Da Comunidade Verso & Prosa

Por Renata Nassif

O Blog está fervendo, temas polêmicos, paixões, religiões, guerras…

Para fazer um intervalo, deixo aqui uns versos do Romério Rômulo. Por um acaso, poema que ele dedicou a mim 🙂

eu faço poesia
porque a vida não basta
e preciso dividir mistérios.
incertos, os marimbondos vazios
me arrastam pela tarde.
o mel da manhã,fel em mim,
entope minhas veias.

quando os solavancos da palavra
vão redimir meu corpo?
quanto de mim é fogo
e terra?
sobram o hiato das pontes,os rios
degenerados. minha manhã dura
só faz o recomeço das coisas.

(para renata)

Luis Nassif

7 Comentários

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  1. Caro Nassif,

    hoje tive com
    Caro Nassif,

    hoje tive com Ibys Maceió aqui em Maceió. Ele é muito bom. Tem parceria inclusive com Zé Ketti(2 músicas). Estará em Sampa em fevereiro em temporada no bar do Alemão às quintas feiras.Sempre toca no bar do Cidão.

    Triste que ele e outros de talento tem que “se matar”para ganhar a vida, vendendo disco em bares,etc…Se puder dá uma força para ele gravar essas músicas.

    Qualquer coisa põe no google…o nome dele que tem site, ele tem várias músicas bacanas como Tributo a Pixinguinha, como faço para mandar?

    Abraços,

    Gabriel

  2. Nassif, por acaso vc saberia
    Nassif, por acaso vc saberia me confirmar se o antológico solo d trombone, pra mim um dos melhores (pq na minha opinião em música como nas artes apenas um “melhor” não há) da história musical deste triste planeta, q consta na gravação d 1958 d “meu mundo caiu”, é da autoria do Maestro Simonetti Ou improviso do instrumentista Renato Caucchiolli?

    Não tenho idéia.

  3. Eu gostei desta,
    Eu gostei desta, também:

    Sabe-se lá o que dizem essas criaturas

    entre a tarde e as dunas do outro lado da manhã

    com a vista turva dos peixes nas águas de barro

    e lodo do canal

    perdidas no meio da chuva de inverno temporã

    Sem isso talvez pudesse dizer

    que era sim para ver que vinham

    chegadas de cima e soltas

    com os olhos hoje cinzas

    e vísceras de vento

    Ou apenas pássaros

    que é um nome mais preciso
    …………………………………..

    Rui, em http://www.fotolog.com/manu_negra/65850088

  4. RENATA

    Muito linda a poesia
    RENATA

    Muito linda a poesia do nosso amigo Romério Rômulo.
    E você a merece!

    Mas há muito perdi o tesão por expor poemas aqui.
    A indiferença tem sido redobrada, além da falta de respeito.

    Vi que havia dois comentários.

    Antes de escrever o meu, eu os li.

    Vi que nada, absolutamente nada, tinham a ver com o poema e o post.

    Com tantos posts, inclusive o FORA DE PAUTA, por que vêm aqui desrespeitar o espaço com assuntos diferentes?

    Se não quer escrever nada, que não o faça, mas que respeite o trabalho do outro.

    Se o blog fosse meu, eu postaria os comentários acima no FORA DE PAUTA ou TRIVIAL.

    Temos que ter respeito pelo espaço do outro, pelo que ele faz com tanto amor.

    Ou afinal qualquer espaço tem a mesma função do FORA DE PAUTA?

    Tal falta de educação chega a ser enfadonha e desestimulante.

    Fale mal ou bem, mas falem sobre o assunto do post.

    Outra coisa, que me deixa interrogações é o fato de não ver no Blog Pai os comentários dos participantes do Verso e Prosa (às vezes um ou outro gato pingado, aparece) para comentar o trabalho dos amigos.
    Acho que deveriam vir aqui prestigiar e fortalecer a comunidade do VeP.

    Desculpe-me, Renata, estar falando isso, uma vez que não faço parte da mesma, mas há momentos em que não consigo me calar.

    Acho que neste blog não há maior incentivador da poesia de que o Romério Rômulo.

    Não me lembro de um poema meu virado post, que não tenha tido pelo menos, um incentivo de duas linhas dele, que sempre está ali, valorizando e nos jogando para cima.

    E sempre que percebo a sua presença no verso aqui ,venho lhe trazer o meu abraço carinhoso e dar-lhe o meu incentivo.

    O Nassa deveria levar mais a sério o fato de os comentaristas respeitarem o tema levantado no post, com exceção do TRIVIAL e do FORA DE PAUTA.

    ROMÉRIO,

    a sua poesia está linda e a nossa dama é merecedora.
    Meus parabéns e que você continue jogando versos pelo mundo afora, como uma forma de embelezá-lo.

    Beijos aos dois!

    lu

  5. Amiltom o contador de
    Amiltom o contador de historia
    Domingo passado eu fui pescar
    Lá no pantanal
    Fui eu seu Wilson e a Tatá
    O Aroldo e o Lourival
    O Marco Antonio e o tio do bar
    O Paçoca e o Mial
    O Ney o Juninho e o Vava
    No caminho tinha barreira fiscal
    E não deixaram nos passar
    Tomaram nosso pial
    Só deixaram CD e cara
    O Hamilton era o policial
    E começou a falar
    -Eu na vida sempre fui mal
    -E a sua barra eu não vou livrar
    -Fiquem quietos se não vão levar pau
    -De bambu que é pra não quebrar
    -E ainda vou jogar sal
    -Que é pra mosquito não assentar
    -Ta vendo ali aquele animal?
    -O jacaré de muleta
    -Você já viu algo igual
    -Não precisa fazer careta
    -Foi com um golpe fatal
    -Que eu fiz sete jaquetas
    -Eu não sou paranormal
    -E não vim do alem
    -Eu tenho couro de onça no varal
    -Isso me faz bem
    -Olha ali dez bugios no cipó
    -Fiquem quietos para não atrapalhar
    -Vou matar todos com um tiro só
    -Não precisam se assustar
    -Desses bichos não tenho do
    -Vão fazendo uma fogueira para assar
    -Que não vai sobrar nem pó
    -E vocês ainda vão me agradecer
    -Por não terem ido à pensão da vovó
    -Lá é só escurecer
    -Que ela engata com o totó
    -E vocês não vão querer ver
    -Uma orgia ao som de forro
    -Sentem-se e vamos comer
    -E chega de trololó
    -Porque agora eu vou contar
    -Uma estória de traição
    -De uma jovem mal amada
    -Que saia com um peão
    -Da construção de uma estrada
    -Onde seu esposo era engenheiro
    -E não ligava pra coitada
    -Ai ela traia seu companheiro
    -No meio do matagal
    -E foi com um bote certeiro
    -Que uma cobra coral
    -Picou a sua perseguida
    -E como não tinha hospital
    -E ela perdeu a sua vida
    -Por uma cobra mortal
    -Essa linda moça aguerrida
    -Só queria dar uma metida
    -Pois ela era muito querida
    -Por todo aquele pessoal
    -E só para terminar
    -Vocês podem voltar
    -Depois do natal
    -É que vai ta quente e vai ser melhor
    -E vamos usar dourado
    -Pra pegar peixe maior
    -Olha ali aquele banhado
    -Ali a gente pinga de suor
    -De tanto pegar pintado
    -E outros que não me lembro de cor
    -Ali nos usa um machado
    -Pra matar peixe menor
    -Os grandinhos a gente deixa desnorteado
    -E leva com um rebocador
    -Eles são todos guinchados
    -Com anestesia que é pra não sentir dor
    -Ai eles são pesados
    -E os que forem mais leve que um trator
    -A gente joga no alagado
    -Que é pra eles ganhar mais sabor
    -Não pensem que esta acabado
    -E nem que isso é historia de pescador
    -Porque agora eu vou alertar
    -Aqui só sobrevive bom caçador
    -Cuidado com os bois bravo
    -E fiquem atentos quando a onça miar
    -E que as formigas cortam o cercado
    -E o gado sai pra pastar
    -E as onças sentem o cheiro dos amedrontados
    -E qualquer um ela pode pegar
    -Não estraguem o seu feriado
    -E comecem logo a rezar
    -Ou entrem naquele buraco
    -Vocês podem se esconder lá
    -E se não tiverem muito cansados
    -Um deles vara lá no Paraná
    -E não fiquem preocupados
    -Esses cupins são os mesmos que cavaram
    -O metro do Ceará.

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