Pombos sabem fazer escolhas ‘inteligentes’ ao procurar alimento

Jornal GGN – Testes feitos por psicólogos da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, sugerem que os pombos não fazem escolhas aleatórias quando procuram alimento, mas optam pelas alternativas mais inteligentes possíveis, combinando resolução de problemas com habilidades próprias. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram um antigo teste que mede o nível de inteligência, chamado “teste da corda”, mas combinado com a tecnologia sensível ao toque. O estudo foi publicado recentemente na revista Animal Cognition.

O teste consiste em vincular uma recompensa a uma de duas cordas e observar se o participante (humano ou animal) é capaz de conquistá-la puxando o barbante correto. No novo formato do teste, os pesquisadores usaram telas sensíveis a toque com botões quadrados conectados a um prato qualquer, que parecia estar cheio ou vazio. Se o pássaro bicasse o botão correto na tela, a bacia cheia virtual iria se aproximar, e como consequência, o pombo seria recompensado com alimento real.

De acordo com Edward Wasserman, professor de psicologia experimental da Universidade de Iowa e responsável pelo estudo, os testes mostraram que os pombos seriam capazes de aprender uma variedade de diferentes configurações de cordas, mesmo aqueles que envolveram cordas cruzadas, a mais difícil de aprender.

Maior percentual de acertos

Os pesquisadores concluíram que os pombos escolheram corretamente entre 74% e 90% do tempo em três tipos de testes de cordas. Em vídeos gravados durante o estudo, os pombos fizeram uma varredura e alinharam suas cabeças ao longo da cadeia, “muitas vezes olhando na direção do prato e bicando com seus movimentos de cima para baixo da tela”, escrevem os autores, sugerindo que as aves observaram a conexão entre as cordas virtuais e os pratos reais.

“Acreditamos que o nosso teste da corda virtual representa uma inovação promissora em psicologia comparativa e desenvolvimento”, afirmou Wasserman. “Isso permite que a pesquisa se expanda para outras espécies e variáveis, o que, de outra forma, seria improvável por causa da inadequação da metodologia de teste com a corda convencional ou com limitações sensoriais e motoras dos organismos”, emendou.

O estudo conclui que, além de mostrar a versatilidade do teste virtual das cordas, os resultados também demonstraram que os pombos podem, simultaneamente, lidar com uma ampla gama de problemas que exigem o modelo do teste da corda, eliminando interpretações alternativas de seu comportamento.

Redação

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