Centenário de Aracy de Almeida, o ‘Samba em Pessoa’ e a preferida de Noel

tanto mar

não fosse ISSO e era menos

não fosse TANTO e era quase

“O mar, como que em alegre resposta, estava perfeito. Ondas leves e graciosas faziam com que a meninada surfasse, pegasse carretilha ou mesmo apenas mergulhasse e desse umas boas braçadas naquela belezura de mar.”

Sei que há léguas a nos separar / Tanto mar, tanto mar

Sei, também, quanto é preciso, pá / Navegar, navegar

Canta primavera, pá / Cá estou carente

Manda novamente / Algum cheirinho de alecrim

QUEDÊ SUNCÊ MIZIFIO?

Homenagem de terreiros de umbanda a Iemanjá na tarde desta sexta-feira

15/08/14

Cearenses prestaram homenagens ao orixá, “entregando” oferendas ao mar e pedindo paz e boas vibrações

As areias da Praia de Iracema ficaram tomadas, ontem, de seguidores do candomblé e da umbanda que foram pedir as bênções para Iemanjá, considerada a rainha das águas. A celebração teve fim, no fim da tarde, com a “entrega” no mar de oferendas variadas: frutas, flores, champanhe, perfumes, pedidos e também agradecimentos.

Durante todo o dia, houve também rituais sagrados, apresentações culturais, exibições de afoxés e outras atividades temáticas.

Segundo a organização do evento, em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e seis associações religiosas, pelo menos 100 grupos, uma média de 10 mil pessoas, saudaram Iemanjá. A estimativa é que o Ceará tenha 10 mil terreiros ativos.

“Tivemos eventos também na Praia do Futuro, em Caucaia e em outros locais do Interior. Tudo muito bonito, com respeito e organizado, valorizando o sincretismo religioso e a diversidade”, conta Márcio Felix, integrante da organização.

Para Raimundo Dente de Ouro, presidente do Centro de Umbanda Rainha da Justiça, o evento teve a função de unir os fiéis, mas de também mostrar a força do candomblé e da umbanda em Fortaleza, pedir mais respeito e menos preconceito. “Foi lindo, emocionante. Isso mostra como somos muitos e estamos crescendo cada vez mais”, avalia Pai Raimundo. A celebração contou ainda com rituais sagrados, apresentações culturais e outras atividades temáticas.

Festejos

Além do barulho das ondas, cantos de Iemanjá se perpetuavam por toda a orla. “Estava na beira da praia, pra ver o balanço do mar; eu vi um detrito na areia, me lembrei da sereia, comecei a cantar: ô Janaína, vem ver, ô Janaína, vem cá, receber os presentes, que eu vim lhe ofertar”. Essa era uma das canções mais ouvidas.

O clima era de festejo. A professora Betizana Siqueira, 57, se emocionou ao “entregar” suas oferendas. Chegou cedo na Praia de Iracema, vestida de branco, montou sua oferta: toalhinha na areia, velas acessas, champanhe, perfumes e muitas frutas coloridas. Com as mãos no coração, pediu paz, serenidade e proteção. “A sociedade precisa de boas energias e é isso que fazemos, emanar bons fluídos”, diz Betizana.

A auxiliar de escritório Maria das Graças dos Santos, 43, fez questão de chegar perto do mar, molhar os pés e a cabeça e pedir energias boas. “Falam que o povo do terreiro só pensa em magia ruim. Isso até existe, mas aqui só estamos querendo o bem”, diz.

Em Fortaleza, por ser sincretizada com Nossa Senhora da Assunção, Iemanjá é reverenciada na mesma data que homenageia a padroeira da Capital, dia 15 de agosto. Iemanjá é tida como o orixá feminino mais popular do Brasil.

Texto do Diário do Nordeste

As duas primeiras fotos são de Edimar Soares do Jornal OPOVO de Fortaleza e a terceira é de Bruno Gomes do Diário do Nordeste

Me tornei devoto desta mimosa Santa – da mensagem publicitária – e vou logo pedindo perdão ao Orixá feminino das águas salgadas, símbolo da maternidade, que vibra nas cores azul e branco, materializada em um conjunto de sete pedras do mar.

As citações foram surrupiadas da lavra do Leminski, Luciano Hortêncio e Chico Buarque – só fera!