Jorginho Mello admite apoio a governo fascista

Na CPI da Pandemia, senador catarinense afirma em discussão com Witzel que governo Bolsonaro “tem mãos limpas”

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Jornal GGN – O ex-governador Wilson Witzel apontou na CPI da Pandemia que o governo Bolsonaro é fascista e antidemocrático, e o senador Jorginho Mello (PL-SC) afirmou que o governo atual “tem mãos limpas”, sem contradizer o fascismo.

Mello chegou a chamar o ex-governador de leviano por ter sido cassado e que ele envergonhou a magistratura brasileira. Em resposta, Witzel afirmou que isso não era verdade.

“Lamentavelmente, para sua decepção, isso não é verdade, muito pelo contrário. Durante o tempo em que estive na magistratura, eu fui um juiz efetivo, comprometido com as minhas funções, todas as minhas sentenças submetidas ao tribunal foram sentenças regularmente julgadas, eu passei 17 anos na magistratura sem responder a nenhum processo disciplinar ou administrativo, eu passei 17 anos fazendo um trabalho sério. saí da magistratura para ser governador do Rio de Janeiro”.

“Eu não baixo a cabeça para ninguém que quer fazer desse país uma bagunça. Não vou baixar a cabeça para ninguém, vou continuar fazendo meu trabalho e, para a decepção de muitos, vou continuar na política e não vão me impedir de ajudar a reconstruir esse país e evitar que pessoas se aproveitem da boa vontade daqueles que estão acreditando em uma lorota de que nós estamos em uma democracia. Infelizmente, o senhor tá apoiando um governo que é fascista e que se mostrou antidemocrático”, disse Witzel ao senador catarinense.

Sem contrariar a afirmação de fascismo, Mello disse que o governo é de “mão limpa”. “O senhor vem aqui dizer que é santo, que é isso e que é aquilo, mas os fatos não comprovam isso”.

A CPI da Pandemia teve sua sessão encerrada mais cedo nesta quarta-feira, uma vez que Witzel fez uso do habeas corpus impetrado pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu para se retirar.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador