Lula não tem razão quando trata a imprensa como oposição ao PT e o governo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

O PT e a imprensa

Por Lúcio Flávio Pinto

Do Observatório da Imprensa

O Estado de S. Paulo foi, dos grandes jornais brasileiros, o que mais combateu a ditadura militar, que o próprio jornal ajudou a colocar no poder, derrubando – por um golpe de força – João Goulart, o presidente constitucional do país.

A edição do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, provocou o rompimento definitivo do jornal com seus aliados. Júlio de Mesquita Filho escreveu o famoso editorial (“Instituições em frangalhos”), que atacou frontalmente a ditadura consolidada e não foi por ela tolerado. Os exemplares do jornal que melhor representava a plutocracia paulista foram apreendidos nas vastas oficinas na sede da empresa.

Com todos os seus defeitos, o Estadão teve comportamento sem similar entre seus pares na resistência à tirania e pagou o preço que lhe foi imposto, através de censura prévia instalada na redação pelos inquisidores estatais. Esse exemplar comportamento editorial não se estendeu à administração da empresa.

Dela tomaram conta os chamados “engenheiros”, cujo título simbolizaria sua eficiência, pragmatismo e racionalidade, em oposição ao irrealismo e incompetência da redação, incapaz de ir além do seu métier para tornar o jornal, mais do que uma aventura intelectual, um negócio rentável. Os “engenheiros” iam acertar tudo, inclusive marginalizando os jornalistas.

Os donos do jornal, os Mesquita, não se deram conta que imitavam a tecnoburocracia estatal que tanto criticavam, reivindicando a liberdade política para azeitar a liberdade econômica, deus ex-machina dos editoriais da seção especializada, sempre de mãos dadas com a tecnocracia e os empresários.

O resultado: os “engenheiros” afundaram o jornal e quase o levaram à completa derrocada na sua busca pela inovação a qualquer preço e a suntuosidade, exatamente como o governo fazia e errava, recebendo as devidas admoestações do jornal. Depois da reforma desses tecnocratas, o Estadão nunca mais voltou a ser o mesmo, produto único no mercado. Hoje é uma caricatura do jornal corajoso e decidido da ditadura.

Ataque e defesa

Essas lembranças me vieram enquanto acompanhava o pronunciamento do ex-presidente Lula na convenção nacional do PT, a quinta da sua história, em Salvador (BA). Lula novamente acusou a imprensa de tentar destruir o partido. Disse que a grande mídia ataca o PT e o governo, mas não se dá conta do que faz. Garantiu que as empresas de comunicação são as que mais demitem no Brasil.

“Só este ano tiveram 50 demissões de jornalistas na Folha de S. Paulo, 120 demissões no Globo [trecho inaudível]. A revista mais sórdida deste país teve que entregar metade de seu prédio e fechar 20 títulos de suas revistas”, afirmou ele, referindo-se a Veja e à Editora Abril, segundo o registro da própria Folha.

“Esses veículos falam tanto do nosso governo, não são capazes de administrar a própria crise sem jogar o peso nas costas dos trabalhadores. E acham que podem ensinar como se governa um país com mais de 200 milhões de habitantes.”

Lula tem toda razão quando fala da grande imprensa; nenhuma ao tratar como se fosse o oposto a atuação do PT e do seu governo. Tem razão quando ataca. Não tem quando se defende. Ainda bem que continuamos numa democracia para observar essa contradição e tentar superá-la. Inclusive através da imprensa, livre, ainda que com todos os seus erros, defeitos e vícios.

***

Lúcio Flávio Pinto é jornalista, editor do Jornal Pessoal (Belém, PA)

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

21 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. opinar e verdade, cada um com a sua.

    Se a premissa é um equivoco, as conclusões podem ser o que se deseja.

    Ajudou o golpe e quando este não saiu como planejado então..

    A imprensa, seu observatório é antipetista, está no DNA.

  2. O cara deve ser um gozador

    Então o Estado de São paulo foi um bastião da democracia? Hummmmmm.

    O Jornal não mente descaradamente acusando o PT? Hummmmmmmmmmmmmmmmmmm.

    A Imprensa vulgarmente chamada PIG é injustiçada por mentir desmoladamente sobre o PT e esconder tudo sobre o PSDB? Hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.

    Se ele quizer também posso tirar isto tudo isto se ele achar melhor. Fica bom assim? Hem?

  3. O articulista poderia ter

    O articulista poderia ter sido menos sibilino nesse artigo. Inicia com o recorte histórico “glorioso” de um lídimo representante da nossa “grande” imprensa e conclui com…….com…..o quê mesmo? 

    Segundo o mesmo, Lula tem razão quando fala da grande imprensa(esta se diz “atacada”, tadinha). Entretanto, quando não tem quando se defende. Mas como pode ser isso se o próprio ataque(indicação das suas mazelas) é a sua defesa, dele, do Lula? 

    Seria por acaso a moral da estória a condição superior da imprensa “livre” num contexto democrático, mesmo quando esta descamba para a ignomínia e infâmia? Esse caráter “excelso” a blindaria no final das contas de críticas e reparos?

     

    1. Eu também fiquei sem entender

      Eu também fiquei sem entender esse último paráfrago, o Lula tem razão quando ataca e não tem razão porque se defende, ele não explicou o porque, ou será que perdi alguma coisa? 

      1. Eu me junto a você, pois também não entendi o parágrafo final

         

        Malú (terça-feira, 16/06/2015 às 17:07),

        Eu dei uma explicação para a falta de lógica e racionalidade de Lúcio Flávio Pinto em comentário que enviei para junto do comentário de JB Costa de terça-feira, 16/06/2015 às 15:21, junto ao qual também há este comentário seu. A minha explicação é que a maioria dos jornalistas gostam de se dizer imparciais e com isso eles põem de lado a razão e o texto fica obscuro.

        Agora pode ser que o motivo do último parágrafo solto possa ser mais prosaico. Talvez ele já tenha este texto de longa data e no copiar colar ele perdeu alguns parágrafos. Se você colocar numa pesquisa no Google as palavras Estado de S. Paulo e Lúcio Flávio Pinto provavelmente vai encontrar outros textos dele tecendo loas ao Estadão.

        Ou então ele estava escrevendo o texto e muito cansado ou sem tempo para elaborar melhor o texto, ele resolveu terminar ali mesmo. Se ele quiser depois ele escreve outro texto e põe lá as faltas de razões de Lula em se defender. Com certeza ele não será capaz de se responsabilizar como fez Paul Romer no post “Mathiness and Academic Identity” de quarta-feira, 27/05/2015, ao dizer: “I have a rule about assigning blame: When a reader misunderstands, it is the writer’s fault”. O post “Mathiness and Academic Identity” pode ser visto no seguinte endereço:

        http://paulromer.net/mathiness-and-academic-identity/

        E se o texto saiu incompleto por alguma dessas razões prosaicas apontadas acima não há a menor importância e mais vai tudo ficar por isso mesmo porque é contra o PT e contra Lula e em se tratando de criticar Lula, o PT (E a Dilma também) tudo é permitido.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 16/06/2016

    2. Veio em boa hora e por bom motivo a sua crítica

       

      JB Costa,

      Muito bom.

      Normalmente eu não elogio os comentários de que eu gosto porque no fundo é um auto elogio, mas o seu comentário me poupou um tanto de tempo. Eu ia reproduzir o texto todo do Lúcio Flávio Pinto para no final mostrar que não há nada no texto que corrobore o último parágrafo do mesmo.

      A minha explicação para este texto de Lúcio Flávio Pinto é a necessidade que ele tem de mostrar imparcialidade. Este é um problema que sofre o jornalista. Se comentam sobre futebol, eles não têm time. Se comentam sobre política, eles não têm partido. O Lúcio Flávio Pinto deve ser uma pessoa inteligente. No Wikipedia diz que ele foi “professor visitante (1983/84) do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade da Flórida em Gainesville, EUA”. O endereço da Wikipedia sobre Lúcio Flávio Pinto é:

      https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcio_Fl%C3%A1vio_Pinto

      E posso indicar dois textos em que ele faz um apanhado bem exaustivo sobre Paulo Francis e que mostram que ele não é um jornalista comum. Há o artigo que eu penso que já indiquei aqui no blog do Luis Nassif há mais tempo e que é “A verdade sobre a morte de Francis” de terça-feira, 27/07/2010, e publicado na edição 600 do Observatório da Imprensa e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://observatoriodaimprensa.com.br/armazem-literario/a-verdade-sobre-a-morte-de-francis/

      E há um mais recente também publicado no Observatório da Imprensa na edição 854, intitulado “Nem profeta nem repórter” de terça-feira, 09/06/2015, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/nem-profeta-nem-reporter/

      Há outros textos e que foram publicados aqui no blog e, ainda sobre Paulo Francis, eu deixo o link para “Quem matou Paulo Francis?” de quarta-feira, 30/01/2013 às 16p0, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.vermelho.org.br/noticia/204842-6

      Percebe-se que ao mesmo tempo que ele é detalhista ao elaborar o texto, ele tenta fazer o meio de campo com quase todo mundo. Disse quase porque sobra sempre para um ou outro nos textos dele. E normalmente esses uns e outros estão mortos. Veja como é repetitiva nos artigos a referência que ele faz ao “poderoso empresário (já falecido) Cecílio do Rego Almeida” que tentou obter na Justiça em São Paulo um pedido de indenização por dano moral que teria tido por causa artigo que o Lúcio Flávio Pinto escreveu no Jornal Pessoal (Publicado em Belém do Pará) acusando Cecilio do Rego Almeida por grilagem de terras.

      No fundo os imparciais sofrem de um mal tremendo que eles não percebem que cometem. Para aparentar imparcialidade eles jogam fora a lógica e a racionalidade. E não há consequência ou nexo causal em nada do que escrevem. As acusações ficam solta no ar. Infelizmente Luis Nassif adota bastante este tipo de comportamento.

      Vi depois que a Malu em comentário enviado terça-feira, 16/06/2015 às 17:07, faz o mesmo questionamento que você fez e que eu ia fazer também. Ficou tão escancarado que até parece que algum censor antigo que ainda está vivo cortou o trecho em que ele explicaria a crítica a Lula.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 16/06/2015

  4. Estadão e ditadura

    Sim, o Estadão tinha censores dentro da redação, que retiravam de suas páginas todas as notícias que o governo militar queria subtrair ao conhecimento da população.  Outros jornais não tinham: recebiam as ordens de censura pelo telex, e as interpretavam como podiam. Depois da volta da democracia, em um jantar em Salvador, Bahia, na casa do diretor de uma indústria petroquímica, um antigo editor- chefe da Folha encontrou-se com o coronel Lepiani, que fora diretor da Polícia Federal em S. Paulo (Lepiani era o comandante do quartel de Quitaúna quando o Lamarca fugiu para iniciar sua guerrilha.Isso acabou com a carreira do coronel, que recebeu como prêmio de consolação a PF paulista). Depois de alguns minutos de conversa, o coronel agradeceu ao jornalista por ele não ter guardado mágoa das tantas detenções que sofrera, e explicou suas razões: “Olha, cada vez que a Folha publicava uma notícia que os censores haviam retirado das páginas do Estadão, os Mesquitas, que eram ligados ao Alfredo Buzaid ( então ministro da Justiça) telefonavam para reclamar que estavam sendo prejudicados. O ministro vinha em cima de mim, e a única coisa que eu podia fazer era mandar buscá-lo”. O Estadão não foi apenas contra a ditadura,  mas também um defensor imbatível da liberdade de imprensa.

  5. Como minha erudição é zero, e

    Como minha erudição é zero, e meus argumentos são escassos, vou no popular : vão catar coquinho !

    Isso porque as crianças estão na sala.

  6. Dizem que o melhor amigo do

    Dizem que o melhor amigo do dono é o cachorro. Dizem também que em um outro país, não no Brasil, são os jornalistas.

  7. Deve ser por isso, a imprensa

    Deve ser por isso, a imprensa “livre”, que a sra. leitão acertou a sua previsão que o desemprego ia aumenrtar, só agora, doze anos depois, é “livre” para falar o que quiser, mesmo que seja distorcido, inventado ou manipulado.

  8. A verdade é dura, o Estadão apoiou o golpe de 1964

    Por mais que queiram dourar a pílula de uma suposta oposição do Estadão face à ditadura militar, pintando-o como vítima da censura, não se pode esquecer o fato histórico, estampado nas manchetes do próprio jornal, que o Estadão apoiou o golpe contra Jão Goulart e a democracia brasileira (o que esperavam dos militares, que fossem dóceis aos interesses particulares da família Mesquita?…).

    O máximo que aconteceu com a imprensa amiga do golpe, foi uma divergência interna (fogo amigo) e era por isto mesmo que os censores estavam dentro do jornal (com a imprensa realmente opositora ao regime, como era o caso do Pasquim e Movimento, a relação era outra e não havia a gentileza de censor dentro do jornal…).

    Portanto, em tempo algum o Estadão abraçou a defesa de uma democracia, com conteúdo social e libertário, mas a defesa de um pensamento supostamente liberal e autoritário de livre mercado (em detrimento dos interesses sociais maiores). Nunca chegou a ter a postura do NY Times, por exemplo. Ao contrário, além de endossar uma linha política republicana (estou me referindo ao Partido Republicano dos EUA, não a um republicanismo brasileiro como o do Floriano Peixoto), de forma subordinada (ou, colonizada) e dependente, periférica, esteve sempre mais para o tom da Revista Time de apoio incondicional à ideologia do big stick (que não tem nada de liberal como a Revolução Francesa, mas está mais próxima da ditadura do Napoleão III da segunda metade do século XIX em diante). 

    O liberalismo defendido pelo Estadão sempre esteve mais próximo do suposto liberalismo de Bismark na Alemanha. Portanto, a palavra liberal é tão genérica que pode absover significados muito abrangentes e díspares. O que importa é o resultado concreto. No cado, o Estadão apoiou o golpe contra o regime democrático instaurado com a Constituição de 1946. Dura verdade à qual não conseguirá nunca apagar, afinal, está escrita nas manchetes do próprio jornal no pré e no pós março de 1964.

  9. Fala sério …..

    Se esse jornal realmente tivesse sido um combativo jornal contra a ditadura jamais teria sobrevivido, pois todos que foram contra fecharam as portas. Portanto,……. não venha com essa……

  10. Alguém poderia apresentar

    Alguém poderia apresentar ao ilustre Jornalista Lúcio Flávio Pinto a ex-vereadora petista, por São Paulo, a presidente à época da ANJ, a Sra. Judith Brito, aquela que tomou para a imprensa o papel de oposição ao Governo, dado a tibieza dos partidos opositores no País e após isso, quem sabe, ele reescreva o artigo?

    A escalada meteórica de ataques da mídia porca, dita, pleonásticamente, pig, contra os governos do PT começou, coicidentemente ou não, a partir da senha revelada pela declaração aquela senhora.

    Será que o referido Sr. acabou de desembarcar de Marte?

  11. A verdade é sempre nova!

    A verdade é sempre nova!

    Dá trabalho entender a VERDADE!

    Você tem que estar atento, pronto para responder diferente num tempo diferente!

    Só os que morreram podem se sentir confortáveís com suas verdades!

    A Globo nunca rejeitou a Ditadura enquanto a ditadura lhe propiciava ganhos!

    Os jornalões tinham um olho na contra-cultura, nos intelectuais que se revigoravam na luta pela democracia, já que havia um ganhador e este era a globo.

    Agora, pós fhc e com a VISÃO da partilha e da necessidade de sobrevida de seus negócios, a mídia escolheu um lado!

    O LULA TEM RAZÃO e sei que ele NÃO NEGA QUE DURANTE A DITADURA FOI BENEFICIADO POR MATÉRIAS DO ESTADÃO!

    Entender a vedade carece de estar vivo e olhando para as coisas…

    Verdades imutáveis, só na MATEMÁTICA!

  12. Era tudo uma questão de

    Era tudo uma questão de sobrevivência na época, o pt não se alinhou com figuras proeminentes da ditatura como sarney,maluf e outros? Uma questão de sobrevivência. 

  13. CATSO! Meu.. tem post que vou

    CATSO! Meu.. tem post que vou lendo na correria – entre um trampo e outro … nem percebo o besteirol!

    Mas depois que li fico puto da vida. Que vontade de bater minha cabeça no portal … como pude perder meu precioso

    tempo lendo um sujeito falar mentiras… Se o Estadão fosse tudo isso, não estaria quebrado. teria 200/300 mil

    assinantes fidedignos… Se fosse probo, isento etc merecia a defesa .. mas defender um jornal cujo um dos donos

    vai pra passeata com um cartaz  “Foda-se a Venezuela”. Pois eu digo: foda-se o Estadão. Que afunde no seu lamaçal de

    merdas… que esse jornal e sua família controladora continue achando que o partido que ele apoia 100% vestal.

    Enquanto eles embolsam em subornos quase R$ 1 bilhão … enquanto o chefe-mor deixa faltar água na maior cidade da

    América Latina.. enquanto os pobres e a zelite paulistana morre de dengue etc etc etc.. Afunde Estadão!

     

  14. Cínico o articulista, cínicas

    Cínico o articulista, cínicas as suas razões e cínico o artigo!

    Terá o cinismo nestes tempos bicudos se incorporado ao DNA de certos jornalistas?

  15. Concordo

    Concordo com este texto. As grandes empresas de comunicação/opinião (Globo, SBT, Abril, Folha, Estado) têm pauta ideológica, e não partidária. São um Tea Party tropical. Não são eles que pendem pro lado do PSDB. É o PSDB que pende pro lado deles. Óbvio que essas empresas não têm simpatia pelo PT, mas fora a Veja, se o governo do PT se mostra bem comportado, esses meios de comunicação não fazem ataques sistemáticos. Chegam até mostrar a Dilma fazendo dieta e andando de bicicleta. E a Globo Filmes participou do filme biografia do Lula. Só quando o PT tem “recaída”, como por exemplo quando tentou aprovar o III Plano Nacional de Direitos Humanos em 2010 é que essas empresas partiram pra cima.

    Devemos criticar sim essas empresas, mas pelos motivos certos, ou seja, pela pauta ideológica deles. E não porque denunciam escândalos de corrupção envolvendo políticos do PT. Quando fazem isso, nada mais fazem do que a obrigação. É muito bom ter uma imprensa que vigie governos, mesmo que esses governos sejam “progressistas”. Alguns blogs dão tiro no pé ao focar crítica nas grandes empresas de comunicação em relação às denúncias que fazem do PT. Isso dá pretexto pra essas empresas se posarem de salvadoras da nação, de falar “os petistas não querem que investigem os podres deles”, e assim, tirar a credibilidade das críticas justas. Devemos criticar o Globo e o Estadão não por falarem muito do caixa 2 do PT, mas por falarem pouco do caixa 2 do PSDB.

  16. Lula já teve dezenas de

    Lula já teve dezenas de chance para ver que a mehor democracia do mundo, até elogiada do Obama, a cubana  é  assim  apenas por ter unicamente uma mídia  e   oficial . Quanto mais oportunidade de leitura, mais imbecil o povo fica

     

  17. Não há prova de que essa

    Não há prova de que essa turma falava bem do Lula durante a Gloriosa que não fosse por receber verbas gordas do amigos de Golbery, pois todo sabe o quanto esse  amava Lula,  e ninguém seria capaz de mexer num fio de cabelo  de quem fosse amado por esse e sua turma. Só isso explicaria Lula quase  todo dia no JN sendo elogiado ao ponto de fazer os demais líeres sindicais, especialmente brizolistas, ficarem loucos de raiva

  18. Secos e molhados

    O oposto disso é jornalismo, que é de oposição.

    Lula também vai comemorar a demissão de centenas de metalúrgicos da fábrica fechada da GM?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador