Às pressas, Câmara aprova contas de Lula, Itamar e FHC

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Agência Brasil

Os deputados federais aprovaram nesta quinta (6) as contas dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

A Comissão Mista de Orçamento já tinha dado parecer favorável à aprovação das contas de Lula (2006 e 2008), Itamar Franco (1992) e Fernando Henrique Cardoso (2002). Os pareceres aguardavam decisão do plenário da Câmara.

Nas contas do ex-presidente Itamar Franco, o parecer já tinha sido apreciado pelos senadores. Com a aprovação dos deputados, falta apenas ser promulgado pelo Congresso.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez ressalvas às contas de 2006 e 2008, da gestão de Lula. No caso de 2006, foram apontados 27 questionamentos, como o descumprimento de metas previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).  O tribunal também fez ressalvas às contas de Fernando Henrique Cardoso, como superavaliação de restos a pagar e não inclusão de déficit e juros devidos pelo Banco Central no valor de R$ 18,2 bilhões. Essas contas serão apreciadas pelos senadores, em decorrência das ressalvas.

As contas dos ex-presidentes entraram na pauta de votação da Câmara, em turno único, depois de um acordo feito entre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e os líderes partidários.

O Tribunal de Contas da União (TCU) está apreciando as contas do governo de Dilma Rousseff em 2014. O tribunal adiou o julgamento e abriu prazo para o governo dar explicações sobre indícios de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei Orçamentária Anual, entre eles o atraso de repasses para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo. No final de julho, o governo apresentou documento com explicações aos questionamentos do TCU.

A Câmara aprovou as contas dos ex-presidente simbolicamente, em sessão relâmpago. Não houve votação nominal, apenas manifestações da oposição contra as contas de Lula. A ideia é limpar a pauta rapidamente para receber o parecer do TCU sobre as contas de Dilma.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Cadê a moral

    Com uma aprovação dessas, de afogadilho, que moral tem esta casa para se debruçar demoradamente sobre as contas de Dilma e recusá-las?

    Vai saltar aos olhos de todos que se trata de mais uma armação políticas daquele que querem o fim das investgações sobre os corruptos, que o governo Dilama não tem dado trégua.

  2.     Não precisa nem um ar de

        Não precisa nem um ar de seriedade esse troço? Que diabo é isso de “aprovação de contas de três presidentes, a toque de caixa”? Niguém se espanta mais com nada não? Tá virando hospício, ficção maluca, texto das reportagens da Veja ou o quê o cotidiano do Brasil? Eu, heim!

  3. Isso é simplesmente uma

    Isso é simplesmente uma palhaçada no sentido de fazerem de palhaço o contribuinte., 
    São omissões e ações dessa espécie que concorrem para que o eleitorado não sinta. não a importância, mas a própria falta de um Congresso, a instância que na essência representa o próprio poder popular. 

    Triste e ridiículo! 

  4. A ordem dos fatores altera o produto

    Destarte a gravidade golpista escancarada desta sessão (que poderia ser cessão ao golpe ou seção de golpistas), não posso deixar de implicar com técnicas de mídia infalíveis, embora despercebebíveis em geral.

    Uma delas é a ordem numa lista. Se vc quer destacar algum item, coloque-o nos extremos, primeiro ou último (este mais eficazmente memorizável, pois o mais recente depois de tudo lido.

    Ao contrário, se vc quer camuflar, coloque-o no meio, pois ele se perde entre os iniciais e os finais.

    Se vc quiser ser neutro, coloque a lista em ordem alfabética, cronológica ou outro critério similar. 

    No caso, todas as manchetes que li sobre esta notícia colocam FHC por último, embora a ordem natural fosse Itamar, FHC, Lula (ou se alfabética, FHC, Itamar, Lula).

    A única que não destaca FHC por último na “aprovação”, foi no IG, onde o destaque (último) foi Lula.

    Mas aí, com a ressalva: “primeiro mandato” …

    1. Com relação à notícia, vivemos um “liberou geral na cara dura”

      Pra não pensarem que sou só um implicante detalhista:

      Resta saber se liberaram (ou ainda vão liberar) o segundo mandato de Lula ou vão fazer uma junção jabá com jirimum e reprovar também em sessão relâmpago, o segundo mandato de Lula junto com o primeiro de Dilma.

      E assim dar início à sepultar e jogar sal nos 12 anos de desrespeito aos EXCLUSIVOS interesses da Casa Grande?

      Uma acintosa heresia que merece ser punida publicamente para que nunca mais se repita!

      Mas este velho trouxa ainda acredita que isto tudo vai resultar mesmo é em NUNCA MAIS haver golpe neste país.

      Seja ele militar, jurídico, paraguaio, branco ou PQP.

      Ou estamos condenados a dar razão a eles, golpistas.

      Como um povinho de merda que aceita qualquer coisa mesmo?

       

  5. O golpe em marcha:
    Cunha
    O golpe em marcha:

    Cunha rejeita todos os pedidos de impeachment para posar de imparcial.

    TCU “bichado” rejeita às contas de Dilma

    Câmara vota impeachment devido às pedaladas.

    Temer assume e comemora no piso xadrez.

    Implode-se a República da Lava-jato, não sem antes prender Lula.

    A Globo ganha mais uns 5 anos de fôlego.

    Inicia-se a inquisição aos blogs “sujos”.

  6. Acredito que isso faz parte. . .

    Acredito que isso faz parte de uma manobra, se as contas dos ex-presidentes fossem reprovadas, e depois as contas de Dilma também fosse reprovada, como justificar seu impeachment? Com a aprovação das contas dos governos anteriores, a reprovação das contas da presidenta Dilma abriria o caminho para o impeachment de Dilma.

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