“Historicamente, Brasil é um país violador de direitos humanos”, diz Silvio Almeida

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em entrevista ao PodPah, ministro discorre sobre atuação na pasta e promoção de políticas públicas de direitos humanos

Ministro Silvio Almeida em abertura da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Foto: Clarice Castro/Ascom MDHC

O Brasil é um país historicamente violador de direitos humanos e que foi abandonado pelas classes dominantes, enquanto o povo brasileiro é responsável por sustentar a nacionalidade do país, afirmou o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

“As classes dominantes, as pessoas que mais têm dinheiro, abandonaram o país; a desordem atualmente é produzida por estas pessoas. Então, é o povo brasileiro que sustenta a nacionalidade do país, é o povo brasileiro que organiza minimamente esse país, é o povo brasileiro que consegue fazer girar”, destacou o ministro em entrevista ao podcast PodPah.

“Não estou falando só do ponto de vista da economia e do trabalho, estou falando da cultura mesmo. O que a gente tem de mais bonito no país é construído pelo povão”, completou.

Luta contra o fascismo

O ministro também discorreu sobre seu trabalho no ministério e a promoção de políticas públicas de direitos humanos, enfatizando a necessidade de se lutar contra o fascismo.

“Tudo bem ocorrer a divergência em campo civilizatório, mas isso tem que ter um ambiente político. Não existe polarização com fascismo, isso não é polarização; não tem por que admitir isso dentro da ordem institucional brasileira”, pontuou Almeida.

“O fascismo ele quer te matar, ele quer te destruir, ele acha que é bonito deixar as pessoas passarem fome. Então, isso não é polarização. Nós temos que combater o fascismo”, enfatizou.

Ainda no que se refere ao tema, Silvio Almeida contou que joga videogame e “tem duas coisas no videogame que você combate e não dá problema: zumbi e fascista”. “Do ponto de vista simbólico, fascista e nazista não têm contemporização”, completou.

Políticas públicas

Silvio Almeida também falou das políticas públicas promovidas pelo MDHC, como o “Plano Ruas Visíveis – Pelo direito ao futuro da população em situação de rua”, lançado pelo governo federal em dezembro do ano passado, com investimento inicial de cerca de R$ 1 bilhão.

O plano pretende promover a efetivação da Política Nacional para a População em Situação de Rua. O ministro mencionou a importância da Lei Padre Júlio Lancellotti, regulamentada pelo atual governo federal, que veda a arquitetura hostil em espaços públicos.

Ao falar sobre as ações voltadas às pessoas em situação de rua, Silvio Almeida frisou ainda que “um sujeito de classe média assalariado está muito mais próximo de virar uma pessoa em situação de rua do que participar da alta elite paulista, por exemplo”.

“Se esse cara perder o emprego e não conseguir pagar o plano de saúde, vai ficar muito difícil para ele”, expôs o ministro ao destacar a importância da chamada consciência de classe.

Veja abaixo a íntegra da entrevista com o ministro Silvio Almeida.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Em poucas palavras disse tudo. Fez um diagnóstico da nossa brasilidade verdadeira, sempre em luta com a brasilidade do facistóide parasita que se locupleta com os nossos bens e direitos.

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