Os destinos de Loures e de Cunha em tempos de delação, por J. Carlos de Assis

A delação do ex-ocupante da

A delação do ex-ocupante da cadeira de presidente da Câmara pode até ocorrer mas não acredito nisso. Se vier a ocorrer,dificilmente o autor da delação escapará do efeito bumerangue.

Como bem descrito no post,a figura comprou mais de 100 deputados,apropriou-se de dinheiro público,enfim,tem muito a perder a não ser que a rapaziada encarregada das delações conceda o perdão supremo como fizeram com o sujeito da carne.

Também não acredito que o estafeta do mordomo do planalto seja um pais de família. Não sei se essa gente sequer sabe o que é família.É mais um oportunista que para chupar um picolé não incomoda-se em levar a geladeira toda para seu chefe.

Esta história de delação somoente acabará quando o objetivo maior estiver concluído: Acabar com o país (e nós que ingenuamente achávamos que era prender o presidente Lula).

Análise inteligente

Mais de uma vez critiquei o Prof. José Carlos de Assis, sobretudo quando ele quis contemporizar com alguns dos representantes a velha (corrupta e canalha) política brasileira, objeto de contundente crítica neste artigo. Mas neste artigo, de forma clara, contundente e objetiva, ele vai direto ao ponto: Eduardo Cunha – dentre os canalhas que ocuparam e ocupam o proscênio político – é o pior de todos; EC não tem qualquer escrúpulo; ele é um gângster, sem nenhum caráter ou ética. Como mostrado aqui, e evidente para quem conhece a ficha corrida desse bandido, é capaz não apenas de atos de vingança, mas faz coações e ameaças aos que se aliam a ele, tornando-se cúmplices ou reféns. 

José Carlos de Assis não cita, mas não  custa lembrar o que relatou Fausto Pinato, aquele deputado que presidia o “Conselho de Ética” da Câmara, que disse ter sido sofrido ameaças (não só ele, mas outras pessoas da família), caso desse parecer favorável à cassação do mandato do então presidente da Câmara. Fato é que Pinato deixou não só a presidência como aquele ‘Conselho de Ética’. Curiosamente NENHUM veículo de mídia – golpista ou alternativa – se interessou em esclarecer, investigar e aprofundar as declarações e denúncias feitas por Fausto Pinato.

Eduaro Cunha tentou chantagear e fez ameaças aos deputados petistas, para que não votassem pela cassação dele no “Conselho de Ética”; como o partido não cedeu a essas ameaças e chantagens, EC aceitou em seguida um fajuto e fraudulento pedido de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff. O resto da história é bem conhecido e dispensa comentários.

Faltou ao Professor José Carlos de Assis mostrar que o verdadeiro chefe de quadrilha ou organizaçao criminosa não é Michel Temer, mas o próprio Eduardo Cunha.

E quem disse que a procuradoria quer estas delações.

Com certeza delações são apenas mercadoria de poder. No momento a briga interna dentro das fileiras do golpe, está tão intensa, que  gera uma nuvem de fumaça deixando tudo enevoado. Não há nestes dias turbulentos nada que não se esfumace no próximo momento. Diziam que a delação da Oderbrecht seria a delação do fim do mundo. Não foi.  A da JBS, fez um estrago maior. Mas pelo andar da carruagem, Mellos e Gilmar  fizeram um Moro silenciar e Temer será apenas uma questão de negociação. Mas Moro espera apenas o momento mais midiático e ou conveniente para condenar Lula, mesmo depois de contradito pelo caso Vaccari. Mas a justiça que inocenta Vaccari, o mantem preso, assim como a Palocci. Enquanto as delações não conseguem voltar o foco para o alvo, Lula, Mello restitui em nome da justiça e da harmonia entre os poderes,  o cargo  a Aécio. Que mesmo depois de tantas delações continua livre e solto. Porém a delação na imprensa é aquela em que Joesley disse que uma conta sua, uma que até repatriou não era dele era de Lula e Dilma, assim como um certo triplex que  sequer era de quem doou, afinal, já estava penhorado. Portanto o que mais o Cunha pode dizer. Obviamente depois de tudo que sabemos sobre os homens do presidente,, e sobre o presidente, não há mais nada o que saber. Mas nesta semana, quando o golpe em cima do golpe for dado. Quando um honesto e probo Jereissati, finalmente anunciar o fim de Temer, Maia se tornará o alvo para alguns, afinal todos vão querê-lo nas mãos, e da delação de Cunha a mídia vai querer apenas aquilo que ele com certeza vai falar contra Lula e PT.  Enquanto alguns vão incensar a insensatez,de um Maia como presidente, outros vão se municiar para exigir dele tudo que puderem deste final de festa, para finalmente darem o golpe contra os trabalhadores. Todos pela reforma. Afinal o custo da reforma foi a destruição economica do país, e das nossas instituições, mas os bancos e o capital financeiro, vão bem obrigado e o capital dito produtivo, está a venda para algum americano ou chinês.