Cafezá na estrada – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana.

Indaí, Cafezá, cumu nósi tava cuma fomi inté doída, principiemu a armussá, si biem qui, acuela hóra, éira pá tomá o café da mãnhana, puquê ainda o amanhecê  num tinha términadu. Ieu i miamãe cumessemo premero, catemu os prato cascuié i fumu si dilicianu caquele manjar. O aroma tava célto, a comida éira memu muito gotosa, tinha um temperu di érvas qui ieu niem miamãe cunhicia. Bódim ié um arquimista das mistura, tudu u qui eile põe a mão fica bão. Du minomo, eile faizi u máchimo. I Bódim cumessô a dá instrussão pá Jarirí i Clódiu, premero tinha qui apanhá os materiá da construssão:
– Ucêis vão pá mata pidi os empréstimo das cousas pá éila. Ieu quéro gaios di cinco a sete metros de Pau-mulateiro, Jequitibá, Paineira, Pau D’Alho e Ficheira. Maisi só rancacacacacacacacacaca os gai qui tivé pur baxo da cópa i qui tivé incostado na tierra. Eiles tiem di sê reto, o quaisi reto, num pódi sê réturcido. Jarirí sabi u quanto vai pricisá di cada um, num péga niem maisi iiiiiiiiiii niem menos. Cumbinei cum Tuxo Pescadô, lógo eile aparéce cos bambúbúbúbú i cos foial qui ieu pidi prele.
I Jarirí falô:
– Maisi, mestre, Pau-mulateiro ié muito dificir di tê pur éissas banda, dondi é qui nósi vamu incontrá eiles?
– Ségui na diréssão du sol agóra, daqui a duas légua ucêis vai achá u negão di dez métros. Armóça biem, péga os facão i chispá pá trabaiá, nósi tiem di prépara u nim ducêis in seis hóra. Ieu já vo cumessá a cavá a cava da fundação na tierra.
Entonces, Jarirí i Clódiu armusaru i já sairu pá mata. I Bódim falô pánósi duas:
– Incuantu ieu cavô, ucêis vão mi contá tudu uqui acunteceu cucêis na ciudadi.
I lógo Tuxo Pescadô chegô, falanu:
– Mestre, ieu tuxo os bambú i tumém tuxo maisi pexe pá nósi assá di noite i ucê tóca vióla pánósi.

Redação

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