Por Luciano Hortencio
Amigo Nirez,
A Fredegunda fala demais
Fredegunda isto não se faz
Deixa a moçada em paz
Que o seu tempo já ficou pra trás (bis)
Te fecha mulher faladeira
Na era atômica tu estás muito rasteira
Deixa a mocinha brincar, oh mulher
Senão te mando para um lugar qualquer.
A Fredegunda fala demais
Fredegunda isto não se faz
Deixa a moçada em paz
Que o seu tempo já ficou pra trás (bis)
Infelizmente não sei quem é a intérprete, se foi gravado comercialmente ou se é acetato. Amanheci com isso na cabeça. Ouvia muito no rádio…
Alguma boa nova para mim? Tomara…
***
Luciano,
Em 1957 alguns amigos, todos compositores, resolveram fundar em Fortaleza uma marca de discos, a Fábrica de Discos Iparana Ltda, com sede na rua Barão do Rio Branco, 829; os discos após gravados em acetato eram prensados pela Fábrica de discos Rozemblit Ltda, Estrada dos Remédios, 855, Recife, PE.
Esta música que você procura era uma marcha feita para o carnaval de 1958, chamava-se “Dona Fredegunda” e era de autoria de João Dantas Neto, Mário Filho e Mílton Santos. Quem gravou foi a cantora Vera Lúcia com acompanhamento de Altamiro e Sua Orquestra, disco Iparana nº 17002a gravado em 12 de agosto de 1957, que anvio anexa.
Para completar o disco envio também a outra face, o samba “Meu bem”, que você também deve conhecer. É de autoria de J. Guimarães e Mílton Santos e os intérpretes são os mesmos.
Não sei quem é João Dantas Neto, mas Mário Filho chamava-se Mário Linhares Filho e era filho do poeta Mário Linhares; Mílton Santos era um dos diretores da Iparana; J. Guimarães também era diretor na Iparana. Altamiro, da orquestra não é o Carrilho. A intérprete, Vera Lúcia era também excelente acordeonista e foi casada com Luciano Klein. Seu verdadeiro nome era Ana Mota de Araújo Klein.
Divirta-se,
Nirez
***
A cantora e Acordeonista Ana Mota de Araújo Klein faleceu em 12 de abril de 2003, aos 71 anos de idade. Usava o pseudônimo artístico de Vera Lúcia, sugerido por Eduardo Campos.
Era casada com o radialista e professor Luciano Klein. (Coincidentemente, fiz o curso de exame de Admissão ao Ginásio no Curso Klein, que tinha como diretor e orientador o Professor Luciano Klein, curso esse que se situava à rua Conselheiro Estelita, em Fortaleza-Ceará. A família Klein morava à rua Agapito dos Santos, entre Guilherme Rocha e Liberato Barroso)
Vera Lúcia era artista renomada do Rádio cearense na década de 1950, tanto por sua beleza e linda voz, quanto por tocar mais de dez instrumentos.
Há sites (Musicachiado e Cantoras do Brasil) que trazem a marcha DONA FREDEGUNDA como se fora interpretada pela cantora portuguesa Vera Lúcia (Vera Lúcia Ermelindo Balula), pela coincidência de nomes. Informações absolutamente equivocadas. DONA FREDEGUNDA foi registrada unicamente pela cantora cearense Vera Lúcia (Ana Mota de Araújo Klein).
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Nem vem, dona Fredegunda
Me deixa voar em paz!
Il ma vue nue!!!
Buemba: Dona Onça Félix vai dar uma de Mistinguett!!!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=5Roj4OdIgec%5D
Lulu
O arretado escarafunchador Nirez
Não alertou o fecundo Tenor
Que é mió nudeis
Armando Muñoz Garcia
Tijuana
Dom JNS!
O BOCA NEGRA!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=Eu9n34d2IoM%5D
Sai pra la!
Como é mesmo o ditado? Quem muito fala, da bom dia a cavalo ? Tio João gostava muito de provérbios e ditos, e sempre tinha um para cada ocasião. Ou então, se saia com uma musica. Essa Fredegunda, ele diria “lingua de trapo”!
Sou, e dai?
[video:https://youtu.be/DK2u1LSbkgw%5D
Para Maria Luisa!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=mdAzds0oMKg%5D
Forro da Fredegunda
[video:https://youtu.be/NgItWI3iVSk%5D
Garota atras do espelho
Ou quando se passa para “o outro lado do espelho”. Lembra da Alice?
Essa vai para os Fredegundos!
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=ioPakZqcrZE%5D
Oncinha, que é isso,
MEU BEM!!!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=63PuD0n7eBc%5D
oncinha coisa nenhuma…
hoje eu acordei uma gatinha 😉
Eu e meu tigrão!
hahhahahahahaha
Segura o Gato!
Pra Gatinha Félix!!!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=AaiucmlG7QQ%5D
Desconfio que essa Dna.
Desconfio que essa Dna. Fredegunda, é a mãe de um Deputado que anda enchendo a paciência de todo mundo por ai. Alguém sabe dizer? Quem quer ser culto, tem que saber de tudo. Aquele filhadamãe só pode ser filho dela.
Será, JMauriciO?
[video:https://www.youtube.com/watch?v=2JCWcGPs6sA%5D
Esse bicho do video, me
Esse bicho do video, me pareceu um morangotango. Terá algum grau de parentesco com o referido? Escrareça por favor.
Escrarecerei!!!
Sei não, mas tô pensando que sei lá!!!
A Fredegunda é a mulher de Fedegoso
A Fredegunda é a mulher de Fedegoso, filho da Filomena. Segue canção de Jackson do Pandeiro e Elias Soares, de 1960.
[video:https://www.youtube.com/watch?v=355xWsrb_u4%5D
Eu bem que sabia
que esse cabra era ruim
filho de Filomena não devia ser assim
Filomena dá um jeito em Fedegoso
tá fanhoso parecendo uma taboca
passou quatro mês no Rio e vei simbora
e agora tá falando carioca
Gerimum ele diz que é abrobra
macaxeira ele diz que é aipim
arranjou mais um tal de bambolê
Pra quê? Pra fazer vergonha a mim
Na maleta ele butou um clichê
pra dizer que veio de avião
Mais eu soube que ele veio no Poconé
Pois é, lá embaixo no porão
Menino, uma roupa que ele diz que é gasimira
tá pensando que aqui só tem maluco
Ele diz que comprou no magazin
Pois sim, como vai seu vuco-vuco?
Ou do Boca de Caçapa…
Grande abraço, amigo Jair!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=CMl_63QWc8Y%5D
Oh! Fredegunda…
Hortêncio e Nirez, na segunda linha faltou o vocativo. Pelo menos era assim que minha amada Mãe cantava lá pelos idos 60, na minha distante e amada Quixeramobim.
Nossa, meninos! O curso Klein era o must em Fortaleza para quem ia se preparar pro exame de admissão, aquele em que saíamos do primário para o 5º ano.
Abraços…
Oh! Fredegunda!
Eu também cantava assim, amigo Nonato Amorim. Ocorre que temos aqui a gravação original, única até hoje, até hoje e Vera Lúcia não interpreta com o vocativo. Diga-se de passagem que a gente sente falta de: Oh Fredegunda isso não se faz…
Abraço forte do conterrâneo
luciano