota em segundo turno.

          1. Minha opinião

            Daniel, não estou fazendo propaganda aqui, até porque não adianta, como todos sabem. Estou colocando minha opinião sincera.

            Não vejo derrota iminente no segundo turno.

            Isso significa que estou cego e acho que a Dilma já ganhou? Não.

            Sei que tudo pode acontecer, mas não vejo como provável uma vitória de MArina Silva em um segundo turno.

            Dilma está com uma campanha muito boa e consistente. MArina depende de um movimento irracional e voluntarioso do eleitorado.

            Pode ser que esse movimento irracional produza uma reviravolta (repito, reviravolta, não coloque a MArina como favorita no segundo turno porque aí você é que estará fora da realidade) no segundo turno, mas eu nunca vi isso acontecer nas eleições presidenciais e ví raras vezes em eleições estaduais ou municipais, em condições diferentes das que se apresentam no quadro atual da disputa presidencial.

            Há vários fatores a considerar, nem todos positivos para Marina ou negativos para Dilma, na verdade é o contrário. Marina é que tem que enfrentar grandes desafios para se viabilizar. 

            Bom, mas enfim essa é apenas a minha avaliação, não corresponde necessariamente à realidade. Só queria colocar minha avaliação, os acontrecimentos da próxima semana vão esclarecer quais avaliações são as mais realistas.

             

  7.  Não vejo o menor risco de um

     Não vejo o menor risco de um novo Color de Mello. Este não era tão esperto 

     Se eleita, Marina terá o prêmio que tanto almeja: receber das mãos de Dilma Roussef a faixa presidencial.

     Enfim a vingança pela usurpação do posto (suceder o Lula, com a benção do mesmo) que considerava seu por direito divino. Sem excluir nesse “direito” o efeito do um  bocado de bajulação de divindades terráqueas, que sabem exatamente a quem escolher para “causas nobres” e  como explorar fraquezas humanas, os tais venenos mentais (ressentimento,  rancor, inveja, vaidade).

     A faixa> E é só.

     E já está combinado.

     O governo, a partir do ato solene, ficaria em outras mãos.

     Seu reinado transcorreria tranquilo, quase sem trabalho.

     E o Brasil?

     Torço para que o Deus brasileiro não tenha resolvido tb se tornar londrino.

  8. Marina: Em nome de que Deus?

     A aliança circunstancial de Marina com a velha política (filiando-se ao PSB, com data marcada para pular fora) acaba de se transformar em um compromisso mais sério. Marina, guiada por banqueiros, empresários bilionários e economistas ortodoxos, num partido com alianças oportunistas com caciques locais por todo o país, agora mergulha de cabeça na velha estratégia marqueteira do messias, ungido por Deus (e pelo destino).

     

    Por que ela não consegue efetivar o discurso da nova política? Porque isso é balela sem reforma política. É discurso, também, marqueteiro. As regras do jogo estão lançadas há séculos, e quem quiser mudar esse país pra melhor, infelizmente, ou mergulha nessa dita lama ou fala sozinho nos púlpitos em praças públicas. Só consegue fazer reforma política quem tem o poder político para tal, e só se consegue esse poder político com votos, só se obtém votos jogando as regras escritas e não-escritas. Repito: infelizmente.

     

    Mas a estratégia de Marina, até agora, é se valer da nossa imaturidade política, da ingenuidade/alienação/hipocrisia da massa mais escolarizada e abastada do eleitorado para se vender como um candidata santificada, capaz de se eleger e governar sem “acordos” com o 1%, sem cessão à dita governabilidade. E segue apoiada pela grande mídia antipetista e pelos próprios tucanos, que quase jogaram a toalha, mas veem nela uma chance de voltar ao Poder. Já quebramos a cara com candidatos assim no passado, que fazem política negando a política.

     

    Ela começa a sua campanha eleitoral no auge da exposição midiática. A partir de agora vai ter que apresentar e confrontar suas ideias, demonstrando serem capazes de se sustentar além da personagem que criou para si própria. Mas são 40 dias pela frente, tempo para a comoção passar, para vermos se convence o país da sua capacidade gestora e política ou se vamos cair, mais uma vez, no conto do vigário (ou da pastora).

    1. Tem que sorrir, Roberto!

      Amparada pelos poderosos ($$$$$) e, percebendo que consegue enganar inocentes brasileiros, com a conversa que a providência divina está com ela. Só não explica porque a “providência divina” seria tão má com os que pereceram na tragédia. Essa mulher é perigosa e muito mais esperta do que se pode supor. SOCORRO!!!!!

      PS: Apareça mais Roberto!

  9. MARINA: uma nova globalização é possível.

    NASSIF,

    Desculpe, mas não há risco nenhum na eleição de MARINA, haverá sim um impacto de proporções mundial, no mesmo nível de representação de ´novidade´ política, mais ainda que as eleições de FHC, MANDELA, LULA e OBAMA. E hoje novas pesquisas eleitorais serão divulgadas em que a população brasileira demonstra acreditar no sonho de edificação de um mundo melhor a partir de um novo jeito de se fazer a política no Brasil.

    A eleição de MARINA terá repercussão mundial e nós, brasileiros, nos orgulharemos disso.

    O prestígio internacional de MARINA somada com uma votação popular extraordinária vai conferir a legitimidade e a credibilidade nas propostas de reformas institucionais que o Brasil reclama. A nossa classe política perdeu a legitimação da representação e isso é ruim para a democracia, portanto, após 25 anos da Constituição Cidadã que selou o fim da ditadura militar e escrita sob o compromisso político de assegurar a democracia, chegou a hora de olhando para o futuro, semear um governo de transição democrática.

    O fim das reeleições no executivo e a limitação no legislativo e a reforma no judiciário, os três poderes que trazem tantos vícios e dependências à governabilidade e novas regras para a representação política e para a participação da sociedade civil, serão marcos saneadores desse ambiente político viciado.

    Um novo pacto federativo precisa ser consensuado. Nada mais justifica a concentração orçamentária na união. O cidadão vive no município e no estado, sendo absurdo que uma ambulância do SAMU seja deliberada em ´emendas´ orçamentárias da união, adquiridas em Brasília e enivadas para Xapuri ou Brejo das antas.

    Ao assegurar que feita a transição e as reformas MARINA não desejará a reeleição – tal como fez MANDELA – assegura aos demais partidos, especialmente os três grandes – PT – PSDB e PMDB – que em 2018 estarão em condições de uma disputa pelo poder com regras renovadas e sadias.

    Por outro lado, há o reconhecimento dos avanços nas estruturas econômicas e políticas sociais a partir de FHC, LULA e DILMA e, com isso, não há risco algum em desmanche ou interrupção do que foi excelente até agora: a estabilidade econômica; a melhor distribuição de rendas e a redução à miséria continuam sendo compromissos do estado e não de um ou outro governante.

    A criação de mecanismos institucionalizados para dar voz e peso às demandas da sociedade civil representará um aprofundamento da democracia e da cidadania. Entendemos que essa formalização deva ser feita com amplo debate nacional e até mesmo com uma lei submetida ao referendo conforme prevê a constituição. Fazei-lo por decreto num final de mandato e a forma da indicação da sociedade são as restrições ao decreto do atual governo.

    No embate puramente eleitoral dirão os reducionistas, quanto ao ´risco´, o fato de MARINA não ter a experiência no exercido de diversos cargos no executivo. Mas nem o sociólogo FHC, nem o metalúrgico LULA, nem o advogado MANDELA e o sociólogo OBAMA ou a médica pediatra MICHELLE BACHELLET, nenhum deles haviam sido governadores antes de assumirem a presidência onde representaram seus ideais políticos.

    E, concluindo, os ideais sonháticos de MARINA possuem significado extraordinário para o futuro da humanidade. 

    O mundo capitalista precisa ser sacudido por essa figura ímpar: o desenvolvimento com sustentabilidade, tanto econômico como social, é dar vida ao que profeticamente ensinava o saudoso professor MILTON SANTOS em sua última grande obra: “A outra globalização é possível.” em que demonstrou a necessidade de se criar uma globalização mais humanizada, em que a tecnologia, o capital financeiro e a mecanização são criticados por sua desumanização e centralização do capital diante da vida pessoal e social. 

    Enfim, MARINA significará para o mundo a denúncia da globalização como fábula; da globalização perversa que retira os recursos naturais das nações e continentes mais pobres para usufruto perdulário nos países mais ricos e, por fim, que o mundo dê ênfase à nova globalização que busca novos conceitos a partir de uma integração real, humanitária e social, dizia MILTON, ao que designou como ´consciência universal´.

    Nós brasileiros podemos, nessa oportunidade histórica, através de MARINA e da histórica possibilidade de interlocução política do PSB rompendo com a nefasta polarização de ‘nós x eles´, convocar a elite política brasileira, do PSDB, do PT, PCdo B, setores do PMDB e com uma base parlamentar consistente, promover as reformas, de forma fraterna e exemplar,  oferecendo ao mundo os ideais sonháticos de MARINA e ela será ser o êmulo transformador das relações globalizadas em que o ser humano seja o sujeito dos agentes econômicos, e não o empecilho descartável da atual globalização.

    Nunca mais o mundo será igual após a eleição de MARINA SILVA. E sonháticos seremos todos.

    1. Quer dizer que em 4 anos

      Quer dizer que em 4 anos Marina passaria a borracha em toda a porcaria que existe na política brasileira, e teríamos então um novo modo de fazer política!!! Para isso não bastaria amplíssimo apoio no Cogresso, mas da Providência Divina.

    2. Será que a Neca e o André

      Será que a Neca e o André LAra REsende leram Milton Santos e concordam com ele???? O gianetti com certeza diria que Milton Santos não passava de um ‘bolchevique’….È bom acordar para a realidade.

      Quanto ao impacto internacional é o que mais me assusta. George Soros e as ONGS papa dinheiro com certeza vibrarão; o mercado financeiro internacional – ao que o Lara REsende é ligado – soltará fogos. Será uma festa de apoio internacional como foi com o golpe da UCrânia…

  10. Eu já acho….

    … Que Marina Silva se caracteriza por seu oportunismo e comportamento cheio de idiossincrasias: um messianismo defensor do moralismo e da ética contra a “má política” e que contará com a “boa vontade dos bons”. Mas que não apresenta – e nem se preocupa com isso – um discurso claro que sustente questões concretas sobre Economia, Saúde, Educação… Um eventual governo de Marina Silva seria menos próximo ao de um Fenando Collor, ou mesmo Jango (comparação, para mim, incabível). Seria a reedição de Jânio Quadros, um “cristão” (do Partido Democrata Cristão) que se coligou até com o diabo e o seu inferno (Lacerda e sua UDN) e deu no que deu: não duraram oito meses no Governo e abriram as portas de um contexto que desembocou na pior era do Brasil recente.

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