Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Tata Tancredo, sambista, compositor e patriarca do omoloko

Quantas e quantas vezes não associamos determinada música ao intérprete e não recordamos ou sequer sabemos quem a compôs? O compositor sempre fica em segundo plano em relação ao intérprete. Quando a composição tem mais de um autor, aí sim é que a coisa complica. Já havia editado várias composições de Tata Tancredo, cujo nome consta sempre como Tancredo Silva. O que eu não sabia, na minha santa ignorância é que o compositor é o grande incentivador da umbanda omoloko, sambista de primeira e compositor dos bons, tendo gravado com Blecaute, Moreira da Silva, Jorge Veiga e Henricão, dentre outros. Fui descobrir isso, por mera sorte, na página Facebook do escritor, pesquisador e professor Luiz Antonio Simas, cujo texto segue abaixo:

Tancredo da Silva Pinto, o Tata Tancredo, nasceu em 1905, em Cantagalo. Foi patriarca do Omoloko, idealizador da festa de Iemanjá no 31 de dezembro no Rio, realizador da histórica festa “Você sabe o que é Umbanda?”, no estádio do Maracanã (apoiada pelo Lacerda) e criador da Confederação Espírita do Brasil, dentre várias outras iniciativas.

Compositor, foi parceiro e gravou com Moreira da Silva, Blecaute, Zé Keti, Jorge Veiga e outros tantos. Conheceu a turma toda do Estácio e participou dos fuzuês que envolveram a criação da Deixa Falar. Sua obra mais conhecida é “General da Banda” – louvação a Ogum e evocação poderosa das rodas de pernada e batucadas. Falarei dele na aula que darei no dia 23 de abril, no Al-Farabi. sobre as batucadas, a velha Praça Onze e a força dos rituais religiosos no que, aparentemente, era só brincadeira de pernada e pancadaria profana. As inscrições para a aula, com vagas limitadas, estão abertas (postei os detalhes mais cedo, com o folder do babado).

Os poucos relatos existentes sobre ele indicam que o avô de Tancredo foi bamba do carnaval de Cantagalo, tendo fundado os blocos “Avança” e “Treme-Terra”. O fantástico, que anda me deixando maluco para saber mais: o velho fundou também, em Cantagalo, o “Cordão Místico”, uma mistura de carnaval, festa de caboclo e ritual africano, conforme relatado em 1976 na Revista da Congregação Espírita Umbandista do Brasil. Neste cordão, a tia de Tancredo, Olga da Mata (que foi mãe de santo com casa aberta em Caxias), saía vestida de Rainha Ginga.

Acho linda também a história da bandeira verde que representa a Nação Omoloko, vinda da África, enviada por um Tata Zambura da Guiné para que fosse entregue a Tancredo da Silva Pinto (até onde sei a bandeira ficava em exposição na Tenda Espírita Três Reis, no Caxambi).

Como sou um fuçador de coisas e gosto de me enfurnar estudando o carnaval e tudo que envolve a festa, vou em busca de informações sobre o Cordão Místico de Cantagalo. Precisamos saber mais dessas mandingas. Tata Tancredo é personagem fundamental da nossa história e está devidamente mencionado no Dicionário da História Social do Samba, que o mestre Nei Lopes e eu (em breve) colocaremos na praça.

Tata Tancredo é um dos meus heróis.

PS editado: como a rapaziada está perguntando, vai um esclarecimento: Tata é título de grande sacerdote em cultos de origem angolo-congoleses (bantos). Nascentes e Nei Lopes o vinculam ao termo multilinguístico “tata” (pai, no quimbundo e no quicongo). Tata Zambura é o sacerdote do oráculo. Zambura vem certamente do quimbundo “zambula”; adivinhar. Tata Zambura é o “pai que adivinha”.

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

50 Comentários

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    1. Amigo Salvador!

      Não tem nenhum fonograma do Tata Tancredo não?

      As composiçõies dele estão mais escondidas do que orelha de freira. Não encontro nenhuma de umbanda, apesar de saber que J. B. de Carvalho gravou, em 1956, o PONTO DE SÃO JORGE. Os sites de umbanda colocam muitos discos, porém todos sem a identificação dos compositores…

      Abraço do luciano

  1. Capação do Gato Mestre

    Cuidado Parceirinho, está se formando um parisiense mutirão virtual

    para a castração do xaxado do Gato Mestre e do irreverente  Minerim Malarrumado.

  2. Tadim do gato!

    Opa! Mas olha ai um post de verdade :), com boas musicas e informação (hoje perco o resto dos créditos com Lulu). E esse professor, hein, Lulu ?! “O folder da balada” ::)) Um pândego! Muito bom, dos nossos.

    ” E tem um intrusmento que ninguém me faz pegar é a tal da enchada, porque esta sempre inchada e nunca chega a ficar madura. E ainda vai me enterrar no cemitério de Iraja! Eu tenho medo e não vou la.” Figuraças. 

    Salvem o gato do minerim!!!

    1. O Moringueira tem medo é do cabo…

      Dom JNS encara tanto a enxada quanto o cabo numa boa. Ele não tem o menor problema se a tiver enxada estiver inchada e custe a madurar. Ele é persistente. Quanto ao cabo ele nem tá ligando, uma vez que já está prontinho pra uso. Já amadureceu o que tinha de amadurecer e é só ir para o eito…

       

      Dom JNS, sentado no pau, segurando o cabo com uma mão, sustentando a enxada que já está inchada de tanto solavanco com os pés e botando a outra mão na cabeça pra não perder o juízo.

      Sujeito ralente tá ai Sô!

    2. Madame,

      Estou sinceramente achando que a senhora é fã do Michel Teló e outros tantos que fazem sucesso em Paris. Tenho um amigo francês que ficou horrorizado porque eu esculhambei ” Ai, Se Eu Te PEgo”. Ele disse que considera o Teló um irmaozinho dele. Estou pensando que a senhora está nesse time.

      Querer que um registro fonográfico de 1905, fase mecânica, tenha um som atual é um pouco demais pro meu pobre gosto. Enfim: Gosto é como pescoço, cada um tem o seu!

      A bientöt

      Dizendo melhor:

      Fui!

          1. Ta que ta, hein!

            Pressa, digito muito rapido (não cato milho não) e não releio (eis o perereque). Dai o cabelo em pé quando releio o que escrevo.

  3. Tata Tancredo!

    Tancredo da Silva Pinto – pequena biografia do incentivador da Umbanda Omoloko (Omolocô)

    Tata de Inkice – Tancredo da Silva Pintopor Mário Filho*
    Extraído dos Estatutos da “Sociedade Instituto Sanatório Espiritual do Brasil” e de várias outras fontes.  
          Tancredo da Silva Pinto, escritor, compositor, sambista e umbandista brasileiro, nasceu em 10 de agosto de 1905 no município de Cantagalo, então Estado da Guanabara. Ainda na adolescência veio para o município do Rio de Janeiro. 
         Tancredo da Silva Pinto, Tata Ti Inkice, é considerado o organizador do culto Omoloko no Brasil e o responsável direto pela reunião dos adeptos dos cultos afro-brasileiros em Federações Umbandistas para defender o seu direito de ter e cultuar uma religião afro-brasileira. Seu nome religioso (Sunna[1]) era Fọ̀lkétu Olóròfẹ̀. Foi chamado, muitas vezes, de o “Papa Negro da Umbanda”. 
         Tancredo, apesar de ter ficado famoso pelo grau sacerdotal “Tata” (pai), utilizado nos Candomblés Angola para designar o Sacerdote, Tancredo da Silva Pinto, na hierarquia da Umbanda Omolokô, era tratado por Babalaô (do Yorùbá, Bàbáláwo). 
         Era filho de Belmiro da Silva Pinto e de Edwirges de Miranda Pinto, sendo seus avós maternos Manoel Luis de Miranda e Henriqueta Miranda. Sua árvore genealógica remonta a grandes estudiosos e praticantes de Religiões Tradicionais Africanas. 
         Seu avô foi fundador dos primeiros blocos carnavalescos, tendo fundado os blocos “Avança” e “Treme-Terra”, bem como o “Cordão Místico”, uma mistura de samba de caboclo com o ritual africano, em que sua tia Olga saía vestida de “Rainha Ginja”. 
         Seu pai, considerado o melhor tocador de violão de sua época, tinha em seu histórico o título de excelente ferrador, bem como de exímio tratador de animais, sendo ainda criador de pássaros de diversas qualidades. 
         Em 1950, devido a grandes perseguições aos umbandistas nos mais diversos Estados da União, assim como no antigo Distrito Federal, fundou a Federação Espírita de Umbanda, com a qual rompe em 1952. Viajou por quase todo o país, fundando filiais da Federação com o objetivo de organizar e dar personalidade à Umbanda. Fundou as Federações dos seguintes Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e outros. Criou, para melhor mostrar seu culto de Umbanda ao povo em geral, as seguintes Festas Religiosas: Festa de Yemanjá, no Rio de Janeiro; Yaloxá, na Pampulha – Belo Horizonte; Cruzambê, em Betim – BH, Minas Gerais; Festa de Preto Velho, em Inhoaíba – Rio de Janeiro; Festa de Xangô, em Pernambuco; “Você sabe o que é Umbanda” no Estádio do Maracanã, RJ, e finalmente a Festa da Fusão, realizada no centro da Ponte Rio-Niterói. 
         Segundo Tancredo da Silva Pinto, a primeira sociedade umbandista criada para defender os direitos dos umbandistas no Rio de Janeiro e no Brasil foi a “União”, fundada em 1941. Segundo ele, naquela época, devido às perseguições policiais, os cultos eram acompanhados por bandolim, cavaquinho e órgão, porque não era permitido tocar tambores (atabaques). No Rio de Janeiro, os cultos afro-brasileiros foram professados dessa maneira até 1950. 
         O motivo que levou Tancredo a criar federações umbandistas para defender os direitos dos cultos afro-brasileiros desenrolou-se na casa de santo de sua tia, Olga da Mata, a qual foi narrada por ele: “esse episódio passou-se na casa da minha tia Olga da Mata. Lá arriou Xangô, no terreiro São Manuel da Luz, na Avenida Nilo Peçanha, 2.153, em Duque de Caxias. Xangô falou: – Você deve fundar uma sociedade para proteger os umbandistas, a exemplo da que você fundou para os sambistas, pois eu irei auxiliá-lo nesta tarefa. Imediatamente tomei a iniciativa de fazer a Confederação Umbandista do Brasil, sem dinheiro e sem coisa alguma. Tive uma inspiração e compus o samba General da banda, gravado por Blecaute, que me deu algum dinheiro para dar os primeiros passos em favor da Confederação Umbandista do Brasil.”[2] 
         Após esse fato, Tancredo fundou a Confederação Umbandista do Brasil, usando parte do pagamento recebido pelo direito autoral do samba “General da Banda” (fazendo uma alusão ao Orixá Ogun), gravado por Bleckaute, e ajudou a fundar em outros Estados novas federações umbandistas, a fim de defender os direitos dos cultos afro-brasileiros. Ele afirmava que a Confederação Umbandista do Brasil, fundada em 1952, foi criada “com a finalidade de restabelecer a tradição antiga, em toda sua força e pureza primitiva”[3], ou seja, a origem africana da Umbanda. 
         Foi significativa a posição de Tancredo da Silva Pinto contra as propostas de desafricanização da Umbanda, proposta e divulgadas nas palestras do 1º Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda (1941). Tancredo dizia que achava graça quando ouvia os “líderes da Umbanda Branca” dizendo que a religião sofre influência das tradições africanas. Para ele “a Umbanda é (gn) africana, é um patrimônio da raça negra” (FREITAS e PINTO, 1957, p. 58). Esse viés africanista da Umbanda pode ser visto em uma de suas afirmações: “Terreiro de Umbanda que não usar tambores e outros instrumentos rituais, que não cantar pontos em linguagem africana, que não oferecer sacrifício de preceito e nem preparar comida de santo, pode ser tudo, menos Terreiro de Umbanda. (gn)”[4] Para afirmar a característica africana da Umbanda e dar uma formação intelectual aos praticantes do Omolokô, organiza no Rio de Janeiro o primeiro curso de língua e cultura Iorubá. 
         Tata Tancredo sempre foi muito polêmico, como podemos ver nessa afirmação: “Hoje, uma vasta onda de mistificação invadiu a Umbanda. Criaram, os intrusos, uma Umbanda branca, uma Umbanda mista, modificaram o ritual sagrado, e, pior, sob o ponto de vista espiritual, introduziram o comercialismo na seita. Escritores improvisados publicaram livros cheios de erros e fantasias, servindo a Umbanda de capa a atividades inteiramente comerciais. Para completar a mistificação, pessoas que nada conhecem dos mistérios de Umbanda, que nunca foram Sacerdotes, que nunca fizeram ‘cabeça’, abriram centros e tendas, montaram consultórios luxuosos, onde os clientes são atendidos mediante fichas numeradas”.[5] 
         Tancredo instituiu as festividades à Iemanjá no Rio de Janeiro – RJ, à exemplo das festividades que aconteciam em Salvador – BA. As primeiras aconteceram na mesma data que na Bahia, 02 de fevereiro, mas com o tempo elas passaram a ser feitas no dia 31 de dezembro. 
         Teve uma atuação marcante também como compositor, aliás, essa habilidade consta como profissão em sua Carteira de Trabalho. Como companheiros de composição teve Moreira da Silva, Zé Kéti, Zé Pitanga e Blackout. Esse último gravou de sua autoria a música “General da Banda”, cuja letra faz uma alusão ao Orixá Ogum. Foi um dos fundadores da 1ª Escola de Samba do bairro Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. 
         Foi um dos fundadores da União de Escolas de Samba em 1935 que organizaria os desfiles sob o patrocínio de Pedro Ernesto. Em 1936 se torna sócio-fundador da União Brasileira de Compositores. Torna-se, também, sócio da Ordem dos Músicos do Brasil. Criou o samba de breque com Moreira da Silva e ideou a lei que instituiu o enredo exclusivamente nacional. Ator de cinema na antiga Cinédia e jornalista, fundou a revista “Mironga”. Gravou muitos pontos cantados de Umbanda, que ficaram famosos nacionalmente. Foi autor do célebre samba “General da Banda” e de vários outros em parceria com Zé Kéti. 
         Tata Tancredo tinha uma coluna semanal no jornal “O Dia”, de maior circulação no Rio de Janeiro, na qual desenvolvia um trabalho de divulgação da Umbanda, recomendando que sua prática deveria sempre estar atrelada às origens africanas. Escreveu durante 25 anos essa coluna. 
         A pesquisadora Diana Brown, que pesquisou a Umbanda no Rio de Janeiro, surpreendeu-se com a fama e popularidade que possuía Tancredo nas classes mais baixas das populações cariocas. Muitas pessoas, segundo a autora, mencionavam o nome de Tata Tancredo e muitos Terreiros de Umbanda que existiam nas periferias cariocas eram filiados à Confederação de Umbanda do Brasil. Segundo a pesquisadora, ainda, Tancredo mantinha alianças com outros líderes umbandistas, com os quais articulava uma posição africanista para a Umbanda, demonstrando forte antagonismo para com os líderes da chamada Umbanda Branca.[6] 
         Sempre contou com o apoio e compreensão das autoridades civis, militares e eclesiásticas nos seus empreendimentos. Dentre os seus contatos e estreitos relacionamentos políticos destacam-se o Governador Chagas Freitas, Negrão de Lima, Deputado Átila Nunes, o Chefe da Casa Civil Golbery do Couto e Silva, Deputado Marcelo Medeiros e Deputado Miro Teixeira, etc. 
         Mantinha proximidade muito grande com Mãe Senhora (Ọ̀ṣun Mìwà), terceira Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá (a segunda Casa de Candomblé Ketu do Brasil). O antropólogo Marco Aurélio Luz nos conta que Tata Tancredo prestou homenagem a Mãe Senhora, em uma festividade no Maracanã, em 1965, escolhendo-a como a “Mãe Preta do Brasil”, erigindo-lhe estátua numa Praça em Campo Grande (Rio de Janeiro). Nessa praça, segundo o autor, Tata Tancredo “realizava o encontro de centenas de terreiros em homenagem aos ancestrais, conhecidos como Preto Velho”.[7] 
         Em vida ainda recebeu diversas comendas e homenagens pelos serviços prestados às religiões afro-brasileiras. Foi um fiel defensor da prática africanista ao culto umbandista e ao Omolokô. 
         Recebeu em Sessão solene da Câmara Estadual do antigo Estado da Guanabara, o título de Cidadão Carioca, pelos serviços prestados em favor do povo. Teve publicada mais de 30 obras literárias, divulgando a Umbanda e o Omolocô. Foi fundador e colaborador de diversos jornais e revistas destinadas a esclarecer e orientar os adeptos da religião afro-brasileira. O humilde e analfabeto estafeta dos correios “escreveu” diversas obras de cunho umbandista e manteve colunas diárias. 
         Protagonizou uma série de debates com outro intelectual umbandista W.W. da Matta e Silva (o fundador da Umbanda Esotérica). Para Tancredo a Umbanda tem raízes na África, que teria se desenvolvido, à exemplo do Candomblé, nos quilombos e nas senzalas. Matta e Silva não concorda com isso e prefere o embranquecimento da Umbanda, tirando, em grande parte, a influência da África na Umbanda. A Umbanda Esotérica (ou Iniciática) propugna as mesmas conclusões do 1º Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda, que a Umbanda é um fenômeno que não possui ligações com a África, mas sim com Lemúria, Atlântida, Índia, ou seja, com qualquer coisa menos com a África. Percebe-se, assim, o grande preconceito que há contra a influência africana na Umbanda. Uma análise melhor sobre isso pode ser visto em nosso texto no endereço: http://sites.google.com/site/caboclopanteranegra/textos-doutrinarios-e-informativos/importancia-do-estudo-da-mitologia-africana. O que nos chama a atenção é que nas Umbandas que são refratárias às influências africanas os Sacerdotes se utilizam de nomenclaturas africanas para designarem seus cargos e postos, tais como Babalaô, Babalorixá, Cambono, Ogã etc. 
         No dia 02 de setembro de 1979 foi sepultado às 15:00hs, na quadra 70, carneiro 3810 do Cemitério de São Francisco Xavier, à Rua Pereira de Araújo, nº. 44, no Rio de Janeiro. As despedidas ao seu corpo foram realizadas no Ilê de Umbanda Babá Oxalufan, situado a Avenida dos Italianos nº.1120, em Coelho Neto, onde seu corpo foi velado. No livro de registro de filhos de santo estão registrados mais de 3.566 filhos de santos que foram iniciados por Tata Tancredo. 
         O Sirum (Axexê), cerimônia de encomenda do corpo de pessoa falecida, foi realizado por José Catarino da Costa, conhecido como Zé Crioulo, filho de Xapanam e confirmado como Ogã no Terreiro de Tio Paulino da Mata e Tia Olga da Mata. 
         Uma das curiosidade de Tancredo, segundo o pesquisador, escritor, músico e compositor Nei Lopes é que ele teria sido Pai de Santo do “bispo” Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.[8] 
         Nei Lopes publica um artigo, que aborda a biografia de Tata Tancredo e seu envolvimento com o samba, vejamos:  “TANCREDO, O GENERAL DA BANDA

    No carnaval de 1950, um samba diferente ganhava as ruas, na voz do saudoso cantor Blecaute. Constava quase que só de um refrão (Chegou general da banda ê ê! Chegou general da banda ê á!) tirado talvez de uma cantiga de umbanda ou do repertório das batucadas que animavam o antigo jogo da pernada carioca, primo-irmão da capoeira. Levava as assinaturas de Sátiro de Melo, Tancredo Silva e José Alcides. E fez tanto sucesso que seu intérprete passou, a partir daí, a apresentar-se, nos shows carnavalescos, envergando uma vistosa fantasia de talhe militar. Mas “general” mesmo foi o co-autor Tancredo. General do samba, da umbanda e das causas populares.

    ‘Arte e Música’

    Tancredo da Silva Pinto nasceu em Cantagalo, RJ, em 1904. “Tata de inquice”, ou seja, pai-de-santo, da linha do Congo e do rito omolocô, em 1949 fundou a Confederação Umbandista do Brasil e durante sua existência publicou vários livros sobre a doutrina umbandista. Em música, Tancredo é também co-autor, com Davi Silva e Ribeiro Cunha, de outro clássico: o samba Jogo Proibido, gravado em 1937 por Moreira da Silva e tido, quase unanimemente, como o primeiro samba de breque. Dez anos depois, destacando-se como líder, ajudava a fundar a Federação Brasileira das Escolas de Samba.

    Em janeiro de 1950, o jornal Quilombo, dirigido por Abdias do Nascimento e voltado para a comunidade negra, publicava matéria intitulada ‘Os compositores populares defendem os seus interesses’. E nela dava conta da fundação da ‘Escola de Samba Arte e Música’, por iniciativa de Tancredo e seu parceiro José Alcides.

    A ‘Arte e Música’, segundo seus fundadores, era uma sociedade de âmbito nacional e suas realizações deveriam repercutir até no estrangeiro. Seu objetivo era divulgar a música popular tipicamente brasileira. E, para tanto, ela pretendia criar departamentos autônomos e especializados para cada setor, nomeando representantes estaduais, e estabelecendo núcleos de ‘arte e música’ pelas principais cidades brasileiras, com vistas a intenso intercâmbio de experiências artísticas.

    A escola de Tancredo pretendia também divulgar, a partir do Rio e através do rádio, do disco, do teatro musicado e de partituras impressas, as criações de autores desconhecidos do interior do Brasil. E se dispunha a, mediante contrato, colaborar com as firmas produtoras de ‘películas cinematográficas, fornecendo-lhes artistas, extras e compondo música popular’ – conforme declaração de Tancredo Silva.

    Firme em seus objetivos, a instituição pretendia tão somente atuar no mercado de trabalho e não fazer benemerência: ‘É preciso não esquecer que constituímos uma entidade de arte e cultura e não de assistência social.’ – afirmava um de seus dirigentes ao jornal Quilombo. ‘Contudo não podemos fechar os olhos aos problemas de caráter grave e urgente. Mantemos um socorro social com a finalidade de atender às necessidades básicas e às situações aflitivas dos nossos associados’.

    Tancredo Silva Pinto faleceu no Rio em 1979. Três anos antes recebia honrarias da câmara de vereadores do município de Itaguaí. E, em 1974, realizava na ponte Rio-Niterói, na condição de sacerdote da umbanda e com respaldo governamental, ritual propiciatório da fusão entre os antigos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. E dois anos antes da passagem do líder para a Outra Dimensão, era fundada, no bairro da Abolição, na antiga Avenida Suburbana, numa loja onde antes funcionava uma funerária, a chamada ‘Igreja Universal do Reino de Deus’, criada, segundo consta, por um dos filhos-de-santo do respeitado tata (e bamba).

    Líder do samba, dos cultos afro e de parte do segmento autoral musical, foi de fato um comandante. Sobre sua inusitada escola de samba, pouco se sabe. Mas seu ideário, antecipando muita coisa boa que efetivamente veio, anos depois – como o Projeto Pixinguinha, as gravadoras independentes e até mesmo alguns princípios defendidos pela SOMBRÁS e pela nossa AMAR – fez dele um legítimo estrategista.

    Saravá sua banda!”[9]

     

    ALGUNS LIVROS DE TANCREDO DA SILVA PINTO

    – Negro e Branco na Cultura Religiosa Afro Brasileira – Os Egbás – Editora Espiritualista – Tancredo da Silva Pinto e Gerson Ignes de Souza

    – Tecnologia Ocultista da Umbanda no Brasil – Editora Espiritualista

    – A Volta dos Orixás – Editora Espiritualista

    – Doutrina e Ritual de Umbanda – Editora Espiritualista

    – Primado de Umbanda – Editora Espiritualista

    – Guia e Ritual para Organização dos Terreiros de Umbanda – Editora Eco – Tancredo da Silva Pinto e Byron Torres de Freitas

    – Doutrina e Ritual de Umbanda – Tancredo da Silva Pinto e Byron Torres de Freitas

    – As Mirongas de Umbanda – Tancredo da Silva Pinto e Byron Torres de Freitas

    – Tecnologia Ocultista da Umbanda Brasil

    – Origens da Umbanda

    – O Eró

    – Cabala Umbandista

    – Iaô

    – Camba de Umbanda

    – Impressionantes Cerimônias da Umbanda

    – Fundamentos da Umbanda

    * Sacerdote. Especialista e Mestre em Ciência da Religião (ambos pela PUC/SP). 

    [1] Termo que vem do árabe e quer dizer tradição. A utilização de termos árabes na Umbanda Omolokô demonstra a influência que os costumes malês (negros muçulmanos) tiveram na implementação dos cultos afro-brasileiros. Sunna é um étimo utilizado com a mesma significação de Orúkọ (nome iniciático) para o Candomblé Ketu.

    [2] LOPES, Nei. A presença africana na música popular brasileira. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/050/50clopes.htm. Acesso em 10/08/2010.

    [3] KLOPPENBURG, Boaventura. Espiritismo: orientação para os católicos. São Paulo: Loyola, 2005, p. 40.

    [4] KLOPPENBURG. Op. Cit., p. 41.

    [5] FREITAS, Byron Torres de & PINTO, Tancredo da Silva. Fundamentos da Umbanda. Rio de Janeiro: Editora Souza, 1956, p. 19

    [6] BROWN, Diana. Uma historia da Umbanda no Rio. In: Umbanda e Política. Cadernos do ISER, n. 18, Rio de Janeiro, Marco Zero-ISER, 1985, p. 9-42.

    [7] LUZ, Marco Aurélio. Cultura negra em tempos pós-modernos. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 126.

    [8] LOPES, Nei. A república “evangélica” do Brasil. Disponível em: http://www.neilopes.blogger.com.br/2008_09_01_archive.html. Acesso em 19/08/2010.

    [9] LOPES, Nei. Tancredo, o General da Banda. Disponível em: http://www.neilopes.blogger.com.br/2008_08_01_archive.html. Acesso em 10/08/2010.

     

     

    https://sites.google.com/site/caboclopanteranegra/textos-doutrinarios-e-informativos/tancredo-da-silva-pinto—pequena-biografia-do-incentivador-da-umbanda-omoloco

    1. Picasso

      Prestenção Lobo do Mar

      Entre as brancas nuvens do céu do Santo Guerreiro (no vídeo), pedi pra minha miguxa Fatima pintar mulheres peladas.

      Te pregunto:

      Não é pecado misturar santo, dragão, bundinhas e peitinhos de fora na mesma tela?

      Pode isso feminista Comandante?

      Deus é Pai!

  4. UMBANDA, MAIS BRASILEIRA IMPOSSIVEL

    Um salve

    Ao meu amigo Pureza, falecido, presidente do Terreiro de Umbanda onde reinava soberano o respeitado Pai de Santo Paredão, emérito produtor de efeitos visuais bacanas, com pórva e marafo, que nunca assustaram o imberbe e ralente Minerim, não, uai!

    Por onde andas Paredão?

    Altar de um Terreiro de Umbanda | Foto: Klaus D. Günther

    A ORIGEM DE UMA RELIGIÃO 100% BRASILEIRA

    Oxalá, protegido por S. Jorge, Por Cosme e Damião, banhado pelas águas de

    Não tem jeito quando pensamos em um brasileiro direto imaginamos um ser misturado, são muitas influências culturais absorvidas e colocadas num caldeirão. Dia 15 de Novembro foi instituído o Dia da Umbanda, religião mais BRASILEIRA não existe.

    Não se pode negar que a Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões. Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões.

    O importante mesmo é ter total consciência de que a Umbanda veio da cultura afro, somada aos costumes indígenas tupiniquins, além é claro do sincretismo católico, este último uma mistura de amor e imposição. Claro que ainda existem influências orientais, cardecistas, místicas; uma verdadeira miscelânea de culturas.

    A mais forte destas influências é a do Candomblé, pois apesar de a Umbanda ter nascido a pouco mais de 100 anos (primeiro registro oficial), sua raiz africada é milenar e os seus pés estão fincados no solo povoado por milhares de negros que pra cá vieram.

    Sincretismo: Numa "caminhada" dentro da programação do evento, carregam cartaz  em homenagem a Zélio Fernandino de Moraes, a quem se atribuir a fundação da Umbanda em 15 de novembro de 1908.

    Sincretismo na “caminhada” do encerramento do 11º Encontro Estadual das CEBs, realizado 07 a 09 de setembro de 2012, em Florianópolis, carregam cartaz em homenagem a Zélio Fernandino de Moraes, a quem se atribui a fundação da Umbanda em 15 de novembro de 1908.

    Pai Zélio Fernandino de Moraes foi quem registrou em cartório a primeira tenda Umbandista em 1908, na sua casa, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, onde não se tocava atabaques, mas estes instrumentos do Candomblé foram incorporados a religião e hoje é difícil encontrar terreiro de Umbanda que não os possua em seus rituais.

    De onde veio isso? Com certeza, esta influência veio de nossos queridos Pretos Velhos, entidades que se manifestam na Umbanda e que foram em vida, escravos de tempos antigos em nosso País.

    Estes negros escravos, trazidos da África eram adeptos do Candomblé, de diversas nações diferentes, e a Umbanda, ainda sem um código específico e singular, administra seus templos individualmente através das orientações de seus guias patronos, ou seja, quem determina certos fundamentos em uma casa de umbanda é o guia espiritual chefe desta casa, daí a forte influencia dos rituais de nação trazidos por nossos queridos Pretos Velhos.

    Foto de uma praticante da Umbanda em um terreiro maranhense | Foto: Márcio Vasconcelos

    Outra prova desta forte influencia e que também explica a entrada da cultura européia através da romana religião Católica, é o sincretismo dos Orixás (que vieram da África) com os santos católicos. Isso acontece simplesmente porque nossos antepassados negros, enquanto escravos, não podiam adorar Orixás e portanto adoravam santos católicos para não contrariar seus senhores, mas na verdade, quando um negro rezava para São Gerônimo por exemplo, estava em seu íntimo louvando a Xangô.

    A religião de Pai Zélio, que completou 100 anos em 2008 é uma mistura de crenças, ainda em formação, e tomara que continue assim, pois a evolução humana não deve parar nunca, nunca devemos dizer que já sabemos de tudo e que isso é assim e assado. Tomara que a Umbanda continue evoluindo mais e continue acima de tudo, uma religião eclética, sem preconceitos.

    Fonte (com alterações): https://cajumanga.wordpress.com/2012/11/14/umbanda-mais-brasileira-impossivel/

    1. Maria Pequena

      De nome civil MARIA ALVES ASSUNÇÃO – Que Deus a tenha!

      Eram três irmãs agregadas à casa dos meus avós paternos, Maria Raimunda, Maria Joaquina e Maria  que, por ser a mais nova, ficou como Maria Pequena.

      As mais velhas conheci só esporadicamente e delas não tenho lembranças. De MARIA PEQUENA SIM. Foi lavadeira lá de casa até não poder mais. Quando chegava era uma festa pois trazia mangas, cajus, siriguelas, pitombas pra todo mundo. Pra mim, especialmente trazia ovos frescos, por causa de uma sociedade que fiz com ela. Dei dois pintinhos recém nascidos pra gente criar “de meia” na casa dela e passei anos comendo ovos fresquinhos por conta dessa sociedade.

      Na casa de Maria Pequena, viúva do Sebastião Assunção, estavam no lugar de honra da sala os retratos de meus avós. A ela foi dado um terreno onde ela fez sua casinha e fez um pequeno sítio, onde plantava “de tudo em quanto” e criava galinhas, patos e outros bichos do quintal.

      Minha mãe dizia que mesmo sem ver Maria Pequena sabia de sua chegada, porque por onde passava deixava um rastro de limpeza e arrumação. Maria Pequena me levou muitas vezes à sua casa para passar fins de semana e ainda por algumas vezes fomos passar dias na “Lagoa Redonda”, em um sitiozinho de uma sua cunhada.

      Maria Pequena era católica e umbandista. Infelizmente a segunda opção ela nunca assumiu, por força dos preconceitos existentes à época contra as religiões afro-brasileiras. Uma pena que eu tenha perdido todas as suas experiências e devoções. Certa feita, fui à Praia do Futuro no dia 15 de agosto, dia em que Fortaleza celebra sua Padroeira Nossa Senhora da Assunção que, no sincretismo religioso é Iemanjá e lá avistei Maria Pequena em um terreiro. Passei ao largo para não melindrá-la.

      Despedi-me de Maria Pequena no Cemitério São João Batista, onde repousa ao lado de seu marido e de alguns de seus filhos.

      Saravá, Maria Pequena! Deus te guarde a alma!

      1. Bacana Comandante!

         

        Não há como negar as origens e delas eu tenho orgulho.

        Postei, outro dia, e o Mestre repercutiu, mais tarde, em alto e bom som:

         – “… sai da  roça, mas a roça nunca saiu de mim…”

        Refiz, agora, um vídeo com uma canção que era cantarolada por uma senhorinha espírita, franzininha, que morava sozinha e, de vez em quando, passava para bater um papinho com a minha mãe em Conselheiro Pena.

        Sem, infelizmente, mais informações sobre ela, lembrava-me, apenas, das deliciosas “rolhas” que ela deixava lá em casa.

        Comandante, elas (paçoca comprimida), pode crer, eram muito deliciosas, por conterem, além do amendoim, uma pitadinha de gengibre – nunca mais saboreei outra igual.

        Muitos anos depois, namorei a Martha Luna (lembra de uma foto de uma atriz… contei era idêntica a uma ex-namorada?), uma das irmãs do André (Sô Zé), do Cisco (compositor gravado pelo Exalta, Dudu Nobre, Fundo de Quintal, Revelação, Reuber e Alan, entre outros) e do Markão – primos do Fernando Mendes – e descobri mais fatos interessantes sobre a vida da Dona Ilarina, que era vizinha da família e tinha uma forte amizade com eles.

        Lembro-me, também, de um amigo chegado, o Pureza, que era Presidente(?) de um Terreiro de Umbanda e me convidava pra dar uma passada no local, antes de partirmos pro crime, nas sexta-feiras insanas.

        Ele era casado – a família morava em BH – e era trocentas vezes mais malandro que eu, um moleque malarrumado que estava saindo da barra da saia da mãezinha viúva, mas braba como só vendo.

        Após os trabalhos do Terreiro, que eu aguardava impaciente para finalizar, saíamos pra noite, acompanhando o conceituado Paredão, que, algumas vezes, nos levava pra porta da casa do prefeito da cidade onde moro atualmente – uma cidade de porte médio.

        A esposa dele nos convidava pra entrar e ele entrava triunfante, uivando um “dilurido Uirapuru de responsa”, pra deleite da galera residente que nunca economizava nos comes & bebes e a farra varava a madrugada.

        [video:https://youtu.be/AWDODQ_Ux-s width:600]

        Lembro-me de uma viagem épica, acompanhando o Pureza, meu Parça, ao Rio, para encontrarmos uma das namoradas dele e eu fui tentar achar a Maria Lúcia – sem Internet Meu Velho.

        Com ele, visitei Padre Miguel e foi só, porque ele partia pra lá, todos os dias, eu eu desaparecia pra outro canto com o meu chamego de Jacarepaguá.

        Ao escrever e contar um pouco sobre ele, sou tomado pela emoção e, por isso, paro por aqui…

        Que Deus o tenha!

        1. Nós na teia…

          É óbvio, mas ao mesmo tempo maravilhoso, constatar que estamos imersos numa enorme teia, pontos de luz que somos, e que temos muito já compartilhado sem nem sabermos. A Casa em que eu sirvo tem um Coral. E sempre que há uma ocasião especial, lá estão eles. Uirapuru é parte do repertório e é linda demais. A música é uma ferramenta importantíssima de trabalho e a música não tem que ser sacra, e sim aquela que emoções desperta. Está tudo tão interligado que colocando agora o título aí encima me lembrei de um post do JNS, de algum tempo atrás, sobre o menino em lágrimas (O choro de Diego do Violino), em que eu mencionava justamente este entrelaçamento. Coach, acho que àquela época eu não tinha sido escalada para o time ainda, mas já estava atenta ao poeta.

          1. Atributo bônus

            O Parceirinho Sensível

            Tia Dâmaris convoca a galerinha reunida no átrio da Igreja:

            – Meninos, venham todos aos ensaios na próxima quinta-feira. Quem não vier vai perder e quem vier vai ter uma grande surpres e vai ganhar um lindo atributo bônus. Acho que vocês vão adorar…

            – Tia, o que é um atributo bônus?

            – Vocês vão ver o Jejê chorar, quando cantarem as músicas para homenagear as mães.

            A caminho da churrascaria, ontem:

            – Jejê, é verdade que você chorou nos ensaios para o Dia das Mães e fez toda a sua turminha chorar também?

            – Quem te falou isso, Tio? Ninguém chorou não! Quem te falou isso?

            – A sua mãe disse que você chorou e fez uma menininha chorar e, em seguida, todos os outros moleques também choraram.

            – Tio, ninguém chorou, nada, não; só eu chorei.

            – Então, os outros garotinhos não choraram?

            – Todo mundo ficou é rindo de mim…

        1. JNS, por favor …
          Este
          JNS, por favor …

          Este cardápio visual torturante, engordativo (como toda mulher quero perder mais três quilos, 62 é péssimo!), e maravilhoso não deve ser postado assim, sem prévio aviso. Larguei o comentário e fui buscar canjica para matar a vontade junina (ainda estamos em abril!!).

          Você outro dia já veio com aquele de comida de boteco com a desculpa de que era em protesto (coxinhas, etc…). Nada, você queria mesmo era nos torturar… Que sadismo é esse, Chefe? Olha que eu sou masoquista … Rs.

          Festas Juninas … Você vai estar lá no pólo … E nós aqui, só na canjica, paçoca, bolo de aipim… 😉

          1. Bilderberg

             

            Vou levar uma marmita recheada com a buchada de bode preparada pelo meu Parceirinho Cearense.

            Apreciei, muito, uma buchada encomendada em das cidades da Costa do Descobrimento, na Bahia – ô trem bão, sô!

            Depois, intrujado numa galera da diretoria de uma empresa fabricante de celulose, passei o dia bebendo e mordendo a buchada de um bode que fugiu do Paraíso.

            Sei, por isso, que a galera reunida no Interalpen Hotel vai gostar da iguaria nordestina.

            Não há como resistir…

    2. notícias

      Prezado Luciano, boa tarde.

      Aqui é Júlio. Sou da umbanda. Me chamou atenção sua referência a Pai de Santo Paredão.

      Pergunto duas coisas: sabes porque era chamado assim? exú Paredão, o senhor conhecce algo dele?

      Se possível me responda.

      Obrigado pelas notícias.

      Amplexos e até breve,

      Júlio.

  5. Ramificações da Umbanda

    UMA RELIGIÃO 100% BRASILEIRA

    “Umbanda” e “embanda” são oriundos da língua quimbunda de Angola, significando “magia” , “arte de curar”. Já os autores de vertente esotérica fazem alusão ao sânscrito, a partir da junção dos termos Aum e Bandha, significando o elo entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandhan teria sido passada boca a boca e chegado até nós como “A Umbanda”.

    Hoje temos várias religiões com o nome “Umbanda” (Linhas Doutrinárias) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.

    Umbanda tradicional – Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;Umbanda Branca e/ou de Mesa – Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos – Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;Omolokô – Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;Umbanda Traçada ou Umbandomblé – Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;Umbanda Esotérica – É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: “conjunto de leis divinas”;Umbanda Iniciática – É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito.

    http://www.umbandazebaiano.net/umbanda.htm

    https://cajumanga.wordpress.com/2012/11/14/umbanda-mais-brasileira-

    1. Só Amor e Caridade

      Umbanda que eu conheço é só Evangelho e Amor. Os canais diferem, mas a base doutrinária é sempre o Evangelho e atendimento fraterno através dos guias, caboclos e pretos-velhos.  Pura Paz!  Não raro o trabalho é feito em comunhão com casas espíritas, principalmente as Universalistas ou mais Ecumênicas.  Infelizmente, e é um contra-senso, há linhas doutrinárias espíritas – ditas “puras” – que também discriminam, ainda que veladamente, os adeptos da Umbanda.

      1. A vida como ela é

         

        Já participei de campanhas promovidas por entidades espíritas ligadas ao Kardecismo, por conhecer, profundamente, quem estava envolvido nas ações de caridade e o despojamento de todos que nunca buscavam alcançar nenhuma projeção política ou de qualquer outra manifestação que revelasse aproveitamento da situação.

        O meu amigo Gileno Petri, uma alma boníssima, era Kardecista e eu contribuía, mensalmente, para a construção de uma creche para crianças que ficavam desamparadas quando as mães saíam para trabalhar.

        Um detalhe importante

        A maioria dos assistidos era formada por filhos de prostitutas e, por isso, eu passei a admirar com mais intensidade o povo Kardecista.

        Participei de uma ou duas reuniões da galera e achei tudo lindo e maravilhoso, conduzido com muita delicadeza, ao som de músicas para a religação e a meditação.

        Copreendi melhor a liturgia Kardecista quando fiz Yoga com uma psicóloga, a Deusa Shanti, de BH, que foi sumamente importante pra mim, em um período em que eu estava desmaterializando e percorria a ladeira abaixo.

        Lembro-me da ocasião que a bandidagem roubou do “Luz aos Pequeninos” os alimentos, o equipamento de som (que eu tinha doado), entre outros ítens, como a máquina industrial de moer carne.

        Duas semanas depois a PC recuperou parte dos produtos do roubo e uma equipe Kardecista foi averiguar.

        Não conseguiram a devolução imediata da máquina de moer carne- era o ítem que mais fazia falta, para preparar a sopa da gurizada – porque o Delegado tinha viajado.

        Quando ele retornou, os apavorados benfeitores correram à delegacia para obter a liberação do equipamento.

        Fiquei desconcertado com a tristeza estampada nos rostos deles, quando me contaram que a máquina tinha desaparecido:

        – Que máquina? Que máquina? Voces viram a máquina de vocês aquí? Onde?

        – Vimos Doutor! Vimos! Ela estava naquele canto, aguardando o senhor voltar para devolvê-la.

        – Eu estou falando que não tem nada aquí! Vocês estão me chamando de mentiroso? Eu, por acaso, sou mentiroso?

        É assim, a vida como ela é!

        1. Caridade
          Este é um aspecto enfatizado à exaustão por quem segue a Doutrina dos Espíritos (note que eu não uso a palavra Kardecista); a caridade silenciosa, invisível, que procura na ajuda ao outro também conter duas chagas: orgulho e vaidade. Não, não são santos, mas este sem dúvida é um exercício realizado, por quem segue e serve na seara espírita, com muita atenção.

          Vivemos uma situação calamitosa em termos materiais e são muitas as ações de caridade neste sentido. Mas o que há de mais importante nestas ações é aquilo que se observa, aquilo que se aprende. O atendimento com cestas básicas, por exemplo, carrega neste ato, o exemplo do compartilhamento. Não é raro que, uma família assistida, acabe com o tempo repartindo o pouco que recebe com uma outra que a assistência não alcançou, porque percebe no compartilhar um ato que a aproxima da dignidade e da humanidade. Há um outro tipo de caridade, ainda mais, muito mais importante, que é a visita. Visita aos idosos, visita às crianças. Minha Casa faz visitas semanais. Quando voltamos para casa é que percebemos o quanto nós temos e como reclamamos sem nenhum motivo. E os visitados, ah, alguém disse seus nomes, alguém sorriu para eles. É muito bonito; tocante.

          Pedindo licença ao Luciano para trazer um pouco dessa mensagem, um pouco mais séria, porque é a mensagem, mais do que a esmola, que pode mudar as pessoas, e consequentemente, o mundo. A esmola mata a fome momentânea e dá sobrevida; a mensagem alimenta o pensamento, muda o comportamento, faz viver melhor e fica registrada em nossas fibras.

          1. Caridade

            Entendo caridade mais como um sentimento do que um ato. A caridade pode se realizar até através de um simples gesto, como o de passar a mão na cabeça de quem está precisando de um afago, de uma esperança.

            Entendo também que todo tipo de caridade é válido, sempre sendo traduzido por amor ao próximo. Quando citei Linda Rodrigues, bela, famos e requestada por todos os rapazes da época, foi exatamente pelo ato de amor ao próximo que vi na artista, ao submeter-se a ser beijada, mesmo que no rosto ou mão, por desconhecidos no afã de ajudar nossos soldados em situação absolutamente lastimável, morrendo de frio e perdendo extremidades do corpo nos campos de batalha de Pistóia e Monte Castelo.

            Aliás, entendo que a caridade faz muito mas bem a quem a pratica do que para quem a recebe.

             

          2. Fui mal …
            Perfeitamente! E a Anna querendo brincar com coisa séria … Muitas das vezes nos irritamos numa fila de banco, com a desconhecida que enceta um papo, e a gente sem paciência e sem tempo … Sabe lá se este será o único diálogo daquela velhinha no dia? Ouvir, hoje em dia, é um grande ato de amor. A atenção ao outro tornou-se virtude rara …

          3. Foste muito bem!!!

            Estou lembrando de um texto que Dom JNS mandou, falando sobre a juventude e velhice. Entre outras coisas ele narra que em tempos áureos, o personagem não encontrava meio de atender a tantos telefonemas no fim de semana. Já no fim de semana atual (velhice), esse só recebeu um telefonema, com ligação errada…

            Isso me fez lembrar algo que li, mais ou menos assim:

            Na velhice os anos passam voando, porém os dias são intermináveis…

            Fui!

      2. Anna Dutra!

        Falando em caridade, desprendimento, , trago aqui narrativa que foi postada no Facebook pelo pesquisador Claudevan Melo: 

        À época da Guerra, em 1944, fazia-se fila de marmanjos na porta da Rádio para dar  um beijo na cantora Linda Rodrigues. Pagavam para isso e ela doava a grana ao “Bonus de Guerra” …

         

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=07dEXfN1Iqs%5D

  6. Escândalo em Florianópolis

    11 SETEMBRO, 2012

    Sincretismo e Marxismo das CEBs com a chancela do Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ.

    ESTA BABOSEIRA, POSTADA POR DOM MALA SEVERINO CLASEN, FOI PUBLICADA NO FRATES IN UNUM

                        [       http://fratresinunum.com/tag/dom-severino-clasen/       ]

    A comoção entre os Católicos de Florianópolis é tamanha que recebemos uma enxurrada de mensagens pedindo que divulgássemos as fotos do 11º Encontro Estadual das CEBs, realizado 07 a 09 de setembro de 2012, em especial da Missa celebrada por Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ, Arcebispo Metropolitano, no dia 7 de setembro.

    As fotos estão disponíveis na página do Facebook da Arquidiocese de Florianópolis e em seu site oficial (as mais escabrosas foram retiradas do ar. Nosso agradecimento aos leitores que as salvaram).

    Participaram da pantomima também Dom Manoel João Francisco, Bispo de Chapecó, e Dom Severino Clasen, bispo de Caçador, OFM -- Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB.

    Participaram da pantomima também Dom Manoel João Francisco, Bispo de Chapecó, e Dom Severino Clasen, bispo de Caçador, OFM e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB.

     ninguém menos que, pelas vestes, deduzimos ser uma Mãe de Santo.

    A “turiferária” da Missa: ninguém menos que, pelas vestes, deduzimos ser uma Mãe de Santo…

    ... que incensou o altar e as oblatas.

    … que incensou o altar e as oblatas.

     Mães de Santo lançam água de cheiro na "assembléia"...

    “Asperges me”: Mães de Santo lançam, segundo relatos, água de cheiro na “assembléia”…

    ... e pétalas de rosa (?).

    … e pétalas de rosa (?).

    Apresentação de uma digníssima senhora que, posteriormente, fez uma das leituras.

    Apresentação de uma senhora que, posteriormente, fez uma das leituras.

    Os pacíficos sem terra também estavam presentes.

    Os pacíficos sem terra também estavam presentes.

    Índios semi-nus fazem as "preces" em tupi-guarani.

    Índios semi-nus fazem as “preces” em tupi-guarani.

     o anel de tucum.

    Ao longo do encontro, o bispo de Chapecó (SC), Dom Manoel João Francisco — atual Presidente do CONIC e membro da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), que está revisando o Missal Romano! — se mostrou muito à vontade, portando apenas uma insígnia distintiva: o anel de tucum.

     Numa "caminhada" dentro da programação do evento, carregam cartaz  em homenagem a Zélio Fernandino de Moraes, a quem se atribuir a fundação da Umbanda em 15 de novembro de 1908.

    Sincretismo: Numa “caminhada” no encerramento do evento, carregam cartaz em homenagem a Zélio Fernandino de Moraes, a quem se atribui a fundação da Umbanda em 15 de novembro de 1908.

    Na mesmíssima "caminhada", estava presente do Arcebispo de Florianópolis, Dom Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ...

    Na mesmíssima “caminhada”, estava presente do Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ…

    ... que celebrou Missa com o cartaz logo abaixo do altar!

    … que celebrou Missa com o cartaz logo abaixo do altar!

    Os Católicos podem manifestar o seu repúdio a estes ultrajes à liturgia pelos seguintes endereços:

    DOM WILSON TADEU JÖNCK, SCJ, ARCEBISPO DE FLORIANÓPOLIS

    Perfil no Facebook: http://www.facebook.com/domwilsonjonck

    Email: [email protected];[email protected]

    *

    TENHO DITO:

    Que sejam enviados, o Mala Severino Clasen e o seu séquito de preconceituosos, aos Quintos dos Infernos.

    jns

    1. Assim seja!

      Aqui mesmo no Blog notamos o preconceito, amigo JNS. Eu presto atenção a tudo. Vejo tudo. Sou tipo Ojuobá, os ouvidos e olhos de Xangô!

      O Guru pode passar a prestar atenção. Meus “postezins”, como diz a Maria Luisa, sempre são bem avaliados. Poucas vezes se vê um ponto negativo. A exceção se dá quando posto algo relativo às religiões afro-brasileiras. Você pode constatar que o post está como regular, inferindo-se que alguém deu nota mínima pro mesmo.

      Estás notando minhas rugas de preocupação???

       

  7. Amigo Luciano ao ver a foto

    Amigo Luciano ao ver a foto do Tata ficou impossivel não

    comparar com outro alguem.Nada menos que o enigmatico

    “sun ra”!

    Abraços e Saravah!

     

     

     

  8. Conselho ao Luluásis

    VISITE CONSELHEIRO PENA

    MESTRE DESNATURADO

    Apreciador de conversa fiada e buchada de bode

    Guru da seita “Macaxeira Benta das Éguas Russas”

    Agora eu digo como foi dito o dito ditado:

    Se faltar água no seu Ceará a Jandaya Libydinoza nunca será extinta

    Aquí tem água que passarinha e passaralho não bebem, mas o Lulu pode beber

     “… já que aqui não é a casa da mãe Joana”

    QUEM VAI A CONSELHEIRO PENA

    [video:https://youtu.be/lktEsteSGOA width:600]

    “pois a linguagem escorreita faria com que o ditado perdesse a graça ou mesmo o sentido da molecagem nela implícita ou explícita”.

    Traga os seus sais de banho, para ser feliz quando nadar

    No ribeirão João Pinto Pequeno e, com fortes emoções,

    No ribeirão João Pinto Grande, em Conselheiro, no interior das Gerais

    QUEM SAI DE CONSELHEIRO PENA

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TIT2lGwLH_k width:600]

    Vai pra lá, Bandido Cearense!

    1. Quem vai a Conselheiro, PENA!

      Pena de todo jeito. Primeiro pena porque o vídeo que o Guru fez tá com a musga cortada bruscamente, só porque ele tava com preguiça ou então chumbregado demais e não fez a filmagem pensando na música que ia colocar… Pena ainda porque o segundo vídeo só se abriu da segunda lapada. Tava privadim da silva e foi preciso o Veim do Ceará (Veim sem acento de modo algum) alertar ao guru pra tirar o vídeo do privado. (Não confundir, pelo amor de Deus).

      Depois ainda pena por quase morrer de medo dum caminhanzão que vem em sentido contrário do Guru e quase que a gente vê pedaço de Guru pra todo lado… Sei não! Só sei que quem vai a Conselheiro, PENA!!!

      1. Quando eu for eu vou sem PENA

        Mestrinho,

        AA pproppósitto: VVoccê ttemm ppenna dde qquê?

        Eu sei dizer, pra agradar ao Véim, que quem vai ao Ceará não PENA!

        Mas, quem lê os meus comentários e assiste aos vídeos que eu cometo, PENA!

        [video:https://youtu.be/7QMpdu0RdjQ width:600]

        Levantei uma bola chaia e o Cochilante Lulu comeu mosca!

        É uma PENA!

        Fui!

         

         

         

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