Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Audácia, mais audácia, sempre a audácia: a grande arma de Bolsonaro, por Andre Motta Araujo

O audacioso não precisa ser inteligente, e muitas vezes não é. A audácia é uma capacidade específica e independente, é o gosto pelo risco, alma de jogador, pode ser um vício.

Audácia, mais audácia, sempre a audácia: a grande arma de Bolsonaro

por Andre Motta Araujo

‘De l´audace, encore de l´audace, et toujours de l´audace’, a célebre frase de George-Jacques Danton, um dos pais da Revolução Francesa, depois repetida e relançada pelo também célebre General George Patton, o maior dos generais americanos de campo no teatro europeu da Segunda Guerra, era o rei da audácia, ia na frente dos soldados. Indica a alma de jogador de um personagem na História, aquele que vence por um cálculo simples que tem sua lógica social plenamente explicável.

Audaciosos foram Napoleão, Mussolini e Hitler, mas não Stalin e Churchill, que operavam com sagacidade e estratégia, são estilos de personagens. Vargas era outro tipo de cauteloso e metódico, para preparar o autogolpe de 10 de novembro de 1937 levou um ano em absoluto segredo, aliciando os interventores um a um, em viagens secretas de Negrão de Lima, convenceu o Exército em longas conversações com cada general, o golpe veio pronto e acabado, executado em dez minutos.

O SEGREDO DO AUDACIOSO

O audacioso na política conta com uma percepção que no começo dá certo, porque ele conhece a natureza do território. É a NÃO REAÇÃO dos oponentes, por medo e letargia. Os adversários NÃO REAGEM porque são cautelosos e temem perder vida boa, cargos, riquezas, a liberdade e até a vida. A maioria das pessoas com riqueza e posição em um País TEM MUITO A PERDER se enfrentarem o audacioso e perderem, portanto preferem não reagir.

No Brasil, pessoas em boas posições de poder civil e militar têm empregos importantes, seus e de familiares, têm posição social definida e valiosa, têm boa vida e futuro assegurado. Por que arriscar em uma luta cujo resultado é sempre desconhecido?  Hitler na Alemanha era um aventureiro absoluto, chegou a morar na rua, não tinha nada a perder. Seus oponentes eram a alta oficialidade militar, os ricos industriais do Ruhr, os banqueiros de Frankfurt, por que iriam se arriscar enfrentando-o e à sua turba de rua? Todos achavam que alguém iria parar Hitler, mas ninguém o enfrentou porque eram todos cautelosos, tinham muito a perder.

HITLER NUNCA TEVE NADA A PERDER, no fim jogou com a vida e perdeu, mas estava na sua natureza de jogador audacioso, venceu muitas paradas que muitos julgavam impossível ganhar, a maior das quais foi a invasão da Tchecoslovaquia em 1938, quando o Alto Comando tinha certeza que França e Inglaterra defenderiam a independência da Tchecoslovaquia, eram por tratado garantidoras de suas fronteiras e ao fim abjetamente ENTREGARAM a jovem Republica na bandeja, achando que com isso Hitler se daria por satisfeito e não iniciaria uma nova guerra europeia.

Ledo engano. Apenas abriram seu apetite para um ano depois invadir a Polônia. Se França e Inglaterra enfrentassem Hitler em 1938, o Alto Comando da Wehrmacht o derrubaria, isso está absolutamente comprovado nos documentos apreendidos pelos Aliados depois da guerra, MAS Hitler foi o único que estava certo, ele tinha certeza que França e Inglaterra não reagiriam à sua audácia.

O audacioso não precisa ser inteligente, e muitas vezes não é. A audácia é uma capacidade específica e independente, é o gosto pelo risco, alma de jogador, pode ser um vício.

Napoleão sempre arriscou tudo em cada lance, se deu mal, muito mal, na invasão da Rússia e mais mal ainda no retorno dos 100 dias. Hitler teve lances de intuição especiais na fase inicial de sua caminhada, na reocupação da Renânia, quando a França deveria ter reagido e não reagiu, no rearmamento alemão vetado em Versalhes, ninguém reagiu, na anexação da Áustria, as potências de Versailles não reagiram, intuiu a covardia de Daladier e Chamberlain e acertou mas errou redondamente ao não prever a  entrada de Churchill em cena, acertou novamente na rendição e na política de colaboração da França covarde, percebeu o mau-caratismo dos franceses de Vichy, mas não previu De Gaulle, depois apostou e perdeu em Stalingrado e daí para a frente só perdeu, até perder a vida. A tática de jogo dá certo quando combinada com a intuição sobre o outro lado.

Bolsonaro apostou suas fichas na inação das lideranças de centro e na colaboração abjeta dos “mercados” incapazes de um mínimo de inteligência mais ampla, de enxergar mais do que três meses à frente, de que adianta um Guedes pro-mercado se a moldura geral do governo é orientada por um Olavo de Carvalho? São cegos?

O FATOR BOLSONARO

Não se pode subestimar Bolsonaro, sua trajetória é fora do usual, sair do Exército da forma como ele saiu é coisa rara, mostra muita audácia, depois montar uma carreira política em torno do suboficiliato, um relembrança do tenentismo dos anos 20, outra ousadia bem sucedida em sete mandatos de deputado, depois o jogo na eleição de 2018, construiu um carisma por intuição de tempo e cenário que outros não viram. É um personagem interessante, complexo, estive com ele uma única vez antes da eleição, em agosto de 2018, com americanos interessados em conhecê-lo, um café da manhã, foi muito educado e afável, como costumam ser os audaciosos.

Kennan descreve Stalin como socialmente gentil e modesto, a Rainha Maria José da Itália, belga de nascimento, descreveu Hitler como um “cavalheiro à moda antiga da Áustria”, todos os que conheceram Hitler em salões de recepção elogiaram sua afabilidade e educação e não o raivoso colérico dos filmes de Hollywood. Tais contrastes vêm da complexidade dos personagens que o comum das pessoas tem dificuldade em entender e ai está a grande arma dos audaciosos, iludem porque são complexos.

Kennan, Embaixador em Moscou ao tempo de Stalin, que o expulsou, dizia que a grande arma de Stalin era a humildade, sempre disposto a ouvir e concordar com o interlocutor que, segundo Kennan, não percebia a capacidade tática e estratégica escondida naquele pequeno homem em farda amassada e puída, dentes cariados e amarelados pelo fumo, em um salão com 500 pessoas ficava em um canto, quem não soubesse quem era não daria a mínima atenção e no entanto era o único homem importante no salão. Esse “fingir ser pequeno” era, segundo Kennan, a argúcia maior de Stalin.

Bolsonaro enganou pela audácia o “establishment” político, incapaz de enxergar a oportunidade que ele enxergou e agora estão todos estupefatos pelo desdobramento, MAS Bolsonaro nunca enganou ninguém, sua biografia era plenamente conhecida, sua orientação ideológica era um livro aberto, nunca disse que faria outra coisa do que está fazendo, não praticou estelionato eleitoral, operou às claras.

Por um bom tempo o audacioso vence contando com a covardia, também conhecida como prudência, de seus oponentes, mas ao fim perde porque é da lei das probabilidades que a roleta não cai sempre na mesma posição. Depois de demorada catatonia os adversários se unem contra o inimigo de todos.

Os grandes audaciosos perderam no fim, Hitler se matou, Napoleão morreu prisioneiro na perdida ilha de Santa Helena, os calculistas Stalin e Churchill morreram de velhice. E esses dois fizeram o maior acerto calculado da História, uma aliança entre o mais conservador dos estadistas, um lorde inglês e o mais revolucionário dos comunistas, um agitador revolucionário georgiano conhecido pela alcunha de Stalin, nenhuma ideologia, puro cálculo dentro do xadrez da História, que na Era Contemporânea só teve outro cálculo maior, a Paz de Viena celebrada entre o vencedor, o Príncipe de Metternich e o vencido, o Príncipe de Talleyrand, que assegurou ao mundo 100 anos de progresso e prosperidade.

Na História há o espaço dos jogadores audaciosos e há o espaço dos estrategistas calculistas, por isso a História é imprevisível.

Por uma dessas coincidências históricas, que parecem ser armações dos deuses, os audaciosos aparecem quando o ambiente lhes é mais favorável, os adversários são mais covardes do que em outras épocas, a “prudência” os faz serem temerosos de reagir, os predadores na natureza farejam o território de caça que lhes favorece.

O audacioso quase sempre encontra terreno limpo à frente, Napoleão viu o caos social produzido pela Revolução e a necessidade de uma nova ordem autoritária numa sociedade acostumada em séculos de governo despótico, substituiu o absolutismo dos Borbons pela ditadura do Consulado e depois do Império.

Hitler encontrou terreno limpo nos escombros da República de Weimar e na tragédia social da Grande Depressão, invés de oponentes encontrou sabujos prontos a servir, como Von Papen, e um Exército desconfiado, mas à procura de um líder e pronto para um acordo de forças que o nazismo aceitava em troca da neutralidade da força armada. O Exército via os nazistas como arruaceiros, mas aceitou colaborar, Hitler jamais confiou nos prussianos fardados, por isso criou as SS.

A saída do bolsonarismo só se dará por um trauma, um choque de natureza confrontacionista, não há no horizonte uma transição calma para outro cenário, é do jogo. O audacioso, por sua própria natureza, não pode viver na estabilidade, precisa avançar sempre e conta com os “prudentes” que não reagem, é um processo histórico.

O audacioso é sempre um corajoso, a vitória lhe dá força para o jogo seguinte, ele aposta na prudência, na realidade covardia, dos adversários, é um jogo que não pode parar.

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Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

20 Comentários

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  1. Penso que mais oportuno, BOZO e seus FILHOS estariam mais a altura da tentativa pela constituição duma dinastia, tipo com SADAN e KADAFFI e, muito provavelmente, de terEM o mesmo fim, qual seja, conflagrados por seu próprio POVO, e não por forças internacionais hostis.

  2. “Bolsonaro ENGANOU pela audácia o “establishment” político, incapaz de enxergar a oportunidade que ele enxergou e agora estão todos estupefatos pelo desdobramento, MAS Bolsonaro NUNCA ENGANOU ninguém, sua biografia era plenamente conhecida, sua orientação ideológica era um livro aberto, nunca disse que faria outra coisa do que está fazendo, não praticou estelionatoeleitoral, operou às claras.”

    Afinal, o boçalnaro enganou ou nao enganou?

    Quando o pessoal dos salões, depois de uma conversa “bastante agradável”, se decidir, avisa, ok?

    Caramba…tanta gente avisou que esse pessoal já passou do ponto de retorno há muito tempo…Mas a cegueira do antipetismo, a tapagem antissocial fez com que tudo valesse a pena…

    Nao é “prudência”, coisa nenhuma; nao é nem hesitação: sao feitos do mesmo material, isso, sim. O boçalnaro somente vibra numa nota mais alta, só isso.

    1. Ele enganou no sentido de NÃO VEREM o risco que ele representava MAS não iludiu porque sempre se mostrou veraz PARA QUEM QUISESSE VER o que ele faria, a maioria não percebeu ou não quis ver.

  3. Para mim, Bolsonaro não é propriamente uma pessoa audaciosa, mais muito mais um impulsivo, como seus filhos. Ele age pela impulsividade, truculência e se passar, passou. O problema é que tem “passado” ou “colado” muitas de suas aberrações. Mas também ha estratégia por detras dos Bolsonaro. Os filhos seguem, para muito além do mitologico Olavo de Carvalho, comunicadores, marketing etc.
    A esquerda esta engessada porque boa parte da população apoia essa aberração chamada governo e porque os militares, ao contrario do que pensam alguns cândidos, podem dar um golpe, com ou sem Bolsonaro, no momento que acharem oportuno.

    1. Correto. Bolsonaro é meramente um “merdinha” que não cresceu, que deseja “gozo absoluto” para si e para os filhos e não vê nenhum problema em destruir um país inteiro para conseguir isso. Um dejeto que não está a altura de ser chamado de “ser humano”.

      Porém ele consegue tudo o que quer por causa da EXTREMA COVARDIA dos que deveriam colocar ele e filhos em uma jaula, como por exemplo o patético Maia que está cometendo CRIME de prevaricação ao sentar encima de todos os processos de impeachment.

      E eu também gostaria de saber qual é afinal a razão para o exército brasileiro apoiar um verme que foi EXPULSO das suas próprias fileiras, ao ponto de jogar no lixo a pópria credibilidade para proteger os crimes diários de Bolsonaro. Decidiram impor uma nova ditadura no país e estão usando Bolsonaro como testa-de-ferro? Foram pagos para destruir o próprio país?

  4. Penso que este imbróglio não será resolvido pacificamente.
    Não sei que lado se sobrepor ao outro,mas penso que o lado que tem as armas vence.
    O lado Bozo tem as armas.
    Penso que nos tornaremos um iraque da época do sadam.
    Haverá sangue e não será do lado Bozo.
    Também acho que não haverá eleição presidencial em 2022.
    PS. ainda não vi NENHUM xadrez do Nassif se realizar ou, pelo menos, estar perto de ser realizar.
    O lado armado é o do bozoasno.

  5. O texto é interessante, mas dizer que Stálin – em grande parte coveiro dos ideais bolcheviques – foi o mais revolucionário comunista constitui um exagero, no mínimo. Pode-se considerar, como o historiador e biógrafo Isaac Deutcher, que seu papel foi contraditório. O “socialismo real”, na maioria dos países do leste europeu, chegou a partir do Exército Vermelho, no período de ditadura do georgiano na URSS, com transformações impostas a partir de uma ótica geopolítica e não de projetos autóctones. Quanto às considerações sobre a audácia da repulsiva figura que ocupa a presidência da República, resta a conclusão de que ela precisa ser contida. Ou não resultou em mais de um crime de responsabilidade? Quem poderia pressionar o Congresso Nacional nas ruas sabe que não pode fazer isso, em razão da pandemia. Entretanto, quem define o rumo do país, essencialmente, é quem manda no capital, quem concentra a riqueza no Brasil. Enquanto estes acreditarem que o coiso pode conduzir o aprofundamento do choque de selvageria no modelo liberal periférico, ele não cairá. A dinâmica do “centrão”, na verdade, na conjuntura e desde antes, “direitão”, obedecerá a estes interesses. E ficam duas perguntas: até que ponto existe excesso de prudência na esquerda? Quem no campo progressista, em 2022, poderá se apresentar com um programa que atraia os “de baixo” e as doses adequadas de ousadia e astúcia?

    1. Meu caro, Stalin era um ditador não ideologico, usava o comunismo como poderia ter usado o fascismo,
      ele estava mais para um autocrata herdeiro de Pedro, o Grande, a sua linha era oposta a de Trotsky, este sim um lider ideologico, Stalin sacrificou o comunismo em nome dos interesses estrategicos da Russsia em duas ocasiões claras: na retirada de apoio à Republica Espanhola em 1939, o fez Franco ganhar a guerra e no sacrificio dos comunistas gregos do ELAS em 1949, quando eles estavam a ponto de entrar em Atenas. Nas duas ocasiões ele calculou que a vitoria comunista com a Republica Espanhola faria a Inglaterra se unir a Hitler e no caso grego ele tinha ajustado em Yalta que em troca da Polonia a Inglaterra teria o controle da Grecia e ele cumpria o combinado. Já publiquei aqui varios artigos sobre esses dois movimentos de Stalin, do qual tenho 43 biografias, das quase 600 já publicadas. Sugiro o filme O CIRCULO DO PODER e aserie da TV hungara sobre Stalin, ambos videos disponiveis comercialmente que expõe bem o contorno biografico desse homem complexo.

      1. Assisti ao Círculo do Poder e li um bom número de livros e artigos sobre a Revolução Russa e seus protagonistas. É exatamente por ser um ditador não ideológico, conforme o ponto de vista que expressaste agora, que ele não pode ser considerado o mais revolucionário dos comunistas.

        1. Trata-se de uma analise da politica mundial daquela época e NÃO um perfil academico de Stalin, ele era o representante do pais da Revolução em contraponto ao mundo conservador representado pela Inglaterra.

  6. Caramba, a “audácia“ de Bolsonaro enganou até o André! Compará-lo a Napoleão e Hitler? Ele está mais para a caricatura de O Ditador feita por Chaplin. Assim como o STF é uma caricatura de supremas cortes de países com tradição de respeito às leis. O que rege o STF é a pompa e o ritual e Bolsonaro com sua grosseria sequer consegue acompanhar esses protocolos e etiquetas existentes nas instituições da república. Ele é tosco, não é audaz. Se move por ódio, por ressentimento, por grosseria e não por intuição e audácia. Por isso é tão pequeno e repulsivo. O que o ajuda é o ambiente putrefato das instituições brasileiras. No caso de ontem ajuda o fato do presidente da Suprema Corte ser um tabaréu tal qual o presidente da Corte. Napoleão e Hitler se tornaram personagens históricas porque tiveram patriotismo e coragem em determinado momento de suas trajetórias. Como encaixar esse covarde e anti patriota com ambos? Ele se pendura no Trump para se afirmar. O problema, talvez, seja que os momentos históricos não tem nenhuma semelhança pois Bolsonaro é fruto da Cambridge Analítica e de uma elite tosca como ele.

    1. Hitler e Mussolini tambem era caricatos, no inicio não eram levados a serio, as pessoas mais cultas os achavam ridiculos. Essa foi um dos maiores enganos da elite anglo-americana dos anos 30.

  7. Quando na década passada ele fez aquele ataque virulento contra Maria do Rosário deveria ter sido cassado, mas a misoginia aliada a campanha ‘tudo contra o PT vale’ fez com que ao invés de cassado virasse estrela do CQC na Band, hoje vivemos essa tragédia! E continuam todos cúmplices de seus crimes…

  8. Só há uma maneira desta bela análise parar em pé: Trocar Bolsonaro por Steve Bannon. Bolsonaro é um mero peão escolhido e alçado ao posto por um projeto internacional de extrema direita que detém ferramentas complexas de mobilização. Bolsonaro se encaixa no perfil, mas o perfil é flexível. Ele segue sem brilho próprio, sem ideias próprias. De fato, não pratica estelionato eleitoral, mas a ideia é justamente essa. Ser tosco e não ter freios à sua imbecilidade é o que o levou a ser escolhido. Não é mérito. Não é estratégia. Nem ele nem seus filhos possuem o tino político que alguns analistas gostam de projetar sobre eles. Isto parece mais uma tentativa de engrandecer o adversário para diminuir a dor da derrota. Para que se pare a extrema direita, é necessário destruir os meios de financiamento e influência do projeto de Bannon, que utiliza o big data para filtrar e produzir conteúdo de guerra constante. Caso Bolsonaro caia, o projeto escolherá outro nome e seguirão tendo 25-30% de adesão de um público que se informa apenas pelas redes criadas por esse grupo e que se sustenta na capilaridade das igrejas evangélicas.

  9. Nao se trata de comparação com Napoleao e Stalin, usei esses modelos como exemplos da categoria dos adaciosos, isso NÃO É UMA COMPARAÇÃO, trata0se de historia comparativa por categorias.

    1. Voce tem razão, Bradley teve mais tropas sob seu comando do que Patton, que anteriormente era seu superior, Bradley era um general “normal” que operava dentro da logica e de uma estrategia geral traçada por Eisenhower, que era o ssuperior de todos MAS Patton era o general simbolo, mediatico, que ia na frente da tropa, foi titulo e personagem de um filmeespetacular onde ele foi representado por George Scott, porisso Patton e Mac Arthur, tambem titulo de filme, foram os generais simbolos da Guerra pelo lado
      americano, ambos morreram cedo e Bradley sobreviveu a todos, morreu em 1981. Patton, que ia na linha de tiro nas batalhas, ironicamente morreu atropelado por uma carroça depois da guerra.

  10. Na sua opinião, Lula é audacioso como o bozo ou prudente como Churchil?
    Bozo aproveitou-se de oportunidades sendo audacioso ou criou oportunidades com audácia?
    Lula criou oportunidades com audácia ou aproveitou-se das oportunidades sendo audacioso?
    A audácia pode conviver com a permanência e os bons propósitos, ou ela não carece de propósitos?

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