BC finaliza programa de venda de dólares no mercado futuro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Depois de quase dois anos injetando dólares no mercado futuro, o Banco Central (BC) interromperá o programa de venda de swaps cambiais, que funciona como venda de moeda norte-americana no mercado futuro e ajuda a segurar a cotação. A autoridade monetária não ofertará mais novos contratos a partir de 1º de abril.
 
Em nota, o BC informou que o programa, que começou em agosto de 2013, ofereceu proteção cambial relevante aos agentes econômicos. Inicialmente, o BC injetava US$ 500 milhões no mercado futuro por dia. A quantia caiu para US$ 200 milhões diários em janeiro de 2014 e para US$ 50 milhões a US$ 100 milhões diários em janeiro deste ano.
 
Apesar de interromper as ofertas de novos contratos, o BC continuará a renovar os contratos existentes. De acordo com o comunicado, os swaps cambiais que vencem a partir de 1º de maio serão renovados integralmente com base na demanda pelo instrumento e nas condições de mercado. A autoridade monetária também continuará a promover leilões de venda de dólares com compromisso de recompra quando faltar liquidez no mercado de câmbio.
 
“Sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá fazer operações adicionais por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance”, destacou a nota do BC.
 
Os swaps cambiais funcionam como um instrumento para intervir no câmbio sem a necessidade de vender dólares das reservas internacionais. Nessa modalidade, os investidores apostam que os juros subirão mais que o dólar e o BC aposta o contrário. No fim do contrato, ocorre uma troca de rendimentos. Caso o dólar aumente mais que os juros, os investidores ficam protegidos da variação cambial, enquanto o Banco Central deixa de ganhar.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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