Mais de 190 acampamentos ilegais são desmontados na TI Yanomami

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Operação conjunta entre Ibama e PRF busca retirar todos os não índios da reserva destinada à etnia; assistência médica atendeu 1732 indígenas

Foto: Divulgação PRF

Mais de 190 acampamentos ilegais mantidos por garimpeiros foram desmontados no interior da Terra Indígena Yanomami em operação conjunta conduzida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Além disso, PRF e Ibama já desfizeram mais de 190 acampamentos clandestinos, e inutilizaram mais de 100 equipamentos, como 16 balsas, geradores, motores e embarcações. Cerca de 19 mil quilos de cassiterita extraídos de forma ilegal foram apreendidos.

A ação integra a Operação Omawe, batizada com o nome de um herói ancestral yanomami, e tem por objetivo a retirada dos invasores de terras de povos originários e a inutilização de equipamentos empregados na exploração ilegal de ouro e cassiterita.

Mesmo assim, ainda existem infratores que desafiam a lei e permanecem ilegalmente na região. Agentes relatam que garimpeiros chegam a iniciar focos de incêndio na mata para confundir as equipes de fiscalização. Outros grupos voltam a se instalar nas proximidades de acampamentos já destruídos, na esperança de que os fiscais não retornem ao local.

Censo e assistência médica

Em outra frente de ação, a Polícia Rodoviária Federal auxilia no transporte e segurança de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística (IBGE), especializados na coleta de informações em terras de povos originários e responsáveis pela conclusão do Censo Demográfico na Terra Indígena Yanomami.

São 17 equipes compostas por recenseadores do IBGE, guias da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e intérpretes, que visitam 169 aldeias em Roraima e três, no Amazonas.

Além disso, o governo federal instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), subordinado à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), e encarregado de coordenar as respostas do poder público à situação emergencial.

Profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde foram deslocados para atender aos pacientes levados à Casa de Saúde Indígena Yanomami, em Boa Vista, e aos hospitais de campanha que o Exército montou em Roraima.

Até esta quinta-feira (9), ao menos 1.732 yanomami já tinham sido atendidos no HCamp da capital.

Com Agência Brasil

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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