Para especialistas, ataque químico na Síria foi tóxico; imagens subiram ao You Tube antes de incidente acontecer

Jornal GGN – Mais de uma centena de vídeos que mostram supostas vítimas de um ataque por armas químicas na Síria foram colocados no You Tube em 20 de agosto, um dia antes de a mídia ter declarado que eles realmente aconteceram, fazendo com que o ministro de Relações Exteriores da Rússia afirmar que o incidente era uma provocação “pré-planejada” encenada pelos rebeldes. Além disso, para especialistas em armas químicas as imagens mostradas não condizem com o que acontece em um ataque real. 
 
A pergunta sobre a forma como imagens que mostram as vítimas de um ataque que ocorreu em 21 de agosto foram carregadas no YouTube em 20 de Agosto lança dúvidas sobre a veracidade dos vídeos por vários especialistas em armas químicas. Em entrevista ao Infowars, Paula Vanninen, do Instituto Finlandês para Verificação da Convenção de Armas Químicas, questiona o comportamento de quem presta auxílio às vítimas nas imagens do vídeo. “Ainda não estou totalmente convencida, porque as pessoas que estão ajudando estão sem roupas de proteção e sem máscaras de oxigênio…Em um caso real, essas pessoas também estariam contaminadas e apresentariam sintomas”, afirmou.
Stephen Johnson, especialista em armas e explosivos químicos do Cranfield Forensic Institute, disse ao Euro News que o vídeo também parece suspeito. “Em alguns deles, há exemplos que parecem um pouco hiperreais, quase como se tivessem sido encenados. O que não quer dizer que sejam falsos, mas causam estranmheza. Algumas pessoas aparecem babando espuma, e a espuma parece ser muito branca, muito pura, não o tipo de lesão interna que você pode esperar ver, que deveria ter sangue ou ser amarelada “, disse.
 
Os comentários de Johnson batem com os do pesquisador de armas químicas e biológicas, Jean Pascal Zanders. Para ele, a filmagem parece mostrar vítimas de asfixia, o que não é consistente com o uso de gás mostarda ou com os agentes nervosos VX e sarin. “Eu não usaria a expressão as armas químicas neste caso”, explica Zaanders, acrescentando que o uso de “substâncias tóxicas industriais” é a explicação mais provável.
 
Segundo o canal de notícias norte-americano PBS, “por volta das três da manhã (de 21 de agosto), pacientes começaram a chegar das vizinhanças da periferia de Damasco, como Zamalka e Ain Trema”, depois do suposto ataque por armas químicas. Entretanto, uma lista de vídeos chamada “Suposto Ataque Químico em Ghouta do Leste – 21 de agosto” (em tradução livre) já conta, desde então, com 169 vídeos, 159 deles incuídos no You Tube em 20 de agosto.
 
Embora especialistas não neguem que algum tipo de ataque realmente tenha acontecido, o fato de centenas vídeos terem subido ao You Tube um dia antes de o incidente ter realmente acontecido ainda continua sem explicação. O registro do upload dos vídeos mostra que foram enviados na Síria em 20 de agosto, o que é aparentemente impossível, uma vez que o ataque ocorreu nas primeiras horas do dia 21. O único jeito, apontam, de subi-los no dia 20 seria carregá-los nos Estados Unidos, que tem fuso horário mais cedo – a diferença entre Nova York e Damasco é de sete horas.
De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Aleksandr Lukashevich, o upload suspeito é prova de uma provocação “pré-planejada”. Para ele, as acusações são apenas “outra onda de propaganda anti-Síria.” “Há relatórios, que circulam na internet, dizendo, principalmente, que os materiais do incidente e as acusações contra as tropas do governo foram postados várias horas antes do conhecido ataque. Então foi uma ação pré-planejada. “
 
Com informações do Infowars
 
 
Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador