Maio está cheio de datas comemorativas que nos fazem refletir, não é mesmo?!
Hoje, dia 17, é o Dia Internacional conta a Homofobia e parece que além de refletir há tanto mais a realizar: em termos de sociedade e indivíduo, somos tão precários em aceitar amor que chega a ser bizarro que tenhamos que discutir sobre escolhas tão íntimas e que não nos ineressam – quando não nos interessam, de fato – que chego a ficar incomodada sobre o real fato de um homem beijando outro homem e uma mulher beijando uma mulher ser tão agressivo para algumas tantas pessoas a ponto, inclusive, de fazê-las agredir.
Sério, por que é assunto meu qual a preferência sexual de outra pessoa? Exceto que eu goste daquela pessoa, deseje aquela pessoa, reprima em mim sensações que a pessoa possa ter, seja ignorante e limitada em termos religiosos (dê uma pesquisada mais profunda para ler e reler sobre o amor e a verdadeira constituição de família, por favor – procriar como maior função da fusão masculino+feminino chega a ser tão machista que, ops, não é que uma coisa acaba sempre esbarrando na outra?), enfim, gostaria de pedir argumentos de quem tem oposição ao homossexualismo pelo menos pra ver se consigo entender qual é a linha de raciocínio de quem flui neste sentido, que beira o oposto ao que acredito ser grande o suficiente pra caber no coração.
Entendo que a promiscuidade e os quês de lascivo que algumas relações apresentam são assustadores, mas é tão simples encontrar estes traços em casais e pessoas hétero que não são pontos relevantes, ao meu ver, pra justificar que “os gays são ________”. Os gays, as gays, eu e você somos pessoas e, como tais, temos como quase unica obrigação na vida nos amar para, então, amar ao próximo como a nós mesmos – taí uma das lições mais famosas da religião mais antiga e que, pasmém, parece só fazer sentido quando o próximo traduz exatamente quem você é, vive do jeito que você quer e sente as coisas da forma como você sente.
Não é bem assim, viu, e mais do que o Dia Internacional contra a Homofobia, deveríamos celebrar a diversidade que, alinhada com toda a natureza, reina abundante com todas as cores e nuances e disposições pra aceitar amorosamente tudo aquilo que existe, independente da minha preferência pessoal. Como diz o meme, “não é porque o casamento gay foi aprovado que você terá que se casar com alguém do mesmo sexo” – então, sério mesmo, por que isso é um problema seu?
É maravilhoso que hoje possamos escrever sobre isso, pensar sobre isso, dialogar sobre isso, lutar sobre isso, mesmo que soe absurdo ter que engajar todo este esforço por uma escolha que é amorosa, sexual e tão particular que não deveria ser da conta de quem não está no looping. Meu namoro só interessa pra mim, por que cargas o de outra pessoa vai interessar pra mim? É excelente também que tenhamos Jean Wyllys e sua inteligênia psíquica e emocional representando não somente a parcela gay da população mas, na minha opinião, a parcela amorosa. Pleo menos no que diz respeito a um tipo de amor que liberta e não prende, esta é a minha opinião.
E a sua, qual é?
Reflita. E, se possível, deixe nos comentários um pouco desta reflexão.
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Meus dois centavos…
Legal a iniciativa, é bom fazermos posts sempre nessa data, pois 36% dos brasileiros ainda acham que homossexualidade é algo a não aceitar:
http://igay.ig.com.br/2015-01-05/em-7-anos-indice-de-aceitacao-dos-gays-subiu-nos-eua-e-canada-piorou-na-franca.html
“procriar como maior função da fusão masculino+feminino chega a ser tão machista “
Acredito que esse é o ponto principal: o conjunto ideologias em economia + teocracias está sendo superado pelo consciente coletivo que se liberta da ideologia reprodutiva.
“de quem tem oposição ao homossexualismo”
Etimologia à parte, há um consenso no coletivo LGBT para o uso da forma ‘homossexualidade’. Hoje, usar o sufixo -ismo denota (não conclusivamente, claro) conservadorismo moral.
“Entendo que a promiscuidade e os quês de lascivo que algumas relações apresentam são assustadores”
A intenção é boa mas os termos não são. Promiscuidade e lascívia são termos que se usa com conteúdo negativo (como desonestidade.) E homossexualidade não é algo a ser tolerado, é algo a ser respeitado.
A comunidade heteronormativa poderá um dia trabalhar sobre os porquês de tanto se autorreprimir em sexualidade e se assustar com a liberdade sexual.
No entanto, faz sentido imaginar que valorizar a autorrepressão é parte fundamental do sentimento homofóbico.
Di novo?
Outra vez esse papo? Putz. Cansa. Enche o saco.
A data é anual, portanto será
A data é anual, portanto será celebrada todo ano, e será relembrada aqui e noutros veículos da mídia. Se não gosta disso, faça sua parte para que a homofobia se torne um assunto do passado e um sentimento de ódio completamente vencido.
Pepeu Gomes, pai de grande
Pepeu Gomes, pai de grande família, e importante músico brasileiro, fez esta ótima canção gravada em 1983! Também o vídeo apresenta o bailarino Denilto Gomes, do balé de Câmera do Rio, na época.
[video:https://www.youtube.com/watch?v=3BqmbkzsD3o%5D
Curiosidade.De onde vem o uso do arco-íris na bandeira?
Li uma vez que esta era a bandeira do Teatro Castro em São Francisco, onde se reniam muitos gays. Procede ?
Homossexualismo x homofobia
Quanto mais diversidade melhor …
É como na natureza … destruir diversidade é destruir o ambiente.
Um ambiente diverso é um ambiente equilibrado.