Doria, a samambaia que se tornou presidenciável, por Luis Nassif

Há uma busca do candidato de um centro democrático, seja lá o que se entenda por isso.

Teoricamente, seria uma área de convivência entre liberais e sociais-democratas, que visasse preservar o país da radicalização que se anuncia e, especialmente, de um maluco de ultradireita.

O posto de candidato do centro democrático está vago.

São curiosos, aliás, os movimentos oportunistas que se formam em tempos de desconcerto geral. Qualquer um se julga com oportunidade, do economista liberal aos velhos nacionalistas, passando por antigas apresentadoras de TV, apresentadores atuais. Teve 15 minutos de fama? Já pode se candidatar a presidenciável. Nem a Loto desperta tantas fantasias.

A prova dos 9 se dá quando se colocam à campo. E, aí, é ilustrativa a experiência João Doria Júnior.

Dória é um outsider que se tornou prefeito por várias razões, nenhuma ligada ao seu mérito próprio.

A primeira, ao fato do governador Geraldo Alckmin não ter um substituto à altura. Assim como outros coronéis do PSDB, Alckmin não aceita um Exército com oficiais, só sargentos que não possam questionar seu comando. Na hora das batalhas secundárias, não há oficiais disponíveis e, aí, toca a apostar em outsiders. O último político paulista desprendido foi Franco Montoro, que acabou devorado por Orestes Quércia.

A segunda, o antipetismo dos paulistas, que daria a vitória para qualquer poste. Pularam de um poste a outro até se fixar na samambaia Dória, aquela que vai se enroscando em todos os pontos, até ganhar raízes próprias e sufocar o criador.

Os figurinos de Dória

Os mais velhos devem se lembrar de um quadro hilário do humorista Serginho Leite em que ele imitava, ao mesmo tempo, Agnaldo Rayol e Agnaldo Timóteo. Para tanto, pintava metade da cara de preto e a outra de branco e ficava com o perfil correspondente a cada Agnaldo, quando soltava a imitação.

Lembra Dória hoje.

Havia dois figurinos para o antipetismo. O mais legítimo era o da figura do gestor, divorciado da velha política, atuando cientificamente. O segundo, a do caçador de petistas, raivoso, iracundo, hidrófobo. Ambos, como antíteses do político tradicional, aquele que não se rende às facilidades das alianças ilegítimas, ao pragmatismo malandro da realpolitik.

Grandes políticos, Brizola, Covas ou Maluf, cada qual no seu campo, seguiam um conjunto de valores quase imutáveis, porque a incoerência e/ou a deslealdade, quando percebidas pelo eleitor, são veneno na veia da imagem do político. O marketing, para eles, era apenas uma maneira de projetar sua personalidade pública.

No caso de Dória, não.  Ele é um androide, totalmente desenhado pelo marketing, não o marketing planejado, mas o do improviso.

O primeiro engano foi o ataque de prepotência que acomete todo espírito vaidoso, quando assume um cargo não previsto e se deslumbra. Acaba acreditando que todo mérito é seu. Lembro-me até hoje da ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, me telefonando – a respeito de críticas que fiz ao seu açodamento, quando Ministra do Planejamento de Itamar – e dizendo: que culpa eu tenho de ser alta, bonita e inteligente?

Dória pegou vento a favor e passou a achar que ele conduzia o vento. Depois, assumiu e, no período de carência – que todo político eleito tem – praticou duas ou três jogadas de marketing que foram bem recebidas, justamente porque se estava no período de carência. Aí, passou a se considerar dono de uma intuição fulminante. Todos seus passos seguintes não obedeceram a nenhum planejamento. Qualquer problema poderia ser resolvido com uma desculpa criativa e um factoide qualquer.

Como alertamos várias vezes, trata-se de uma estratégia suicida. A facilidade atual em disseminar imagens exige um cuidado adicional com a superexposição. Doria passou a se comportar com mais assanhamento de uma adolescente vidrada em selfies.

E aí, apareceu o lado mais sombrio de sua personalidade: a grosseria, o oportunismo, a deslealdade, a ambição explícita. Mas, principalmente, o perfil contraditório, do sujeito que muda de opinião ao sabor das circunstâncias.

Semanas atrás, escrevi um artigo sobre a imagem tortuosa que Dória estava criando de si mesmo, do sujeito rancoroso, agressivo, desleal, de índole ruim. Dias depois, em encontro com artistas e jornalistas em sua casa, em um trecho gravado pelo Estadão, ele como que respondeu ao artigo, dizendo da impressão falsa que estava construindo sobre ele, que no fundo era um bom rapaz, coração bom, generoso etc.

Mas não adianta.

A biruta de aeroporto

Agora está em plena procela e o barco não obedece mais ao comando do piloto.

Dória precisa consolidar alianças políticas pelo país e não para de viajar. Aí, saem duas pesquisas mostrando queda na aprovação do gestor. Ele volta correndo e cria mais dois factoides. Mas, aí, percebe que Alckmin pode estar se fortalecendo em outras regiões e sai correndo atrás do prejuízo.

Nesse ínterim, sofre uma crítica de Alberto Goldman, e responde com uma agressividade sem limites, tratando Goldman como um fracassado porque velho e aposentado. Nesses tempos de insegurança generalizada com o desemprego, imagine-se como tal afirmação irá cair para os eleitores.

Nessa ânsia de agarrar todas as oportunidades, vai se ampliando a falta de coerência do seu discurso.

Confiram suas entrevistas dos últimos dias. É uma biruta de aeroporto. Diz que respeita Bolsonaro, mas seus métodos de gestão são diferentes. Que mané gestão? Entra em divididas, das quais deveria se poupar – como a questão da censura à exposição de arte – e, no momento seguinte, tem que se explicar para o público mais esclarecido. Depois, faz campanha contra a corrupção e, ao mesmo tempo, apoia Temer. Dá declarações sobre a importância de acordos políticos, para ganhar tempo de TV e, depois, faz um malabarismo incompreensível para explicar como joga de acordo com as regras do jogo da velha política, e pretende se apresentar como o novo na política.

Alckmin não é sabido, mas é esperto. Conhece suas próprias carências e se poupou ao máximo. Dória tem a imprudência dos megalômanos. E, com isso, deixou o centro democrático à procura do seu sir Galahad.

2017-10-08 16:58:46

Luis Nassif

62 Comentários

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  1. Prezado senhor
    Prezado senhor jornalista,

    Este senhor nos ” rodeia o toco” a muito…

    Felizmente, não nos entusiasma, apesar de seu entusiasmo juvenil, não nos conclama, apesar de seus nababescos convites pueris a Olímpia da caserna…

  2. Efeito Fafá de Belém

    Fafá de Belém recepcionou e ciceroneou Dória em Belém, durante o Círio de Nazaré. O efeito Fafá é poderoso, vamos aguardar. 

  3. Só um reparo: Lula é o candidato do centro

    Lula seria o centro democrátio em qualquer democracia. Só num país com mentalidade conservadora e colnial como o Brasil Lula é coloca como esquerda. Sua presidência foi de centro: não mexeu com a banca, com a mídia nem com a velha política. E cuidou de administrar o subdesenvolvimento crônico do país com programas sociais, aumento real do mínimo, proteção às minorias e crédito para o consumo popular.

    Quer cois a mais centro que isto? Lula e o PT, nunca, jamias, chegaram a propor algo que lembre socialismo ou mesmo bolivarianismo.

    A elite não quer um candidato de centro, querem um candidato de direita. Dizem que é centro porque se mostrarem o seu programa (que é de direita, como o de Temer) perdem a eleição.

     

    1. Sucinto e agudo

      Perfeita colocação, foi ao ponto. Brasil nunca teve esquerda, e o centro é Lula, daí em diante é tudo direita. O Lula é tão centro que seu governo foi quase social-democrata. Faltou um pouco, ficou no quase, mas foi o suficiente para deixar o PSDB sem discurso até hoje.

    2. Centro-esquerda versus centro-direita

      O espectro político é mais amplo do que isso. Concordo plenamente que os governos Lula podem sim ser enquadrados como governos de centro, social-democrata. Por outro lado, acredito que a classe dominante quer hoje alguém de centro-direita, algo como um candidato liberal que faça algumas promessas de concessões (esmolas) na linha da social-democracia a fim de apasiguar o povo, enquanto continuam com a espoliação do Brasil. E a figura ou candidato que bem representa essa aspiração política de hoje é o Alvaro Dias. Anote aí.

    3. Caro Wilton, concordo com

      Caro Wilton, concordo com toda argumentação sua, menos conceitualmente. O governo Lula foi de esquerda sim, justamente pelas suas políticas públicas. Justamente as que estão sendo bloqueadas agora. Justamente porque se não fossem bloqueadas e continuassem sendo administradas o nosso subdesenvolvimento crônico estaria sendo deixado para trás. E para mexer com a midia, com a banca e com a velha política não basta ser de esquerda, tem que ser de esquerda e ter “divisões”, coisa mais fácil de um Bolsonaro conseguir, claro que para outra finalidade. Ou então de forma revolucionária e ditatorial, mas como estamos cansados de saber, teria que ser um “Ditador Bom”, entidade que existe tanto quanto Saci Pererê e Boitatá. E essa função é nossa também, se somos de esquerda: Desligar o plim plim, não frequentar o Cassino e não eleger os da velha política, principalmente os “novos”, que chegam como aves de arribação. Utópico, sim, mas se conseguirmos meia utopia já estaria bom diante do descalabro em que se encontra a realidade. Grande abraço.

  4. Essa quantidade de canditados

    Essa quantidade de canditados pode tambem ter a ver com as sobras de campanha. Ex ja comprou apartamentos e tem um belissimo pe de meia. Outros não precisam nem se preocupar, vivem das sobras.

  5. A mídia cobrando o preço do “almoço grátis” de Dória

    Dória, representante do empresariado moderno, não sabia da antiga máxima de que “não existe almoço grátis”?

    Ele achou mesmo que a imprensa aliada secular de Serra, FHC e Alckmin estava investindo elogiosamente em sua carreira de prefeito por causa de suas qualidades como gestor??? Ele achou que era tão bom, mas tão bom, que os “Reinaldo Azavedos” iriam largar Serra para abraçar o novo gestor???

    Quanta ingenuidade… foi só crescer o olho no projeto de poder da elite Tucana que já tomou um bicudo na gengiva… e como é um completo despreparado… pode ser fatal.

    Seu lugar, Dória, é a prefeitura, moleque… fica aí varrendo rua e aparecendo no Facebook… não vem querer derrubar o projeto FHC, Aécio, Serra e Alckmin… falta muito dólar na Suíça e ministros do STF no bolso para você querer encarar os donos do país.

    E se continuar falando besteira, vai ter PF batendo na porta do Lide 5 da manhã.

  6. Dória é um panaca u´til pra

    Dória é um panaca u´til pra extrema direita. É preciso ocupar o espaço jurídico-midiático com alguém xngando o Pt. Então, ele está apenas cumprindo o seu papel de boneco de ventríloquo. Muitos assim o fizeram: heloisa heleana, marina silva, silas malafaia, luciana genro, janaina pascoal, janot, moro, gilmar, dalagnol, santos lima e tantos que fizeram o papel sujo de, ao agrado da mídia, tacar o pau no Pt. Ele sai de cena porque já torrou o saco até da extrema direita. Ele sai e outro virá, e outro, e outro…  até o dia em que, por uma força inexplicável, o povo acorde e recoloque alguém que realmente o represente no comando do pais assim como o fez nas últimas quatro eleições.

  7. “Pó pará, Prefake” – Goldman entrega a encomenda de Serra?

    “Pó pará, Prefake” – Goldman entrega a encomenda de Serra?

    Tudo indica que José Serra, o Careca da Odebrecht, começou seu jogo pesado contra os concorrentes no seu lado político com um tiro certeiro no prefake Dorio A. Rombado, disparado pelo dileto servidor Alberto Goldman. “Pó pará, Prefake” agora, em seguida um “Pó pará, Califa” etc. O ataque da Veja contra BouSSonaro, não por acaso, também lhe serve. É das sombras, dirigindo seus paus mandados, que atinge maior eficiência. Não se pense que propinas, como os já confessados 23 milhões na Suíça (v. banqueiro Ronaldo Cezar Coelho) e tantas outras, vão lhe impedir. Quem tem a mídia e o ‘Presidente’ Gilmar tem tudo nessa seara. E quem precisa mais do combustível da Odebrecht & Cia quando se tem a Exxon Mobil & Sorelle, ainda mais com os primeiros nacos da encomenda do pré-sal, prometida desde 2009, já entregues em mãos. Ouro negro não lhe faltará.

    Para quem deixou para trás milhares de torturados e assassinados do Estádio Nacional de Santiago de Pinochet e escapou milagrosamente direto para os braços aconchegantes e protetores do Tio Sam, o Careca José Serra – 76 anos em 2018 – não vai querer perder sua última chance de pegar a chave do tesouro federal do seu desejado e nomeado Estados Unidos do Brasil.

    É bom ficar de olho e jogar luz no amigão do Drácula de Tietê, o Vampiro da Móoca,

     

  8. Se nós paulistanos achamos q
    Se nós paulistanos achamos q estamos sofrendo com Temer, esperemos o final do mandato do Dória ele irá gerir bem SP(bons negócios para o seu grupelho),ele é uma mistura de Temer(privatista) com Aécio(sem caráter)quando assumiu a primeira coisa q fez foi “pegar o catálogo”dos produtos de SP para vendê-los lá fora(privatizar)bateu o recorde de traição política mais rápida ao trair Alckmin em três meses de exercício na prefeitura (pasmem)e conseguiu se queimar com o seu eleitorado(os do Lula e os do Alckmin)falando mal de ambos,é burro e faz política da pior forma possível,a sua rejeição é maior do q a divulgada aqui,todos q votaram nele se sentem enganados tipo igual o apoio ao impeachment de Dilma,ele é só propaganda q no início funcionou bem ao ponto de eu escutar de uma professora aos três meses dele ter assumido q Dória estava fazendo um bom governo(pasmem)isso mesmo PROFESSORA e TRÊS MESES, comunicação é muitíssimo importante e a esquerda precisa aprimorar a sua!

  9. A elite do atraso e a vanguarda brasileira.

    O problema do Brasil é seu povo, ou melhor, seus 150 milhões de pobres e remediados.

    Explico.

    Como viver num regime democrático, onde por mais precário que seja, impera um “governo do povo, pelo povo e para o povo” e defender um programa de governo para vinte por cento da população?

    Esse é o dilema da direita, de seus representantes do mercado e de amplos setores da classe média que aceita os altos custos de setores monopolizados (telefonia, bancos, etc.), os altos impostos sobre consumo, as insignficantes taxas sobre herança e a isenção tributária para lucros e dividentes, em troca da exclusão sóciocultural e exploração, a preços vis, dos serviços de uma massa de 150 milhões de brasileiros pobres.

    Com um mercado oligopolizado e a exploração vil do trabalho de oitenta por cento da população, a conta da democracia não fecha. Assim, ou se inclui os milhões de pobres, ou se fecha o regime.

    Daí o dilema que você apresenta: “Há uma busca do candidato de um centro democrático,” e seu espanto: “seja lá o que se entenda por isso.”

    Por fim, um comentário.

    O conceito de elite é pejorativo no Brasil. Portanto, vou usar a palavra, vanguarda.

    Esperar dos monopólios (bancos, mídia, telefonia, etc.) e seus representantes políticos um papel de vangarda, como nas frases repetidas ad nauseam: O Brasil não tem elite. A elite do Brasil é predatória, escravista. A elite do atraso, etc.

    Eu só lamento. São palavras ao vento.

    Ou segmentos da classe média (progressistas, nacionalistas, democráticos) em aliança com líderes da classe trabalhadora se unem para EXPROPIAR os monópolios e eliminar os privilégios de determinadas castas incrustradas no aparelho do Estado Brasileiro (a serviço desses monopólios e de interesses estrangeiros), com o objetivo de implantar uma República Soberana e um capitalismo não cartelizado, ou ficaremos de golpe em golpe, de atraso em atraso.

    A modernidade republicana (soberania e autodeterminação) democrática (respeito ao voto da maioria) e capitalista (leis antitrustes e mercado de massas) ainda não nasceu no Brasil, apesar de 1922 e 1930.

    Seremos modernos o dia em incluirmos 150 milhões de pobres, não apenas no orçamento, mas no Estado e no mercado.

    Ou uma vanguarda de classe média, aliada a classe trabalhadora, aproveita o golpe para fazer nascer a modernidade republicana, democrática e capitalista no Brasil, ou fica ad eternum reclamando da “elite do atraso”.

     

    1. “A gente não quer só comida” (Titãs, “Comida”)

      Concordo parcialmente com seu comentário, porque acho que o elemento “capitalista” de sua avaliação já está em estado avançado de putrefação no mundo, e precisa ser avaliado à luz das recentes discussões sobre desigualdade e concentração de renda, tratadas em livros recentes de Piketty, Krugman e Stiglitz, por exemplo.

      Eu pessoalmente, que não sou economista, acho que o capitalismo chegou ao seu limite de expropriação da massa da qual depende, como produtora e consumidora – até na direita já se tem a idéia de que esse limite, se não afrouxado, levará a consequências desagradáveis para os próprios privilegiados (como acontece em casos de irrupção social com saques generalizados, numa imagem tosca mas possível). (1)

      O trabalho humano, como forma de aquisição de renda, inserção social, desenvolvimento de habilidades, construção coletiva de sentidos e de participação compartilhada no mundo, está em transformação acelerada e em vias de extinção, como direito social e, onde persiste como atributo necessário para a geração de riqueza, prestação de serviços e manutenção da vida, já está de volta às condições medievais de exploração (trabalho infantil, trabalho escravo, subemprego, emprego temporário, crescente desregulamentação até nos países mais avançados). Ou seja, na disputa entre capital e trabalho, o primeiro não apenas vem mantendo a dianteira como está em vias de exterminar o segundo.

      Não há outra alternativa que a reforma do sistema financeiro e econômico mundial, de modo a reverter a lógica da concentração e permitir que a riqueza produzida seja usufruída por todos, de maneira equânime e justa. Utopia? Imperativo moral e econômico. Do contrário, como você bem disse, o regime fecha, a banca quebra, os povos se rebelam e as consequências superarão as guilhotinas.

      Não tem como tentar equilibrar um sistema dividido em dois, o dos super ricos, que detém a vasta maioria da renda e das oportunidades, e o do resto, que cria uma estrutura desumana para distribuir as migalhas e se destruir entre si.

      Da revista DW, entrevista com o pesquisador Renato Sérgio de Lima do Fórum Brasileiro de Segurança Pública:

      (http://www.dw.com/pt-br/sociedade-brasileira-cultua-a-viol%C3%AAncia/a-40872325)

       

      “Por que os brasileiros mais ricos apresentam uma maior tendência de ser contra a agenda de direitos?

      Geralmente, as pessoas associam direitos a privilégios. Uma das perguntas foi se “a lei das domésticas interfere indevidamente nas relações entre patrões e empregados”. Muitos brasileiros ricos pensam que, se a população tiver seus direitos ampliados, eles não terão mais condições de pagar uma empregada doméstica todos os dias. Então, associa-se ao risco que a mobilidade social oferece aos privilégios que a classe média e os mais ricos conseguiram construir ao longo dessa estrutura de desigualdade, de não direitos. A população do Brasil, historicamente, é relegada ao salve-se quem puder e, em meio a isso, a perspectiva de ampliação de direitos assusta aqueles que, de algum modo, imaginam que conseguiram mobilidade por mérito ou herança. Somos uma sociedade que cultua a violência, o individualismo exacerbado e não valoriza a vida. Nosso futuro depende de reconhecermos na vida o nosso valor máximo a ser preservado e garantido.”

       

      É um absurdo que, para manter uma sensação artificial de segurança material e psicológica, classes sociais não se constranjam em manter pessoas passando fome, sem acesso a saúde e educação (seus direitos e não favores), excluídas da possibilidade de se desenvolverem em suas potencialidades, sendo ou mantidas na disputa por empregos cada vez mais escassos e precários ou empurradas para a criminalidade e sujeitas a toda forma de exploração abjeta (prostituição adulta e infantil, trabalho análogo ao escravo, mendicância, desumanização). Enquanto isso, menos de uma dezena de pessoas detém a riqueza produzida no mundo, situação reproduzida internamente nos países; quando morrerem, deixarão essa riqueza, intocada por impostos, a seus descendentes, e a desigualdade se reproduzirá de maneira exponencial.

      Temos que começar a ter coragem de fazer perguntas incômodas, como aliás foram feitas na discussão da Lei dos trabalhadore/as doméstic@s – pode ser coincidência mas não muito tempo depois da discussão e da aprovação da lei, um Golpe sujo e covarde foi dado com símbolos gritantes de seu significado: as panelas (objeto símbolo do trabalho doméstico, junto com a vassoura) foram empunhadas por patrões em suas varandas, as ruas (para quem só “anda” de carro, na esteira, ou de aviaõ e helicóptero) foram tomadas por incorformados patrões (acompanhados de suas empregadas devidamente uniformizadas) e, ao final, a CLT foi extinta: não só a possibilidade de novos avanços foi abortada como os antigos foram retirados, de modo a não deixar dúvidas sobre “quem manda nessa bagaça”).

      Perguntas:

      Por que rico paga proporcionalmente menos impostos que os mais pobres ou a recalcada “classe média”?

      Por que pobre paga imposto no arroz e feijão, que aumenta quando o país está em crise, paga taxas mais altas de empréstimo em bancos, enquanto quem tem mais paga menos em tudo (imposto de renda, taxas bancárias), e quando paga (cadê o imposto das grandes fortunas, o imposto sobre grandes movimentações financeiras (uma taxa Tobin modernizada, ou o IGF do mercado financeiro)?

      Por que bancos não perdoam a dívida de ninguém mas têm perdão dos governos em dívidas bilionárias?

      Por que é mais fácil um rico ficar milionário e este bilionário do que um pobre manter seu emprego e seus direitos – quando os têm?

      Por que bancos lucram tanto, e sempre mais quando os países estão em crise? Qual a lógica? Ela é legal e moral?

      Qual a relação entre os mercados e os sistemas financeiros – nacional e internacional – e a corrupção?

      O que é pior para um país e sua economia, a corrupção ou a sonegação? – se houver diferença entre

      ambas.

      O que é necessário para merecer ser rico ou ser pobre (já que é uma questão de (de)meritocracia)?

      Como funciona o mercado financeiro? Suas regras são justas? São sustentáveis? São necessárias para a maioria das pessoas e economias dos países?

      O que sustenta o mercado financeiro – idéias, pessoas, objetivos?

      Quando estas perguntas serão discutidas por especialistas e interessados de maneira a se tornar assunto popular e de interesse público?

       

      Alguém imagina que essas mudanças serão feitas apenas com a eleição de pessoas comprometidas com a diminuição da desigualdade, sem que as populações conheçam o assunto e pressionem pelos seus interesses, direitos e deveres?

       

      Essa tem sido a luta da humanidade há milênios, por que teria sido resolvida nas últimas décadas? – os trabalhadores e aspirantes a esta condição acreditaram na teoria do fim da história e do fracasso do socialismo, deu nisso.

      Ou discutimos o que são os direitos e deveres de cada um em uma sociedade ou viveremos enxugando gelo, empurrando a pedra de Sísifo cada vez mais pesada cujos pedregulhos em que se transforma na queda são os problemas sociais e econômicos que se pretende resolver com remendos inúteis. É necessário radicalizar as propostas diante de um capitalismo selvagem que já radicalizou sua ganância e mediocridade moral. 

       

      https://www.ted.com/talks/nick_hanauer_beware_fellow_plutocrats_the_pitchforks_are_coming?language=pt-br (1)

       

      SP, 09/10/2017 – 16:26

       

       

       

       

  10. Faltou mencionar muitos

    Faltou mencionar muitos “fatos” aí envolvendo o ex-prefeito João Doria: o desastre da sua atuação na Cracolândia e a demissão humilhante e vexatória da Soninha. No primeiro caso, já vi muita gente comentando negativamente nas ruas. A imagem que ele passou é a que ele “implodiu prédios com gente dentro” e que teria agido de maneira muito parecida às “polícias nazistas nos guetos”. Pegou muito mal.

    No segundo caso (demissão da Soninha), foi uma das cenas mais patéticas e mais desastrosas que eu já vi na minha vida. Ficou muito mal para ele, muito mesmo. Acredito até que esse fato é bastante subestimado. Por mais que detestemos a Soninha por suas incoerências, estava ali uma mulher, com o rosto abatido, sendo destroçada e humilhada pelo rico branco. Isso pega muito mal para a maioria da nossa população. 

    Doria não tem futuro e realmente está em rota de suicídio político. Alckmin é muito mais esperto. Mas vivemos tempos estranhos. Não podemos subestimar nem Doria e, principalmente, nem Bolsonaro. Enfiar a cabeça na terra como avestruz e fingir que esses fenômenos não existem não vai levar a nada. Trump como presidente dos Estados Unidos não me deixa mentir. Vem aí chumbo grosso.

    1. O Tempo!

      Como o tempo passa! Ainda ontem eu não passava de um moleque, adorava Serginho Leite ao ouvir no rádio do meu pai o show de rádio na band! Adorava também Tatá e Escova! Lembro-me do Nassif na Gazeta ainda de cabelos pretos! Hoje, com 39 anos, essas coisas vivem na minha memória, um humor mais simples, tempos mais simples (à época eram tidos como complicados). Época da redemocratização, da CF/88, de esperança, de volta da esperança anos depois com a eleição de Lula! E agora, parece que retrocedemos 70 anos! Voltamos para tempos de facismo, de ódio, enfim…. tudo muito triste! Serginho Leite morreu muito precocemente, uma pena que um humorista tão talentoso nos tenha deixado da forma como foi.

      1. Rapaz, você se lembrou

        do Tatá e Escova,  que eram a base do Faustão.

        Eu me pergunto: Por quê o Faustão deixou os dois pra trás quando foi pra globo?

  11. De uma coisa não podemos duvidar

    Da coragem do Dorian Gray.

    Insultar Alberto Goldman e querer sair ileso é tomar veneno e esperar que o outro morra.

  12. Centro democrático

    Essa figura do “centro democratrico” mais ou menos identificada pelo Nassif como alguém que se apresenta ao mesmo tempo como liberal e socio-democrata, na realidade JÁ EXISTE, trata-se do ÁLVARO DIAS. Olho nele.

  13. Marqueteiros assanhados

    Promova a implosão do sistema político partidário de um país, desacredite a política a um nível jamais visto. Relacione sempre a corrupção política, de forma incessante, a cifras nunca abaixo do bilhão. Quem emerge dessa geléia geral para o brasileiro médio? As caras novas, os novos, os não-políticos, de origem rica, preferentemente milionários. Temos aí o cenário perfeito para toda sorte de aventuras.

    Imagine-se neste momento a quantidade de marqueteiros e analistas políticos assanhados assessorando o Partido Novo e seus milionários, sobre a janela de oportunidade que se abriu no Brasil. Devem estar massacrando os membros do PN com planilhas, pesquisas e gtráficos provando que a hora é agota.

    Dória selou seu destino no PSDB, dificilmente continua, o mais provável é que se mude para o Partido Novo, é a sua cara. Ou não concorra à presidência, o que é mais difícil ainda. 

    Entre 1974/75, ttrabalhei numa empresa representante da Halles Financeira/Banco Halles, a primeira instituição financeira a sofrer uma intervenção do Bacen, em abril/74. Convivi com um colega, pastor evangélico (certamente vem daí minha birra com esse povo), que toda semana nos brindava com a mesma frase, dita de forma teatral: “Não preciso do dinheiro do povo, pois nasci em berço de ouro”. E arrematava, orgulhoso da frase: Dr. Ademar de Barros”. 

    A “caixinha” do Ademar, depositada na casa da amante, no valor de US$ 2,5 milhões, expropriada pela luta armada, faz parecer o apartamento do Geddel uma sacristia de uma cidadezinha do interior do nordeste. 

    O Partido Novo, com sua retórica e seus milionários, vão seduzir o brasileiro médio ( médio e idiota) em 2018, da mesma forma que os paulistanos médios ( e idiotas) se deixaram seduzir pelo Dória em 2016. Afinal, por serem todos milionários, pra que corrupção, né? 

    O discurso moralista vai prevalecer – porque é sucesso – em 2018. 

  14. Doria me lembra o ex presidente. . .

    Dória me lembra o ex prlesidente Jânio Quadros, que foi um grande marqueteiro, numa época em que essa palavra ainda não existia, só que Jânio foi vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador e presidente da república, e era muito, mas muito mais inteligente do que João Dória Jr. Jânio só fazia factóides que  fossem favoráveis à sua imagem política, ao contrário de Dória, que a cada factóide vê sua popularidade cair cada vez mais.

  15. Não acredito que Doria

    Não acredito que Doria terá chances na próxima eleição presidencial, se for candidato não será pelo PSDB. Para mim o embate na próxima eleição para presidente se dará entre Geraldo Alkmin, Fernando Haddad e Álvaro Dias. Infelizmente não creio que deixem Lula sair candidato, darão algum jeito de impedí-lo.

  16. Dono do passe

    Dória é o marqueteiro que dispensou o candidato.

    Mas tem uma coisa: ele tem financiamento próprio. Faltou dizer que o terceiro motivo de sua candidatura pelo PSDB foi ter comprado a vaga.

    O PSDB terceirizou até o candidato e essa é a razão da briga de Goldman com ele. Deixou Matarazzo chupando o dedo…

    Em tempos de doações proibidas e doadores acuados, isso é uma bela vantagem. Principalmente se o apoio vier em dólar!.

  17. Do Novo (PSDB), Vem Aí Na Velha.. Globo, Gato Por Lebre.

    A propósito do comentário de Fernando J. em destaque, Nassif sabe que o Partido Novo foi gestado na think thank tucana, “Casa das garças” ou “dos Banqueiros & Rentistas”, com participação de Bacha, Armínio e outros banqueiros e executivos da banca, há seis anos, inspirados no então movimento Podemos na Espanha, ficando guardado na prateleira esperando o momento em que deveria de lá sair para substituir o Partido Velho, o PSDB, por fadiga do material. 

    Em 2015 registraram o partido, em 2016 participaram experimentalmente das eleições municipais com candidaturas a vereador em 5 capitais e em 2018 saem com candidato para presidente, concorrendo em conjunto com o velho no primeiro turno para garantir (se caso, um será esvaziado), Alckmin pelo velho PSDB e João Dionísio Amoêdo pelo Novo psdb, sendo esse último, clone de Macron, a ser trabalhado pelos Marinho, através de sua organização Globo, no metodo Collor, agora como o Macron brasileiro, não politico, novo, gestor de sucesso, devoto da meritocracia, etc., etc., etc.

    Não dá para esperar, como feito com Doria, e deixar de denunciar que estão começando a vender gato de banqueiro por lebre de Macron tropical. Notem que no Datafolha, do nada, surgiu João Dionísio Amoêdo com 1%, o que deve sintonizadamente acontecer nas demais pesquisas de ora em diante, como também pequenas aparições tipo caras em programas da Globo e da mídia em geral, explorando ser maratonista, executivo de sucesso, devoto da meritocracia, e por aí segue a construção, bastando observar. 

    Venho anunciando e comentando isso há mais de 9 meses e aos poucos adensa-se o lançamento sutil da “novidade” dionísica para enganar o povo conforme receita do velho Lampedusa em O Leopardo: “tudo deve mudar para que tudo fique como está”. 

    Que tal antecipar a estória a ser contada em capítulos e estragar a surpresa mostrando o que não mostrarão, o rabo preso, com banqueiros e rentistas tucanos, desse velho gato brasileiro, que querem vender ao povo como lebre nova à francesa.  

    Não vamos fazer como com Doria e esperar o segundo turno, pois jogarão tudo já no primeiro. 

  18. Nassif, sua descrição do

    Nassif, sua descrição do Dória Jr., é exatamente a de Marina Silva no gênero masculino. Só que pior, porque Marina ainda tem um verniz de civilidade, sua imagem não é tão ligada à falsa esperteza, ao cinismo, portanto, Dória Jr. é “uma Marina Silva piorada….”

    Não consigo vê-lo capaz de enganar o povo brasileiro, como fez com os paulistas, na verdade, como foi dito, “até um poste ganharia do PT em São Paulo”.

    Tudo indica que Serra e Alckmin, por motivos paralelos, o destruirão moralmente nos próximos meses.

    Dória Jr. é favas contadas……

  19. Cenário político atual

    O quadro de hoje é totalmente diferente do que ocorreu anos atrás, quando dois projetos de nação foram claramente colocados em disputa, desde a redemocratização. Um desses projetos era o neoliberal, dos tucanos, e o outro projeto era o do desenvolvimento nacional com viés social, representado pelo PT. Nessa disputa, nunca os tucanos iriam ganhar, como de fato veio a acontecer nas últimas quatro eleições. Havia que romper esta situação.

    Curiosamente, olhando no espectro lineal entre esquerda e direita, principalmente quando nos lembramos do Mario Covas, não houve no passado recente grande diferença entre centro esquerda ou centro. Os tucanos se autodenominavam “social democratas”, tentando fantasiar de esquerda um movimento 100% gerado em Washington. A diferença estava noutra dimensão, na vertical, entre nação e colônia, entre projeto nacional ou submissão ao capitalismo global. Essa era a grande diferença entre ambos os projetos, noutra dimensão que não apenas esquerda e direita.

    É ingenuidade ou ignorância pegar um lápis e traçar uma linha chamando uma ponta de esquerda e outra de direita, como se o jogo político fosse jogado apenas nessa única dimensão. Chamar de esquerda – aqui no Brasil – aqueles modernosos que bebem uísque não diz relação com a verdadeira esquerda operaria e defensora do interesse nacional, mas representa uma esquerda internacional, que também serve para os interesses globais, como é comprovado pelo forte apoio da mídia e até novelas da Globo.

    Acabou a polarização entre as forças nacionalistas e neoliberais que dominou o cenário político dos últimos anos até as eleições de 2014, por diversas razões. Tanto pelo descrédito dos tucanos e o que representam, como a campanha infame contra Lula e o PT, que fez muita gente pensar politicamente apenas como “anti” Lula ou anti PT.

    Hoje, Lula e o PT tentam (e espero que seja com sucesso) recuperar as bandeiras originais do movimento, desta vez mais limpas e sem compromissos com o mercado (sem outra “carta aos brasileiros” nem puxada de saco para a rede Globo). Mas, a bandeira do PT, ainda colorida demais, é utilizada para tirar votos de famílias mais conservadoras.

    As forças neoliberais tentam desqualificar Lula e o PT, mas, por causa do timing (demorou muito a lava-jato e o Aecim foi pego, assim como outros tucanos) e por conta dos malfeitos tucanos e aliados destes, a revolta contra Lula foi canalizada então para outra direção, que não as portas neoliberais espertamente abertas no ninho tucano, aguardando o estouro da boiada dos “anti” em favor do neoliberalismo. Estes votos “anti” foram capturados prioritariamente por grupos religiosos e conservadores locais, de onde Bolsonaro veio a ser favorecido, disputando outros votos evangélicos e conservadores com Marina.

    O problema dos chamados socialdemocratas e etc. é que ficaram sem discurso e sem voto, que já eram poucos em seu favor e que hoje ficaram menores ao “não conseguir capitalizar” os votos anti que a mídia estava gerando em seu favor, mas que acabaram indo para outro setor popular e conservador, dentro do próprio Brasil.

    O erro do PT foi ter entrado nesse jogo “modernoso” estúpido de cusparadas ao Bolsonaro e de participar de discussões comportamentais e de sexo em momento em que não devia, enchendo gratuitamente de votos as candidaturas conservadoras tupiniquins. O PT não devia ter entrado nessa esquerda modernosa, não sem antes ter estabelecido as verdadeiras prioridades deste país: recuperar a nação e o seu desenvolvimento social.

    Nesta luta real, dentro do território brasileiro, criou-se uma disputa entre conservadores e a chamada esquerda popular, deixando sem espaço os grupos neoliberais pilotados desde o mundo global.

    Ou seja, as candidaturas tucanas, ante abastecidas de votação anti-PT, ficaram hoje fora da disputa, pois apareceu um novo grupo (assim como o centrão do congresso) que se apresenta como guardião de costumes, religião e família, contra o que “acham” que o PT representa, pois, embora não seja verdade que o PT age como se PSol fosse, a mídia tem-se encarregado de denegrir tanto o PT que estes eleitores, que antes votavam em Lula, hoje participam de corrente popular contrária, associada ao conservadorismo comportamental (não necessariamente político).

    A verdadeira direita política brasileira, do capital, sempre esteve no PFL e hoje no DEM, que tradicionalmente apostaram pela direita internacional neoliberal e que hoje devem pensar seriamente se ficam com a direita nacional ou embarcam na canoa tucana furada que ficou sem votos.

    No plano local: Direita econômica são os DEM e o PSD. Direita “comportamental” está com diversos partidos de origem evangélica, no centrão, parte com Marina e parte com Bolsonaro. Direita nacionalista está com Bolsonaro, como se fosse um Enéas, apenas que espertamente batizado no Rio Jordan. A esquerda local modernosa e carnavalesca está representada pelo PSol. A esquerda operaria pelo PT, PCdoB, PSTU, PCO e outros.

    Os tucanos estão fora desta perspectiva. Criados do ninho do PMDB juntaram-se em favor do neoliberalismo e do consenso de Washington. Lá nos EUA poderiam ser Democratas, já aqui no Brasil, são meros instrumentos da colonização global neoliberal.

    Brasil terá, em 2018, pese a todo o esforço da mídia e do poder econômico em recuperar os tucanos de volta no poder, uma luta entre brasileiros humildes de esquerda e de centro esquerda, contra outros brasileiros pobres e humildes, mal informados, que acham que a disputa de 2018 está focada naquele sujeito nu na exposição de Porto Alegre ou na criação do terceiro banheiro em locais públicos.  

    Isso é que dá com uma mídia que desinforma. O poder econômico e o PIG enfrentam agora a volta do Lula ou de um monstrengo que eles mesmos criaram. É o pior dos mundos para o mundo neoliberal, a não ser, é claro, que pelo menos consigam com Temer aprovar o máximo possível de reformas neoliberais, pois, ninguém está interessado de trabalhar administrando o país, mas sim de fazer que este país tenha limites neoliberais em todos os seus campos de atuação. Depois disso, qualquer sujeito poderá ser Presidente e seguir a cartilha neoliberal, imposta exatamente em momentos sem democracia alguma.

    A saída para os neoliberais está nas reformas e não em 2018.

    A saída para o PT é retomar as bandeiras originais e parar de discutir se o pato é macho.

  20. Eu digo com conhecimento de

    Eu digo com conhecimento de causa que Doria é o exemplo perfeito de empresário brasileiro:

    Um completo idiota. Ele só conseguiu se tornar prefeito porque os paulistas em geral são igualmente idiotas e fáceis de serem enganados.

    Dito isso, eu alerto vocês que Doria em particular consegue ser ainda pior porque ele também têm o perfil dos sociopatas, eu suponho que os comentaristas que são psicólogos também devem ter notado os indícios.

    1. Pois é

      O pior castigo de Dória por tantos abusos que cometeu como político será governar São Paulo por mais 3 anos e 2 meses. Não tem mais chances de disputar a presidência em 2018.

      O pior castigo para o que o elegeram – os sudestinos que votam em São Paulo – será suportá-lo por mais 3 anos e 2 meses.

    2. Quem seria mais idiota, uma

      Quem seria mais idiota, uma população de milhões ou alguém que tem o desplante de dizer que, dentre esses milhões, a maioria é de idiotas?

      1. Primeira opção
        Por aqui, paulistano burro é que nem mato.

        Bom lembrar que Dória não foi eleito pela maioria da população, mas pela maioria dos que foram votar. 40% dos eleitores se picaram no dia da eleição, praia, churrasco na laje, fila na padaria, e delegaram pros 60% escolher. Deu merda, óbvio.

        Paulistano burro é o axioma maior da ciência política brasileira.

  21. Dória, São Paulo e Patativa

    A situação de São Paulo com Dória na Prefeitura, me lembra um poema de Patativa do Assaré:

     

    Nessa vida atroz e dura

     

    Tudo pode acontecer

     

    Muito breve há de se ver

     

    Prefeito sem prefeitura;

     

    Vejo que alguém me censura

     

    E não fica satisfeito

     

    Porém, eu ando sem jeito,

     

    Sem esperança e sem fé,

     

    Por ver no meu Assaré

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

    Por não ter literatura,

     

    Nunca pude discernir

     

    Se poderá existir

     

    Prefeito sem prefeitura.

     

    Porém, mesmo sem leitura,

     

    Sem nenhum curso ter feito,

     

    Eu conheço do direito

     

    E sem lição de ninguém

     

    Descobri onde é que tem

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

    Ainda que alguém me diga

     

    Que viu um mudo falando

     

    Um elefante dançando No

     

    lombo de uma formiga,

     

    Não me causará intriga,

     

    Escutarei com respeito,

     

    Não mentiu este sujeito.

     

    Muito mais barbaridade

     

    É haver numa cidade

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

    Não vou teimar com quem diz

     

    Que viu ferro dar azeite,

     

    Um avestruz dando leite

     

    E pedra criar raiz,

     

    Ema apanhar de perdiz

     

    Um rio fora do leito,

     

    Um aleijão sem defeito

     

    E um morto declarar guerra,

     

    Porque vejo em minha terra

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

     

     

     

     

  22. Dória, São Paulo e Patativa

    A situação de São Paulo com Dória na Prefeitura, me lembra um poema de Patativa do Assaré:

     

     

    Nessa vida atroz e dura

     

    Tudo pode acontecer

     

    Muito breve há de se ver

     

    Prefeito sem prefeitura;

     

    Vejo que alguém me censura

     

    E não fica satisfeito

     

    Porém, eu ando sem jeito,

     

    Sem esperança e sem fé,

     

    Por ver no meu Assaré

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

     

    Por não ter literatura,

     

    Nunca pude discernir

     

    Se poderá existir

     

    Prefeito sem prefeitura.

     

    Porém, mesmo sem leitura,

     

    Sem nenhum curso ter feito,

     

    Eu conheço do direito

     

    E sem lição de ninguém

     

    Descobri onde é que tem

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

     

    Ainda que alguém me diga

     

    Que viu um mudo falando

     

    Um elefante dançando No

     

    lombo de uma formiga,

     

    Não me causará intriga,

     

    Escutarei com respeito,

     

    Não mentiu este sujeito.

     

    Muito mais barbaridade

     

    É haver numa cidade

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

     

     

    Não vou teimar com quem diz

     

    Que viu ferro dar azeite,

     

    Um avestruz dando leite

     

    E pedra criar raiz,

     

    Ema apanhar de perdiz

     

    Um rio fora do leito,

     

    Um aleijão sem defeito

     

    E um morto declarar guerra,

     

    Porque vejo em minha terra

     

    Prefeitura sem prefeito.

     

  23. PRN = Partido da Reconstrução

    PRN = Partido da Reconstrução Nacional

    PN = Partido Novo

    Puta que Pariu, os fdp do PIG sacaneiam e ainda zombam das nossas caras. Tenho acompanhado esse PN há vários anos no FasciBurro. Tá cheio de jovens comentando lá deslumbrados com suas falácias, a mesma lenga lenga dos anos 90. Privatizar, enxugar gastos, acabar com as leis trabalhistas. Os mesmos de sempre que vivem pendurados nas tetas do estado pregando o capitalismo 2.0, para os trouxas.

    1. Pelo faceburro vemos o perfil

      Pelo faceburro vemos o perfil dos entusiatas do tal Partido “Novo”.

      Da minha lista, sem novidades:

      – Admirador e seguidor do Olavo de Carvalho

      – Militar de baixa patente que vivia compartilhando posts do “Revoltados Online” e que agora está caladinho.

      – Jovem “yuppies” deslumbrados, daqueles que se acreditam modernos por levar à sério a EXAME, seguir o Ricardo Amorim, acreditar que MBA na FGV é título acadêmico e admirar o carinha da tal “Geração de Valor”.

      – Seguidor do pato amarelo da FIESP

      – Fanático religioso seguidor da Cançaõ Nova.

      – Tucanos desiludidos com o Aécio: na verdade, alguns são uns tremendos “vergonhas alheias” que fizeram campanha para o Aécio e hoje querem de qualquer modo esconder esse recente passado tenebroso (do mesmo modo que os eleitores do Collor renegaram seus votos em 92).

      – Pessoas que acham o Rodrigo Constantino um cara genial.

      – Muitos capitalistas sem capital algum.

      É bem provável que mais de uma das “qualidades” acima possam constar em uma mesma pessoa.

  24. Quanto mais Doria for “fake News” menos o compreenderemos

     

    Luis Nassif,

    Este seu post “Doria, a samambaia que se tornou presidenciável, por Luis Nassif” de segunda-feira, 09/10/2017 às 04:30, aqui no seu blog e de sua autoria ficou bem diferente de post anterior que tratava de Doria e que se chamava “A imagem tortuosa que Doria construiu de si próprio, por Luis Nassif” de quarta-feira, também aqui no seu blog e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-imagem-tortuosa-que-doria-construiu-de-si-proprio-por-luis-nassif

    Este agora ficou mais humorístico, mas avalio que no limite ambos tratam o Doria com certo desdém que não sei se seria o caso. De todo modo, o post anterior você faz uma abordagem mais histórica tentando vincular a força de Doria com a realidade atual de modo semelhante vínculos que na sua avaliação acorreram no passado e eu aproveitei para aparar arestas no que eu considerava equívocos no seu texto.

    Fiz um comentário junto ao outro post que acabou não sendo publicado tendo em vista a série de bloqueios que estavam acontecendo na época. Como não sabia a razão do bloqueio eu imaginara que ele era decorrente de um extenso comentário que eu fizera para Junior 5 Estrelas lá no seu post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” de quarta-feira, 30/08/2017 às 00:32, também aqui no seu blog e também de sua autoria, principalmente porque eu recheara de links meu comentário que eu enviara quinta-feira, 07/09/2017 às 15:26, para Junior 5 Estrelas junto ao comentário dele enviado quinta-feira, 31/08/2017 às 10:29.

    Por se tratar de posts com posturas diferentes o meu comentário para você junto ao post “A imagem tortuosa que Doria construiu de si próprio, por Luis Nassif” não me parece adequado aqui. E cabe ainda menos quando se considera que eu não vejo boa razão para se discutir Doria de modo muito crítico, pois lá eu dera pouco destaque para Doria. Não há razão de o incensá mesmo na direita, mas ele não pode tão pouco ser menosprezado.

    De todo modo, como não conseguir colocar o meu comentário lá no post “A imagem tortuosa que Doria construiu de si próprio, por Luis Nassif” vou tentar coloca-lo aqui. Pensei em dizer lá o seguinte:

    – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – =

    “Luis Nassif,

    Bom texto. Não vou avaliar o João Dória, que deve ter algum valor por ganhar em primeiro turno a eleição para prefeito de São Paulo, ainda que para mim ele será sempre alguém indicado para a Embratur no governo de José Sarney.

    E que me desculpe Antônio Carlos G. B. F. Fernandes por o parafrasear em tão má companhia, mas me parece que João Dória deve estar a murmurar continuadamente “tenho pressa de viver”. Viu o cavalo arreado e encilhado e não quer perder a oportunidade. Sobre João Dória Jr, é só isso que eu tenho a explicar.

    O que me chamou atenção aqui neste seu post “A imagem tortuosa que Doria construiu de si próprio, por Luis Nassif” de quarta-feira, 13/09/2017 às 18:44, foi a sua insistência em referir a ascensão de Fernando Collor de Mello como refluxo à centralização do regime militar. Aqui você diz que Fernando Collor de Mello:

    “teve o auxílio da Globo na construção da imagem de caçador de marajás, em um período em que o país estava cansado da centralização em Brasília, no regime militar, e na esbórnia de distribuição de cargos públicos que caracterizou a partilha do butim pelos que ascenderam com Sarney”.

    Fiz uma crítica a comentário semelhante que você fizera lá no também seu post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” de quarta-feira, 30/08/2017 às 00:32, também aqui no seu blog e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-fator-e-a-economia-estupido-por-luis-nassif

    Eu disse comentário, mas o que eu enviei foi uma resposta ao comentário de Junior 5 Estrelas enviado quinta-feira, 31/08/2017 às 10:29. E nem foi uma resposta a se tomar pelo modo como Junior 5 Estrelas se refere aos meus comentários, isto é, não seriam comentários, mas requerimentos.

    E teria sido um requerimento réplica se eu houvesse encaminhado meu comentário para Junior 5 Estrelas, junto à resposta que ele me enviara quinta-feira, 31/08/2017 às 10:17, junto a resposta que eu dera quinta-feira, 31/08/2017 às 00:43, para um comentário dele de quarta-feira, 30/08/2017 às 16:33, lá no post “Solução é Gilmar se declarar impedido de julgar empresário, por Helena Chagas” de quarta-feira, 30/08/2017 às 13:50, aqui no seu blog e de autoria de Helena Chagas.

    O post “Solução é Gilmar se declarar impedido de julgar empresário, por Helena Chagas” consistia de transcrição de artigo de Helena Chagas no site Os Divergentes, com o título “Suprema tensão: quem vai tirar Gilmar do caso Jacob?”. O post “Solução é Gilmar se declarar impedido de julgar empresário, por Helena Chagas” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/solucao-e-gilmar-se-declarar-impedido-de-julgar-empresario-por-helena-chagas

    Pois bem, o que você diz lá no post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” e que me chamou atenção aqui pela semelhança com a frase que eu transcrevi acima foi a frase que eu transcrevo abaixo:

    “Fernando Collor foi eleito depois da centralização do regime Militar.”

    A frase tal como expressa no post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” ficou mais enxuta, mas acabou passando por cima de 5 anos de governo de José Sarney.

    Aqui você trouxe para a frase o governo de José Sarney, mas dando a entender que no governo dele não se adotara uma política muito menos centralizadora do que a aplicada no período da ditadura militar. Você se referiu aquele período apenas para dizer que o país estava cansado da “esbórnia de distribuição de cargos públicos que caracterizou a partilha do butim pelos que ascenderam com Sarney”.

    Tudo bem se se considera que com esta frase você está criticando o João Doria Jr, mas ela não é necessária. E não creio que se deva fazer a crítica a João Dória Jr em razão da esbórnia de distribuição de cargos no governo de José Sarney. É suficiente lembrar o cargo que ele ocupou no governo de José Sarney.

    O título do seu post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” é muito fácil de memorizar e eu aproveitei para em meu extenso comentário para Junior 5 Estrelas, à maneira de um requerimento nas palavras dele, deixar muitas referências e links que eu considero interessantes para serem objeto de conhecimento ou análise mais detalhada.

    No que eu chamo extenso comentário houve espaço suficiente para a transcrição do comentário de João de Paiva, que ele enviou quarta-feira, 30/08/2017 às 09:01, e que se encontra na segunda página do post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif”. A crítica de João de Paiva ao seu comentário que ele como eu também elogiou era semelhante a minha e eu apenas a completei no detalhe da sua omissão ao governo de José Sarney.

    De todo modo, o que eu gostaria de salientar aqui é que você tem conhecimento suficiente daquele período e conviveu com pessoas que tinham muita informação sobre os períodos anteriores a que você faz referência. E com tal gama de conhecimento não se justifica que em posts de boa qualidade você faça referências depreciativas ou valorativas de situações ou de pessoas que não são ou não foram exatamente como você descreve sejam as situações sejam as pessoas.”

    – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – = – =

    O título que eu tencionava dar ao meu comentário era: “João Dória Junior e o cavalo arreado: monta sem saber arriar?”. De certo modo eu queria dizer que ele era oportunista, mas não me parecia uma pessoa com capacidade para, por moto próprio cavalgar a eleição dele. Deixei, entretanto, o título com uma interrogação porque eu não o conhecia o suficiente para fazer qualquer projeção.

    Em relação a este meu comentário eu tive dificuldade para dar o título. Dei o título “Quanto mais Doria for “fake News” menos o compreenderemos” para deixar em aberto a possibilidade de que o que parece erros de estratégia possa ser apenas o que se chama de “fake news” e ocorrido ou se deixado realizar exatamente com intuito de parecer erros. Não é que ele possa surpreender e desmentir a frase do Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”. A questão é que hoje em dia há sempre bons assessores para tudo e assim nada é muito difícil para um rosto que tenha boa repercussão junto ao público.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 09/10/2017

    1. Apenas umas correções no texto do meu comentário acima

       

      Luis Nassif,

      Um pouco apressado para enviar o comentário acima eu passei batido em alguns trechos equivocados. Por exemplo, menciono o segundo parágrafo que transcrevo a seguir já com as correções em negrito:

      “Este agora ficou mais humorístico, mas avalio que no limite ambos tratam o Doria com certo desdém que não sei se seria o caso. De todo modo, no post anterior, você faz uma abordagem mais histórica tentando vincular a força de Doria com a realidade atual de modo semelhante a vínculos entre atores políticos e a realidade que, na sua avaliação, acorreram no passado. E eu fiz a leitura do seu post observando se ocorriam o que eu considerava equívocos no seu texto.”

      E seguir o terceiro parágrafo que transcrevo abaixo também com as correções em negrito:

      “A partir então de um primeiro apanhado eu fiz um comentário junto ao post anterior, mas que acabou não sendo publicado tendo em vista a série de bloqueios que estavam acontecendo na época. Como não sabia a razão do bloqueio eu imaginara que ele era decorrente de um extenso comentário que eu fizera para Junior 5 Estrelas lá no seu post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” de quarta-feira, 30/08/2017 às 00:32, também aqui no seu blog e também de sua autoria, principalmente porque eu recheara de links meu comentário que eu enviara quinta-feira, 07/09/2017 às 15:26, para Junior 5 Estrelas junto ao comentário dele enviado quinta-feira, 31/08/2017 às 10:29.”

      E o quarto parágrafo que também precisa de pequenas correções após o que ficaria assim:

      “Por se tratar de posts com posturas diferentes, o meu comentário para você junto ao post “A imagem tortuosa que Doria construiu de si próprio, por Luis Nassif” não me parece adequado aqui. E cabe ainda menos quando se considera que eu não vejo boa razão para se discutir Doria de modo muito crítico como você faz aqui, ainda mais que lá eu dera pouco destaque para Doria, dedicando mais a fazer minhas considerações sobre os vínculos que você estabelecia entre alguns autores políticos e a realidade da época desses atores. Não há razão de o incensar mesmo na direita, mas ele não pode, tão pouco, ser menosprezado.”

      E já que cheguei até aqui nessa correção, aponto também para o erro no quinto parágrafo no verbo conseguir que eu deixei no infinitivo e não no passado. O certo seria:

      “De todo modo, como não consegui colocar o . . . “

      Há mais erros, mas essas correções acima já são suficientes. E só resta torcer para que as correções não venham com mais erros.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 09/10/2017

  25.  Eu não quero acreditar que

     Eu não quero acreditar que uma historinha que contei hoje aqui pela manhã,tenha sido censurada pelo Blog,apenas porque eu verberava o tempo que passei no Conversa Afiada,ou se se perdeu pelo caminho,ou perdeu-se pelo descaminhos,90% dos comentarios,quando enviava,antes da quarentena forçada.In dubio pro reu.

  26. Crítica

    Boa tarde, Nassif.

    Tenho opiniões próximas às suas, embora nem sempre, ou seja, eu o admiro. Outro ponto de esclarecimento importante é o fato de eu não fazer parte da esquerda infantil que pensa estar nas pautas identitárias a solução para toda opressão do mundo (desviando-se do ponto nevrálgico: a luta de classes).

    Dito isso, considero importante alertá-lo sobre o machismo que você esboça com certa frequência em seus artigos e pedir para que reflita sobre. No presente artigo você compara o doria a “uma adolescente vidrada em selfies” e em um texto recente, sobre esse que é um dos maiores crápulas da república, você o compara a “qualquer mocinha do interior”. Houve outras ocasiões também que me incomodaram; esses comentários são totalmente incongruentes com a qualidade de suas análises. Dá para entender o que quer dizer e fica nítido que não se trata de machismo intencional, mas ainda assim tais comparações me parecem injustas e contraditórias, levando-se ainda em conta que doria é homem, a maior parte dos canalhas vende-pátria que tomaram o poder também, e que o momento que vivemos tem relação direta com o golpe sofrido por uma mulher.

    Parece pouco para nós homens, mas se tivermos empatia perceberemos que essas atitudes impactam negativamente as mulheres.

    Veja, não se trata aqui de patrulha moralista (uma tolice pequeno burguesa), mas de uma chamada à consciência. Espero que aceite meu comentário com humildade.

    Um abraço.

    1. Crítica

      discordo de tua crítica. Se existe mocinha do interior, e existe, está certo no contexto do discurso, digo mais, há literatura e poesia que se seguissem suas atenções cairiam num conjunto de mandamentos do que deve e do que não deve constar, ser expresso. Não é evitando a palavra nem muito menos usando ridículos eufemismos politicamente corretos. Mas você está certo e aplaudo por se manifestar. Vejo preconceito no seu pensamento, inconsciente, e eu chuto, claro.

      Terminou seus 50 minutos. Acertamos depois a sessão.

  27. Crítica

    Boa tarde, Nassif.

    Tenho opiniões próximas às suas, embora nem sempre, ou seja, eu o admiro. Outro ponto de esclarecimento importante é o fato de eu não fazer parte da esquerda infantil que pensa estar nas pautas identitárias a solução para toda opressão do mundo (desviando-se do ponto nevrálgico: a luta de classes).

    Dito isso, considero importante alertá-lo sobre o machismo que você esboça com certa frequência em seus artigos e pedir para que reflita sobre. No presente artigo você compara o doria a “uma adolescente vidrada em selfies” e em um texto recente, sobre esse que é um dos maiores crápulas da república, você o compara a “qualquer mocinha do interior”. Houve outras ocasiões também que me incomodaram; esses comentários são totalmente incongruentes com a qualidade de suas análises. Dá para entender o que quer dizer e fica nítido que não se trata de machismo intencional, mas ainda assim tais comparações me parecem injustas e contraditórias, levando-se ainda em conta que doria é homem, a maior parte dos canalhas vende-pátria que tomaram o poder também, e que o momento que vivemos tem relação direta com o golpe sofrido por uma mulher.

    Parece pouco para nós homens, mas se tivermos empatia perceberemos que essas atitudes impactam negativamente as mulheres.

    Veja, não se trata aqui de patrulha moralista (uma tolice pequeno burguesa), mas de uma chamada à consciência. Espero que aceite meu comentário com humildade.

    Um abraço.

  28. Lula..

    comentaram abaixo, acho que tem razão: Lula é o candidato do centro.. agora, o candidato da direita mesmo, acho que será o Ciro.. é só ele se acertar com a Globo (estão se estranhando, mas logo chegam a um acordo).. Marina tá queimada, o que sobra é o Ciro.. o resto, bolsonaro, dória, etc., só serve prá desviar a atenção.. só complementando: candidato da esquerda não existe.. afinal, que esquerda?

  29. A incoerência (produzida e
    A incoerência (produzida e manipulada pela grande mídia comercial e mercenária repercutida pelo a comprada rede social) do eleitor paulistano: dizem quere combater a corrupção, MAS votam e elegem (num primeiro turno) um fulano (Dória) que tem uma Fábrica de Corrupção (a Lide) cujo fim é amproximar empresários aos políticos e adminstradores público e abrir oportunidades !!!!

    Lembra-me de AL CAPONE:

    Mensagens aos pais

    Hoje em dia as pessoas já não respeitam nada. Antes, colocávamos num pedestal a virtude, a honra, a verdade e a lei… A corrupção campeia na vida americana de nossos dias. Onde não se obedece outra lei, a corrupção é a única lei. A corrupção está minando este país. A virtude, a honra e a lei se evaporaram de nossas vidas.

    (Declarações de Al Capone ao jornalista Cornelius Vanderbilt Jr. Entrevista publicada na revista Liberty em 17 de outubro de 1931, dias antes de Al Capone ir para a prisão).

    Galeano, Eduardo. De Pernas pro ar. A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2015, p.1

    A se ver uma pequena amostra:

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-doria-ficou-rico-com-o-lide-sua-maquina-de-aproximar-politicos-de-empresarios-por-joaquim-de-carvalho/

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/doria-e-garoto-propaganda-de-empresas-envolvidas-em-corrupcao-uma-delas-na-lava-jato-por-joaquim-de-carvalho/

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/10/washington-cinel-o-empresario-polemico-por-tras-de-doria-9528.html/

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