Dilma diz que tem votos contra impeachment, mas aceitará novas eleições se aliados pedirem

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Após negar a informação de que haveria o “compromisso fechado” em torno de novas eleições como método para barrar o impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) explicou nesta quarta (29), em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, que só aceitará a ideia se os senadores assim demandarem, e se houver a aprovação majoritária de movimentos sociais e outros aliados. “Não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha”, disse.

Dilma ressaltou que a guerra do impeachment deverá, antes de qualquer coisa, ser travada no Senado e, se necessário, no Supremo Tribunal Federal, que eventualmente terá a responsabilidade de julgar o mérito do pedido de afastamento da presidente reeleita.

Dilma disse acreditar que possui, hoje, “votos o suficiente para barrar o impeachment”, mas que é muito “delicado” ficar apontando quem é contra o afastamento agora. “Ninguém pode dizer que todos que votaram pela admissibilidade votarão pelo mérito. Até porque muitos senadores votaram [a favor e disseram que foi excluisvamente pela aceitação do processo”, lembrou a presidente, que contabiliza 22 votos a seu favor.

Para barrar o impeachment, Dilma precisa de 28 votos. A equipe de Michel Temer divulga nos bastidores que tem entre 58 e 60 votos a favor do impeachment.

Na entrevista, Dilma disse ainda que está “avaliando uma carta de compromisso à Nação”. O primeiro compromisso, segundo ela, será com a democracia. Ou seja: qualquer que seja o desfecho da crise, a recondução da petista ao mandato que recebeu das urnas em 2014 é o primeiro passo.

“Hoje está sendo discutido se haverá proposta de plebiscito. A proposta tem que ser de um terço da Câmara e do Senado. O que é importante para mim é manter a unidade dos que me apoiam. São parlamentares, movimentos sociais, intelectuais, que têm opiniões diferentes. Se os 27 senadores propuserem isso [novas eleições] para mim, vou endossar. Mas eu não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha. Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos”.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

21 Comentários

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  1. Não adianta ter os votos se,

    Não adianta ter os votos se, na hora, por interesses menores, os senadores a traem e votam a favor. É preciso deixar bem claro, com povo na rua, que senador golpista não terá vez no país. Os golpistas precisam entender que, uma vez afastada a presidenta Dilma Rousseff, as atenções não mais se dividem e será pressão total contra os golpistas e contra aqueles que os apoiaram. Não haverá trégua alguma. Se já é ruim governar com o voto, sem ele será impossível, sempre haverá alguém para se levantar e dizer: “golpistas”. E todas as consequências terríveis para a população, que o governo de retrocesso de Temer irá impor, ficará na conta dos que apoiaram o golpe. É simples assim. Os golpistas não vão vencer, de nenhuma maneira. A História é viva e já está em ação. 

  2. Ah, “tem”.

    Na camara ficaram falando também que “tinham os votos”….

    Não adianta: ficaram calados por mais de década, e enquanto faziam pose de salão os outros “faziam a caveira” dela e do partido dela.

    Juntou a raiva e o olho grande; a fome e a vontade de comer.

    Se acham que chegaram até aqui pra darem meia volta, mais e mais uma vez dão provas de que não sabem mesmo com quem nem de quem estão falando.

    Com 170 bilhões pra gastar e mais 14 mil cargos, não precisa nem de dinheiro da FIESP ou de lá de fora. Ainda mais depois de facilitar a vida da famiglia Marinho. Achacadores, usurpadores e maus perdedores não vão mesmo trocar o “suguem o que puderem” pra voltarem a ficar ao lado de um governo vigiado por todos os lados por quem só pensa em derrubar.

    Já tiveram uma boa prova de que bastou derrubar que “os bons dias voltaram”! Sabem que a coxinhada só sabe repetir o que os meios de comunicação mandam; e que com “comuna” na rua basta soltar os cachorros em cima…

    “Tem”, sim,”os votos”… Pfff!!!

    1. Acho triste, mas vai continuar a acontecer

      Muita gente como ela nem poderá sair pela rua, ao agir da forma golpista como está sendo feito. Ela parece ser uma boa advogada e ainda muito inteligente, mas bancou a causa errada. Podem até casar Dilma, mas o povo não irá perdoar um traidor usurpador no poder, nem que a vaca tussa. Dilma cometeu equívocos e será cobrada por isso, mas pelo povo, povo ao qual Dilma pertence e pelo qual foi eleita, e não por esse bando de hipócritas. O povo brasileiro é como mai de filho que comete um erro na escola, e que fala duro com ele ou até irá punir, mas não aceita que seja uma madame estranha quem venha a impichar ele, ainda com enorme telhado de vidro, O maior erro a ser cobrado da Dilma é justamente ter chamado para vice aquele traidor.

  3. A melhor entrevista de Dilma

    Prezados,

    Essa entrevista, que acabo de assistir, foi a mais visceral e contundente, concedida pela presidenta Dilma Rousseff. O entrevistador, jornalista Kenedy Alencar, fustigou e apertou Dilma o tempo todo, com perguntas incômodas, como é dever do bom entrevistador. E a todas Dilma respondeu com firmeza, objetividade e segurança. Na tentativa de parecer ‘inquiridor’ e ‘não chapa-branca’, Kenedy alencar interrompeu a presidenta Dilma várias vezes, o que considero um grande erro da parte dele. Além disso, Kenedy Alencar fez comentários e citou alguns fatos, nas várias interupções que fez nas falas de Dilma. 

    Mesmo os que tenham críticas e que não tenham simpatia pela presidenta Dilma Rousseff, se assistirem com atenção e boa vontade a essa entrevista, hão de convir que a legitimidade e integridade da presidenta são inquestionáveis e que o retorno dela ao exercício da presidência é essencial para que a Democracia sobreviva.

  4. O golpe é inevitável

    O golpe é inevitável.

    A única arma contra ele seria uma fortíssima manifestação popular de repúdio ao golpe. Pressão total.

    Mas isso não acontecerá, e por uma simples razão. A imensa maioria da população não está nem aí com o que está acontecendo. 

    As pessoas que acompanham cotidianamente a política e, mais importante, refletem sobre os acontecimentos políticos, representam um percentual absolutamente insignificante dos eleitores brasileiros. A imensa maioria de analfabetos polítios age em reação às notícias veiculadas pela mídia oligopolista e golpista. A internet está crescendo, mas ainda é a mídia oligopolista que faz a cabeça dessa gente.

    Isso faz com que os golpistas fiquem à vontade para agirem da forma mais canalha e descarada. Sabem que incomodam um número insignificante de pessoas que acompanham e refletem sobre os acontecimentos políticos.

    1. Não tão assim

      Reconheço certo, em parte, o que diz, ainda lembrando que esses sujeitos também foram eleitos pelo mesmo povo.

      Mas, acho que se dobram a pressão sim. Veja ontem no senado, até o Caiado fazia discurso trabalhista, na frente de 20 funcionários na galeria, torcendo pelo aumento de salário. Grupos de gente convicta, na rua, da forma que temos feito, influencia sim, e muito, até porque do outro lado só tem coxinha de piquenique aos Domingos e agora, sem o pato amarelo, já sabendo que é o povão quem o está pagando.

      1. Perdeu a confiança

        Não subestimem o povo, ele está quieto porque não confia mais em Dilma, pois viu o fracasso do governo dela na farmácia, no supermercado, e no comunicado de aviso – prévio e não na globo. E pelas entrevistas dá para ver que ela não tem a mínima ideia do que fazer se voltar, além de ser incapaz de fazer qualquer autocrítica.

        1. Isso não interessa

          rafales, nada disso que você citou interessa.

          Independentemente de quem estivesse ocupando a presidência, não pode haver impeachment sem crime de responsabilidade. 

          A Constituição fala que só pode haver impeachment se for comprovado crime de responsabilidade. Tudo fora disso é desrespeitar nossa lei maior, e portanto é golpear a democracia.

          E lembre-se de que no mundo político não pode haver valor maior do que o respeito às regras do jogo, ou seja, o respeito à democracia. Tudo o mais é secundário, porque o desrespeito à democracia torna o país inseguro juridicamente. Se a Constituição foi desrespeitada, o estado de direito democrático para a ficar frágil. Inaugura-se um tempo de incertezas.

          Obs: além disso, o pessoal ligado ao governo interino também não sabe o que fazer. Cite uma só idéia deles para governar.

           

    2. O discurso aristocrático sempre culpa a vítima…

      Meu caro, nem te culpo pelo que voce diz aqui, mas talvez seja o senso comum enraizado nas pessoas politizadas, doutas e bem pensantes do Brasil que levou voce a falar isso.

      O  ‘povo’ sempre acaba sendo apontado como o culpado quando alguma desgraça acontece no Brasil. É a famosa estratégia de ‘culpar a vítima’. O velho paternalismo do Brasil: o povo precisa de salvador da pátria, de iluminados e doutos (Ah, o ‘país dos bacharéis’!) para se salva-lo de si mesmo. Aparentemente democrático, o discurso é o da velha aristocracia brasileira. ALém de aristocratico esse discuro é incoerente vindo de quem quer defender um governo que foi eleito…pelo povo!

      Uma alternativa mais democrática  é que o povo sabe reconhecer seu interesses. O povo reconhece seu interesse na fila do hospital, no colégios dos filhos, no busão lotado e caro, na fila do desemprego, na hora de pagar a conta do supermercado. Não precisa de ser doutor em ciencia politca para reconhecer os interesses que estão na vida cotidiana.

  5. Meu Medo É Ser O Mesmo Analista
    Bom dia.… que contabilizou os votos pró-Dilma, tanto na Câmara Baixa como no Senado. Nada mais fora de qualquer realidade. Enquanto Dilma e sua equipe de prognósticos faz seus cálculos, o golpista loteia cargos. Basta ver nos bastidores, os vários “baixinhos” apadrinhando. Se o golpe custou X, a sua consolidação vai custar outras incógnitas. Mas Dilma ainda acredita em gnomos…

    1. meu medo….

      Anão diplomático, coragem!!! Não se acovarde como é a sua história. Enfrente!!!. Nosso parlamentarismo enrustido, enganaremos a quem? 3 presidentes indiretos em 5. Voto livre, voto direto, voto sempre. Agora a solução é plebiscito? Agora a soluçõ é a vontade e pressão popular? Sempre foi. Os hipócritas de todas as bandeiras e ideologias negavam. Federação sem federalismo, uma nação unida no atraso. Coragem!!!” Este país do atraso não se sustentará. 

  6. Acredito que abrir a

    Acredito que abrir a possibilidade de plebiscito e sair no meio do mandato será o sacrifício que Dilma fará para salvar a democracia e preservar o direito do voto. Esse é o preço que Dilma terá que pagar, muito menos caro do que o tiro no peito de Vargas, entretanto, nos dois casos é um atentado a liberdade e ao direito. 

  7. Muito bom a Presidenta

    Muito bom a Presidenta lembrar sua proposta por uma Constituinte em 2013.,  quando ela estava no cargo.  Mas parece que os ouvidos ( moucos )  não captaram.  Agora,  com ela fora do poder….o que acontecerá com a proposta de plebiscito ? 

  8. Kenedy Alencar está se achando

    Mas não passa de “menos pior” do eixo PiG.

    Para alguns, a competência do jornalista é o desempenho do Entrevistado em responder  prova de Futurologia. Chega-se à exaustão do telespectador a dúvida de é golpe, ou não.

    E fica-se surfando nessa mentira, mergulhando num cinismo raso.

    A realidade é essa. Jornalistas como Kenned querem ver o circo pegar fogo. Estrapola os limites da verdade, alimentando a farsa do golpe aquém das consequências. 

    e ninguém percebe isso.

    Lamentável a banalização da verdade, e o e a legitimação do golpe, que ocorre nessa ordem aspecto político, midiatico e social

     

  9. bons de matemática

    São os mesmos que elegeram o Chinaglia contra o Cunha. Os mesmos que tinham de 190 a 200 deputados em 17 de abril. Coisas de Mercadante e Zé Cardoso.

    E de nada adianta ou pouco resolve o Lula e a Dilma confrontar só o Temer. Se cair o Temer eles teem o Serra, Alkmin, Jobim , FHC, Meirelles etc etc…….

    Já estamos nos descontos finais  aos 48′ do 2º tempo, e Dilma e Lula não chamou pro jogo os verdadeiros adversarios: judiciario e o PIG. Quando estiverem na situação do Dirceu será tarde. Pra que tanta mesura com Globo, Gilmar e pgr?

     

  10. Caraca !
    Vai começar tudo de

    Caraca !

    Vai começar tudo de novo ” Eu tenho a força ! ops ! os votos”

    pqp, de novo não !

    Se tem, ótimo, que bom  ! mas fica calada, para não entregar o jogo ao inimigo. E pior, pagar mico se for impitimada.

    De novo com essa estória dos votos não !

  11. PRIMEIRAMENTE, ‪#‎FORATEMER‬
    PRIMEIRAMENTE, ‪#‎FORATEMER‬ Tem nada não: Lutar sempre. Vencer, talvez. Desistir jamais!>> https://gustavohorta.wordpress.com/2016/04/17/tem-nada-nao-lutar-sempre-vencer-talvez-desistir-jamais/ ”Não podemos desistir. A luta continua e continuará sem nos conformar com este golpe que se apresenta. “De novo, a Presidente Dilma afirmou que “não sobraria pedra sobre pedra” e de fato, é o que ocorre. E, por conta disto, por conta de expor os podres da politicagem cretina à nação e ao povo, ele é execrada. A única pessoa que não tem nenhuma investigação a pairar sobre sua cabeça, a única honesta neste covil. E o comando do covil, e seus asselas, é que tendem a definir se ela pode ou não governar o Brasil!””

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