Laudelina de Campos Melo, a nova Heroína da Pátria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pioneira na luta pelos direitos dos trabalhadores domésticos passa a integrar o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Laudelina de Campos Melo. Foto: Reprodução – primeirosnegros.com

O nome de Laudelina de Campos Melo foi oficialmente integrado ao Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, graças a decreto sancionado pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

Nascida em Poços de Caldas em 1904, Laudelina de Campos Melo começou a trabalhar aos sete anos, quando foi obrigada a abandonar os estudos para cuidar dos irmãos.

Aos 16 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica ao mesmo tempo em que passou a integrar organizações do movimento negro, chegando inclusive a ser presidente do Clube 13 de Maio.

Depois de se mudar para São Paulo, ela se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1930, e militou pela Frente Negra Brasileira (FNB). Laudelina trabalhou como doméstica até 1950 – quando montou uma pensão na cidade de Campinas e começou a vender salgados nos campos de futebol.

Militância pelos trabalhadores domésticos

Laudelina de Campos Melo foi a principal ativista pelos direitos das domésticas, classe que era formada, em grande parte, por mulheres negras.

Ela foi a fundadora da primeira associação de trabalhadores domésticos do Brasil em 1936, que posteriormente se tornou o primeiro sindicato da categoria em 1988, após a promulgação da nova Constituição.

Entre suas reivindicações em prol dos trabalhadores domésticos estava o auxílio às trabalhadoras e a seus familiares e inclusão da categoria na CLT. Os primeiros direitos trabalhistas para a categoria vieram somente em 1972.

A militante também integrou, de forma voluntária, o Primeiro Batalhão Militar de Santos, enviado para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Além de trabalhar no socorro às tropas e cuidar da alimentação dos combatentes, ela atuou como soldada e desmascarou um espião alemão infiltrado.

Laudelina de Campos Melo faleceu na cidade de Campinas, em 1991.

Com informações do site Primeiros Negros.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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