Nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro, 570 crianças yanomami com menos de cinco anos morreram das chamadas “mortes evitáveis” devido à falta de ações de prevenção ou atendimento adequado de saúde básica, número 29% maior do que o visto nos quatro anos anteriores.
Os dados foram obtidos e divulgados pelo site Sumaúma, mas acredita-se que o número possa ser ainda maior por conta do apagão estatístico sofrido pelo território indígena durante a gestão bolsonarista.
Diante da falta de cuidados básicos, as comunidades indígenas entraram em colapso, com crianças e idosos morrendo de desnutrição ou de doenças como vermes, pneumonia e diarreia, sem contar os casos de malária graças à invasão de garimpeiros ilegais.
A insegurança alimentar também compromete os indígenas – um grupo de indígenas dentro da etnia já viu pelo menos 30 pessoas morrerem e a tendência é de mais mortes uma vez que os homens migraram para trabalhar com garimpo na Venezuela, e as mulheres ficaram com as crianças em uma região escassa de comida.
Diante da urgência, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva montou uma força-tarefa emergencial com especialistas de Brasília e Boa Vista, capital de Roraima, para averiguar a situação no território indígena, assim como avaliar se os dados existentes com o governo federal correspondem com a realidade.
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