Cartilha de Alckmin diz: politizar, desqualificar e sufocar protesto de alunos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em São Paulo, a escalada das autoridades do Estado contra as manifestações de alunos contrários ao fechamento sumário de mais de 90 escolas públicas – fenômeno vendido pela grande mídia como “reorganização do ensino” – segue um roteiro pouco original: primeiro, politiza-se a conduta dos críticos ferrenhos ao projeto; depois, desqualificam-se as ações desenvolvidas para chamar atenção para o problema; e quando o conflito ganha traços duvidosos perante a opinião pública, introduz-se a força militar como corretivo contra o lado mais fraco.

É com essa fórmula que o governo Geraldo Alckmin (PSDB), acusado de não dialogar sobre as mudanças na rede pública de ensino, tenta suprimir os protestos em vias públicas e as ocupações em mais de 100 escolas.

No começo, a Secretaria de Educação alegava ruído na comunicação com pais e alunos afetados pelo plano (são mais de 300 mil em todo o Estado), que não teriam tido a chance de entender os objetivos nobres da “reestruturação”. Quando as ocupações em escolas que seriam fechadas passaram a crescer exponencialmente e ruas foram tomadas, o discurso passou a ser de ataque a supostas lideranças político-partidárias infiltradas entre alunos para semear a discórdia e sapatear em celebração à fase impopular de Alckmin.

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Na imprensa, pouco foi o espaço dado à visão dos alunos sobre a crise. Nos veículos mais tradicionais, as iniciativas são tímidas – e quando não, podadas. A TV Folha, por exemplo, chegou a publicar na manhã de terça-feira (1º) uma reportagem em vídeo mostrando o que os alunos fazem durante as ocupações: calçadas e pátios de escolas são varridos; paredes velhas e pixadas, pintadas; banheiros, lavados. No mesmo dia, Alckmin fez uma visita de cortesia ao jornal. Leitores deram por falta do vídeo, posteriormente.

Mais tarde, a cobertura do jornal foi focada no “confronto” entre a Polícia Militar e os estudantes. A tensão teria começado ainda pela manhã, em uma escola na região da Bela Vista, após alunos terem supostamente agredido dirigentes de escolas e tentado depredar o espaço público. Em Osasco, a PM também relatou caso de depredação de escola. Os jornais ajudaram com galerias recheadas de imagens do vandalismo sem autor.

A partir de então, a “operação de guerra”, com direito ao uso de força policial para sufocar as manifestações, foi autorizada. Nas redes sociais, uma centena de vídeos e fotos da violência desmedida da PM contra adolescentes desarmados. Como de praxe, os agentes de Estado flagrados com cassetetes em atividade não possuíam identificação – o que, nas palavras, de Alckmin, é “normal”. Bombas, gás de pimenta, prisões, puxões e empurrões completam o arsenal. Tudo para desobstruir a Nove de Julho, uma das principais vias da cidade, na noite de terça.

O governador só comentou a ação da PM na manhã desta quarta-feira (2), após um grupo de 30 alunos ser forçadamente retirado das ruas mais uma vez. Disse Alckmin, seguindo a cartilha: “É nítido que há uma ação política no movimento. (…) Não é razoável obstrução de via pública. Ainda mais na Doutor Arnaldo. Só o Instituto do Câncer possui mil pacientes por dia que precisam de acesso [à região]. Pessoas precisam trabalhar.”

Depois de desqualificar as manifestações que só “prejudicam” a rotina do paulistano “trabalhador”, Alckmin finalizou com a defesa de seus subordinados: “A polícia dialoga, a polícia conversa, pede para as pessoas saírem e dá tempo para pessoas saírem. A polícia faz todo o trabalho, é capacitada, treinada, tem paciência.” Tudo dentro dos conformes.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

23 Comentários

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  1. “após um grupo de 30 alunos

    “após um grupo de 30 alunos ser forçadamente retirado das ruas mais uma vez.”

    Após 5 horas, um grupo de 30 alunos ser forçadamente retirado das ruas mais uma vez.

    Depois do fracasso da greve o sindicato a mando do petismo cria  um fato politico.

     

    1. Quem criou o fato político

      Quem criou o fato político foi o Alckmin ao enfiar fechamento de escolas e transferência forçada goela abaixo de 300.000 estudantes.

    2. O fato político é: o

      O fato político é: o governador desobedeceu uma ordem do TJ-SP, que considerou as ocupações de escolas legais.

      Quando o assunto era o Pinheirinho, o ditador repugnante mandou usar a força com gosto dizendo que havia cumprido  “apenas” uma decisão da justiça. Ou seja, quando a decisão da justiça é favorável, ele cumpre a decisão. Caso contrário, passa por cima sem cerimônia. Um pilantra perigoso.

    3. Liberal?

      Tiro, porrada e bomba em estudante. Essa é a aliança dos ‘liberais’ com os fascistas. Nenhuma novidade, um dos seus ídolos o “Von” Mises fez essa aliança, foi até membro do ‘partido patriota’ austriaco, o partido que fez aliança com Musoline. Tira logo a máscara e muda o seu nick para aliança fascista.

  2. Não adianta desqualificar os estudantes

    Eu acho que ele caiu numa armadilha montada por seu próprio governo. Agora está difícil sair. O desgaste político já está posto.

    E não adianta desqualificar os “invasores”. O apoio ao movimento se ampliou. Até o Cenpec, de Neca Setubal, apoia o movimento.

    http://www.cenpec.org.br/2015/12/01/25-organizacoes-assinam-manifesto-com-reorganizacao-da-rede-de-ensino-paulista/

    25 organizações, entre elas o Cenpec, assinam manifesto contra reorganização da rede de ensino paulista

    Contra a atual forma de “reorganização escolar” proposta pelo governo do estado de São Paulo: pelo direito humano à participação social e ao acesso e à transparência da informação pública

    As organizações abaixo assinadas manifestam sua indignação e repúdio à forma autoritária pela qual o processo de reorganização escolar da rede estadual de ensino tem sido encaminhado pelo governo estadual, caracterizado pela falta de informações consistentes, públicas e transparentes que deram base a tal decisão e pela insistência em desconsiderar as demandas de milhares de famílias. Com apoio de diversos setores da sociedade, a mobilização dos estudantes paulistas em defesa da escola pública e em resistência à política de reorganização escolar cresceu em todo o estado de São Paulo, demonstrando a profunda inadequação da proposta.

    Da maneira como tem sido encaminhada, a reorganização escolar ocasionará o remanejamento compulsório de mais de trezentos mil alunos, impactando o cotidiano de inúmeras famílias, a atividade profissional de milhares de professores e demais profissionais da educação, sem contar as mudanças desencadeadas nas escolas que permanecerão na rede estadual, como o aumento do número de estudantes por turmas e o acirramento dos problemas relativos ao atendimento da educação de jovens e adultos e de estudantes com deficiência e transtornos globais do aprendizado, só para listar alguns exemplos. Apesar de prever o fechamento de noventa e três escolas, não há nenhuma garantia de uso dos prédios públicos para outras atividades educacionais e nem a previsão de recursos financeiros e humanos para o desenvolvimento das ações propostas.

    Destaca-se a falta de informações públicas e transparentes a respeito dessa política, tanto para subsidiar o debate público, como para respaldar as decisões tomadas. A proposta não foi apreciada nem mesmo pelas próprias instâncias estaduais de mobilização e normatização da educação, tais como o Conselho Estadual de Educação e o Fórum Estadual de Educação. No que se refere à elaboração do Plano Estadual de Educação, destaca-se ainda a tentativa unilateral do governo do Estado de São Paulo de se desresponsabilizar do ensino fundamental, considerando as intenções de ampliar a municipalização prenunciada no acréscimo da meta 21 ao Plano Estadual de Educação em debate na Assembleia Legislativa.

    A falta de diálogo ficou evidente pela reação da comunidade escolar e, em especial, dos estudantes, que ocuparam quase duzentas unidades escolares. A intransigência por parte de determinados gestores educacionais e escolares se manifestou em diversas unidades, com a coação de estudantes e a divulgação de informações equivocadas, confundindo as comunidades escolares. Tal situação é um explícito desrespeito aos princípios de gestão democrática e do direito à participação dos jovens e familiares na definição dos processos educacionais, políticos e sociais, tais como previstos na Constituição Federal (artigos 205 e 206), no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigos 53 e 58), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (artigos 2º, 3º, 14 e 15) e no Estatuto da Juventude (Artigo 3º) e reiterados pelo Tribunal de Justiça, na decisão, em sede liminar, da legítima manifestação dos estudantes e da necessidade de debate da política pública proposta.

    Além das violações no direito ao acesso à informação e à participação social, destacam-se algumas preocupações com relação ao conteúdo da reorganização escolar proposta pelo governo estadual. A referida proposta desconsidera o impacto da política no médio e no longo prazo para as escolas que permanecerão na rede, ignorando inclusive os dispositivos sobre acesso, permanência e qualidade previstos no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/14) e na Emenda Constitucional 59 de 2009, tais como a obrigatoriedade do ensino para todos os jovens de até 17 anos a partir de 2016, a superação do analfabetismo e a elevação da taxa líquida no ensino médio e da escolaridade da população entre 18 e 29 anos.

    Inconsistências metodológicas também foram identificadas no documento base apresentado como subsídio para a proposta de reorganização escolar, tal como explicitado em estudo realizado por professores do Bacharelado e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFABC . Nesse estudo, conclui-se que o documento tem graves inconsistências quanto à fundamentação científica e à escolha das variáveis e, portanto, não apresenta elementos para fundamentar, nem sequer sugerir, as conclusões anunciadas pela Secretaria Estadual de Educação quanto aos impactos da política de reorganização.

    Os inúmeros posicionamentos públicos apresentados por universidades paulistas de excelência (Congregação das Faculdades de Educação da UNICAMP e da USP, Conselho de Graduação da Unifesp), entidades sindicais, movimentos sociais, fóruns, redes e organizações da sociedade civil, bem como as manifestações e ocupações de escolas estaduais, demonstram a grande insatisfação e as significativas preocupações em relação à reorganização proposta pelo governo estadual.

    Assim sendo, as instituições e entidades signatárias conclamam a Secretaria Estadual de Educação a atender aos reclamos de estudantes, da sociedade civil organizada e da comunidade científica, deixando de implementar, nesse momento, o projeto de reorganização da rede estadual de ensino. Reivindicamos que a decisão sobre uma eventual reorganização da rede estadual esteja de fato embasada em efetivos processos participativos, com amplo debate social,  por meio da realização de audiências públicas regionalizadas; em planos de médio e longo prazos para a educação paulista; e em estudos melhor fundamentados que justifiquem determinadas decisões; bem como no dimensionamento do impacto em termos de recursos financeiros, humanos e pedagógicos das unidades que permanecerão e daquelas que eventualmente venham a ser encerradas.

    Declaramos também nosso apoio aos estudantes e familiares e a todos aqueles que, ao lado dos professores e demais profissionais da educação, têm defendido e lutado cotidianamente por uma escola pública de qualidade que garanta o direito à educação de todas as crianças, adolescentes, adultos e idosos no estado de São Paulo. Nesse sentido, também solicitamos respeito e cuidado com a situação dos estudantes concluintes do ensino médio, para que não haja retaliações àqueles e àquelas que se mobilizaram contra a reorganização escolar e que sejam providenciados os documentos necessários de forma a não prejudicar a continuidade de sua trajetória escolar.

    Com muita preocupação, manifestamos ainda que a sociedade não admitirá qualquer tipo de violência ou abuso das autoridades governamentais contra os estudantes que legitimamente vêm se organizando por meio das ocupações de unidades escolares e em manifestações de rua. Preventivamente, medidas judiciais de proteção desses estudantes devem ser tomadas para que não haja risco de que se fira a integridade das/dos adolescentes e jovens e o seu direito à livre manifestação.

     

    30 de novembro de 2015.

    Assinam:

    Ação Educativa – Assessoria, Pesquisa e Informação
    AMARRIBO Brasil
    Associação Cidade Escola Aprendiz
    Associação de Cooperação, Promoção e Incentivo à Cidadania – Associação Cooperapic
    Centro de Estudos Educação e Sociedade – CEDES
    Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária – Cenpec
    Comitê São Paulo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
    Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola – CRECE
    CORSA – Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor
    Diretoria da Associação dos Docentes da USP
    ECOS – Comunicação em Sexualidade
    Escola de Governo
    Fórum Municipal de Educação Infantil de São Paulo
    Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Estado de São Paulo
    Fórum Paulista de Educação Infantil
    Geledés – Instituto da Mulher Negra
    Grupo THESE – Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde (UFF-UERJ-EPSJV-Fiocruz)
    GT Educação da Rede Nossa São Paulo
    Instituto Avisa Lá – formação continuada de educadores
    Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário – IBEAC
    Instituto Paulo Freire
    Mais Diferenças
    Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
    SINTEPS – Sindicato dos Trabalhadores do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
    União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo – UMES

     

     

     

     

  3. Atitude de fascista!Qualquer

    Atitude de fascista!

    Qualquer líder do PSDB que ocupar a Presidência, será um caos, muito maior do que estamos vivendo atualmente, porém, o Alckimim é o pior deles. Trata-se de um sujeito falso e extremamente perigoso. Massacra a população enquanto mantém aquele sorriso de monalisa!

    O Alcimim na Presidência significará retrocedermos à Itália do Benito Mussolini. Acredito que o Alckmim será ainda pior.

  4. Vá pastar, governador!

    Que raio de “conversa” é essa que o lado mais fraco fala e o lado mais forte não escuta?

    Quando foi que o governo estadual escutou alunos e famílias sobre a reestruturação? Se houve escuta, em pontos o governo cedeu?

    “Diálogo” em que só o outro lado se ferra é ditadura.

  5. O @DefesaGovBr deve conversar
    O @DefesaGovBr deve conversar com o @governosp da mesma forma que a PM dialoga com os jovens estudantes. Porrada e tiro… de canhão.

  6. Outro ponto da cartilha

    Visitar redações amigas antes de fazer merda.

    Alckmin fez “operação abafa” no Estadão e na Folha às vésperas de decreto sobre “reorganização” do ensino

    Jornalistas da Folha de S.Paulo e do Estado de S. Paulo falaram com o DCM na condição de anonimato sobre uma visita de Geraldo Alckmin às empresas onde trabalham…

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/alckmin-fez-operacao-abafa-no-estadao-e-na-folha-as-vesperas-de-decreto-sobre-reorganizacao-do-ensino/

  7. FHC e Aécio estão na mídia

    FHC e Aécio estão na mídia toda hora. Alguém tinha que perguntar pra eles sobre esse assunto. Engraçado que sumiram.

  8. Cadê os deputados estaduais

    Cadê os deputados estaduais do PT para politizarem essas barbaridades como quer o governar.

    Está na hora de levantar a bunda dos seus gabinetes e irem às ruas apoiar os estudante.

    Façam barulho, convoquem a imprensa alternativas, denunciem, caminhem ao lado dos estudante, façam protestos.

    Convoquem a sociedade civil para participarem dos protestos.

    Façam qualquer coisa, saiam dessa lerdeza.

    Essa é a hora de capitalizar, de ter o apoio da opinião pública.

    Quem sabe não conseguem conquistar alguns votos no meio dos coxinhas pobres.

  9. São Paulo está se tornando um

    São Paulo está se tornando um EI sob a batuta de Alckmin, um fundamentalista católico (!) da Opus Dei. Violência policial, esquadrão da morte, intolerência política, animosidade contra minorias e desvalidos, corrupção generalizada e tudo abafado pelo mídia e indiferença do  MP e judiciário, com as exceções de praxe. Enfim, um local de difícil convivência civilizada.

  10. Pior

    O pior é que 50 milhões de brasileiros apoiam estes políticos. O pior é o brasileiro vota no collor, fhs, acm, cunha, e outros mais. O pior é que o brasileiro gosta disso, defende isso ou não quer nem saber do que está acontecendo no quintal do lado, afinal é do lado.

    Tristeza!

  11. Li um comentário no face que

    Li um comentário no face que achei interessante e reproduzo aqui.

    Os eleitores do Alkimin/PSDB de SP, sofrem de Síndrome de Estocolmo.

    Na realidade, o Alkimin sequestrou, água, segurança, escola, metrô… dos seus eleitores.

    E ainda por cima lhes enfiam a porrada.

    Quanto mais apanham, mais gostam do seu governador.

    Isso já não é amor, é gamação

    Êh !! gamação danada
    É triste ter você
    Fazendo morada
    Dentro do meu peito
    Deixando imperfeito o meu viver

    Gamação, palavra que soa indelicada
    Mas é a única forma adequada
    Que justifica o meu penar
    Amar da maneira que amo não é mais amar
    Chorar por você como choro não é mais chorar

    É derramar

    É derramar um aresenal de lágrimas
    É me sentir o mais infeliz dos mortais
    Você é minha desventura
    Por lhe querer com loucura
    Conheço o sofrimento e nada mais
    Nada mais

    Você é minha desventura
    Por lhe querer com loucura
    Conheço o sofrimento e nada mais

    Grupo fundo de Quintal.

  12. o governo federal tambem

    o governo federal tambem  deve  refazer  a  reorganizaçao de  verbas  que  serao   mandadas para o governo de Geraldo ALckmin, nesse caso sao  menos  90  escolas que  deixaram de  receber  o dinheiro repassado  para o governo do estado  e  podem  ser muito  bem   fundadas escolas federais  com essa  grana    mais para o governo do estado nao deve ficar.  O pior  é que eles  para justificar   as  açoes deles  DIZEM QUE  O MOVIMENTO  ESTUDANTIL QUE ESTAO BRIGANDO POR  LEGITIMOSS DIREITOS  É  POLITIZADO.  ESSE É O ARGUMENTO DE QUEM NAO TEM BONS ARGUMENTO. sE  FOSSE  POLITIZADO MESMO TODOS  OS  DEPUTADOS  QUE  ESTIVESEM CONTRA  ESSE TIRANO  ESTARIAM NAS ESCOLAS  AJUDANDO OS ALUNOS E PROFESSORES.

    É  preciso se entender que o governador  é o  representante  do Presidente(a)  porque o  Presidente nao pode tomar  conta  de um país  inteiro  entao  foram  criados os  governadores que por  sua  vez nao podem  tambem  tomar conta de todos os municipios  e foi  criado a figura do prefeito – Ora  sendo assim  nenhum governo  estadual esta acima do  federal que  pode muito  bem  intervir  no estado ou municipio quando  ha risco de  convulsao social  como a que  estamos vendo agora  entre  adolecentes  e policiais  armados  de cassetedes bomba de gas  lacrimogeneo  armas de choque  etc. 

    Esses jovens  nao querem ficar  numa sala com  90 alunos, sair  de um municipio  ou  bairro distante  para poder estudar. eles tem  razao  e  direitos que devem  ser  respeitado.  o criminoso aqui  é  GERALDO  ALCKMIN, umdespota  a  serviço  dos  interesses internacionais que  querem deixar o Brasil ignorante  e nas  maos  deles. 

  13. Nem PT, nem PSDB: contra a pátria (policial) ‘educadora’

    Alckimin manda a policia e milicias fascistas para bater em estudantes. MAs a situação na ensino federal, se não chegou a esse ponto ainda, não anda nada bem. Na UFSC, a EBSHER – um presente de Lula no último dia de seu segundo mandato que privatiza de facto os hospitais universitários  criando algo semelhante as OS do governo do PSDB – foi aprovada pelo Conselho Universitário em reunião feita no Batalhão da PM.   O DCE da UFSC controlado pela UJS/PC do B apoiou explicitamente a adesão à EBSHER e seus representantes compareceram a reunião do Conselho no batalhão da PM. Uma Universidade Federal viveu cenas (in)dignas de uma ditadura militar. Tratou-se de algo completamente ilegal, pois as reuniões no serviço público são publicas, algo tão ilegal quanto a desocupação das escolas pela PM de Alckmin. E não foi a primeira vez que uma Universidade Federal se apoiou na força policial e nos militantes governistas da UJS para aprovar a EBSHER.

    Trata-se de uma luta dos estudantes, professores e técnicos contra a ‘pátria educadora’ em todos os niveis governamentais que se utiliza da policia e de ‘civis’ para politizar, desqualificar e reprimir a educação pública e de qualidade e não uma luta de PT contra PSDB.

     

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