Gravidez nem sempre é escolha pessoal

Comentário ao post “Bancada evangélica age para conter avanço da reforma do Código Penal

Violência sexual é uma coisa, relação consensual é outra coisa. O que define estupro é o uso de força ou de uma posição privilegiada. Assim, o uso de força física ou ameaças podem ser considerados estupros, mesmo que a vítima seja maior de idade.

E eventuais relações consensuais com menores de idade ou incapazes mentalmente também são estupro, já que a vítima estava em uma posição desprivilegiada no que se refere a discernimento.

Cabe então apenas pensar qual a idade de corte. Há países onde é 12 anos –a Espanha, por exemplo. Não consta que a Espanha seja um lugar “incivilizado”. Mesmo assim, em função da cultura brasileira, acho que não há necessidade ou razão para se mudar, aqui, de 14 para 12.

No Brasil, pode haver namoros entre pessoas de 14 a 18 anos e maiores de 18 anos, desde que com consentimento dos pais ou responsáveis, e que não haja sedução indevida à base de presentes, ofertas de emprego etc. Isso não causa maiores polêmicas.

Quanto ao aborto, é falácia dizer que sobrecarregaria os sistemas de saúde. Quando há a despenalização, há também mais informação. Desaparecem os casos críticos que levam a mortes de mulheres, e ainda por cima, diminuem os casos em geral de aborto (como pesquisado na França). Também aumentam as abordagens educativas para a prevenção de gravidez por anticoncepcionais.

Gravidez nem sempre é escolha pessoal. Além dos casos de estupro, muitas vezes é desinformação mesmo. E gravidezes precoces são uma das razões que fazem jovens abandonarem os estudos.

Israel, por exemplo, que por razões religiosas proíbe o aborto de modo geral, abre exceção para jovens até 17 anos.

Redação

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif, acho que ao invés de

    Nassif, acho que ao invés de colocar a resposta do Gunter, ao meu comentário, em destaque, igualmente, deveria ser dado destaque ao meu comentário que originou a resposta do Gunter.

    Enfim, o blog é cada vez mais tomado de assalto pelas idiossincrasias do Gunter.E,  não raro ataques ao Barbosa

    Abs.

    1. o blog conta com os colaboradores

      se te desagrada o ativismo do Gunter, mexa-se. seja tão ativo quanto ele. deixe de ser passivo e pare de reclamar…

      1. É isso, obrigado.

        Eu não faço nada demais.

        Eu assino alguns grupos de facebook, posto que sou semi-aposentado e informação é hobby.

        Vejo que notícias podem ser interessantes para discutir aqui e vou adicionando numa pasta.

        Não necessariamente eu concordo com o teor das análises. Uma sobre Campos, de ontem ou anteontem, trouxe assim mesmo pela relevância, mas eu não acho que ele está puxando o tapete de Marina (isso é outra estória, não cabe mais falar aqui.)

        Eu gosto de participar das discussões que eventualmente surgirem. Por isso, nos dias que eu sei que não vou ficar em casa eu não sugiro nada.

        Tenho livres +/- 3 ou 4 dias por semana, aí nas manhãs desses dias sugiro no clipping o que achei interessante.

        Tomo o cuidado de observar se alguém não trouxe a notícia antes, para não ficar redundante.

        Se algo é considerado relevante para ser alçado a post, é critério do Nassif ou do blog.

        Eu não posso ser responsabilizado por partilhar de alguns valores comuns com o blog, como a busca de conhecimento e defesa de direitos humanos.

         

    2. Não sei qual foi o comentário

      Não sei qual foi o comentário que resultou o post, porém, o fato é que o blog há muito tempo perdeu a diversidade, acredito que houve tercerização, e os que foram contratados, são um pouco preguiçosos, basta dar uma olhada, nos posts dos dois ultimos dias, grande parte é do Gunter… 

      1. O comentário de Orlando foi este:

        Religiosos ou não, no Congresso, a bancada religiosa está devidamente legitimada pelo voto. Embora não concorde com tudo que eles sugerem, eles o fazem no foro legitimo para o debate que o Congresso.  Em qualquer lugar, civilizado, do planeta, qualquer relação sexual, ou violência sexual, com menores de 16 anos é crime,  no entanto, no Brasil seria/é “avançado” sexo com menores de 14 anos – para quem? Para o cafetão de plantão?

        E o aborto o que é além de ser um habeas corpus para a mulher ser irresponsável com o próprio corpo? Com a gravidez também vem HIV, HPV e similares. O que seria a legalização do aborto além de algo para sobrecarregar mais ainda e, sobretudo, onerar sobremaneira o SUS com encargos financeiros para cuidar, como doença – gravidez – algo que é, apenas, escolha pessoal. 

        1. “habeas corpus pra mulher ser

          “habeas corpus pra mulher ser irresponsávvel com o próprio corpo”

          Ora, de quem é o corpo? da mulher ou do comentarista?

          Este pessoal vou te contar. Não conseguem cuidar da própria vida mas adoram se adonar da vida dos outros.

    3. ” idiossincrasias do Gunter. E, não raro ataques ao Barbosa”

      Pelo menos são coisas diferentes, posto que eu não me lembro de ter algum dia criticado muito o Barbosa (acho que nem pouco…)

      O que já dá uma certa variedade!!!

      E já pus o seu comentário na resposta a um colega, vide abaixo, algo que você mesmo já poderia ter feito ao invés desse comentário mimimi

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador