Diretas Já e reações mostram que o impeachment não descansará Temer

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Já com o placar do impeachment favorável à saída definitiva de Dilma Rousseff, o PT calcula estratégias após o resultado final, com a votação que deve ocorrer nesta quarta-feira (31). Apesar de evitar anunciar qualquer medida e os próximos passos, o partido já defende manter a resistência, com o apoio de movimentos sociais e manifestações de rua. E é justamente a partir desses mecanismos sociais que o PT pretende destinar o ápice dos esforços de mobilizações desde o início do ano.
 
Foi o ex-ministro da presidente afastada e militante da sigla, Miguel Rossetto, que confirmou o tom que será dado. Após o discurso histórico em que Dilma fez a sua autodefesa no processo de impeachment, afirmou que “se o golpe passar”, partidos aliados e dirigentes de movimentos iniciarão uma mobilização pedindo eleições “Diretas Já”, “no dia seguinte” ao resultado.
 
Seguiria o exemplo do que ocorreu com o movimento civil de reivindicação contra o regime militar e por eleições presidenciais diretas no Brasil, em 1983, ideia lançada pelo então senador Teotônio Vilela. A maior mobilização, que ocorreu no dia 25 de janeiro de 1984, na cidade de São Paulo, reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas, em ato liderado por Tancredo Neves, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, além de artistas e intelectuais.
 
O Partido dos Trabalhadores, por meio de sua Executiva Nacional, não deixou claro a extensão do apoio à ideia de Dilma, exposta na carta aos brasileiros e senadores, de realizar um plebiscito, no qual a população decidiria sobre novas eleições presidenciais. 
 
A carta de Dilma Rousseff foi repercutida e reproduzida pelo PT, mas em reunião realizada na última semana, o presidente Rui Falcão evitou reafirmar a proposta de plebiscito na resolução de conjuntura aprovada.
 
No documento que defende o mandato de Dilma, a democracia e critica o governo interino de Michel Temer, que traz um balanço de mais de 100 dias com polêmicas medidas consideradas retrocessos sociais, o partido não enfatiza a ideia de consultar a população que defendeu a presidente afastada.
 
Mas para Rosseto, não apenas o partido como a população “não vai se conformar” com “um governo usurpador e ilegítimo, com uma agenda regressiva”, capitaneado por Michel Temer.
 
Por outro lado, se o trabalho da sigla e de movimentos sociais deve tomar mais volume e expressão com o resultado de saída definitiva de Dilma Rousseff, a própria presidente afastada chega ao ápice de seu cansaço.
 
Foi o que comunicou a própria presidente, ainda que aparentando boa disposição após as mais de 14 horas de sessão, em que promoveu seu discurso histórico e respondeu a questionamentos de senadores que a julgarão nesta quarta (31). “Estou na fase final do cansaço”, disse Dilma ao Painel, enquanto deixava o Congresso, já na noite de ontem.
 
O desgaste foi usado como pergunta a Rosseto, se há uma espécie de “fadiga” no partido com as disputas entre o PT e o PMDB nesses últimos meses. “Até os vulcões adormecem”, respondeu o ex-ministro de Dilma.
 
Ainda integra outra estratégia da sigla um maior apelo e avanço internacional. O objetivo é alertar não apenas os países vizinhos e históricos aliados do Brasil nos governos Dilma e Lula, como seguindo pela imprensa e por Cortes jurídicas internacionais.
 
Na última sexta (26), por exemplo, Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta para a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, informando sobre a “gravíssima situação política e institucional que vive o Brasil”. Na carta, Lula denuncia um “processo de impeachment que viola a Constituição e as regras do sistema presidencialista”.
 
É um sinal de alerta para os aliados do interino e o próprio Palácio do Jaburu sobre o que os espera após o fim do impeachment. Militantes petistas, de partidos aliados e movimentos sociais mostrarão que não se trata de um fim.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

24 Comentários

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  1. A populção Brasileira aceita

    A populção Brasileira aceita tudo. Qualquer revolta após o impeachment aprovado é tardia !!!

    SE não for bem direcionada, ainda é capaz se dermos massa de manobra para um tucano entrar na presidência.

  2. Reações

    Que haverá reações, isto e público e notório.O governo Temer não será um mar de tranquilidade.Deve se preparar para um tsunami..

    1. Duvido. O Governo Castelo

      Duvido. O Governo Castelo Branco foi um mar de tranquilidade…

      Se a gente não fez nada até gora, enquanto adiantava alguma cisa, pq faremos depois do impeachment aprovado, qu e não adianta nada ?

  3.  
    PIRANHA TRAÍRA MORRE PELA

     

    PIRANHA TRAÍRA MORRE PELA BOCA!

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    JANAINA PEDE QUE SENADORES VOTEM ALÉM DA DENÚNCIA; JURISTA PREVÊ ANULAÇÃO

    Advogada de acusação no processo de impeachment, Janaina Paschoal defendeu nesta terça que os senadores analisem questões para além da denúncia contra Dilma; ela reclamou que Eduardo Cunha, quando aceitou o pedido, retirou uma parte da denúncia, mas disse que “o Senado é tão soberano que tem o direito e o dever de analisar a denúncia na íntegra e, inclusive, levar em consideração fatos posteriores”; na avaliação do jurista *Afranio Silva Jardim, a declaração pode resultar em anulação “clara e absoluta” do processo

    30 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 14:53

    (…)

    *Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual da UERJ. Mestre e Livre-Docente em Direito Processual. Professor por 36 anos da matéria.

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/252493/Janaina-pede-que-senadores-votem-al%C3%A9m-da-den%C3%BAncia;-jurista-prev%C3%AA-anula%C3%A7%C3%A3o.htm

     

  4. Aos Fatos Como São

    Está certo que vivemos tempo em que justiça e mídia estão a entortar fatos a granel, portanto faz se ainda mais necessário evitar desinformar. Confiram: O comício pelas diretas em 25/01/84, aconteceu na Praça da Sé e reuniu, segundo a Folha, 300 mil participantes. O com 1,5 milhão de participantes, o último da campanha das Diretas, aconteceu no Vale do Anhangabaú em 16/04/84 e Tancredo não o liderou, ao contrário, “fez força” para que sequer fosse marcado (o acerto das indiretas corria solto estando  amarrado com Aureliano e Cia, que Tancredo seria o candidato indireto contra Maluf). 

    1. Não sei por que insistem em

      Não sei por que insistem em louvar Tancredo. Olha só as crias dele, Aécio e Andréa, dele mesmo pois usam o seu sobrenome. E a filha dele que se casou com Aécio Cunha da Arena? E por que os militares o escolheram para a tal transição democrática com o total apoio do PIG? Fez um governo medíocre em Minas e nada mais. 

  5. Sinceramente…
     
    Acho que

    Sinceramente…

     

    Acho que todos estamos muito otimistas. Primeiro, achávamos que as instituições do país funcionariam. Aliás, como a própria Dilma achou… mas o que se viu foi o supremo ajudar a pavimentar o caminho do golpe, através de pequenos inúmeros sub-golpes. Depois, achávámos que o Congresso teria alguma hombridade, e que o movimento golpista não conseguiria o númeor de votos suficientes para instaurar o processo. O próprio Luís Nassif, dias antes da derrocada no Congresso, postou um belo artigo onde afirmava que não haveria golpe. Depois, acreditamos que o senado teria alguma honradez, e daria ao processo a seriedade que ele exige. E o golpe aconteceu… em meio a isso, Lula já foi levado preso coercitivamente, a grande mídia mistura lava-jato com petrolão e com pedaladas para crucificar Dilma, e os movimentos não encontraram um Norte até agora. Por que haverão de encontrar a partir de amanhã? 

    Perdemos, essa é a verdade. Gostando ou não gostando de Dilma, concordando ou não que ela vinha fazendo um bom governo – e a conjuntura permite dizer que a situação não era boa, o fato é que perdemos, porque a Democracia perdeu. Principalmente quando esta mentira que vemos na grande mídia todos os dias vai se cristalizando e como uma mentira contada tantas vezes, acaba se tornando verdade.

    A injustiça cometida com Dilma não tem sensibilizado quase ninguém (o “quase”, não é um quase ninguém de pessoas… tem muita gente, mas é um montante insatisfatório). Não vejo hoje capacidade de organização, de luta, e de disposição para enfrentar o que vem pela frente…

    Talvez, quando todos estivermos ferrados após perdermos tudo o que foi difícil construir, e que ainda é tão pouco, essa população acorde e veja que foi enganada. 

     

     

    1. Penso o mesmo…

      E digo mais: a despolitização e o marasmo por que passamos é mais uma herança do golpe de 1964. O plano dos militares deu certo: 52 anos depois, a maior parte da população continua a ser completamente despolitizada e alienada.

      Participo de um grupo no WhatsApp de colegas meus de adolescência, que viveram os anos de luta pela volta da democracia junto comigo e que hoje em dia ficam fazendo piadas sobre o impeachment em particular e sobre a política em geral, na velha toada de que “são todos iguais”. E tome críticas às propagandas políticas dos candidatos mais simples, as quais são feitas sem a menor consciência de que a população em geral (eles inclusive) são completamente globotomizados. E todos eles com curso superior, alguns com mestrado e doutorado. Repetindo as mentiras de sempre que aos poucos se tornam verdade.

      Eles não têm nenhuma ideia, repito, nenhuma ideia sobre a gravidade da decisão que se está tomando; igualmente, não têm ideia de como isso afetará seu próprio futuro e o futuro de seus filhos. Se crêem vivendo dentro de uma bolha de plástico, como se a deterioração social que resultará não lhes fosse afetar e muito menos lhes dizer respeito; ou como se o desinvestimento que se pretende fazer no estado brasileiro – revertendo quase 30 anos de conquistas – não lhes fosse custar a tranquilidade que esperam (esperavam?) ter na velhice.

      Por outro lado, uma outra amiga da época costumava dizer que éramos filhos do nada. Suas palavras foram proféticas: são as ações dos filhos do nada que estão a definir o destino de nossa geração (e das próximas). O que deveríamos esperar?

      Não vejo como consertar isso sem que tenhamos esperar uma ou duas gerações. Isso se tivermos sorte.

  6. Não vai ter reação porque a

    Não vai ter reação porque a verdade é que a maioria da população apoia o golpe porque foram globotomizados. Continuarão ligando suas tvs ao chegarem em casa à noite para assistir suas novelas, futebol e o jornal nazional, o oráculo do povo brasileiro.

  7. 516 anos de um povo sem um

    516 anos de um povo sem um sistema educacional decente dão nisso = o povo assiste a uma presidente honesta (essa qualidade é indiscutível ) ser tirada do poder pelo o que há de mais desonesto da política no Brasil como se fosse um capítulo de novela das 8 . Mas isso não é novidade. Collor, que votorá contra Dilma (PT, olha só o que dá levar a Realpolitik as últimas consequeências) disse que não confiscaria o dinheiro depositado no banco e a primeira coisa que ele fez foi isso. E não houve um levante, um tiro, um ato de resistência. O povo aceitou e esperou ter o dinheiro de volta em 2 anos. Infelizmente, até os militares só sairam do poder porque foram tão incompetentes na economia que, após quebrar o país, viram que o melhor seria devolver o poder aos civis – mas no ritmo que os militares planejaram, e não do povo – que mais uma vez foi derrotado quando da não aprovação das diretas-já em 84. Talvez só se a turma do Temer na economia cumprir o que querem fazer – e aí o país quebrar, talvez haja alguma reação… talvez… talvez…

    1. Caro Joel, tenho ouvido há

      Caro Joel, tenho ouvido há muito tempo a versão de que os militares não foram incompetentes na Economia. Foram tão ingênuos e enganados quanto nós, cidadãos comuns. O que houve quando ficou certo que o golpe iniciado em ’64 e piorado em ’68 – e à revelia do que queriam os militares – foi um golpe dos operadores privados do sistema financeiro que, na expectativa de que a ditadura talvez acabasse mesmo, trataram de promover a “festança” que foi aquela inflação de três dígitos ao mês que se viu nos ’80 / ’90. Algo como os ôba-ôbas que precederam as quebras dos sistemas financeiros em ’29 e agora, em 2008, operadores privados ganhando os tubos e guardando em paraísos fiscais, só que em nível nacional.

      Será?

  8. reação

    Há várias populações brasileiras, e do todo pelo menos 30% não traga esse golpe nem com uma garrafa de Januária.

    E, o acordo celebrado na Colombia (em Cuba) deixa ocioso todo o arsenal das FARC, sem falar na expertise.

  9. Os golpistas se surpreenderão

    Os golpistas se surpreenderão com a quantidade – e a qualidade – de gente que não assiste à Globo.

    Restam umas questões: por quanto tempo as firmas privadas de mídia do Instituto Millenium conseguirão esconder? E se essas firmas se puserem a tentar criminalizar ainda mais os movimentos sociais, que com certeza já estão se mobilizando para convidar observadores estrangeiros? Como essas firmas farão para censurar a Internet, o Whatsapp e toda rede de comunicação alternativa?

    Não tenho dúvida de que sangue rolará, infelizmente… Aliás já está rolando, por exemplo, nos ataques da PM paulista a manifestantes, ontem e hoje.

    1. Paradoxo de Fermi

      Renato, se estas pessoas existem em tão grande quantidade e qualidade, por que não se manifestam?

      Por que não fazem alguma coisa?

      Não é meia dúzia de quatro ou cinco pessoas que vai derrubar um regime ilegítimo. Pelo menos não num país de dimensões continentais como o Brasil. A ideologia média das pessoas é que os protestos como os de ontem e hoje “atrapalham o trânsito” e “impedem o movimento de ambulâncias levando pessoas doentes”.

      Eu me incluo entre essas pessoas sobre que você falou acima. E onde trabalho, faço parte de uma minoria absoluta. No grupo de amigos de escola, sou o único que veste de peito aberto a camisa da democracia. Todos os outros ficam naquela de que “político é ladrão e tudo igual”.

      Gostaria muito de crer que isso fosse verdade, mas todas as evidências me apontam o contrário. Infelizmente, tenho que fazer minhas as palavras de John Lennon: “o sonho acabou”.

      1. O golpe não foi instantâneo,

        O golpe não foi instantâneo, rápido, na esperança justamente de tornar a resistência “morna”.

        Da mesma forma, a resistência não se dará imediatamente depois de Quarta-Feira mas creio que vai crescer ao longo das próximas semanas e pelo país todo. A resistência se dará não apenas na forma de protestos nas ruas, embora esses devem crescer exponencialmente. A Academia, por exemplo, já prepara diversos eventos de resistência através de encontros.

        O que vai mobilizar definitivamente a resistência é que a turma de Temer não conseguirá conter a cobiça da iniciativa privada de rapina e nem tem como essa turma restabelecer a Economia mundial. Além, é claro, das ameaças a conquistas trabalhistas. Ou seja, o que mais mobilizará quem não está nem aí para ideologia será o bolso. A própria classe média “das antigas” – e não a que o PT “criou” – vai começar a chiar quando perceber que não só não poderá mais trocar seu Classic por uma Tuareg ou Cayenne, nem os golpistas nem o PT têm muito a fazer pela Economia mundialmente em recessão. Mesmo com a Globo News repetindo arrazoados criados especialmente para a ocasião.

        Como Economia – e infelizmente não Política – é a única coisa que a classe média “das antigas” – e até a “nova” – enxergam, sentem, a questão é só de tempo. Que, creio, não será muito não.

        Sei que exemplos pessoais não são muito adequados para entender movimentos sociais, Zarastro, mas já vejo gente com quem trabalho e convivo, gente que chegou a vestir verde-amarelo na frente da Fiesp, trocando o orgulho de “viu como eu tinha razão” por um “esse Temer é um bosta”. Daí a um “eu era feliz e não sabia” é um passo, apenas.

        É o famoso fluxograma da classe média:

         

        1 – Classe média, ganhando mais por causa de políticas sociais, se arvora VIP, elite, e vota em quem realmente é elite

        2 – Elite, no poder, concentra renda e poder político, empobrecendo a classe média

        3 – Classe média, empobrecida, vota em governo mais democrático, socialista. E passa a ter mais dinheiro, mais serviços públicos.

        4 – voltar ao passo 1

        1. O Temer é um bosta sim, e as

          O Temer é um bosta sim, e as pessoas que falam isso hoje são… eleitores do Aécio ou de qualquer coisa anti-PT.

          Ouvi isso hoje de alguém que diz admirar Reinaldo Azevedo, pois ele “fala a verdade”. Outras pessoas do mesmo grupo podem não ser radicais a esse ponto, mas vão na mesma levada – a levada de que os únicos protestos “conscientes”  e portanto legítimos são aqueles promovidos pelas forças conservadoras e reacionárias. Com esse tipo de gente dizendo que “Temer é um bosta”, imagino o candidato que esse tipo de pessoa apoie. Talvez um Bolsonaro ou até uma Janaína Paschoal.

          Aliás, sobre Janaína Pascoal, cabe bem a frase de Goebbels sobre Hitler: “essa mulher é perigosa – ela acredita no que diz.”

          1. Há quem acredite no que quer

            Há quem acredite no que quer acreditar, Zarastro. Mas, por exemplo, no caso dessa advogada, uma moça com quem trabalho observou:

            “O que ela diz é verdade. Mas ela é estranha: estica a boca e mostra os dentes mas não ri, fecha tudo de repente; ela derruba lágrimas e faz bico mas não chora…”

            Houve protestos e gozações da turma mais acoxinhada. Mas até a veemência desses protestos indicaram, na minha visão, que inconscientemente todo mundo percebe a psicopatia da advogada, o pouquíssimo contato que ela tem com seus próprios sentimentos. Uma das grandes bandeiras foi a crueladde do discurso envolvendo os descentes de Dilma, acho…

            Um colega chegou a dizer que esse era o jeito de ser da advogada: exagerada. Mas a mim, que tenho visto alguma coisa por aí, creio que é a forma como os psicopatas – ou sociopatas, como querem alguns – exageram justamente para tentar enganar, tentar alguma empatia para tentar manipular as pessoas que saudavelmente são afetas aos próprios sentimentos. Um tipo de proto-emoções…

            De qualquer forma, creio que será “descartada” rapidamente: há gente saudável entre os golpistas, gente que vê perigo em doenças e instabilidades como a de Paschoal.

            Se bem que há dementes perigosos como Aloysio Nunes “Quero-ver-Dilma-sangrar” Ferreira, também, mas que conseguem se manter úteis à elite.

            O tempo dirá, acho…

        2. Creio que ainda leva muito

          Creio que ainda leva muito tempo para a classe média entender-se definitivamente, como não sendo elite. A classe média se deixa engambelar com muita frequência e facilidade pelo discurso do “você pode ser um dos nossos, basta trabalhar para nós, vestir nossa camisa”.

          Mas que essa sacada virá, não tenho dúvida. Mas falando o idioma individualista e egóico do capitalismo liberal, só não tenho certeza de que EU, pessoalmente, na minha própria, única, auto-suficiente e individual pessoa de mim mesmo, ainda estarei vivo, rs…

  10. Diretas já só para a PR?

    Vocês estão malucos! Ou temos eleições gerais para TODOS os cargos ou a receita é mais do mesmo. Se por um milagre for eleito alguém da esquerda, como vai governar com esse congresso de merda, cuja maioria é golpista, corrupta, salafrária e mais suja que pau de galinheiro?

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