Jornal GGN – Um grupo de parlamentares acusa o ministro da Educação por crime de responsabilidade, pois que violou os princípios que regem a administração pública, como a falta de transparência na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.
Este grupo, formado por deputados e senadores, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta, dia 5, o pedido de impeachment contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Eles pedem a destituição do ministro pois que violou uma série de princípios constitucionais que regem a administração pública. Além de crime de responsabilidade, os congressistas acusam Weintraub de quebra de decoro.
Felipe Rigoni (PSB-ES), um dos líderes do pedido, afirma que Weintraub não respeitou o princípio da eficiência ao não utilizar um valor de R$ 1 bilhão entregue ao Ministério da Educação em 2019. Esse valor foi fruto de recursos recuperados pela Lava Jato.
Segundo o parlamentar, Weintraub negligenciou em sua função e esse dinheiro foi perdido pelo Ministério, já que não conseguiram empenhar a tempo.
Os erros na correção das provas do Enem de 2019 também foram classificados pelos parlamentares como motivo para o impeachment. Rigoni apontou uma série de desmandos que ocasionaram problemas sérios e que até hoje não foram resolvidos. Ele citou as trocas de presidentes do Inep como um dos pontos nevrálgicos da pasta.
Além disso, durante a divulgação dos resultados do Enem, Weintraub desrespeitou o princípio da transparência. Foi um fala, desmente, ajuste, que atingiram os alunos prejudicados. Outro ponto levantado pelos parlamentares foi o de que o ministro da Educação também violou o princípio da impessoalidade ao aceitar, pelo Twitter, o pedido de uma candidata do Enem para que sua nota fosse reavaliada.
Outro ponto colocado na pauta do impeachment, desta vez por Tabata Amaral (PDT-SP) foi a falta de decoro e desrespeito evidenciados em redes sociais, pelo ministro, onde ofende mães de cidadãos e presidentes de outros países, prejudicando muito o país. Para Tabata, todos os limites possíveis e impossíveis já foram ultrapassados.
A parlamentar disse que será feito um abaixo-assinado para que a população possa demonstrar seu apoio ao pedido de impeachment de Weintraub. Ela evidencia que, não importa em quem votou, a população quer educação de qualidade e um ministro que leve isso a sério. Para ela, seria importante que Jair Bolsonaro não esperasse o pedido ser apreciado pelo STF, mas já entendesse a gravidade da situação, mudando o ministro.
Assinaram o pedido de impeachment os deputados federais Felipe Rigoni, Tabata Amaral, João Campos, Raul Henry, Reginaldo Lopes, Professor Israel, Aliel Machado, Rodrigo Agostinho, Marcelo Calero, Maria do Rosário, Perpétua Almeida, Margarida Salomão, Danilo Cabral, Rafael Motta, Joênia Wapichana, Fabiano Tolentino e Alexandre Frota e os senadores Alessandro Vieira e Fabiano Contarato.
Com informações do Correio Braziliense
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A oposição está a procura de um bom ministro da educação para o Bozo, é isso? O povo que é o maior prejudicado não reage, fazer o quê? A maioria, principalmente na classe média, não se sente povo, e incita o povo que julgam tutelar, a reagirem nas ruas. Os mais pobres lutam pela sobrevivência, o dia a dia, o ter que matar um leão por dia para levar algum para casa e sobreviver, ainda mais com o aumento da informalidade (mais de 40 milhões, quase metade da força de trabalho). Enquanto para a maioria der para comer, mesmo aos trancos e barrancos, e está dando, principalmente pela baixa inflação, será difícil, muito difícil, reação nas ruas. Os empregados das classes médias, que estejam sendo prejudicados com o desemprego e os baixos salários, que têm bem ou mal as três refeições por dia, que se mexam nos sindicatos (mesmo desestruturados e capengas) e associações para reagirem, como incitam que o que chamam de povo faça, nas ruas. Acordem! A classe dominante é quem lhes dá emprego (no governo e nas empresas) e possibilita ter os pequenos negócios com os quais se remuneram e sobrevivem.