Veja parece desembarcar de Aécio, a partir de ordem da cabine de comando

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Nota zero de Veja em Aécio já o excluiu de 2018?

Do Brasil 247

A notícia é quase surreal. Depois de romper todas as barreiras da ética jornalística e se engajar como nunca numa campanha presidencial, a revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, publicou um ranking que classifica deputados e senadores. Aécio Neves, candidato de Veja em 2014, foi apontado pela revista como o pior entre os 81 senadores brasileiros. E se isso não fosse o bastante, Veja ainda deu nota zero para seu desempenho – aquela que nem os professores mais rigorosos cravam nos piores alunos.

De tão surpreendente, a notícia publicada no 247 neste sábado bombou nas redes sociais. Às 17h50, já havia gerado mais de 20 mil compartilhamentos no Facebook. Para uma revista que, neste ano, permitiu que sua última capa da campanha presidencial – a do ‘eles sabiam de tudo’ – fosse rodada à parte, como um panfleto político, a guinada equivale a um cavalo de pau num transatlântico.

Ao que tudo, indica Veja decidiu desembarcar de Aécio Neves, a partir de alguma ordem vinda da cabine de comando. Quem terá sido o comandante? O governador Geraldo Alckmin? O senador eleito José Serra? Os banqueiros Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco?

O fato é que, depois dessa, Aécio dificilmente conseguirá se recolocar como candidato presidencial. Aos adversários, bastará reproduzir, no horário político, o zero de Veja ao político mineiro.

Talvez por isso mesmo Aécio tenha se mostrado distante de uma nova candidatura, quando foi questionado sobre a possibilidade pelos jornalistas Valdo Cruz e Daniela Lima, que o entrevistaram na semana passada.

– “Mas o sr. pensa em ser candidato novamente?”, questionaram os repórteres.

– “Não mesmo. Talvez já tenha cumprido o meu papel. O candidato vai ser aquele que tiver as melhores condições de enfrentar o governo. Meu papel é manter a oposição forte. O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin] é um nome colocado e tem todas as condições. Outros nomes serão lembrados”, respondeu o tucano.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. Realmente, Aécio já era.

    Realmente, Aécio já era. Depois de causar todo dano que podia, foi julgado e punido por seus próprios pares. Agora vamos assistir de camarote o duelo até a morte entre Serra e Alckmin.

    1. Com a ajuda do bons camaradas

      Com a ajuda do bons camaradas que sempre teve dentro do PSDB (  trouxeram Valério e seu mensalão e deixaram  a turmra corrutpa de estatais dos governos FHC no mesmo e até roubando mais), todo petista, e sua mídia, como tem acontecido, deve incentivar que continue brigando até a véspera de definir quemr será candidato. Pois enquanto isso, logo que entrettar o governo de novo para Dilma, Lujla sobe no palanque 2018, sem briga nenhuma

  2. É pois é, né ? Já está sendo

    É pois é, né ? Já está sendo descartado, apesar de ter virado um leão da oposição. Já deu o que tinha de dar : chega ! basta ! cai fora ! O inocente imaginou que podia vencer os PAULISTAS ? Gente superior de um partido SUPERIOR.

  3. Mais uma prova provada de que

    Mais uma prova provada de que não existe oposição política séria no país, no sentido de oferecer alternativas e candidatos investidos de credenciais governar, mas apenas “frentes”(políticas-empresariais-institucionais-midiáticas) com o único propósito de desbancar um Projeto de Poder e de País com viés esquerdista e destruir seu principal agente, o Partido dos Trabalhadores. 

    Para encerrar a conversa: se a VEJA, a indefectível VEJA, desembarcou de Aécio Neves, imaginemos o resto. Será que esses líderes da oposição política, incluindo até mesmo FHC, não se mancam? Não atentam para a completa instrumentalização deles por parte do complexo midiático-empresarial? 

  4. O projeto era vender uma

    O projeto era vender uma assinatura da Veja para cada escola e repartição pública em todo o Brasil. Não deu, agora tem que se conformar com uma assinatura em cada escola e repartição de São Paulo. Agora é Alkmin. Aécio agora é so um estorvo para o Alkmin em 2018. 

  5. Tivemos sorte….

    …muita sorte, deste “cavalheiro” não ter levado (arrancado) a faixa presidencial…

    As vezes parece que Deus realmente é brasileiro…

    Oxalá, que possamos ter uma oposição mais equilibrada, sensata, suficientemente honesta e acima de tudo, nacionalista. Qualquer oposição que nao queira entregar o Brasil aos status quo economico mundial, já terá sido uma revolução em nossa imatura democracia. É pedir muito? Talvez sim. E este, ao meu ver, é apenas o histórico maior entrave que temos.

  6. Deixou

    Deixou claro ao cambaleante Aécio que ele era visto somente como um instrumento pra tentar derrubar o Lulismo. Quanto a Minas Gerais, pobre estado, ainda continua preso psicologicamente e emocionalmente à política do café com leite. A elite mineira conduz o Estado como se a República Velha ainda estivesse  funcionando.Por estas bandas, a elite parasitada ainda não evoluiu.

  7. Aécio foi sepultado com sua

    Aécio foi sepultado com sua derrota, morreu politicamente, vai poder dedicar o resto de sua vida a fazer a única coisa que sabe fazer: ser um filhinho de papai vagabundo e irresponsável.

    As cenas da derrota foram patentes, o mau caráter Luciano Huck, que companhou, como papagaio de pirata, toda a puração ao lado de Aécio, ao perceber a derrota do “amigo”, se escondeu no fundo da sala e fugiu na primeira oportunidade. A falta de organicidade da direita brasileira, constatada nessa matéria da Veja, vem de sua própria essência: serem egoístas ao extremo, sem caráter, nenhum princípio que não seja a busca da vantagem própria, compromisso zero com o que quer que seja. Por isso o individualismo doentio do neoliberalismo laissez-faire é a doutrina de escolha desses sociopatas.

  8. Mas, mais importante, deve-se

    Mas, mais importante, deve-se notar o fim do “Pacto de Ouro Fino” da derrota de Aécio, com MG – o estado de transição do cvampo de batalha fortemente polarizado entre norte e sul – migrando rumo ao campo progressista. Não acredito que Alckmin seria um candidato competitivo, além do fato de ser paulista, sua péssima administração em SP não será vitrine para nada. Quiça, em 2018, Alckmin seja o Aécio de 2014, não ganhe a presidência e perca SP, Haddad é o cavalo-de-tróia, e a estupidez política dos paulistas logo mostrará que também tem limites.

  9. A retórica política de São

    A retórica política de São Paulo não funciona a nível nacional. Alckmin vai falar o que para os brasileiros?”Sou de São Paulo, o estado que carrega nas costas esse país de vagabundos”?

  10. Vamos tentar analisar

    Vamos tentar analisar friamente a situação. Eu mesmo postei meu pasmo aqui há algum tempo. Ninguém, até a veja, consegue levar o Aécio a sério durante muito tempo. Por maior que seja o ódio ao PT..

  11. Aliados.

    Revista Veja pode ter descido das asas de Aécio, mas aposto todas as minhas fichas que não desceu das asas do tucanato. A parceria alí já está mais do que consolidada. Veja sentiu a derrota, está enfraquecida, mas ainda relutante. Só há uma forma de enfraquecê-la mais ainda: É financeiramente, o que já vem acontecendo, porque em termos de credibilidade, ela mesmo está cometendo seu suicídio.

  12. Será que a Oia pularia do

    Será que a Oia pularia do barco, caso o Ah É Sim tivesse ganho a eleição? E prá 2018 vai valer a máxima do THC – qualquer um serve, desde que derrote o PT? O qualquer um da vez danou-se. Virou bagaço.

  13.  
    Me descupem, mas não posso

     

    Me descupem, mas não posso negar ao panfleto de merda, a justa medida de aplicar um pontapé no “derrière”  do playboyzinho incompetente.

    Qualquer caboclo possuidor de mediano córtex cerebral, amparado na complexa arapuca montada pelos maiores especialistas em trambiques & negociatas eleitorais do país, teria obtido resultado bem superior ao desempenho alcançado pelo desocupado e incompetente vadio.

    Um cabra que além de ser um badalado machão do Leblom, nunca fez porra nenhuma de útil na vida.       

    Orlando

  14. Veja precisa de alguém com
    Veja precisa de alguém com poder da caneta. Sem a presidência e sem o governo de Minas Aécio não é nada. Isso foi um aviso do tipo Pó parar governador. Alkimin já começa a cantar para Aécio… Ó abre alas que eu quero passar…

  15. PSDB 2018 ? Sei não. Só se o

    PSDB 2018 ? Sei não. Só se o judiciário falhar mais uma vez. Pq se a Castelo de Areia fugir da gaveta e a investigação do Metrolão não for engavetada, o que terá o partido a dizer? Eles só tem a corrupção e o Bolivarismo como mote de campanha. Irão prometer o que? SM a 2 mil reais ? Bolsa família p/ todos ? Mandar para Cuba? Mas são contra o Bolsa, ou não?

  16. Os comentaristas estão ficando burros ou preguiçosos.

    Meus caros amigos, ou vocês estão ficando burros ou preguiçosos, ficam falando no PIG como este tivesse uma estratégia própria independente de um grande senhor. A pergunta “Quem será o Comandante?” é fácil de responder.

    O mesmo das últimas décadas!

    Depois que um presidente definiu que a América é para os (norte) americanos, foi definido quem é o comandante.

    Esquecem todos que durante anos a fio foi repetido que o golpe de 1º de abril de 64 era um golpe autóctone e que os irmãos do norte não tinham uma ação mais ativa do que mera simpatia aos militares golpistas. Precisou um historiador norte-americano colocar no papel as forças militares que haviam sido deslocadas para a costa brasileira para que muitas mentes que se acham de esquerda acreditassem na influência do Comandante (que na época era Kennedy). Precisou que as correspondências da embaixada norte-americana fossem divulgadas para muitos aceitarem que até o Presidente General da época, Castelo Branco, foi escolhido a dedo na Casa Branca.

    Logo é claro, quando incomodamos o Comandante se manifesta, talvez em curtos períodos não foi achado conveniente uma escolha que contrariasse a população e alguns candidatos autóctones fossem aceitos, por exemplo JK e o próprio Tancredo Neves que já era conhecido do Comandante desde o tempo do Parlamentarismo no Brasil.

    O próprio Lula talvez tenha sido eleito da primeira vez com o objetivo de desacreditar uma saída mais a esquerda, não esqueçam que o neo-liberalismo estava bombando e os CONTRATOS FORAM TODOS RESPEITADOS. Lula sempre foi menos perigoso para os irmãos do norte do que Brizola, pois este no governo do estado do Rio Grande do Sul teve a coragem de desrespeitando os contratos ter nacionalizado a telefonia e a energia elétrica no estado (algo que pesou até o fim da vida política de Brizola).

    O segundo mandato de Lula e o primeiro de Dilma foi mais garantido pela empatia entre Lula de Bush do que qualquer outra coisa (e se acham que isto não vale, escutem as transcrições gravadas da Casa Branca)

    Agora o que ocorreu nas últimas eleições, Marina era uma candidata com mais apoio dos europeus do que os norte-americanos, por outro lado Aécio cometeu um grande erro, chamou o apoio de uma artista norte-americana e foi levantado publicamente nos USA as suas prováveis vinculações com casos estranhos de helicóptero voando com grande quantidade de substâncias lá não muito desejáveis. Não esqueçam que o DEA tem escritório no Brasil!

    Agora vamos ao dilema do Comandante. Uma candidata que poderia deslocar o eixo de governança no sentido da Europa, um provável futuro Noriegua num país bem maior do que o Panamá, e uma sucessora de Lula (com sua autonomia) mas que pode ser mantida na fogueira até as próximas eleições.

    Agora alguém pode perguntar porque não Alckmin? talvez este seja mais um produto da burguesia nacional do que os outros, e seus contatos com órgãos religiosos de origem Europeia o tornam um pouco indigesto.

    Talvez venhamos a conhecer o futuro candidato do Comandante daqui a uns dois anos, é só observar dos políticos e governadores futuros que obtiverem rápida ascensão na mídia tradicional, e talvez esteja por aí o candidato do Comandante.

    1. Concordo e muito com você e

      Concordo e muito com você e seu comentário. Vendo tudo o que os EU estão aprontando (como sempre) mundo afora. Pré Sal !, BRICS !, banco dos BRICS ! Putin ! É dimaisdaconta  para eles.

  17. Quantas assinaturas da Veja e

    Quantas assinaturas da Veja e afiliadas o Aecio pode comprar sem licitacao para o senado? E quantas para o estado de MG? Quantas o Alckimin pode para as escolas, etc, do estado de SP?

  18. O motivo é um só

    O maior cabo eleitoral do PT é o PSDB. Por duas vezes Dilma esteve atrás na pesquisa eleitoral. Atrás de Marina e atrás de Aécio. Depois virou o jogo. Notem que o PT é um excelente partido, a Dilma é que é o motivo do povo querer mudanças. A Dilma dos juros altos.

    Se Marina não tivesse defendido pontos polêmicos, como “Banco Central independente”, e Aécio não tivesse defendido “aumento do desemprego como solução para o Brasil”, é bem provavel que teriam ganho.

    Ou seja, o PT só não perde porque a oposição émuito ruim mesmo. O povo estava sem opção e resolveu manter Dilma no poder mesmo a contra gosto. Preferiu não arriscar. Daí a estratégia, a Veja se livra do Aécio e talvez planeje achar alguém, e ou algum outro partido mais competente para desafiar o PT em 2018.

     

  19. a veja retira a voz do seu

    a veja retira a voz do seu próprio ventríloquo-manipulado,

    que teve o desplante de perder uma eleição,

    cujo estelionato veja produziu ancorada no conluio tucano-midiático-cbn-globo etc..

    agora veja quer escapar da condenação da história,

    mas não conseguirá, evidentemente.

  20. Candidato à Presidência desde

    Candidato à Presidência desde junho deste ano, Aécio saiu em campanha pelo país, o que evidentemente o afastou de Brasília e da movimentação cotidiana do Senado. Era natural, dada a ausência, imperativa aos candidatos a qualquer cargo, mas sobretudo aos postulantes a presidente, que Aécio fosse penalizado por dedicar menos tempo à atividade legislativa, votando menos do que poderia, por exemplo. Se tivesse votado em todas as ocasiões e aproveitado as oportunidades para fazer mais pronunciamentos e apresentar mais emendas, Aécio apareceria melhor posicionado na listagem. Os mais de 51 milhões de votos obtidos por Aécio na disputa presidencial vencida por Dilma Rousseff, com vantagem de pouco mais de 3 milhões de votos, indicam a relevância e a aprovação por um imenso grupo de brasileiros do trabalho parlamentar do senador mineiro desde fevereiro de 2011, respeitado tanto por companheiros de partido como por opositores. Sua posição no Ranking do Progresso em 2014 é, portanto, um ponto absolutamente fora da curva.

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