Obama recua e pede autorização ao Congresso para atacar a Síria

Presidente recuou e pediu autorização do Congresso para agir; bolsas locais subiram

Do Jornal GGN – Funcionários do alto escalão do governo norte-americano afirmaram que Barack Obama recuou na questão do ataque militar previsto para punir o ditador da Síria pelo uso de armas químicas contra a população. Obama planejava a ação sem o apoio do Congresso Nacional, mas acabou voltando atrás na última hora.

De acordo com informações da Business Insider, o presidente anunciou no último sábado que aguardava apenas um sinal verde do Congresso para dar continuidade aos planos de intervenção na Síria. Ainda segundo fontes da Casa Branca que não se identificaram, assessores de segurança nacional, que acreditavam que Obama deveria agir independentemente da decisão dos congressistas, foram substituídos também no último fim de semana.

Na manhã desta terça-feira (3), durante encontro com o presidente, congressistas e líderes de bancada dos dois partidos demonstraram apoio à ação militar para “deter a futura utilização de armas químicas”, o que coloca ainda mais os Estados Unidos perto de ataques contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Especialistas disseram ao Jornal GGN que os prejuízos políticos serão muito maiores do que para a economia mundial, caso haja invasão. Porém, o preço do petróleo pode disparar ao redor do mundo e alguns países que mantêm relações comerciais com a Síria e países vizinhos podem ter seus contratos prejudicados durante o confronto.

O presidente da Câmara, John Boehner, disse ao New York Times nesta manhã que “somente os Estados Unidos têm a capacidade de parar Assad e alertar o mundo sobre o perigo do uso de armas químicas. Temos inimigos ao redor do mundo que precisam entender que não vamos tolerar tal comportamento”.

Já para Eric Cantor, líder da maioria republicana no Congresso, “a credibilidade dos Estados Unidos está em jogo”, declarou ao jornal. Cantor explica que a omissão do país nesta questão pode enfraquecer a capacidade diplomática, o exercício da pressão econômica e outras ferramentas não letais para remover Assad do poder e impedir o Irã de cometer novas atrocidades. O conflito sírio, para ele, ameaça, inclusive, a estabilidade de parceiros americanos importantes na região, como Israel, por exemplo.

O secretário de defesa, Chuck Hagel, o de estado, John Kerry e outros membros estratégicos da ofensiva americana devem dar novas declarações sobre a questão ainda nesta terça-feira. Enquanto ainda há indefinição sobre o ataque, a bolsa de Tóquio fechou o dia em forte alta de 2,99%. A norte-americana também abriu em alta nesta terça-feira, após a decisão de Obama em dividir a questão da Síria com o congresso.

Redação

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