Se a AGU (Advocacia Geral da União) quiser um argumento convincente para desmontar a bandalheira cometida contra a Eletrobras, há dois argumentos fortes.
O primeiro é a motivação para a privatização da empresa: a de que havia a necessidade de capitalização e a empresa, estatal, não teria condições. Com esses argumentos, foi feita uma emissão de ações no valor de R$ 31 bilhões. O dinheiro arrecadado foi utilizado para recompra de ações, em um claro ato de desvio de finalidade.
O segundo argumento foi a maneira como esbulharam os direitos da União.
1 – Segundo o acordo assinado, a União terá de ficar limitada a 10% dos votos nas Assembleias de Acionistas.
2 – 10% dos votos equivalem a 10% das ações ordinárias – as que dão direito a voto. Para que a participação da União caísse para 10%, a emissão de novas ações teria que ser de R$ 732 milhões, aumentando o capital para 6,85 bilhões de ações.
3 – No entanto, retirou-se o direito da União mediante um mero acordo de acionista. Para reduzir os direitos da União a 10% do capital votante, os novos acionistas deveriam ter aportado R$ 288 bilhões ao invés de meros R$ 31 bilhões.
4 – Portanto, a União foi esbulhada em R$ 257 bilhões. É a indenização que deixou de ser paga para as 817 milhões de ações pertencentes à União valerem apenas 10% dos votos nas Assembleias de Acionistas da Eletrobrás.
Há várias consequências desse acordo:
- Quem negociou em nome da União deve ser responsabilizado por crime de responsabilidade.
- Ninguém – nem o presidente da República – pode impor à União prejuízo de tal ordem.
Portanto, há todas as condições para que a AGU recupere os direitos da União, em um dos maiores assaltos aos cofres públicos já perpetrados até hoje.
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Seus argumentos são lógicos mas não se esqueça de que estamos no Brasil.
O Paulo Guedes tem muito a Explicar…
Tinham que fazer um pequeno vídeo com a explicação desta postagem e espalhar pelas redes sociais. Em menos de um minuto explicaria didaticamente a bandalheira que foi essa privatização.
Nassif, desculpe. Não há algo errado no item 2? Você está dizendo emissão de R$ 732 milhões em ações ou 732 milhões de ações? São coisas distintas.
Nem uma coisa nem outra: o estagiário se enrolou nos números: o aporte deveria ser 732.000.000.000,00 para que os compradores superassem o poder de acionista majoritário do governo federal e, não o irrisório 31.000.000.000,00..!
Esse grupo aí, de abutres, atacando a economia do Brasil em três frentes ao mesmo tempo não vão ser chamados na responsa..? light, Americanas, Eletrobrás ,com o mesmo tipo de golpe : calote, pedido de recuperação e, posterior venda.. até onde vai o republicanismo com esses vigaristas , num país onde um coitado que furte uma dúzia de ovos vai em cana, apanha e, o STF não perdoa… Tem idéia do prejuízo dos fornecedores? E a receita?esses bens, patrimônio público deve ser arrestado,a Interpol acionada para prender os três sócios vigaristas..!
Enquanto isso, a Ligth…e as coincidências da vida, um dos grandes acionistas…
Também fiquei com a mesma duvida.