Belezas naturais, para alegrar os sentidos

Old Tjikko

A mais antiga árvore clonal no mundo

“O sistema radicular deste abeto começou a crescer há muitos anos atrás, quando as ilhas britânicas ainda estavam ligadas à Europa por uma ponte de gelo.”

Old Tjikko foi descoberta em 2004 em uma montanha na província de Dalarna (Suécia) pelo geólogo Leif Kullman.

A mais antiga árvore clonal no mundo estava crescendo 2.000 anos antes do surgimento da primeira civilização urbana na Suméria.

A sua parte visível possui alguns séculos de idade e cada vez que um tronco morre, um novo emerge das raízes, que já existem há 9.550 anos.

Devido ao clima rigoroso, a árvore atual foi mantida como um arbusto por séculos e o seu desenvolvimento recente pode ser uma consequência do aquecimento global.

Relatividade

Muitas vezes estamos tão preocupados com nossas vidas que começamos a perder a perspectiva da grandeza das coisas. 

Nos esquecemos, especificamente, de quão insignificante somos quando comparados com a escala maior da vida e do tempo.

A árvore mais antiga do mundo, encontrada em uma montanha na região central da Suécia ainda está crescendo. O pinheiro norueguês de 9.550 anos foi descoberto por cientistas da Universidade de Umeå, durante um levantamento censitário das árvores do Parque Nacional Fulufjällets na Suécia, em 2004 e a sua idade foi estabelecida utilizando o teste de carbono 14 em um laboratório em Miami, Flórida. Leif Kullman, professor de Geografia Física da Universidade de Umeå, batizou a árvore de Old Tjikko em homenagem ao seu falecido cão.

Durante a última era do gelo, o nível do mar era 120 metros abaixo do que é hoje e muito do que são hoje as águas do Mar do Norte, entre a Inglaterra e a Noruega, era naquele momento uma grande área de floresta. Kullman disse: “Posso imaginar que pode ser provável que os primeiros abetos vieram dessa área.” Ele diz que o vento e a baixa temperatura destruíram a árvore que se transformou em “um bonsai”  plantado em um pequeno vaso.

Mas Old Tjikko foi capaz de sobreviver tanto tempo, graças ao processo de propagação vegetativa, o que significa que ela é capaz de se clonar de forma eficaz. Enquanto a parte visível da árvore  relativamente nova, seu sistema radicular vem crescendo há quase dez mil anos. As partes do sistema de raízes que foram enviadas para os Estados Unidos foram datadas em 10.000 anos, mas é possível que outras peças sejam mais velhas.

Para colocar a descoberta em perspectiva,  o desenvolvimento da roda foi datado de meados do quarto milênio aC (cerca de 6.500 anos atrás). Os escritos mais antigos conhecidos do Neolítico – Dispilio Tablet (Grécia) e os Tărtăria tablets (Roménia) – foram datados pelo teste de carbono no sexto milênio aC (8.000 anos atrás). É quase impossível imaginar que esta pequena árvore permaneceu viva para observar a nossa espécie desenvolver a partir de uma população de 5 milhões de indivíduosm que viviam em pequenos bandos formados por coletores e caçadores, para a espécie dominante na Terra com 7 bilhões de pessoas.

Créditos da imagens e a maior parte das informações: http://purpology.com/