Será que você não é racista? Faça um teste, por J. Roberto Militão

Por J. Roberto Militão

SERÁ QUE NÃO SOMOS TODOS RACISTAS: faça esse teste!

Hoje de manhã (6/9) meu filhote GUTO MILITÃO contava que ontem na escola assistiu ao filme de NELSON MANDELA – ´Invictus´ com Morgan Freeman. E juntos assistimos a outro filme “COLOR OF FREEDOM”  – que mostra a fase dura dos anos na prisão, dos castigos, da solitária, do isolamento e tudo que passou para a luta de MANDELA e suas razões contra o regime de apartação racial, pelas quais doou sua mocidade com 27 anos de prisão racista.

Agora recebi esse artigo: “Seríamos todos nós um pouco racistas?” Me lembrei do episódio do goleiro Aranha, e suas repercussões e com esse artigo, excelente, para a reflexão: ao final, faça o teste! 

Enviado por um jovem de comunicações, tem uma abordagem feita por estudos afro-americanos para os jornalistas e o domínio dos ´homens brancos´ nas redações: uma reflexão, a quem queira refletir.

Para enfrentamento dessa exclusão de pretos e pardos das redações, como sou radicalmente contrário a que se faça por leis de compulsória segregação de direitos raciais – cotas raciais – (pelos efeitos colaterais: exige a figura da ´raça´ estatal), vejo que o jornalismo como instituição precisa ser incentivado a promover a diversidade humana em suas práticas de recursos humanos: dê a oportunidade e ganhe com a diversidade. Com a diversidade humana e não a diversidade racial como tem feito o governo ao estimular pertencimentos raciais. Os humanos não possuem ´raças´ e o estado não tem o direito de legitimar o núcleo da ideologia racista que é negar a unicidade da espécie humana.

Seríamos todos um pouco racistas?

by MILLY – Portal Geledés

“Emprestei esse título de um texto publicado no NY Times semana passada. O autor, Nicholas Kristof, tenta entender se a atual onda racista nos Estados Unidos pode ser também colocada na conta de todos nós que condenamos o racismo.

O raciocínio é bom e vale para o Brasil – e para qualquer outro lugar que ainda testemunhe práticas racistas.

Ele começa listando alguns fatos.

O primeiro: um recente estudo mostrou que negros e hispânicos que são tratados por uma perna quebrada, por exemplo, receberam menos medicação do que brancos tratados pela mesma coisa.

Depois: Professores suspendem três vezes mais alunos negros do que brancos.

E por fim: A polícia prende quase quatro vezes mais negros por porte de maconha do que brancos, embora pesquisas já tenham indicado que negros e brancos consomem maconha em taxas similares.

Kristof diz então que tanto esses médicos quanto os professores provavelmente acreditam em igualdade, e ainda assim são capazes de atitudes racistas. A partir daí ele pede que todos nós nos incluamos na crítica e tentemos entender nosso papel.

Ninguém com dois neurônios funcionando vai ser capaz de negar que o racismo é uma realidade e um crime. E, claro, todas as pessoas com as quais eu falo sobre o tema e sobre os recentes acontecimentos racistas comentam os episódios com um “que horror–que abusurdo”.

O problema é que ficar no “que horror–que absurdo” não está fazendo com que as coisas melhorem muito. Então, faço como Kristof e peço que todos nós olhemos para nossas atitudes e para como podemos agir para que o cenário mude.

Vou falar do meu mercado. Um de meus seguidores no Twitter levantou a questão: quantos narradores negros existem? E repórteres? E âncoras? E estagiários?

As perguntas são retóricas, claro, mas se não cairmos na tentação de apenas nos defender delas e chutar a bola para arquibancada seremos obrigados a pensar a respeito. Todos nós que corremos para condenar a grotesca atitude racista da torcida do Grêmio com o habitual “que horror-que absurdo” talvez devamos sair do discurso e cair na prática.

Existe ao nosso redor toda uma cultura que promove a agressividade de jovens negros, como explicou na mesma matéria o professor Joshua Correll, da Universidade de Boulder no Colorado. “Em nossas cabeças, negros jovens estão associados com perigo”, ele diz.

Exatamente por isso, ver cada vez mais negros como âncoras, narradores, repórteres etc ajudaria a quebrar esse imaginário e a construir um novo – e mais justo. O mesmo vale para as redações de revistas e jornais. Um passeio por qualquer uma delas fará você entender que é uma indústria dominada pelo homem branco (e, nesse contexto, fica mais difícil promover qualquer discurso que não seja precisamente o do homem branco).

Inundar o cenário midiático-esportivo com rostos negros, por exemplo, seria um passo para ajudar a implodir essa cultura que associa o negro ao perigo e que faz parte de nosso inconsciente. E colocar mais jornalistas negros nas redações colaboraria para que “a notícia” deixasse de ser interpretada apenas pela voz do “homem branco”.

Para medir o efeito da imagem do negro associada ao perigo sobre a qual muitas vezes agimos inconscientemente, Correll criou um game que você pode jogar online (o link está abaixo). Nele, pessoas brancas e negras se alternam na tela segurando armas e coisas inofensivas e temos que, numa fração de segundos, escolher em quem vamos atirar.

Suas tabulações indicam que somos, todos nós, inclusive os “que horror– que absurdo”, mais dispostos a atirar em um negro do que em um branco. Eu joguei e, em completo horror, notei que não fujo à regra.

Não é fácil encarar o racismo desse jeito, eu sei. Mas se quisermos realmente viver num mundo no qual a igualdade vai além do discurso, e onde todos – a despeito de cor, gênero, sexualidade, classe social e credo – temos os mesmos direitos e benefícios, então é hora de mudarmos o foco e perguntar o que podemos fazer para ajudar.

Não apenas porque é errado e nocivo e criminoso, mas porque, como disse o goleiro santista Aranha na saída do jogo contra o Grêmio em Porto Alegre, quando foi chamado de macaco: “dói, dói, dói”. Quem nunca foi vítima de preconceito talvez não tenha o completo entendimento do que Aranha estava sentindo naquela hora. Mas o fato é que, além de doer, trata-se de uma dor que, ao contrário da dor física, não passa nunca, apenas se aprofunda e vai se esconder em um lugar muito escuro e frio dentro de você.

Deixo vocês com as palavras de meu seguidor tuítico Bruno Cesar Santos Oliveira, Professor de Filosofia e Literatura (@GaloFuturismo):

“Acredito que o jornalismo crítico e a imprensa, enquanto instituições, são fundamentais para ajudar na construção de uma sociedade justa e igualitária. Mas há um descompasso gigante entre o discurso e a prática. Basta ligar a TV para observá-lo. Se hoje a TV e a internet são os principais mediadores na configuração da comunidade, então elas devem tomar consciência de seus limites e de suas práticas.

Se o jornalismo e a imprensa são ou expressam a consciência crítica da comunidade – ao apontar as mazelas sociais, diagnosticar os sintomas da desigualdade etc – é preciso que a imprensa autocertifique-se sobre suas práticas para que o discurso não seja inócuo. Autocertificar-se significa realizar a autocrítica e autoverificação de suas práticas institucionalizadas.

Na realidade, o discurso é uma prática. O discurso condiz com a prática? Por que um determinado campo, o futebolístico talvez seja o mais dramático, é apropriado apenas por homens, sobretudo brancos? Se você reparar, a Band, Fox Sports, o Sportv e a ESPN, principais empresas no ramo televisivo esportivo, têm um número ridículo de negros e mulheres. É um ramo dominado por homens brancos.

Por que no imaginário da TV esportiva, apenas homens dominam e se apropriam deste discurso? Qual é o interdito aos negros e às mulheres? Porque não há voz e rosto de negros e mulheres? Porque negros e mulheres não são narradores, apresentadores e comentaristas – para mim, é a principal função no meio esportivo, pois são formadores de opinião por excelência.

Qual a contribuição do espectador nesta construção de um circuito: Esporte-TV-Homem Branco-Discurso. Seria interessante realizar uma arqueologia do discurso da imprensa a partir do caso Aranha, a fim de desconstruir o discurso da imprensa futebolística, reforçando que, se de fato a imprensa é contra o racismo, sexismo, preconceitos etc, ela deve aprofundar o problema”

LINK para o TESTE:  http://www.csun.edu/~dma/FPST/consent.html 

Fonte: Blog da Milly

Leia a matéria completa em: Seríamos todos nós um pouco racistas? – Portal Geledés – Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

 

Redação

25 Comentários

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  1. INTERESSANTE, MAS INGÊNUO

    “Exatamente por isso, ver cada vez mais negros como âncoras, narradores, repórteres etc ajudaria a quebrar esse imaginário e a construir um novo – e mais justo. O mesmo vale para as redações de revistas e jornais. Um passeio por qualquer uma delas fará você entender que é uma indústria dominada pelo homem branco”

    As categorias a que o post se refere não são de homens brancos comuns, tupiniquins, mas sim de um grupo muito especial: os judeus. O questionamento é que, a rigor, o homem comum (branco, índio, asiático ou negro) não manda muito nem aparece na telinha, pois o microfone (qualquer microfone em qualquer palco, estúdio ou programa) não é para qualquer um, mas apenas para os donos do mundo.

  2. Boa iniciativa , mas vejo

    Boa iniciativa , mas vejo dois problemas:

    O primeiro é que nos EUA, como aqui, igualdade é sinônimo de se comportar dentro de um esteriótipo. Não tem nada a ver com permitir diversidade. Um jornalista negro tem que se comportar igualzinho a um branco “apesar da visível diferença na cor da pele” para ser aceito. O problema é que isso reforça o esteriótipo como certo e o telespectador vai continuar vendo “o negro que não faz a mímica do branco” como “um perigo”, como diz a reportagem. O buraco é mais embaixo… bem mais embaixo, o jornalismo não é a academia, simplifica a realidade e trabalha com uma narrativa simplória e linear. Seus ãncoras tem que vestir terno, gravata ou uniforme, seja aqui, nos EUA ou no Iraque. Não há promoção de igualdade, há a normatização de todos os rostos e de todos os discursos.

    No Brasil temos um único repórter-âncora negro no jornalismo da Rede Globo. Ele veste tão bem o papel e assume a pasteurização do jornalismo que abraça que até esquecemos que ele é negro. Ganhou um pouco essa condição ao processar um outro jornalista que apontou esse fato. Glória Maria, por outro lado, realmente colocou muito de si no seu trabalho na Rede Globo e com isso marcou e modificou o sistema antes de ser engolido por ele.

    O segundo ponto é o jogo de tiro. Avaliar quem inconscientemente você está mais disposto a matar para medir seu racismo só podia ser ideia de norte-americano mesmo. Imagino que outros tipos de testes eles usam por lá… Quando tiver algo que verifique a civilidade ao invés da psicopatia óbvia eu prontamente farei o teste. Surpreende-me que estudantes não tenham mais capacidade crítica para trabalhar suas fontes, levados a um liberalismo frio e radical que aceita qualquer coisa por estar em inglês ou só por ser exótica. E o pior, fazem isso num trabalho que pretendia tratar de um caro tema humanista!

    Os conceitos de Diversidade e Igualdade não são sinônimos. O segundo é mais antigo e implica em menos direitos que o primeiro. Os EUA acreditam em um “padrão de americano” que aceita poucas variações e só são relevantes se tem peso eleitoral permanentes. No Brasil temos trabalhado com o conceito de Diversidade, bem mais amplo, cujo processo de valorização das várias culturas passa necessariamente por lhes dar visibilidade por meio da abertura de oportunidade em todos os nichos. Até nos mais retrógradas, onde o acesso do negro e do índio demoraria décadas ou mesmo nunca aconteceria sem a quebra artificial da resistência cultural construída por séculos. Como é o caso dos cursos universitários mais elitizados.

     

    1. Idem…

      Tamu junto Jaime, não tenho o menor problema em apoiar palavras alheias que expressem minha percepção melhor do que eu escreveria… Sua percepção dos problemas e ausências do “problema” racial descritos no texto são perspicazes.

      Acrescento que embora a biologia comprove que em matéria estrutural, DNA, etc., os seres humanos não possuam diferenças, é claro que as diferentes cores e aspectos (brancos, pretos, amarelos, gordos, magros, etc) dos seres humanos, fazem com que o conceito e o preconceito social surjam baseados nessas diferenças, ou seja, para mim entre outras diferenças, raças existem sim, e em várias sociedades, principalmente as estruturadas numa super valorização da meritocracia e da competição, algumas são muito mais privilegiadas do que outras. Por outro lado, acredito que a raiz do preconceito, seja racial, religioso, sexual, ou qualquer outra “desculpa” que se arranje, é tão imemorial, que parece que faz parte do cerne íntimo do ser humano, e combater isso é parte da evolução de qualquer sistema social que se propugne evoluido… Essas “coisas” têm que desaparecer…

      Apenas sugiro cuidado com os que usam da liberdade de um sistema, para divulgar ideias que queiram acabar com ela dentro do próprio sistema. Hitler era assim (liberdades civis e racismo), e Malafaias da vida também são (fim da liberdade religiosa e de costumes, por exemplo sexuais).

      Um abraço.

  3. O teste é impraticável, cientificamente inválido

    Ele mede reflexo e induz vc a erro. Você só tem um segundo para escolher entre atirar e não atirar. O teste apresenta uma série de imagens e depois mostra um branco, um negro ou o que os americanos chamam de “hispânico” segurando um objeto, que pode ou não ser uma arma. Se você deixa de “matar” uma das pessoas que aparecem com uma arma, você recebe menos 40 pontos(-40). Se você “mata” corretamente uma pessoa segurando uma arma, você ganha apenas 10 pontos (+10). Se você deixa de “matar” corretamente uma pessoa que aparece sem segurar uma arma, você ganha 5 pontos (+5). Nisso, quando vc deixa de matar uma pessoa que segura uma arma(menos 40 pontos), você é estimulado na próxima sequência de imagens a atirar, até para recuperar a pontuação. E nisso você pode errar, pois a imagem aparece em um segundo e nem sempre dá para diferenciar uma pessoa segurando um celular de uma segurando uma arma.

    Não considerei o teste válido, até porque no dia a dia, não temos apenas um segundo para decidirmos se somos ou não racista. A realidade não segue as regras do “teste”. Pura perda de tempo. Metodologia científica absolutamente inválida, impraticável e inconclusiva. É só um jogo.

    Quando eu percebi a furada da metodologia, desisti sem nem terminar o teste. Deixei de atirar inclusive em alguns negros armados e atirei em brancos armados. Errei ao atirar em negros portando objetos que não eram armas porque estava justamente estimulado a recuperar a pontuação. Você é estimulado para atirar, pois não atirar pode computar mais pontos negativos ou menos pontos positivos. Isso não tem nada a ver com agir motivado por racismo.

      1. Idem!

        Idem Ivan, o teste não serve para nada e o Alessandre o desconstruiu bem. Aliás, pouquíssimos “testes” sobre os mais variados assuntos que existem por aí, servem para alguma coisa.

        Um abraço.

  4. Nicholas Kristof é branco…

    Nicholas Kristof é branco… Desse modo,  como não sofre racismo vê negros, hispanicos, e outros, como ratos em laboratorio.

    Enfim, racismo, via de regra, é exercício de poder. Negros e hispânicos nos, EUA, não tem poder, logo, chama-los de racistas é forcar a barra. O que há,  na verdade, entre hispanicos e

    negros é um estranhamento ao brigarem pelas migalhas do “sonho americano” deixado pelos brancos.

     

     

  5. Eu quero saber se todo mundo

    Eu quero saber se todo mundo viu o que eu vi ou se foi erro do meu computador, porque aparecem imagens sem ninguem pra mim (eh obvio que nao vou apertar tecla nenhuma!) e quando aparece alguem eu nao tenho nem um segundo completo pra “decidir”.  Nao prestei atencao na pontuacao como o Argolo pois era irrelevante pra mim.  So cheguei a apertar teclas 4 vezes pra ver que o teste nao funciona nem a nivel tecnologico, muito menos psicologico.

  6. O autor se diz contra as

    O autor se diz contra as cotas raciais e cita outro que quer inundar as redações com negros para mostrar que não são perigosos. Ora, um reinaldo azevedo não é perigoso?, um merdal, um jaburro, não são perigosos? Em comum, estes também são contra as cotas. Quer mudar? coloquem os negros e pardos nas escolas que nossos filhos frequentam! O meu estuda numa famosa escola do alto de pinheiros, frequentada pela elite da elite paulistana. Fui na festa junina deste ano. Sabem quantos negros eu vi lá? Um! E não tinha cara de ser aluno, talvez um músico da banda do Zeca Baleiro que lá se apresentaria?

  7. Vamos olhar a coisa sob a

    Vamos olhar a coisa sob a ótica do manda quem pode obedece quem tem juizo, PODER. Quem concentra maior poder seja econômico,político ou militar esse sim é quem dita as regras e estabelece as diferenças. Cotinha pra lá, cotinha pra cá nada disso resolve. Não passam de migalhas atiradas a mendigos. O PODER sim, como antes disse é que criará a diferença fundamental RICO X POBRE.

  8. Será que você não é racista?

    Bem menos intelectualoide, eu negra, pós-graduada, trabalho com seres humanos vítimas da dependência química (brancos, pretos, amarelos, etc). Quero falar do que sinto literalmente na pele. Minha filha, jornalista formada (porque se fosse por QI como querem alguns colunistas da Globo), jamais chegaria nem onde está. Trabalha numa empresa de comunicação importante na cidade de Campinas, ganha novecentos reais líquidos e, se quis aparecer na telinha (por um curtíssimo período) teve que produzir e bancar por conta própria seu excelente programa musical. Patrocínios, só para idéias brancas… Hoje, âncora em programa de rádio da mesma empresa, inteligente, excelente profissional, quando surge uma oportunidade para substituir uma âncora no jornal na TV, para complementar seu salário e ajudar da educação de seu filho que cria sozinha quem é escolhida? Uma colega branca, estagiária, que acaba de chegar na casa.

    Com a palavra, todos vocês, do colunista da matéria até os comentaristas “cabeça”!!!

  9. Somos todos racistas!!! Menos

    Somos todos racistas!!! Menos que nossos pais e avós, mas mais que nossos filhos e netos… A educação vai mudando as coisas. Não queiram que tudo se resolva em uma geração…

  10. Tirar o racismo do dominio da ideologia politicamente correta

    Esse o primeiro passo. Colocar ancoras negros apenas para “descontruir estereótipos”, como quer o autor do texto, desprezando critérios de competencia e passando por cima da igualdade de direitos para todos, independente da cor, não parece a solução mais adequada, embora possa soar agradável para mentes menos treinadas.

    A população negra marginalizada por fatores históricos e culturais deve ter a mesma oportunidade de acesso à educação de qualidade que a população branca e assim eliminar os preconceitos através do valor que agregará à sua formação.

    De que vale a politica de quotas se ao mesmo tempo se promove o desmonte das universidades publicas? Qual a qualidade de ensino que os beneficiados por essa politica terão?

     

    1. Então se é pros negros

      Então se é pros negros estudarem em universidades de nível decadente você prefere que eles estudem em universidade nenhuma???

  11. É doloroso o que esse
    É doloroso o que esse indivíduo faz. Enquanto todos os movimentos negros lutam pelas cotas, ele faz o jogo dos brancos ricos wue chrgarsm a entrar na Justiça para impedir negros jovens e pobres de se formar. Esteve ao lado do demo Demóstenes Torres. A hipocrisia desse texto de Militão chega a causar engulhos

    1. Além de defensor do racialismo estatal

      O Sr. EDUARDO GUIMARÃES é também um mentiroso, difamador e preconceituoso. Aliás, essa deve ser a razão de suas milhares de estrelinhas no desrespeitoso comentário. Esse ´indivíduo´ (linguagem policial) tem a honra e a dignidade de ser um antirracista no melhor sentido do termo. Ao contrário dele não sou um racialista que defende rotular as pessoas pela cor da pele, a base ideológica do racismo e da classificação racial que tem a hierarquia de uma ´raça´ superior. E que ele imagina por ser superior poder humilhar os humanos da ´raça´ inferior.

      Ou seja o combate ao racismo no mesmo sentido de luta pela destruição da crença em ´raças diferentes´ definido por FRANTZ FANON, MARTIN LUTHER KING, MILTON SANTOS, BARACK OBAMA, MARINA SILVA e NELSON MANDELA pela destruição da crença em ´raças humanas´ diferentes e com presumida hierarquia de uma ´raça´ superior conforme a ideologia racial.

      Com o sentido do sonho sonhado do Dr. KING “de meus filhos serem vistos pelo seu caráter e não pela cor da pele” como é o desejo desse cidadão: rotular a ´raça´ pela cor. Tenho a honra de ter sido interlocutor do saudoso professor MILTON SANTOS, que sempre me incentivou a sustentar a luta pela dignidade dos pretos e pardos e contra esse tipo de segregação de direitos raciais. Felizmente a palavra de nosso maior e mais respeitado intelectual do século 20, está em vídeo gravado de sua última entrevista. Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=xp9_fPuYHXc

      É mentira do Sr. Guimarães: jamais ingressei na Justiça para impedir afro-brasileiros e pobres de estudarem e se formarem (a designação racial de ´negro´ é linguagem racial utilizada pelos racistas desde 1755 com o ´Directório do Índio´ do Marquez de Pombal).  As milhares de organizações e irmandades de Homens PRETOS e HOMENS PARDOS; as comunidades em terras de PRETOS dos quilombolas; a religiosidade expressa pelo PRETO VELHO ou a reverência matriarcal da mãe PRETA comprovam que jamais, nenhum utilizou o termo ´negro´ somente empregado por imposição da academia a partir dos anos 1910/1930 no auge das crenças raciais e da eugenia.

      Na verdade fui convidado como expositor em audiência pública no Supremo Tribunal Federal para alegar as equívocas leis raciais e de políticas públicas em bases raciais, contra a adoção de leis de segregação de direitos raciais defendidas pelo Senador SARNEY e por esse EDUARDO GUIMARÃES. Ali fiz veemente defesa de políticas públicas de Ações Afirmativas que não se confunde com a segregação de direitos raciais. A transcrição da exposição do prof. FABIO KONDER COMPARATO e a minha exposição foram amplamente publicadas pelo Supremo Tribunal Federal e estão arquivadas aqui: http://luisnassif.com/forum/topics/comparato-x-militao-as-razoes?xg_source=activity

      Tenho a honra de ter sido o primeiro advogado a ingressar na justiça com MANDADO DE SEGURANÇA contra a USP, em nome da EDUCAFRO (Frei David) e representando centenas de jovens pobres na defesa do direito à gratuidade nos vestibulares vagas para os estudantes pobres, a maioria, pretos e pardos. Isso em 1997, quando ´cotas raciais´ não estavam em voga, o que foi colocado na pauta brasileira, por interesses imperialistas da Ford Foundacion  a partir da Conferência de Durban, em 2001, e de outras fundações norte-americanas interessadas em fazer no Brasil, uma sociedade tão racistas quanto os EUA.

      Ao contrário da leviana afirmação do Sr. Guimarães, aliado do Senador SARNEY na defesa das indignas ´cotas raciais´, sempre fui defensor de políticas públicas de Ações Afirmativas, inclusive o fiz em CINCO audiências públicas, duas na Câmara Federal, duas no Senado Federal, e a última perante o Supremo Tribunal Federal, nas quais argumentei contra a ´segregação de direitos raciais´ – cotas raciais – defendidas por ´brancos´ paternalistas como o Sr. Eduardo. Sempre em audiências públicas amplamente anunciadas. E o fiz, denunciando o principal autor de projetos de leis de COTAS RACIAIS no parlamento, o então presidente do Senado JOSÉ SARNEY que se intitulava o “maior defensor da raça negra” e o denunciei com o exemplo do estado de miséria em que sobrevivem os afro-maranhenses, com o pior IDH dentre os afro-brasileiros e que ele diz ser o maior defensor. Não o é. Jamais o será. Trata-se de um racialista e preconceituoso tal como o Sr. Eduardo que imagina os pretos e pardos, intelectualmente inferiores e que precisam de privilégios raciais.

      Ao contrário do Sr. Eduardo, sempre defendi – em todas as audiências públicas e dezenas de artigos em jornais – a reserva de 50% de vagas nas universidades por COTAS SOCIAIS e considerando que 70% dos pobres são pretos e pardos, significariam a disponibilidade de 35% de vagas para os afro-brasileiros.

      A minha argumentação histórica estão publicadas na internet e algumas estão arquivadas:

      Aqui: http://oab-rj.jusbrasil.com.br/noticias/962281/artigo-jose-roberto-f-militao-afro-brasileiros-contra-leis-raciais

      Aqui: http://www.estadao.com.br/infograficos/2012/04/post-cotas2.swf

      Aqui: https://jornalggn.com.br/noticia/cotas-raciais-problemas-de-leis-de-segregacao-de-direitos-por-j-roberto-militao

      Entretanto a lei de ´cotas raciais´ de inspiração maranhense, defendida pelo Sr. Eduardo, pelo PT e por SARNEY fez a reserva de somente 12,5% de vagas para pretos, pardos e índios (assim mesmo sem recorte de renda), portanto apenas 1/3 de vagas da proposta que sempre defendi. Deram migalhas aos pretos, pardos e índios e sonegaram o direito da maioria. Em vez de 35% das vagas, apenas 12,5%. E ele não acha isso ´doloroso´.

      E esse Sr. Eduardo Guimarães, de seu blog governista e parcial, faz uns três anos, já me desafiou para um debate público que aceitei e jamais respondeu. Continuo à disposição. Podemos fazei-lo numa escola de samba, com ampla divulgação perante a comunidade. Caso ele queira saber o que pensam os afro-brasileiros. Não aceito fazei-lo com claques de ONGS profissionais. Só aviso que estou com problema de agenda até o final das eleições pois tenho que cumprir tarefas voluntárias – e não remuneradas – na campanha presidencial da mulher, negra, pobre, evangélica e símbolo da dingidade na política, a futura Presidente MARINA SILVA. Não sou patrocinado por órgãos públicos do PT e tenho também que trabalhar.

      A minha luta é pela inclusão com dignidade dos afro-brasileiros, cuja maioria absoluta de 2/3, recusa as cotas raciais, ´cotas´ de humilhação que satisfaz os ideais paternalistas de Eduardo´s. Conforme ´DataFolha`, 86% dos brasileiros consideram humilhação as cotas raciais: http://aprendiz.uol.com.br/content/phesuprewr.mmp. Eu sou contra que o estado pratique políticas estatais de humilhação da maioria dos brasileiros.

      Sempre fui favorável às políticas públicas de ação afirmativa, pois se destinam a fazer a inclusão dos mais pobres, 70% deles pretos e pardos.

      Não tenho dúvidas que o atual governo tem feito políticas inclusivas que representam melhoria de vida com dignidade aos beneficiários: o programa Bolsa Família retirou 40 milhões da miséria, dos quais, 80% são pretos e pardos. A redução do desemprego nos favorece, antiga reserva no mercado de trabalho, conforme diagnosticava nos anos 1960, o saudoso prof. Florestan. No ´MINHA CASA/MINHA VIDA´ tem afro-brasileiros com 70% da clientela que, retirados das favelas e habitações precárias, passam a ter a dignidade de um endereço e acomodações para seus filhos. Embora o Sr. EDUARDO não saiba, essas sim, são boas e necessárias ações afirmativas derivadas de políticas públicas.

      O que sustento na argumentação sociológica contra as ´cotas raciais´ quando compulsórias é que a sua adoção, exigem que o estado legitime a ´raça negra´, aquela que o racismo diz ser a ´raça inferior´. Com isso fragiliza a correta pedagogia da unicidade da espécie humana. A divisão humana em ´raças´ diferentes é uma construção social do racismo. A luta contra o racismo exige a sua destruição e não a legitimação pela raça estatal. Não há na história humana nenhuma política estatal em bases raciais que tenha sido exitosa para as vítimas. Nos EUA segregacionistas; na Ruana e no Congo coloniais com a divisão de Tutsis e Hutus; na Alemanha e Itália, nazista e fascista ou na África do Sul da apartação, as leis raciais produziram ódios e guerras de lesa-humanidade.

      De outro lado as ´cotas raciais´ induzidas pelo estado também violam a dignidade humana dos beneficiários. Nos EUA produziram a redução da autoestima e o niilismo da comunidade onde os filhos perderam o orgulho da luta de seus pais. Conforme os dados sociais. Embora sejam apenas 13% da população representam hoje, 65% nas penitenciárias. Em alguns estados mais de 40% dos jovens estão sob custódia da justiça. Em 1960, apenas 0,1% estavam presos. Atualmente mais de 6% dos afro-americanos cumprem penas. O número de filhos de mães solteiras que era 13% em 1965 supera 70% em 2012. Enfim, nas palavras de OBAMA, uma tragédia social está destruindo a população afro-americana.

      OBAMA já caminhando para o final de seu segundo mandato, cumpriu sua promessa e convicções e não adotou nenhuma lei de segregação de direitos raciais, aliás, em 2013, proibiu por medida de governo a classificação racial nos censos e nas políticas públicas, a mesma classificação racial que SARNEY e GUIMARÃES defenderam a implantação no Brasil. Uma lástima para os afro-brasileiros.

      1. Racismo

        Lendo o embate de V.Sa. com o sr. Eduardo Guimarães fiquei perplexo.

        Quer dizer que V.Sa. acha que nós brancos que abrimos mão voluntariamente (porque nenhuma maioria negra parlamentar nos impôs isto) de vagas nas Univeridadas Públicas gratuitas para filhos de negros que, de acordo com V.Sa., nós brancos os consideramos seres inferiores, em detrimento de nossos filhos brancos “mais inteligentes” e, por essa atitude, nós somos racistas, porque estamos humilhando os negros ?

        Nunca imaginei que eu fosse tão imbecil apoiando as cotas raciais para entrar num jogo de perde-perde. Perde as vagas gratuitas e perde o reconhecimento dos negros.

        Eu gostaria de dizer que o meu apoio, como cidadão, à política de cotas raciais, não é caridade aos negros. Também não é reconhecimento ao papel cada vez mais relevante que os negros desempenham na sociedade brasileira..

        Trata-se de um cálculo frio e egoísta traduzido pela velha frase “é melhor perder parte dos anéis agora do que perder todos os anéis e os dedos depois”.

        Nós brancos é que estamos nos sentindo humilhados. Fomos obrigados a abrir mão de nossas vagas universitárias públicas gratuitas, mesmo tendo maioria parlamentar, pela pressão legítima de uma minoria parlamentar negra que atuou com uma competência que deveria orgulhar todos os negros, apoiada por organizações não-governamentais de defesa dos direitos dos afro-ascendentes.

        Essa é que é a verdade nua e crua. Não há mais como resistir à pressão implícita da maioria de negros e pardos que compóe a sociedade brasileira.

        A política de cotas raciais é resultado da correlação de forças políticas que compõe hoje o Congresso Nacional.

        Se V.Sa. se opõe a essa política deve lutar para mudar essa correlação de forças.

        Apoiando Marina Silva, V.Sa. vai levar a um retrocesso em favor das políticas de cotas raciais ou outras políticas que beneficiem os negros. Basta examinar quais grupos políticos e econômicos estão financiando essa senhora. 

        Eu a chamo hoje de a ex-Marina Silva: adepta como nunca da “velha política”, dos valores da elite branca, do capital financeiro e do fundamentalismo religioso 

        Relendo mais uma vez o seu texto, fiquei me perguntando se V.Sa. não é racista: V.Sa. identifica Marina Silva como pobre e negra. Isto não fragiliza  a visão que V.Sa. tem da “correta pedagogia da unicidade da espécie humana ?

        1. É caridade sim…

          Sr. Vieira,

          Meu embate com Sr. Guimarães é pela forma desrespeitosa, grosseira e racista como ele tem se referido a minha postura de luta contra a humilhão dos afro-brasileiros que o estado passa a fazer com as cotas pela ´raça´, em que está implícita a presunção da ´raça inferior´ que precisa de uma muleta, exatamente conforme diz a ideologia do racismo.

          O senhor afirma com sinceridade: ” Nós brancos é que estamos nos sentindo humilhados. Fomos obrigados a abrir mão de nossas vagas universitárias públicas gratuitas, mesmo tendo maioria parlamentar, pela pressão legítima de uma minoria parlamentar negra que atuou com uma competência que deveria orgulhar todos os negros, apoiada por organizações não-governamentais de defesa dos direitos dos afro-ascendentes.” 

          E é exatamente isso o que acontece com políticas em bases ´raciais´ e ainda com uma perversidade, pois quem perde vagas são os ´brancos´ mais pobres. É o estado retirando vagas/oporutnidades de pobres brancos para entrega-las a pobres sob o rótulo de pertencimento a uma ´raça´ a raça ´negra´.  

          A boa política pública, no sentido mais republicano de política, é que os recursos públicos pagos por quem tem renda e patrimônio sejam aplicados a favor de quem precisa.

          Assim, quem teria que perder vagas universitárias deviam ser os mais ricos. E os beneficiários os mais pobres. Isso o que sempre defendi: as COTAS SOCIAIS reservam 50% das vagas de universidades públicas financiadas com os tributos de toda a sociedade e os beneficiários delas seriam os mais pobres pelo corte de renda familiar. Na forma aprovada pela lei do Sarney, ficaram reservadas 75% de vagas para os mais ricos e apenas 25% para os mais pobres, apenas pelo recorte da escola pública. E na escola pública estão incluídas as Técnicas Federais e Estaduais, as experimentais das universidades, as militares, etc.., ou seja, para pobres mesmo não se reservaram vagas. Apenas 12,5% para os que a lei define como ´raça negra´, mesmo que seja um filho do milionário Pelé.

          Com cotas SOCIAIS. Sr. Vieira, por exemplo, o senhor não faria essa leitura em bases raciais: nós brancos abrimos mão de vagas para negros. Sempre faço a referência do ´MINHCA CASA/MINHA VIDA´ e do BOLSA FAMÍLIA, são programas de ações afirmativas sem nenhum viés raciais, e os beneficiários são de 70% a 80% os pretos e pardos, sem nenhum viés racial.

          A outra questão a rebater em vossa manifestação é relativa a ´pressão legítima da base parlamentar negra´, o que, com todo respeito, não corresponde à verdade. A base parlamentar foi conduzida pelo Senador SARNEY, então presidente do Senado para a aprovação, que para ele era uma questão de honra por ter sido o autor do primeiro Projeto de Lei de Cotas Raciais em 1997. Tanto que o PLC aprovado foi o de autoria da Dep. Nice Lobão, mulher do senador Lobão, todos da quadrilha que governa o Maranhão a mais de 50 anos e que os afro-maranhenses continuam tendo o menor IDH dentre todos os estados brasileiros.

          De fato foi uma concessão paternalista em bases raciais maculada pela presunção da ´raça inferior´. Não foi uma conquista dos afro-brasileiros, pois a única pesquisa específica já realizada apenas com pretos e pardos, 63,1% manifestaram contrários a políticas de cotas raciais.

          Em relação ao papel das ONGS, trata-se de um pequeno grupo de intelectuais forjado no meio acadêmico que se tornaram profissionais e são financiadas desde os anos 1990, por centenas de milhões de dólares oriundos das Foundacion´s – especialmente a Fundação Ford – por ser essa uma missão da inteligência norte-americana que precisa nos retirar uma vantagem competitiva: a não existência de ódio racial no Brasil. É, portanto, uma questão de estado.

          Agradeço a interlocução.

          1. Sr. Militão

            Na verdade, eu tendo a achar que o sr. tem razão.

            Entretanto, era preciso fazer alguma coisa para amenizar a situação desesperadora dos afro-descendentes em nosso país.

            A correlação de forças políticas permitiu aprovar as quotas raciais.

            Eu vejo assim: a Política de Cotas Raciais seria um passo intermediário até que possa ser aprovada a Política de Cotas Sociais.

            Tudo que vier a favor da população negra é benvindo, pois existe uma enorme dívida social a ser paga pela sociedade brasileira.

            Pagamento de dívida não é caridade.

            PS: pediria que o sr. lesse o artigo de uma mulher, jovem negra de Londrina, que foi beneficiada pela Política de Cotas Raciais no site do jornalista Paulo Nogueira – Diário do Centro do Mundo.

            Um abraço.

          2. Sr. Vieira,

            a dívida, ou melhor a reparação histórica, deve ser efetuada por políticas públicas em caráter universal.

            Embora o post tenha já se esgotado, não posso deixar de consignar uma resposta à vossa atenção e opinião, desculpe,  equivocada e com base em critérios paternalistas (benefícios individuais, caridade).

            Não se retiram vagas de pobres brancos para entrega-las a pobres pretos/pardos pois isso é uma perversidade do estado. Os beneficiários do antigo crime da escravidão e do racismo não foram os mais pobres, foram os que enriqueceram com o regime cruel.

            Basta ver que com as ´cotas raciais´ em universidades públicas, os mais ricos, oriundos de melhores escolas são os primeiros colocados no vestibular, nada perdem, quem perde são os brancos pobres oriundos de escolas públicas de baixa qualidade.

            Portanto, políticas de cotas raciais, contraria todos os princípios razoáveis de políticas públicas. Apenas serve para instalar uma disputa racial entre os mais pobres. Alguns poucos pobres pretos e pardos serão beneficiados e todos os pobres brancos sentir-se-ão lesados. Isso é fonte de divisões e ódios fundados pela ´raça´ estatal que exclui de direitos ou outorga direitos baseados num direito ´racial´. Perversidade.

  12. O teste e sua validação: é puramente acadêmica. E útil.

            Prezados, 

            trata-se de uma pesquisa acadêmica. Visa observar nossa reação inconsciente decorrente de nossa história de vida (e seus preconceitos).

            Não tenho nenhuma condição para avaliar o teste. Mas sei que a ciência que estuda nossas reações psico motoras, evolui através desses tipos de testes. O mesmo depto (Psicologia) da Universidade da California, tem outros testes disponíveis. Desde Freud tem sido assim.

           No site ddo Dpto de pesquisas, há outros testes disponíveis. Os voluntários, como eu, estarão fornecendo nossas reações inconscientes para um estudo acadêmico, só isso.

    http://www.projectimplicit.com 

             Eles também colocam à disposição mais informações sobre esse teste.

    http://www.csun.edu/~dma/FPST/consent.html

    Questões e Preocupações

    Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre este projeto, você pode entrar em contato com o investigador principal, Debbie Ma, da California State University – Northridge, Departamento de Psicologia, 18111 Nordhoff Street, Northridge, CA 91330-8255. Você também pode entrar em contato com o investigador principal, por telefone ou e-mail para (818) 677-2901 ou [email protected]. Se você tiver alguma dúvida sobre os direitos dos sujeitos de pesquisa, ou em caso de lesão ou preocupação relacionada com a pesquisa, você pode entrar em contato com o escritório do Gabinete de Estudos e Projetos Patrocinados, 18111 Nordhoff Street, Northridge, CA 91330-8255. Você também pode ligar para o Escritório de Pesquisa e patrocinou projetos em (818) 677-2901. Por favor, diga o experimentador se você deseja prosseguir com o estudo e dar o seu consentimento.

  13. Eduardo Guimarães: assino o

    Eduardo Guimarães: assino o que escreveste. Esse senhor militão, tem sérios problemas com sua cor. Sempre estar ao lado dos que nunca abriram portas da frente para negros, que discriminam, é muito doido. Quanto aos jovens, hoje, são mais preconceituosos em relação a tudo o que é diferente. É uma geração que já nasceu velha. Não gosta de negro, de probre, de gay, de gordo, enfim, só gostam dos parecidos com os artistazinhos da globo. Não á toa, é a geração que não cria, apenas copia o que a velhaca mídia vomita. Obviamente, há exceções, mas os burrinhos detestam até quem se destaca em inteligência. e pegam pesado no buuling, coisa copiada dos “buuligueiros” do norte, USA..

    1. Problemas de cor ou de ´raça´

      Sra. Salete,

      Com o devido respeito a senhora está mal informada e em razão disso está alinhada com os que desejam a humilhação dos pretos e pardos. A boa doutrina de Ações Afirmativas, acolhida pela filosofia do direito, não se confunde com políticas de ´cotas raciais´. Em nenhum país do mundo se praticam políticas de ´cotas raciais´. A que existe, as cotas para castas, na Índia, imposta pelo império britânico, a fim de dividir para dorminar, vige desde 1910 a favor dos ´Dallits´, e decorrido mais de um século os 400 milhões continuam intocáveis e marginalizados. Humilhados.

      O meu problema não é com a cor da pele é com o equivocado e pernicioso conceito de ´raça´ que está implícita em políticas de segregação de direitos raciais (cotas pela ´raça´). Quem luta contra o racismo não pode aceitar que o estado faça classificação ´racial´ de humanos. Por uma razão fundamental: esse foi o núcleo ideológico do racismo.

      Sra. Janes, o paternalismo – oriundo dos senhores de escravos – é a pior das políticas públicas pois retira a dignidade dos beneficiários e é, exatamente isso, que pessoas como o Senador Sarney e os Guimarães da vida esperam. O nosso grande filósofo afro-brasileiro, conhecedor da alma do sertanejo já afirmava nos anos 1960: “Uma esmola, para o homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.” ―Luiz Gonzaga

       

  14. Não acredito  nesses testes e

    Não acredito  nesses testes e nem acredito que possam  significar alguma coisa.  Só pela forma como se anuncia…será que você é racista/ Seríamos todos nós um pouco racistas?…já influencia nas respostas. A pessoa já vai “armada” para as respostas.  

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