Cresce o número de empregos, mas também os de fora do mercado, por Luís Nassif

Construção Civil perdeu 309 mil empregos. E o maior crescimento foi de serviços ligados à área financeira, com mais 608 mil pessoas.

São curiosos os dados da última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Continuada. A População Economicamente Ativa cresceu 1,5 milhão, ou 0,9%. No entanto, a Força de Trabalho (os que estão empregados ou atrás de emprego) diminuiu 692 mil, ou -0,6%. Com isso, a Força de Trabalho ocupada cresceu 668 mil, ou 0,7%, a FT desocupada diminuiu 1,4 milhão, ou -13,8%, mas desocupados + fora da FT cresceram 867 mil, ou +1,2%.

Atualmente, os desalentados + subutilizados somam 18,3% da FT, contra 24,6% de 12 meses atrás.

Quando se compara com 10 anos atrás, é possível avaliar o que foi a década desperdiçada.. A PEA cresceu 11,5% no período, enquanto a FT ocupada cresceu apenas 9%, e a soma de desocupados e fora da FT aumentou 15%.

Nesses 12 meses, uma das maiores perdas foi da Construção Civil, que perdeu 309 mil empregos. E o maior crescimento foi de serviços ligados à área financeira, com mais 608 mil pessoas. Louve-se o aumento de 71 mil pessoas na Indústria e a queda de 450 mil empregos na agricultura.

Mesmo assim, tem havido uma recuperação gradativa no rendimento médio do trabalho principal.


Luis Nassif

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