Política de preços da Petrobras e sentidos do movimento “caminhoneiro”, por Josias Pires

Política de preços da Petrobras e sentidos do movimento “caminhoneiro”

por Josias Pires

O movimento das empresas de transporte de cargas, salvo engano, foi deflagrado por interesses corporativos e, também, queiramos ou não, por outros interesses, mais gerais, que põem na mesa questões coletivos, que dizem respeito à atual política de preços de combustíveis da Petrobras. Essa deveria ser (ou não?) a questão central para ser colocada para a sociedade brasileira. O movimento anuncia com enorme força a fragilidade da atual política de preços da Petrobras. 

É pouco denunciar apenas o aspecto corporativo, do locaute, perdendo a possibilidade de iluminar sentidos mais amplos dos movimentos sociais. Inclusive as condiçoes de trabalho, de vida e de renda dos caminhoneiros.

A política de preços da Petrobras está sendo usada para abrir o mercado para o diesel norte-americano e enfraquecer a Petrobras. Política maléfica à empresa e ao país, e maléfica aos caminhoneiros.  A Petrobras é do Brasil, sócio majoritário, e não o contrario, como faz o governo, que trata o Brasil como devedor da Petrobras, e fazendo com que o nosso dinheiro seja usado para cobrir “custos” da Petrobras com os donos das grandes empresas de cargas. O movimento põe em questão o papel do sentido social da empresa estatal, ou mista, como é hoje a Petrobras, mas cujo nascimento e crescimento deve-se à sua capacidade interna construída na história.  

A atual política de preços da Petrobras é expressão cabal do projeto neoliberal, que bancou o golpe do impeachment. As petroleiras norte-americanas compram óleo cru da Petrobras e vende ao Brasil óleo diesel, ao mesmo tempo que exigem a privatização das refinarias de petróleo. No plano inicial está a privatização da Refinaria Landulfo Alves, a primeira do Brasil.

A consciência política dos brasileiros, e de todos os humanos, cresce ao compreender a natureza profunda e complexa dos acontecimentos que se desenrolam no nosso campo e em nosso tempo. 

Redação

1 Comentário

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  1. Política de preços da Petrobras e sentidos do movimento “caminho

    -> O movimento das empresas de transporte de cargas, salvo engano, foi deflagrado por interesses corporativos e, também, queiramos ou não, por outros interesses, mais gerais, que põem na mesa questões coletivos, que dizem respeito à atual política de preços de combustíveis da Petrobras.

    o desdobramento de ontem para hoje deixa claro que o movimento dos motoristas autônomos ganhou força sobre o locaute.

    veremos agora uma nova desmoralização das FFAA, convocadas pelo desGoverno usurpador para acabar com a “baderna radical” da paralisação.

    o clamor por intervenção militar de setores da população, inclusive por parte dos próprios caminhoneiros, irá se chocar com a realidade de um Exército atuando como milícia a serviço dos interesses do grande Capital.

    -> A consciência política dos brasileiros, e de todos os humanos, cresce ao compreender a natureza profunda e complexa dos acontecimentos que se desenrolam no nosso campo e em nosso tempo.

    a consciência política é gerada pela luta.

    é na luta por melhores condições de vida, contra a exploração e a dominação, que todos nós compreendemos a complexidade das relações sociais, que não admitem soluções fáceis e mágicas, a não ser a própria continuidade da luta.

    .

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