Governo desapropria terras na Bahia para assentar famílias indígenas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – A presidente Dilma Rousseff assinou um decreto que desapropria e torna de interesse social terras situadas da Bahia para repassá-las à comunidade indígena de Tuxá de Rodelas. A área possui mais de 4,3 mil hectares. O decreto também assinado pelo ministro da Justiça José Eduardo Cardozo foi publicado nesta segunda (17).

Com isso, a Funai (Fundação Nacional do Índio) fica autorizada a promover a desapropriação dos imóveis em caráter emergencial. O espaço está nas imediações do reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaparica, também conhecida como Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Há alguns anos, cheias provocadas pelo equipamento assolaram terras que pertenciam à comunidade indígena.

Os atuais habitantes do terirrório desapropriado terão de deixar o local e levar embora os semoventes, as máquinas e os implementos agrícolas que não estão inclusos na desapropriação.

Permanecem sem alterações as faixas de domínio da Rodovia BA-210, no trecho de acesso entre as cidades de Glória e Rodelas, e a faixa de servidão da Linha de Transmissão de 500 KV – CHESF, entre as cidades de Paulo Afonso e Sobradinho.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. mais um museu

    mais um museu antropologico

    se indio quer viver como os ancestrais, deve faze-lo em todos os  sentido

    sendo assim nada de TV de Plasma, ou pick up 4×4

    vao levar a vida como os ancestrais, caçando, cultivando e andando nus

    agora se quer viver como homem branco e ter as terras dos ancestrais fica complicado né?

    rs

    1. Dar a terra para que? Eles

      Dar a terra para que? Eles não tem a cultura do trabalho, não vão produzir nada , a FUNAI tem que dar cesta basica e bolsa familia, quando chegaram os brancos os indios ja viviam miseravelmente , não pruduzem nada para eles e muito menos para vender, em Roraima a Reserva Raposa Serra do Sul é um favelão rural, as fazendas foram abandonadas e viraram ruinas, os indios precisam ser sustentados, a FUNAI pode ser incluida entre as entidades inimigas da humanidade, propõe, defense e vive de indios de exibição, desintegrados da civilização.

  2. Diferença e semelhança

    O conflito entre índios e latifundiários me lembra o de judeus com palestinos; a semelhança é que enquanto existirem índios e latifundiários, tanto quanto judeus e palestinos, o conflito perdurará; a diferença é que as reservas indígenas não são Israel e não interessam a ninguém, só aos índios, de forma que, neste caso, sabemos que haverá vencedor nesta guerra, e não serão os índios.

    1. Nessa area não tem

      Nessa area não tem latifundiarios, alias essa expressão perdeu todo sentido, os expulsos foram pequenos lavradores, a maioria muito pobres, de onde saia produção não vai sair mais nada, indio não produz nada, nem para eles.

  3. Reforma agrária ao

    Reforma agrária ao inverso.

    De um lado vc pode perder a sua propriedade por uma decisão arbitrária do governo  seja que motivo for,  perder por causa da FUNAI, por causa dos quilombos, por causa de uma hidrlétrica que nunca sai do papel, pode ser invadido pelo MST, por bandidos  (redundância),

    A produção rural já envolve  N riscos e o Estado faz o que pode para tornar a vida dos produtores rurais pior a cada dia.

    Tudo isso não é infelicidade provocada pelo acaso, ações do governo e “movimentos sociais” que de socias não tem nada não são obra do acaso.

    O que se tem é o ataque a propriedade privada o intuito é dificultar a atividade privada ate que não seja mais suportavel produzir no país, ate que o estado tome conta de tudo e de todos.

  4. remanescentes da nação indígena tuxa, de Rodelas ganha reserva.

    Com os avanços da genética, todas as pesquisas com DNA para identificar a origem etnica dos brasileiros confirmam, sobretudo aquelas que se baseiam no fator mitocondrial (herança genética materna) que mais de dois terços dos brasileiros tem, algum ancestral indígena mais ou menos distante, claro que tem também ancestrais brancos e negros. Nem mesmo assim essa matriz formadora de nossa gente que são os povos nativos passaram a ser melhor tratados pelos chamados brasileiros civilizados. No caso dos poucos grupos remanescentes das grandes nações indígenas que outrora habitavam o vale do Rio São Francisco, que ainda vivem em comunidades estruturadas a maneira tradicional, pré-cabralina muito pouco pode fazer o SPI fundado por Rondon em 1910 e seu sucedâneo a Funai. Seu drama remonta a construção da famosa Casa da Torre de Garcia Davila fundada logo no início da colonização pelos filhos de Diogo Alvares Caramuru Correia  e da india Paraguaçu. Partiu dali a conquista do Vale do São Francisco que avançou por todo o sertão nordestino. Os avanços dessa frente “civilizatória pecuarista” deu-se as custas de guerras e escravização dos povos nativos, a começar pelo Caetés do Litoral. Os relatos deixados pelos religiosos capuchinhos destacados para catequizar os nativos dominados mostra o constante desassossego em que viviam. A atribuição dessa pequena reserva aos tuxa faz justiça e indica uma mudança de conduta dos governos brasileiros, que espero se consolide. 

     

  5. Como já dito trocentas vezes

    Como já dito trocentas vezes aqui no blog: a comunicação do governo é uma titica. O que custaria à FUNAI apresentar o que já foi obtido, o se se produz, os benefícios que trouxe, melhorias na condição de vida, etc.- os números, enfim-com os assentamentos. Pelo menos, no mínimo, não ficaríamos no disse me disse. E os que criticam também que o façam.

  6. Estamos sendo expulsos das

    Estamos sendo expulsos das nossas terras! a FUNAI está fazendo um levantamento as escondidas, não passam nenhuma informação e esse processo já dura 6 anos. São aproximadamente 60 famílias que vivem da terra, produzem pra sobreviver. Infelizmente não temos nesse Brasil órgão para defender interesse de brancos, mesmo sendo donos da área há bastante tempo… Infelizmente estamos provando a desigualdade de um país que defende um povo que não tem histórico de produção de alimentos e uso da terra…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador