Biroliro e o governo do disse me disse

No início de outubro, ao entregar ao IBAMA um relatório esclarecendo o local de origem do petróleo que transformara as praias brasileiras em lixeiras, o funcionário da Petrobrás comentou : – Não é nosso! –, referindo-se a não ser da Petrobrás, como costuma ser a suspeita inicial dos que acompanham “nossos” meios de comunicação.

Tendo lido a declaração, um repórter a interpretou – e a repassou –, com o sentido de “não é brasileiro”.

Assim sendo, concluiu outro, o petróleo que emporcalhava as praias brasileiras só poderia ser da Venezuela.

E foi essa a origem do boato do óleo venezuelano, posteriormente confirmado DE MANEIRA FRAUDULENTA por mais de uma instância.

O próprio Biruliro, ao decretar sigilo sobre o tal relatório, insinuou tratar-se de óleo venezuelano, insinuação posteriormente repetida por membros do alto escalão governamental.

A piada é ridícula porque, caso as correntes permitissem tal fluxo, o óleo teria chegado às praias no longo caminho entre a Venezuela e o nordeste do Brasil.

A constatação acima gerou suposição ainda mais idiota de que venezuelanos teriam se dado ao trabalho de encher um navio de petróleo com o propósito de emporcalhar nossas praias.

3 constatações garantem que se trata de um vazamento gigantesco que não caberia em um navio, refutando tal hipótese:

1. A imensa extensão dos estragos, de uns 2.300 km desde o Maranhão até o extremo sul da Bahia – desconsiderando-se as duas levas de óleo que atingiram o Pará, cuja negação da identidade de origem com as restantes, asseverada por um marinheiro, sugere ter virado moda despejar petróleo impunemente em praias brasileiras.

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/10/19/aparecimento-de-manchas-de-oleo-e-investigado-em-praia-do-nordeste-do-para.ghtml

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/11/03/marinha-confirma-aparecimento-de-manchas-de-oleo-na-praia-do-atalaia-em-salinopolis-no-pa.ghtml

2. A longevidade do óleo que vem contaminando o oceano desde julho, de acordo com estudo encomendado pela polícia federal, posteriormente negado pelo IBAMA que se recusa a acreditar na tecnologia de satélites. Vale ressaltar que, mesmo acreditando que a terra seja plana e que os satélites não revelam nada significativo, as notificações de óleo nas praias iniciadas no final de agosto, chegam a quase dois meses e meio, atestando tanto a imensa quantidade de óleo jorrado, quanto a longa duração do vazamento que, ao que se sabe, pode ainda estar acontecendo.

3. As diversas imagens colhidas através de diferentes métodos em várias datas atestam tratar-se de um vazamento monstro, uma catástrofe sem precedentes, talvez a maior do gênero em oceanos do mundo todo.

https://pt.scribd.com/document/433041600/Relatorio-da-empresa-HEX-entre-a-PF?fbclid=IwAR0Q1lbKW_6UXbo4EsJBa96rhunWRZM6LWrw_TO7vf8vqpgQoVAT4VYm0tY#from_embed

Uma outra piada miliciana

A terceira mancha encontrada por satélites – de fato, a mais antiga delas, uma mancha monstro com óleo suficiente para encher mil navios –, foi o que justificou a suspeita sobre o navio grego, o único transportando óleo venezuelano por perto. A constatação da chegada intacta do óleo do navio grego a seu destino deu ares ainda mais ridículos à piada miliciana, ao lançar suspeitas sobre 4 outros navios gregos. Que relação teriam os outros navios gregos com o caso?

https://www.reuters.com/article/us-brazil-oil-spill/brazil-adds-four-other-tankers-as-suspects-for-oil-spill-idUSKBN1XH009

Curiosamente, a autenticidade da imagem que embasou as suspeitas da polícia federal sobre o navio grego foi posteriormente negada pelo IBAMA, ao serem informados de que o tamanho descomunal da mancha refutava qualquer suposição de origem que não um vazamento monstro em plataforma de extração.

https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/11/05/parecer-do-ibama-diz-que-satelites-nao-tem-condicoes-de-apontar-manchas-de-oleo-no-oceano.ghtml

A grande piada miliciana consiste em avacalhar o país sob o comando de Biroliro, enquanto o crime ambiental sem precedentes – um vazamento mostro de petróleo em plataforma de extração –, continua sendo ocultado por cúmplices nos mais altos escalões do governo.

Piadas milicianas não têm a menor graça.

Leia também:

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/conspiracoes-4-manchas-de-oleo-nas-praias-do-brasil/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/manchas-de-oleo-o-elefante-embaixo-do-tapete/

https://jornalggn.com.br/meio-ambiente/manchas-de-oleo-a-mancha-bomba/

https://jornalggn.com.br/artigos/manchas-de-oleo-o-tamanho-do-monstro/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/avacalhando-o-pais-2/

https://jornalggn.com.br/opiniao/avacalhando-o-pais/

Manchas de óleo: por que estão ocultando o gigantesco crime ambiental?, por Gustavo Gollo

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/manchas-de-oleo-o-que-esta-sendo-ocultado/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/manchas-de-petroleo-mapeando-o-crime/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/mais-sobre-a-farsa-do-petroleo-venezuelano/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/o-elefante-escondido-embaixo-do-tapete/

https://jornalggn.com.br/artigos/a-catastrofe-oceanica-e-a-farsa-em-andamento/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/desastre-monstro-no-atlantico-sul/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/especulacao-sobre-a-catastrofe-que-assola-o-litoral-brasileiro/

Crime ambiental em andamento no Atlântico Sul, por Gustavo Gollo

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/catastrofe-ambiental-no-atlantico-sul/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-gollo/um-elefante-embaixo-do-tapete/

https://jornalggn.com.br/blog/gustavo-

O desfecho planejado pela quadrilha que tem ocultado crime éá a acusação despropositada de que um navio fantasma despejou o óleo que emporcalhou uma dezena de estados e se foi, sem que pudesse ser identificado.

Redação

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