A ficha corrida dos aliados de Cunha no Conselho de Ética

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Se tirar o Cunha assume o vice dele, também pró-impeachment e acusado na Lava Jato.

Posted by Luiz Carlos Azenha on Domingo, 13 de dezembro de 2015

 

Jornal GGN – “O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, usa o poder para se manter no cargo, perseguir adversários e fazer barganhas políticas. Mas ele não age sozinho. Ele é acompanhado por uma verdadeira tropa de choque. Deputados envolvidos em crimes e esquemas de corrupção”.

Foi com essas palavras que a bancada do Jornal da Record preparou o terreno para a reportagem de Luiz Carlos Azenha, repórter da emissora Record e editor do Viomundo. Em cinco minutos, Azenha resumiu o caos instalado no Conselho de Ética da Câmara, onde Cunha duela com governistas para adiar ao máximo a cassação de seu mandato, em função das denúncias levantadas pela Operação Lava Jato.

Na reportagem “Veja como Eduardo Cunha usa o poder para escapar do processo de cassação” (assista aqui), Azenha lembra que o peemedebista é o segundo na linha de sucessão presidencial e o cargo que ocupa lhe dá poder para proteger aliados, muitos deles também investigados na Lava Jato.

A matéria mostra a ficha corrida dos deputados que compõem o Conselho de Ética e têm atrapalhado o andamento das sessões com manobras regimentais. Vinicius Gurgel (PP), por exemplo, responde a processo no Supremo Tribunal Federal por suspeita de crime eleitoral. “Uma planilha apreendida na cueca de um cabo eleitoral é indício da aplicação de R$ 50 mil na compra de votos em seu estado de origem, o Amapá.” No Conselho, para ajudar Cunha, Gurgel disse que iria recorrer à Comissão de Constituição e Justiça para reiniciar cancelar uma votação que não beneficiava Cunha.

Washington Reis (PMDB), antes de reeleger em 2014, respondia a ação penal e seis inquéritos do STF por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. João Carlos Bacelar (PR) é outro defensor de Cunha no Conselho. Na Bahia, foi acusado de participar de esquema que teria desviado R$ 40 milhões em dinheiro público.

Manoel Junior (PMDB), que tem adotado manobras de todo tipo para evitar a cassação de Cunha, incluindo pedir a troca de presidente do Conselho, é acusado de pagar R$ 40 mil pela morte de um vereador numa cidade da Paraíba, o que ele nega.

A intenção de afastar José Carlos Araújo (PSD) da presidência do Conselho é uma “reprise”, nas palavras de Azenha, do golpe já desferido pelos aliados de Cunha contra o relator do processo de cassação, Fausto Pinato (PRB). Sumariamente, por decisão do primeiro vice-presidente da Mesa Diretora da Câmra, Pinato – que votou a favor da investigação interna contra Cunha – foi destituído da relatoria, levando o processo à estaca zero.

Quem assinou a deposição de Pinato foi Waldir Maranhão (PP). Ele foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber propina no escândalo da Petrobras.

Azenha citou até Lucas de Castro Rivas, “transferido de função dentro da Câmara especialmente para orientar parlamentares sobre como retardar o processo” contra Cunha. A deputada Jandira Feghali (PCdoB) explicou que trata-se do uso de todos os instrumentos que a presidência da Casa oferta para “dividir a crise [política] com o Planalto”.

A Record também publicou reportagens explicado como as manobras dos aliados de Cunha atrasam o processo de cassação, sobre a troca de agressões físicas entre deputados que participam da Comissão, sobre a anulação da votação da comissão especial do impeachment – feita a toque de caixa e em regime secreto por Cunha, para favorecer a oposição ao governo – e sobre

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. “”O presidente da Câmara dos

    “”O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, usa o poder para se manter no cargo, perseguir adversários e fazer barganhas políticas. Mas ele não age sozinho. Ele é acompanhado por uma verdadeira tropa de choque. Deputados envolvidos em crimes e esquemas de corrupção””:

    Eh, uns 50 deles estao envolvidos na LavaBunda.  Sabem quantos foram presos ou ate processados?

    Nenhum.

    EXCETO o senador “petista” que colocava uma porrada de tucanos em perigo -e olhe se que a prisao do senador “petista” foi arquitetada pela policia e Janot com prova ilegal exatamente pro caso ser jogado no lixo no judiciario “garantista” de tucanos, e “garantista” de tucanos somente”.

  2. JORNALISMO

    A Record deixou o Azenha trabalhar e dessa pauta surgiu esse belíssimo jornalismo.   

    Ponto para a Record e, para esse valioso jornlista que é o Azenha.

  3. A OAB deveria  pedir pelo

    A OAB deveria  pedir pelo  fim da  IMpUNIDADE parlarmentar. Além de retirar do PGR a exclusividade para apresentar denúncias contra os congressistas, que seriam apresentadas por qualquer membro do MPU e os processos seriam enviados  para julgamento  nos tribunais federais, pelos órgãos colegiados. Recursos ao STF, somente,em casos de flagrante desrespeito a direito fundamental. Isso evitaria a figura do “engavetador geral” e acabaria com a desculpa do STF de excesso de processos que acabam prescrevendo sem julgamento.

     

     

    1. Imunidade sim!

      Sem imunidade ficaria aberta a porta para o afastamento de adversários políticos através de denuncismo. O mecanismo de imunidade existe justamente por causa disso.

  4. o Senhor Jesus.com
    Cunha faz isso mostrando que e um ativista progressista do regimento,tentando se equipar a visão interpretativa de ministros do STF a respeito da constituição.

  5. se a recorde mantivesse essa

    se a recorde mantivesse essa elogiosa abordagem na política brasileira

    feita pelo azenha  nesse caso, certamente os índices

    de audiencia aumentariam e a globo perderia sua hegemonia logo, logo….

    mas pode ser umm caso isolado.

    seria uma pena. a recorde pode continuar

    como sempre com seu jornalismo de porta de cadeia,

    enfocando por todo tempo casos policiais….

    com seu abominável jargão: voltamos à redação do fala brasil!

     

  6. Isso que é jornalismo de verdade!

    Isso que é jornalismo de verdade!

    É exigir de mais que os canais de televisão façam o mesmo que o Azenha fez com essa matéria? Se a televisão brasileira tivesse mais compromissos com o país a vida dessa turma do Cunha e Temer não seria tão fácil.

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