A encruzilhada da CPI da Pandemia

Enquanto senadores querem abreviar trabalhos, grande volume de documentação pode ajudar a estender investigação

Jornal GGN – A CPI da Pandemia se encontra em uma encruzilhada: enquanto senadores querem encerrar os trabalhos da comissão, o grande volume de documentação pendente pode ajudar a estender o período de atuação do colegiado.

A comissão tem um prazo de 180 dias para realizar seus trabalhos, mas as diversas pontas soltas levaram senadores a cogitarem estender o período de investigação por mais duas semanas – o encerramento está inicialmente previsto para 22 de setembro, com o término do relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros.

Clique aqui e veja como colaborar com o jornalismo independente do GGN

Contudo, senadores querem encerrar as investidas mesmo que o prazo da CPI tenha sido estendido até novembro, como forma de evitar desgastes políticos por conta da perda de foco e dos resultados limitados apresentados.

O grande volume de documentos é um dos motivos para que a extensão dos trabalhos seja cogitada: até o momento, 2.434 arquivos estão nas mãos dos senadores, mas ainda não se sabe o que será feito com isso após o fim das investigações, principalmente com o material de acesso sigiloso.

Dentre os pontos pendentes de investigação, está a rede de relacionamentos de Marconny de Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos. O material já avaliado até o momento aponta a proximidade do advogado com Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, a advogada Karina Kufa e com Jair Renan Bolsonaro, o ‘filho 04’.

A comissão cancelou os trabalhos na semana de 07 de Setembro, e o Congresso deve retomar os trabalhos no dia 13. Para o dia 14 de setembro, é esperado o depoimento do empresário Marcos Tolentino, que não compareceu na última semana. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Leia Também

Coaf aponta movimentação ‘atípica’ de diretor da Precisa

Omar Aziz pede intimação de lobista à Justiça

Dispensa de licitação: Senado aprovou MP que “legaliza bandalheira”, denuncia Renan Calheiros

Redação

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador