Novo mapa da escala do Universo tem margem de erro de apenas 1%

Jornal GGN – Uma equipe de pesquisadores que trabalham com o BOSS (Baryon Oscillation Spectroscopic Survey) – projeto que busca compreender as propriedades da energia escura e o processo de expansão do Cosmo – criou um novo mapa com a escala do Universo com margem de erro de apenas 1%. O trabalho determinou, com precisão sem precedentes, as distâncias de galáxias que ficam a mais de 6 bilhões de anos-luz.

“Não há muitas coisas em nossas vidas diárias que conhecemos com margem de erro de apenas 1%”, afirma David Schlegel, físico da Lawrence Berkeley National Laboratory e o investigador-chefe do BOSS, em um comunicado. “Agora eu sei o tamanho do Universo melhor do que eu sei o tamanho da minha casa”.

Os cientistas mapearam os locais de 1,2 milhões de galáxias, e descobriram que suas novas medidas dão suporte à ideia da “constante cosmológica”, proposta inicialmente por Albert Einstein. A ideia sugere que a energia escura tem permanecido constante ao longo da história do Universo.

“Nós ainda não entendemos o que é a energia escura, mas podemos medir suas propriedades”, diz Daniel Eisenstein, astrônomo da Universidade Harvard envolvido na pesquisa. “Então, nós comparamos esses valores com o que esperamos que eles sejam, dada a nossa atual compreensão do Universo. Quanto melhores são nossas medições, mais podemos aprender”.

Os novos resultados, apresentados na reunião número 223 da American Astronomical Society, também fornecem uma das melhores determinações da curvatura do espaço, segundo os pesquisadores. Em suma, o Universo parece ter uma forma que pode ser descrita pela geometria euclidiana, em que as linhas retas são paralelas e os ângulos de um triângulo somam 180 graus.

“Uma das razões sobre a qual nos importamos é que um Universo plano tem implicações para saber se o Universo é infinito. Isso significa que, enquanto não podemos dizer com certeza que ele nunca vai chegar a um fim, é provável que o Universo se estenda para sempre no espaço e possa durar para sempre no tempo. Nossos resultados são consistentes com um Universo infinito”, diz Schlegel.

Astrônomos do BOSS usaram um espectrógrafo no telescópio de 2,5 m da Fundação Sloan, no Apache Point Observatory, no Novo México, para fazer suas observações. “Em uma noite clara, quando tudo ocorreu perfeitamente, podemos adicionar mais de 8.000 galáxias e quasares no mapa”, diz Kaike Pan, líder da equipe de observadores.

Com informações do Mashable.com e Espace.com

Redação

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