Líder do PMDB não define voto da bancada para o impeachment

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Da Agência Brasil

Por Iolando Lourenço e Ivan Richard

O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), liberou hoje (11)  a bancada do partido para votar na comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O líder argumentou que, em função de divergências internas, ele não pode estabelecer como os peemedebistas devem votar.

“O PMDB está liberado para votar na comissão. Os deputados estão livres para votar de acordo com as suas convicções”, disse Picciani, o primeiro dos 27 líderes que falarão hoje na comissão do impeachment para orientar suas bancadas. O líder disse ainda que reunirá a bancada nesta semana para discutir a posição da legenda para a votação no plenário da Casa.

Maior bancada da Câmara, o PMDB não deve fechar questão para a votação do impeachmentno plenário. Segundo Picciani, ele orientará os correligionários conforme a posição da maioria, sem punição aqueles que votarem de forma diferente.

“Estamos diante de um fato gravíssimo, que é o julgamento da presidenta Dilma Rousseff. Qualquer que seja o resultado da votação, teremos que ter clareza absoluta da nossa posição. Qualquer que seja o desfecho, teremos um longo caminho pela frente”, discursou.

O líder citou a instalação de um alambrado no gramado em frente ao Congresso para dividir as pessoas que são contrárias e a favoráveis ao impeachment como reflexo da grande divisão da sociedade e da responsabilidade dos políticos em promover a união do país após a análise do pedido de impeachment.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Análise ponderada

    O Deputado foi tranquilo e ponderado.

    Por outro lado, ver o PPS, DEM e PSDB é assistir a uma continuação do mesmo debate de 2014, quando perderam as eleições.

    É mais do que claro o intento de tapetão.

  2. Na sexta, votou contra como membro da comissão.
    Seu voto como parlamentar foi contra a abertura. Como líder, liberou a [p]bancada. Mas foi bastante ponderado, sem atacar e fazendo um chamamento à gravidade do momento.

    1. E nada da pauta sobre o Cunha no STF. Sei…

      E por falar em gravidade do momento: 

      Marco Aurélio: o risco de os militares voltarem caso o golpe triunfe

      Postado em 11 de abril de 2016 às 4:10 pm Trecho da entrevista: ” Mello – No impedimento do presidente Fernando Collor de Mello não tínhamos os segmentos como hoje. A presidente, considerando o PT, tem. Lá havia um consenso, que se formou e escaneou o impeachment. Hoje em dia, não. O panorama que está no horizonte sinaliza conflitos futuros, e evidentemente o PT estará na oposição.

      JC – O que pode acontecer?

      Mello – Os segmentos antagônicos se defrontarem na rua, e aí teremos de ver se as nossas forças repressivas, representadas pelas polícias militares, são suficientes para controlar a situação. Se não forem, o último recurso estará na intervenção das forças armadas. Isso nós não queremos, não pretendemos…

      JC – O senhor vê esse risco?

      Mello – Não tenho a menor dúvida de que não temos ou que falta a compreensão dos interesses nacionais. Não há governança por falta de diálogo. Ou seja, a voz da presidente da República não ressoa no Congresso de forma positiva. Isso é muito ruim, porque os poderes são harmônicos e independentes, mas devem atuar em conjunto.

      Para ler a entrevista toda – http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/marco-aurelio-o-risco-de-os-militares-voltarem-caso-o-golpe-triunfe/

  3. Para “promover a união do

    Para “promover a união do país, se aprovado o pedido de impeachment”, a primeira coisa que devem fazer os peemedebistas é encomendar diversos navios cargueiros com gás lacrimogêneo, gás de pimenta, pistolas de borracha e também armas portáteis mais pesadas, para reprimir o povo nas ruas. Também providenciar meios de censura completa na Internet.Também providenciar especialistas americanos e israelenses para treinamento rápido das polícias em esmagamentos sem remorso de seu próprio povo. Isso vai custar alguns bilhões, nada para quem vai faturar horrores com o Grande Golpe.

  4. Um voto Valente

    Por falar em comissão do impeachment, há de se elogiar o recente voto de Ivan Valente.

    Disse tudo. Desmascarou a hipocrisia do PMDB/PSDB. Atire a primeira pedra aquele

    que não usou caixa dois.O Congresso Nacional está desmoralizado, não pode julgar ninguém. 

     

    1. “há de se elogiar o recente

      “há de se elogiar o recente voto de Ivan Valente.

      Disse tudo.”

      Sempre admirei esse cara e nunca votei nele por conta do tal de “voto útil”.

      A política é uma “M”, um mal necessário,

  5.  Os crápulas falam em

     Os crápulas falam em “loteamento de cargos” como se isso fosse uma criação do atual governo.

    Não explicam como governariam dependendo de UMA CORJA DE BANDIDOS para aprovar ou rejeitar seus projetos e decisões.

    Bem disse Cid Gomes: Um bando de achacadores!

    Presidencialismo de coalizão prosperar com parlamentares desse nível, é impossível.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador