Sociedades sem prisões: Noruega

A maravilhosa história das prisões norueguesas. Extraído do site Sociedades sem prisões
 
 
Por Ze Guimarães
 
Conto aqui, a história verídica de um país europeu, que tem as prisões mais humanas do mundo, a Noruega, e consegue recuperar 80% dos presos.
 
Para quem quiser comparar, a taxa de reincidência de prisioneiros libertados no Brasil é de 70%; nos Estados Unidos é de 60%. Na Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência na Noruega é de 20% (16% em uma prisão apelidada de “ilha paradisíaca” pelos jornais americanos). Falaremos desta ilha.
 
A diferença entre os países está nas teorias que sustentam seus sistemas de execução penal. Existem três teorias:
 
1) Teoria da “retribuição, vingança e retaliação”, usada nos EUA, o objetivo é fazer o preso pagar pelo que fez.
 
 2) Teoria da dissuasão, que é gerar na sociedade o medo de transgredir a lei, devido à punição.Também em vigor nos EUA.
 
3) Teoria da reabilitação, reforma e correição, em que a ideia é reformar deficiências do indivíduo (não o sistema) para que ele retorne à sociedade como um membro produtivo. Em vigor na Noruega.
 
Na Noruega, a terceira teoria é a regra. Isto é, a reabilitação é obrigatória, não uma opção. Lá, a  pena máxima é de 21 anos. Se nesse prazo, não se reabilitar inteiramente para o convívio social, serão aplicadas prorrogações sucessivas da pena, de cinco anos, até que sua reintegração à sociedade seja inteiramente comprovada
 
O sistema de execução penal da Noruega exclui a ideia de vingança, que não funciona, e se foca na reabilitação do criminoso, que é estimulado a fazer sua parte através de um sistema progressivo de benefícios — ou privilégios — dentro das instituições penais. O país tem prisões comuns, muito melhores do que as prisões americanas, dizem os jornais, e duas “instituições” que seriam lugares para se passar férias, não fosse pela privação da liberdade: a prisão de Halden e a prisão de Bostoy, em uma ilha.
 
A prisão foi construída em uma área de floresta, em blocos que “servem de modelo ao chique minimalista”, descreve a BBC. A prisão já ganhou prêmios de “melhor design interior”, com uma decoração que tem mesas de laminado branco, sofás de couro tangerina e cadeiras elegantes espalhadas pelo prédio.. A prisão tem ainda estúdio de gravação de músicas, ampla biblioteca, chalés para os detentos receberem visitas da família, ginásio de esporte, com parede para escalar, campo de futebol e oficinas de trabalho para os presos. Tem trabalho (com uma pequena remuneração), cursos de formação profissional, cursos educacionais
 
No entanto, a musculação não é um esporte permitido porque, segundo os noruegueses, desperta a agressividade nas pessoas. Promover muitas atividades esportivas, educacionais e de trabalho aos detentos é uma estratégia. “Presos que ficam trancados, sem fazer nada, o dia inteiro, se tornam muito agressivos”, explica o governador da prisão de Halden, Are Hoidal. “Não me lembro da última vez que ocorreu uma briga por aqui”, afirma.
 
Dizer que o criminoso já está atrás das grades pode ser uma afirmação falsa. As celas da prisão de Halden não têm grades. Têm amplas janelas, com vistas para a floresta, e bastante luminosidade. As celas individuais são relativamente maiores do que a de muitos hotéis europeus, têm uma boa cama, banheiro com vaso sanitário decente, chuveiro, toalhas brancas grandes e macias e porta. Tem, ainda, televisão de tela plana, mesa, cadeira e armário de pinho, quadro para afixar papéis e fotos, além de geladeiras.
 
”Uma das obrigações fundamentais de todos os membros do staff ( guardas da prisão), a começar pelo governador, é mostrar respeito às pessoas que estão ali, em todas as situações. A equipe entende que ao mostrar muito respeito ao detento, ele vai aprender a se respeitar. Quando isso acontecer, ele vai estar preparado para respeitar os outros. “
 
A prisão de Halden foi projetada para incorporar a ideia que os noruegueses têm de execução penal, diz a Time Magazine. A pena é a privação da liberdade. Não é o tratamento cruel, que só torna qualquer pessoa em criminoso mais endurecido, diz o governador de Halden. O objetivo é a reabilitação, não a vingança. Mas, os esforços de reabilitação não são exclusivos do sistema. Os detentos são obrigados a mostrar progressos nos treinamentos de qualificação profissional e de reabilitação, para ter direito a desfrutar das “prisões mais humanas do mundo”. Se, ao contrário, quebrarem as regras ou se recusarem a fazer sua parte nos esforços de reabilitação, podem regredir para prisões tradicionais.
 
Todos os recém-chegados passam uma semana em uma casa-dormitório com 18 quartos, fazendo um curso intensivo sobre como viver em Bastoy: aprendendo as regras, a cozinhar, a limpar e a conviver com os “colegas” e com a equipe de funcionários. Todas as manhãs, os detentos se levantam, tomam um café da manhã “reforçado”, preparam um lanche para levar para o trabalho, que começa pontualmente às 8h30. Trabalham até as 14h30 (por cerca de R$ 21 por dia), almoçam a partir das 14h45 e, depois disso, estão “livres” para praticar outras atividades, até às 23h, quando devem se recolher a seus aposentos. Com o trabalho dos detentos, a prisão é autossustentável e tão ecológica quanto possível, diz o governador da prisão de Bastoy, Arne Kvernvik-Nilsen. Os detentos fazem reciclagem, usam energia solar e, a não ser pelos tratores, seus meios de transporte para trabalho, diversão e tudo mais são apenas cavalos e bicicletas. Bastoy é a prisão mais barata da Noruega. A prisão tem um staff de 70 pessoas (35 dos quais são guardas), para cuidar de 120 detentos. À noite, apenas cinco guardas permanecem no local.
 
Na prisão, existem duas pequenas celas com grades, bem escondidas. Elas são destinadas a presos que quebram a regra cardinal: são proibidas a violência, bebidas alcoólicas e drogas. A última vez que uma delas foi usada foi há dois anos, quando um detento foi encontrado tomando uma bebida alcoólica. Ele foi colocado em uma das celas, até ser removido para uma prisão comum
 
“A maneira como um povo trata seus dissidentes, reflete o nível de evolução e civilidade. Pois um preso não recuperado, volta a atormentar a sociedade.”
 
“Se uma prisão não servir para recuperar os seus detentos, ela apenas varre a sujeira para debaixo do tapete. “
 
Redação

102 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Fácil de entender: a cura no lugar do adoecimento

    Fácil de entender: a cura no lugar do adoecimento…isso me faz lembrar da cidade spin onde no lugar do poder judiciario existe o poder curador, de curar, ..ao invés de distritos policiais o que existem são centros de dedicação aos individuos, os quais acompanham o  vivente desde a vida intra-uterina até o momento da morte…sim, outra realidade que não esta pautada pela punição, uma herança do pseudocristianismo misturado com uma medicina que, em se falando de Brasil, também fracassada e mutiladora

  2. Noruega tem as prisões menos desumanas do mundo

    Não existem prisões humanas. Em sendo assim, a Noruega não tem as prisões mais humanas do mundo, ela tem as prisões menos desumanas do mundo. Por sua vez, o Brasil tem as prisões mais desumanas do mundo. As prisões do Brasil são a imagem e semelhança da cara da sua elite.

    1. Mais uma vez o velho sofisma…

      Mais uma vez o velho sofisma de que o combate ao crime é uma ação da elite contra os contestadores do sistema. Faltou lembrar que os pobres são vítimas muito mais frequentes de crimes do que os ricos, pois eles moram perto dos criminosos e não têm como se defender deles, exceto pagando milícias que em pouco tempo se transformam em máfias. Todas as pesquisas demonstram que os pobres aprovam muito mais a violência no combate aos criminosos do que a classe média.

  3. O perfil dos presos noruegueses é diferente

    O perfil dos presos noruegueses é de indivíduos desajustados, que responderão a um tipo de tratamento. Por isso aplica-se o conceito de recuperação, considerando-se que o criminoso é uma espécie de doente. Esse tipo de prião não serve para o Brasil, onde o perfil do preso é outro: trata-se em sua maioria de criminosos profissionais, gente que pratica o crime porque os ganhos compensam. Não se pode recuperar quem não quer ser recuperado.

    1. Irrecuperáveis

      Na verdade, a Noruega tem presos que insistem em ser irrecuperáveis sim. No texto há um paragrafo que conta a existência de celas escondidas, para presos que não se adaptem as regras. Já houve casos de presos na Noruega que preferiram ficar atrás das grades, por que ali na prisão paradisiaca não podiam beber bebidas alcoolicas. Um preso irrecuperável, tem sua pena prorrogada por mais 5 anos, depois é reavaliado, pode ser solto ou prorrogado por mais 5 anos…  Tudo depende do preso, se ele quiser passar sua vida toda na prisão ou sair o quanto antes, por isto recupera o preso, já que a maioria vai preferir ser colaborar e ser solta.

      Eles tem bandidos “profissionais” como qualquer país. Talvez mais “profissionais” que os nossos. Mas o sistema de recompensa os induz a mudar de idéia. Aqui temos algo vagamente parecido, nas penitenciarias, o “raio 1 ” ( para bandidos perigosos) , “raio 2 ” (levemente perigosos) e “raio 3 ( sem periculosidade). Só que não temos a reavaliação e prorrogação da pena por mais 5 anos em caso de não estarem aptos, o que é o diferencial. , Nem a pena máxima de 20 anos, além de não termos outros detalhes, como o respeito dos policiais pelos presos, todos os presos trabalhando e as prisões premium.

      Lembrando que esta é uma prisão premium, só para os presos com comportamento exemplar, ou seja é uma recompensa. Só uma minoria dos presos vão para as prisões premium. Eles tem prisões com grades sim, e são a maioria, só que criaram um sistema de recompensa aos presos, onde todos se esforçam para chegar nas prisões premium. Este é o segredo.

      E mesmo nas prisões com grades, o respeito aos detentos pelos guardas e policiais é muito grande.

    2. O criminoso norueguês não é criminoso; o brasileiro, sim

      Para o Pedro, os crimes ocorridos no Brasil são sempre crimes contra o patrimônio, pois segundo ele, no Brasil, os ganhos advindos da prática de crimes compensam. Assim, o criminoso brasileiro não se recupera, e não se recupera não porque após cumprir sua pena não lhe dão oportunidade, mas porque ele é um criminoso profissional. Já o criminoso norueguês é recuperável, pois ele não é criminoso, é doente.

      Amigo, a recuperação do criminoso noruguês deocrre do fato do estado do bem-estar social lhe garantir uma sobrevivência digna embora a sociedade recuse lhe empregar. Se tivéssemos o estado de bem-esat social como a Noruega ou se a sociedade desse oportunidade aos ex-presidiários, o nível de reincidência seria infinitamente menor.

      O complexo de vira-lata do brasileiro está profundamente arraigado. O sujeito acha que o criminoso noruegês não é criminoso, é doente; já no Brasil, ele acha que os nossos doentes não são doentes, são criminosos.

      1. Mas o criminoso norueguês já tinha…

        Mas o criminoso norueguês já tinha uma sobrevivência garantida pelo Estado ANTES de cometer os crimes. Ele comete seus crimes porque é um sociopata, alguém que tem prazer ou necessidade psicológica de cometer crimes.

        Aqui a sobrevivência digna não é garantida pelo governo, mas mesmo assim milhões de trabalhadores sobrevivem sem cometer crime algum. Mas aqueles que trocam o trabalho pelo crime, em geral conseguem bons ganhos com pouco risco, já que o índice de impunidade é alto e as penalidades são brandas.

        1. As penalidades são brandas?


          Experimente passar um dia e uma noite num desses cadeiões podres de Sampa, Rio, BH ou qualquer outra grande cidade brasileira, dormingo em pé e se acotovelando com dezenas de outros homens numa cela minúscula, muitas vezes sem tomar banho e comendo comida estragada! Acho que sairás de lá com outra idéia de penas brandas, caso sobreviva, é claro,

          1. O que importa para o criminoso é a liberdade

            Os criminosos em geral são pessoas endurecidas, para quem pouco importa as condições materiais da prisão. O que eles querem é ser livres para cometer seus crimes. Se você perguntar o um criminoso costumaz se ele prefere ficar pouco tempo em uma cadeia brasileira superlotada ou muito tempo em uma cadeia confortável na Noruega, muito provavelmente ele cravará a primeira opção.

          2. Pedro, você está desinformado

            Aqui tem muitos presidiários que já cumpriram suas penas e continuam presos. Você tá mais por fora do que bunda de índio.

            O Desembargador Paulo Espírito Santo acha que o preso iria preferir ficar muito tempo enjaulado na Nuroégua a passar pouco tempo aqui em cadeia superlotada, pois pobre não liga e até gosta de ficar na prisão. Confira abaixo:

            “As pessoas – no caso dos empresários – deveriam pensar: eu prefiro ganhar menos a passar pelo que está passando aquele grande empresário, um dos maiores construtores do Brasil, há dois anos preso. Porque ele deve estar sofrendo. Mas isso nunca passou pela cabeça delas porque essa questão carcerária não as ameaçava. Elas não acreditavam naquilo. O criminoso da violência urbana, pessoa mais pobre, esse não liga e até gosta de ficar um pouco lá. Dali a pouco é solto, fuma maconha, bebe… É essa a realidade.”

          3. O que importa para o criminoso não é a prática de crimes?

            Se o que importa para o criminoso é a liberdade, e não a prática de crimes, porque ele pratica crimes, sabendo que pode vir a perder a liberdade?

            Se o que importa ao criminoso é a prática de crimes, porque deixaria de praticar crime se estivesse preso perpetuamente?

          4. Porque o risco é pequeno

            Essa eu já respondi: o criminoso pratica crimes porque o risco é pequeno, já que a chance de escapar impune é grande, e mesmo se ele for preso, ele sabe que vai ficar pouco tempo e logo poderá voltar à liberdade e usufruir os ganhos de sua atividade criminosa.

          5. O criminoso costumaz prefere cadeia hiperlotada, porém…

            O criminoso costumaz [sic] pode até preferir uma cela hiperlotada com pouco tempo de prisão a uma cela ampla com muito tempo de prisão, mas o criminoso contumaz (com ‘n’) certamente preferirá a cela ampla com muito tempo de prisão. Afinal, uma das finalidades do crime é elevar e manter um alto padrão de vida. Numa prisão da Noruega o criminoso brasileiro já atingiria seu alto padrão de vida.

        2. E quem garante a sobrevivência do Estado Norueguês?
          Então o Estado Norueguês garante a sobrevivência de todas as pessoas, independentemente de serem ex-presidiários?
          E quem garante a sobrevivência do Estado?
          Será que tudo cai do céu para o Estado?
          O problema é que a gente acha que o criminoso é, invariavelmente, uma pessoa má, vagabundo, preguiçoso, que não quer trabalhar. Não é bem assim. Às vezes um trabalhador honesto é tão provocado que acaba praticando crime contra o provocador.

          1. Quem garante a sobrevivência do Estado norueguês

            Quem garante a sobrevivência do Estado norueguês são os impostos pagos pelos cidadãos e empresas privados, tal como em qualquer Estado, inclusive o brasileiro. Mas como o contribuinte norueguês é muito mais rico que o brasileiro, a receita de impostos é maior.

        3. Pedro, como você explica que ocorram crimes nas prisões?
          Se a causa da criminalidade fosse a impunidade, e não as desigualdades sociais, os presidiários não praticariam crimes nas celas, nem praticariam crimes quando vão passar o natal ou páscoa com a família, nem praticariam crimes depois de cumprirem suas penas. Ou seja, se a causa da criminalidade fosse a impunidade, a reincidência na Noruega não seria de 20%.
          Pode ser que você venha a afirmar que os 20% que reincidem na Noruega são criminosos profissionais e os 80% que não reincidem são doentes.

          1. Porque eles sabem que vão ficar pouco tempo na cadeia

            Os presos continuam cometendo crimes na cadeia porque eles sabem que vão sair de lá em pouco tempo, libertados por uma condicional ou outro recurso qualquer. Então tratam de  eliminar seus rivais. A vida na cadeia é apenas um interregno em sua carreira criminosa.

            Se houvesse prosão perpétua, eles não se dariam ao trabalho de continuar cometendo crimes dentro da cadeia.

            A reincidência na Noruega é baixa porque o período na prisão vale como uma terapia, tal como um período em um sanatório. Poucos são criminosos profissionais na Noruega porque essa atividade não costuma ser compesatória lá.

    3. Deixa eu ver se eu entendi

      Quer dizer que criminosos da Noruega são doentes e os doentes do Brasil são criminosos?

      Aqui, o índice de recuperação é baixo não porque somos criminosos profissionais, mas porque as desigualdades sociais são alarmantes e, além disso, ao cumprir a pena, o ex-presidiário não encontra oportunidade na sociedade nem existe o estado de bem-estar social para lhe garantir o mínimo necessário.

      1. O crime é um negócio

        O crime é um negócio, se compensa, prospera. É por isso que nossos criminosos não querem ser recuperados, mesmo porque se conseguirem um empreguinho, ganharão muito menos do que ganham com o crime. A única solução é fazer com que o crime deixe de compensar, aumentando a punição até o ponto em que os riscos superem os ganhos.

        Na Noruega o crime não é um negócio financeiramente compensador, e por isso a maioria dos criminosos lá têm o perfil de sociopata. São doentes que podem ser tratados.

        1. O crime não compensa na Noruega mas a prisão é um spa
          Quando o Pedro disse que o empregado ganha menos do que o criminoso, tornando o trabalho menos estimulante do que o crime, eu achei que a sua sugestão seria no sentido de valorizar o salário, de forma a torná-lo mais estimulante do que o crime. Mas o sujeito cometeu um non sequitur.
          Eu prefiro o Thomas Morus ao Pedro, em razão do trecho de Utopia, abaixo transcrito:

          “O acaso me fez encontrar um dia, à mesa desse prelado, um leigo reputado como douto legista. Este homem, não sei a que propósito, se pôs a cumular de louvores a rigorosa justiça exercida contra os ladrões. Narrava gostosamente como eles eram enforcados, aqui e ali, às vintenas, na mesma forca.

          Apesar disso, acrescentava, vejam que fatalidade! Mal escapam da forca dois ou três desses bandidos, e, no entanto, na Inglaterra, eles formigam por toda parte!

          Com a liberdade de palavra que gozava na casa do cardeal, disse eu, então:

          Nada disso devia surpreender-vos. Neste caso a morte é uma pena injusta e inútil; é bastante cruel para punir o roubo, mas bastante fraca para impedí-lo. O simples roubo não merece a forca, e o mais horrível suplício não impedirá de roubar o que não dispõe de outro meio para não morrer de fome. Nisto, a justiça de Inglaterra e de muitos outros países se assemelha aos mestres que espancam os alunos em lugar de instruí-los. Fazeis sofrer aos ladrões pavorosos tormentos; não seria melhor garantir a existência a todos os membros da sociedade, a fim de que ninguém se visse na necessidade de roubar, primeiro, e de morrer, depois?”

          1. Valorizar os salários não depende da nossa vontade

            Não se pode valorizar os salários tendo como instrumento apenas a nossa vontade. O valor dos salários depende do mercado de trabalho, que por sua vez depende do tamanho da economia. Os salários se valorizam quando há mais dinheiro circulando, mas os ganhos do crime também se valorizam na mesma proporção, e sempre são mais altos do que os ganhos do trabalho regular. Apenas o alto risco inibe os cidadãos inescrupulosos de entrar no crime. Não fosse assim, país rico não precisava ter polícia.

            Na Noruega nunca estive, mas já estive na Suíça, outro país de baixíssima criminalidade. Impressionou-me lá como a polícia é bem equipada, há sempre carros da polícia nas ruas. Mas se o índice de crimes é tão pequeno, então por que esse aparato todo?

            Ou será que é esse aparato todo que torna o índice de crimes baixo?

          2. Quanto mais dinheiro circula, maior a inflação

            Quanto maior o volume de dinheiro circulando na economia, maior a inflação e quanto maior a inflação mais desvalorizados ficam os salários.

            Alguém disse que onde as pessoas cumprem a lei a polícia é supérflua e onde as pessoas violam a lei a polícia é inútil.

          3. O tamanho da economia depende de que, Pedro?

            Pedro você afirmou:

            “Não se pode valorizar os salários tendo como instrumento apenas a nossa vontade. O valor dos salários depende do mercado de trabalho, que por sua vez depende do tamanho da economia.”

            O tamanho da economia depende de que, Pedro?

            Entre outras coisas, da expectativa de demanda efetiva. Não é?

            Então aumentando a expectativa de demanda efetiva, o lastro cresce mas a demanda cresce também e, no que diz respeito à inflação, tudo continua como d’antes no Quartel de Abrantes. Ou seja, o tamanho da economia não vai, por si só, valorizar os salários de forma a torná-los mais atrativos do que o crime.

            Mas você não quer valorizar salários e, dessa forma, reduzir a criminalidade, você quer é aumentar o rigor das penas, né?

            Chego à conclusão de que, para você, a causa dos altos índices de criminalidade não são os ganhos fáceis no mercado do crime mas os ganhos difíceis no mercado de trabalho. Mas rico não trabaha e também pratica crimes.

            Pedro, você tá mais perdido do que cego em tiroteio. Quanto mais você tenta se explicar, mais você se enrola. Olha a faca!

          4. O tamanho da economia

            O tamanho da economia depende da capacidade de gerar riqueza. Só demanda efetiva não basta, é preciso que haja capacidade de produzir.

            Havendo produção, os trabalhadores disponíveis são disputados pelo mercado de trabalho, o que puxa o custo do trabalho para cima. Lei da oferta e da procura.

            Isso pode aliviar a pressão, mas não basta para extinguir a criminalidade, porque aumentando o tamanho da economia e com mais dinheiro em circulação, os ganhos lícitos aumentam, mas também aumentam os ganhos ilícitos. Se a impunidade permanecer, sempre haverá quem queira auferir ganhos ilícitos.

            Obs: não estou mais pedido do que cego em tiroteio, eu conheço tão bem essas técnicas de tergiversação que até fiz uma página em meu site enumerando-as:

            http://www.pedromundim.net/Tergiversacao.htm

          5. É você mesmo Mundim, em carne e osso?

            Há quanto tempo, Amigo. Acabaram com o nosso CMI, Mundim, e achei que nunca mais nos veríamos. Estou emocionado de reencontrá-lo, Mundim.

            Eu não tinha me dado conta que não era você, Cara. Como fui tão tapado. Agora que você botou seu site, eu acordei..

            Então, Mundim, vamos comparar EUA e Canadá. Nos dois países a impunidade é bem menor do que aqui. O Canadá é um país bem mais igualitário do que os EUA. Onde a criminalidade é menor, nos EUA ou no Canadá?

            Quanto à capacidade de produzir riqueza, Pedro Mundim, isso foi problema nos modos de produção pré-capitalistas, onde a crise era desencadeada pela escassez. No modo de produção capitalista, o problema é a superprodução.

            Sinceramente, estou feliz de te reencontrar, Irmão

          6. Ah!, tah! Tu tá confundido insuficiência com necessidade

            Tá parecendo que eu tô aqui defendendo a impunidade. Nada disso, Mundim. O que eu tenho tentado demonstrar é que a criminalidade é causada principalmente pelas desigualdades sociais abissais e inversamente proporcionais ao trabalho de cada um, pois quem menos trabalha mais afortunado é e vice-versa

            Eu sou da corrente que acredita que a punição é necessária mas não é suficiente. Você de achar a redução das desigualdades sociais não é necessária, sendo suficiente apenas punir o infrator e nada mais. Então tendo esse cenário como pano de fundo, você poderia fazer o favir de justificar sua afirmação segundo a qual os ganhos lícitos aumentam, mas também aumentam os ganhos ilícitos?

            Eu ficaria grato.

          7. O crime deriva do baixo risco de punição ou do inescrupulo?

            Entonces, se solamente os altos riscos inibem os cidadãos inescrupulosos de se tornarem criminosos, a causa da criminalidade não são os baixos riscos de punição mas a inescrupulosidade. Concordas?

            Como os riscos de impunidade são os mesmos para todos os brasileiros, sendo mais elevados para os mais ricos, então você não pratica crimes não é porque os riscos são baixos mas porque você é pessoa escrupulosa.

            Você diz que para o criminoso, o que importa é a liberdade. Então para pessoas escrupulosas, a liberdade não importa.

            Mas se você não é criminoso e, portanto, para você a liberdade não importa, porque você não se torna uma pessoa inescrupulosa, já que os riscos de punição são baixos?

          8. Farra com a lógica

            Até que é interessante esse festival de lógicas incompletas que o pessoal lança tentando rebater meus argumentos. Lembra-me os tempos do Centro de Mídia Independente.

            “se solamente os altos riscos inibem os cidadãos inescrupulosos de se tornarem criminosos, a causa da criminalidade não são os baixos riscos de punição mas a inescrupulosidade”

            Estritamente falando, tanto a inescrupulosidade quanto os baixos riscos são causa para a criminalidade. Mas eu não me preocupei em mencionar a inescrupulosidade porque não é um fator controlável. Os indivíduos são donos de sua consciência individual, e o governo não pode penetrar nelas. Mas as penalidades são um fator controlável, bastando modificar a lei. Invocar fatores fora do controle não agrega nada à discussão.

            “Como os riscos de impunidade são os mesmos para todos os brasileiros (…) então você não pratica crimes não é porque os riscos são baixos mas porque você é pessoa escrupulosa”

            Foi exatamente isso o que eu disse. Você apenas repetiu com outras palavras.

            “Você diz que para o criminoso, o que importa é a liberdade. Então para pessoas escrupulosas, a liberdade não importa”

            Lógica incompleta. É o mesmo que afirmar: se os macacos gostam de banana, então quem não é macaco não gosta de banana.

            “Mas se você não é criminoso e, portanto, para você a liberdade não importa, porque você não se torna uma pessoa inescrupulosa, já que os riscos de punição são baixos?”

            Se eu invalidei a primeira premissa (lógica incompleta) ela não serve de embasamento para uma nova conclusão.

          9. O cientista deveria apontar casos que fogem à regra

            Ao afirmar que os homens se alimentam, qual a contribuição que um cientista presta à ciência?

            Se a regra é que todos os homens primam pela liberdade, se criminosos são homens, logo, primam pela liberdade, qual a contribuição que você dá ao avanço da discussão quando afirma que um tipo de homem específico prima pela liberdade?

            Se a regra é que o gênero humano prima pela liberdade, ao dizer que criminosos primam pela liberdade, você está deixando claro, nas entrelinhas, que quem não é criminoso não gosta da liberdade.

            A menos que você não considere os criminosos humanos, mas símios. Se não, ao afirmar que criminoso priorizam a liberdade, você está dizendo o óbvio.

          10. Criminosos são homens, não macacos

            Se você diz que todo humano prioriza a liberdade, ao afirmar que criminosos priorizam a liberdade, você tá dizendo ou óbvio, a não ser que você considere os criminosos macacos e não homens.

            Dizer o óbvio, o que todos já sabem, não acrescenta nada à discussão. Assim, você não invalidou o meu argumento.

    4. Se na Noruega o crime não compensa, pq tanto luxo na prisão?
      Na Noruega o crime não compensa, nada obstante o preso tenha tratamento VIP nas prisões. Já no Brasil o crime compensa, mas, apesar dessa compensação, os criminosos apodreçam nas masmorras medievais hiperlotadas.
      O crime não tem nada a ver com ganhos, mas com as desigualdades sociais. Como as desigualdades sociais são bem mais suaves na Noruega, o índice de criminalidade lá é significativamente mais reduzido.

      1. A questão é mais complexa

        A desigualdade social é apenas um dado entre muitos. A Índia é tão desigual quanto o Brasil e a criminalidade lá é bem menor.

        A verdadeira causa da alta criminalidade é a impunidade, que faz com que os riscos sejam baixos e o crime compense.

        Na Noruega a cadeia é confortável, mas acredito que poucos criminosos lá escapem de ir para a cadeia. Se o risco é alto, o crime não compensa, e gaiola de ouro também é gaiola.

        1. Pedro, as coisas não são bem assim

          Vou começar pelo fim. Então na Noruega poucos criminosos escapam de ir para a gaiola de ouro, né? A perguntinha básica: Porque aqui no Brasil 70¨% dos que não escapam de ir para a gaiola de ferro voltam a praticar crimes?

          Se você raciocinar um pouquinho mais, verá que a impunidade é efeito da criminalidade, não a sua causa. Existe crime sem punição mas não existe impunidade sem crime. Elementar, meu caro Peter.

          No que se refere à sua afirmativa segundo a qual a Índia e o Brasil são igualmente desiguais, eu vou tirar a prova dos nove prá o Senhor. Aí, o Senhor, se quiser e tiver coragem, pode reescrever a sua verdade;

          Faça o seguinte: Informe-se qual é o contingente populacional da Índio e qual o seu PIB, dividindo em seguida este por aquele. Não esqueça o quociente obtido. Faça o mesmo em relação ao Brasil. Qual dos dois países tem a renda per capita mais elevada? Se Brasil a riqueza do Brasil fosse distribuída igualitariamente, e a da Índia idem, onde haveria menos pobreza?

          Então, se a população daÍndia e tão pobre quanto a população do Brasil, onde a riqueza está mais concentrada: Aqui ou lá?

          Porque que você acha que lá o índice de criminalidade é menor?

          Porque nos países ricos há doentes e nos países pobres, safados? Você sempre foi saudável?

          Tá muito simplório. Vc num axa?

          Te manifesta, Lokon, si’l vous plati, of course

          1. Porque é fácil

            No Brasil 70% dos que escapam de ir para a cadeira voltam a cometer crimes porque é fácil. Pelo menos essa é a desculpa que quase todos dão.

            A impunidade é o efeito da criminalidade, e não a causa? Não existe impuniade sem crime? Isso é um lema circular. Não conduz a conclusão nenhuma. É o mesmo que dizer que não há morte sem vida. Então o culpado da morte é o sujeito por estar vivo.

            Sobre a concentração de riqueza na Índia e o impacto sobre a criminalidade, você pode ler a opinião de um legítimo hindu a respeito:

            http://www.dailyo.in/politics/brazil-indian-poor-crime-tourism-western-world-culture-rio-de-janiero-sao-paulo-murder-violence/story/1/6655.html

          2. Sem crime original, você não escapa do lema circular

            Se a causa do crime não são as desigualdades sociais mas a impunidade e a impunidade pressupõe a prática de crime, então você só escapa desse lema circular se decretar que a pessoas já nas com o crime original, tal qual para cada religião cada indivíduo já nasce com o pecado original. A pessoa é criminosa e, portanto, culpada só por estar viva.

            Para acabar com a crimindalidade, ao nascer a pessoa já deve ser punida. Que tal, Pedro?

          3. As pessoas são naturalmente más

            Ao contrário da fantasia rousseaunica, o ser humano não é naturalmente bom. Ele nasce mau: alguém já viu um bebê ceder voluntariamente sua mamadeira a outro? São as mediações necessárias para a vida em sociedade que tornam o ser humano bom, do contrário vale a lei do mais forte, tal como no reino animal. Portanto, havendo impunidade, as pessoas nascem más e permanecem más a vida inteira.

          4. O Maniqueísmo não é do bem, é do mal

            Você já viu um juiz ceder voluntariamente um carro seu a um mendigo?

            Um juiz não deveria desconhecer as mediações necessárias à vida em sociedade pois ele próprio é um mediador de conflitos. Porque ele não deixou de ser mau e se tornou bom?

            Então um político rouba porque viu outro político roubar e não ser punido?

            Será que o Cristóvão Buarque e o Eduardo Suplicy não sabem que políticos roubam e ficam impunes? Se sabem, porque eles não roubam?

            Muitas pessoas acham dinheiro, devolvem-no ao dono e não são premiados por isso. Se o político entra para o mundo do crime porque não há punição, da mesma forma ele deveria entrar para o mundo da honestidade, pois ele não é premiado, já que ninguém deve ser premiado por ser honesto.

            As suas teorias só valem para a falta de castigo, mas não para a falta de prêmio. Porque?

            Nada a ver, Mundim. O crime é produto das desigualdades sociais. O pobre rouba para se igualar ao rico; este rouba para subir cada vez mais, aumentando as desigualdades sociais.

            “Uma casa pode ser grande ou pequena, e enquanto as casas que a rodeiam são igualmente pequenas ela satisfaz todas as exigências sociais de uma habitação. Erga-se, porém, um palácio ao lado da casa pequena, e eis a casa pequena reduzida a uma choupana. A casa pequena prova agora que o seu dono não tem, ou tem apenas as mais modestas exigências a pôr; e por mais alto que suba no curso da civilização, se o palácio vizinho subir na mesma ou em maior medida, o habitante da casa relativamente pequena sentir-se-á cada vez mais desconfortado, mais insatisfeito, mais oprimido, entre as suas quatro paredes.

            Um aumento perceptível do salário pressupõe um rápido crescimento do capital produtivo. O rápido crescimento do capital produtivo provoca o crescimento igualmente rápido da riqueza, do luxo, das necessidades sociais e dos prazeres sociais. Embora, portanto, os prazeres do operário tenham subido, a satisfação social que concedem baixou em comparação com os prazeres multiplicados do capitalista que são inacessíveis ao operário, em comparação com o nível de desenvolvimento da sociedade em geral. As nossas necessidades e prazeres derivam da sociedade; medimo-los, assim, pela sociedade; não os medimos pelos objectos da sua satisfação. Porque são de natureza social, são de natureza relativa.” – Karl Marx

            Se lhe conheço bem, sei qual será sua resposta. Vai puxar para o campo da inveja.

          5. Porque as pessoas roubam

            Caro Sr. Ribeiro.

            O crime, o roubo entre os mais pobres é uma valvula de escape errada para a fome e a miséria, pois a fome tortura e enlouquece as pessoas. Mas ao invés de roubar, deveriam de ter outras válvulas de escape.

            Por exemplo, aqui no Brasil mesmo. Já cheguei a passar fome, na era FHC, quando eu sustentava meus pais desempregados com um salário mínimo que era mínimo mesmo. Na época eu era 30 kg mais magro do que hoje. Só que passamos a coletar plantas da mata para nos alimentarmos, a maioria delas amargas e horríveis de gosto, porém altamente nutritivas. É uma válvula de escape muito mais válida do que roubar.

            O controle de natalidade é outra válvula de escape contra a fome e a miséria, pois uma família onde nascem muitas pessoa, e o desemprego é alto, cada criança a mais que nasce será um desempregado faminto para alimentar.

            Outra válvula de escape, usada pelos países árabes, é o jejum. Lá eles tem um Ramadã que é um mês de jejum ( enquanto o sol estiver no horizonte, jejuam). Isto serve para treinar o corpo a suportar melhor a fome, e assim, o sofrimento diante da miséria é muito menor. Quanto mais uma pessoa jejua, mais ela suporta a ausência de comida, embora isto tenha um limite, este limite fica estendido ao máximo da capacidade humana. Na Índia fazem muito isto, Mahatma Gandhi jejuava sempre que tinha algum Governo tirânico infernizando o povo.

            Uma das alternativas para não enlouquecer seria meditar. Monges budistas, quando afligidos pela miséria extrema iam meditar nas montanhas ou nas florestas.

            Enfim, há alternativas, a maioria exige espírito de renúncia extremo e heroísmo. Mas isto quase não é ensinado nas escolas, nem na midia, nem em lugar algum, isto se aprende sozinho na maioria das vezes.

          6. Questão religiosa.

            Isto é uma Questão religiosa, de que o homem seria naturalmente bom ou naturalmente mau. Segundo muitos, Deus não poderia ter criado uma criatura má, então o ser humano sópode ser naturalmente bom, e depois se corrompe. para aqueles que crêem em Deus, logicamente. Religião, cada um tem a sua, respeito a dos outros.

            ———–

            Aqui posto a explicação indígena para a criminalidade:

            Os índios tem uma lenda para explicar cada fenômeno da Criação. Também a criminalidade é explicada por eles com uma Lenda:

             

            Compartilho uma visão interessante, de várias tribos indígenas:

            Os índios acreditavam que as pessoas reencarnam, várias vezes. Na primeira reencarnação, todos eram bons, mas aos poucos a maioria foi contaminada pelo mal. Há quem diga que 70% da humanidade é composta por espíritos altamente trevosos que reencarnaram do inferno, e isto expicaria o porque de tanto sofrimento sobre a Terra. Uns 25% seriam mais ou menos e 5% ou menos seriam Espíritos de Luz.

            Na visão dos índios, a mãe até o quarto mês de gestação, pode escolher o tipo de alma que reencarnará no feto que ela carrega no ventre. Pelo nível dos pensamentos da gestante ela escolhe, na atração da igual espécie. Uma gestante que tenha pensamentos baixos, como ódio, ou sensualidade, ou inveja, ou ciúmes por exemplo, atrai um espírito trevoso que encarnará  nela, e ao crescer, será um bandido, ou uma pessoa muito ruim.

            Ao contrário, se uma gestante tiver só pensamentos Nobres puros, integros e altruístas, durante a gestação, atrairá um Espírito de Luz que encarnará no feto que está na barriga dela, e ao crescer este ser humano será uma pessoa boa, e que terá só atitudes honradas

            Por isto, os índios tem o costume de quando a mulher está grávida, ela ficar de “resguardo”, período em que ela fica separada da aldeia, numa cabana fazendo seus afazeres domésticos, mas concentrada em suas orações e bons pensamentos, para que a Aura de Luz dela atraia um Espírito bom para reencarnar no bebê dela. Qualquer pensamento ruim, pode ser uma brecha para um espírito trevoso conseguir reencarnar no feto em formação. Por isto a gestante fica vigilante com seus pensamentos.

            Mas isto é uma Lenda indígena.

            Coincidência ou não, entre os índios, pelos menos os que tem o costume de resguardo, não há criminalidade. Dizia Orlando Villas Boas, que nunca viu um marido bater na esposa ou uma mãe bater num filho. Eles vivem em harmonia perfeita dentro de sua aldeia. Entre os índios não há roubo nem assassinato, nem criminalidade, pelo menos entre os da mesma aldeia.

            Coincidência ou não, os povos árabes tem uma das menores criminalidades do planeta, e também um dos costumes mais recatados do planeta. Os árabes na questaão de sexualidade vivem como se estivessem na idade média. Na Arábia, até entre marido e mulher existe muito recato e pudor, até mesmo entre quatro paredes.

            Coincidência ou não, a criminalidade na sociedade brasileira explodiu, após os anos 70, 80, e 90,  após a  “liberação sexual” da década de 70, onde  todos os valores familiares, recato, foram banidos, e substituidos pela sexualidade desregrada.  E por uma “coincidência” a criminalidade que era quase inexistente até esta época, passou a invadir o país como uma epidemia.

             

             

            Podem ser só “coincidências”, mas há quem diga que não existem coincidências. É muita coincidência junta.

            Este é uma Lenda indígena que explica uns povos terem criminalidade elevada e outros não terem.

            Os povos antigos relacionavam a moralidade à qualidade dos seres humanos e tinham várias Lendas para explicar e justificar esta Moralidade.

             

          7. Decida-se, Pedro, entre a impunidade e a brandura das penas

            Se 70% dos criminosos apenados não se reabilitam, voltando a reincidir, e voltam a reincidir porque as penas são brandas, a causa da criminalidade não é a impunidade mas a brandura das penas.

            Então, qual é a causa da criminalidade, na sua ótica, Pedro: ganhos fáceis, impunidade ou brandura das penas?

          8. O fiel da balança é a impunidade

            Ganhos fáceis, impunidade ou brandura das penas?

            Na verdade não há uma escolha a ser feita, pois os três fatores citados são interdependentes. Brandura das penas é sinônimo de impunidade, e esse é o fiel da balança que torna os ganhos fáceis. Se o castigo for severo, os ganhos tornam-se difíceis e deixam de compensar o risco.

        2. Se o crime compensa pq vc não se profissionalizou, Pedro?

          Quer dizer que o indíviduo, mesmo sabendo que pode ir prá cadeia pratica crimes, mas tendo certeza que não vai mais sair da prisão, deixaria de práticá-los?

          O indivíduo comete crimes porque sabe que, se for preso, vai sair da cadeia, mas se tivesse certeza que não iria mais sair de lá, ele deixaria de praticá-los?

          De outra forma: O sujeito pratica crimes porque sabe que, caso seja punido, vai sair da cadeia, entretanto, se tivesse certeza que não iria mais sair da prisão ele deixa de cometer crimes, em vez de praticá-los com mais força ainda?

          Mesmo sabendo que se pode ir prá cadeia, o crime compensa, mas sabendo que não vai mais sair de lá, ele deixa de compensar?

          A prisão perpétua só funcionaria como desestímulante ao crime dentro da cadeia,  fora não?

          1. Exato

            Exato. O criminoso busca uma vida boa com os ganhos fáceis do crime. Se ele souber que vai ter uma vida miserável anos e anos em uma cela sem luxo nenhum, sem droga, sem mulher, sem festa, aí ele não vai cometer crimes.

            Não me profissionalizeui porque não sou criminoso. Mas se quisesse, seria tão fácil para mim quanto paera qualquer outro.

          2. Pedro, te desenrola

            Quer dizer que se o indíviduo tiver certeza de que vai ter uma vida miserável anos e anos em uma cela sem luxo nenhum, sem droga, sem mulher, sem festa, aí ele não vai cometer crimes.?

            O Bandido da Luz Vermelha teve uma vida miserável durante muitos anos na prisão, sem luxo, sem mulher e sem festa. Ele reincidiu.

            Pobre pratica crimes para fugir da miséria. Sem luxo, sem drogas, sem mulher e sem festa, ele não vai se acomodar a isso, mesmo que corra o risco de sofrer os mesmos males na prisão.

          3. Ao que eu me lembre…

            Ao que eu me lembre, o Bandido da Luz Vermelha não reincidiu. Ele já estava tão perturbado mentalmente quando saiu da cadeia, que se metia em brigas por qualquer motivo e acabou sendo morto. Prova que ele não estava preparado para sair da cadeia, deveria ter sido condenado à prisão perpétua.

            Se apenas a fuga da miséria induz ao crime, então por que há tanto político corrupto? Em geral eles já são ricos quando entram na política. Essa respondo eu mesmo: o político rouba pelo mesmo motivo porque o garoto da favela vira traficante: porque ele já viu alguém antes dele fazer aquilo sem ser punido.

        3. Crise de Valores

          A Índia tem criminalidade menor, porque os Valores lá são diferentes.

          Os Heróis da Índia são o Mahatma Gandhi, lider pacifista, que tudo resolve com sabedoria, paciência, altruísmo e espírito de renúncia. Enquanto que os “heróis” do Brasil são do estilo “capitão Nascimento”, que quando tem de resolver um problema, prende e arrebenta.

          Da mesma forma, na Arábia saudita, a criminalidade é baixíssima, porque bandido lá é um se rabjeto, desprezível, pior do que um pária. Para reforçar esta visão, os árabes cortam a mão do ladrão, para ele ser excluído pelo resto da vida, irrevogavelmente. Qual o resultado? As pessoas podem andar pelas ruas lá com colares de ouro, que ninguém rouba, pois é um valor enraizado na sociedade, na mente das pessoas. 

          Já a guerra, é bem vista no oriente Médio, porque ficou a idéia de que aquele que morre por sua religião e país, vai para o Paraíso. Por isto tantas guerras no oriente médio, pois é algo honrado estar guerreando e arriscando a vida em uma guerra por uma causa “santa”.

          Na Europa, transgredir a lei é extremamente mau visto, sejam as leis brandas ou rigorosas. é vergonhoso ser bandido lá, muitíssimo mais do que aqui.

          A questão são os valores, e as crenças.

          1. Os valores são diferentes porque a criminalidade é menor?

            Na Índia e Arábia Saudita a criminalidade é menor porque os valores são diferentes ou os valores são diferentes porque a criminalidade é menor?

          2. Velha tática

            Velha tática de lançar um lema circular para fazer a discussão dar voltas sem fim e não chegar a lugar nenhum. Muito prático quando se está encurralado e não tem saída.

          3. Valores

            Caro Sr. Ribeiro.

            Sim, a  vergonha perante a sociedade, é o que coibe a criminalidade. Antigamente, aqui no Brasil, a criminalidade era baixa, até a década de 70.

            No começo do século XX, a polícia costumava prender o criminoso, e ao levá-lo para a delegacia, era numa jaula que ficava atrás do carro de polícia, exposto, o preso tinha de ir de pé na jaula, desfilava por toda a cidade, expondo-o como um animal de circo.

            Ao chegar a delegacia, o preso nem precisava ficar muito tempo preso, pois só o vexame de ter “desfilado” em uma jaula pela cidade já era castigo sufuciente, a própria sociedade se encarregava de excluir o preso da convivência.

            As cidades eram pequenas, e um bandido que tivesse sido preso logo mais ficava “falado” na cidade, isto é ficava segregado, todos lhe negavam emprego, pouso, oportunidades, de maneira que ninguém queria transgredir a lei de maneira alguma.

            ———

            Há alguns séculos era comum, ao invés de as autoridades prenderem  um bandido por anos, apenas tatuar em seu pulso o crime que este cometera. Ao dar a mão para qualquer um, esta tatuagem apareceria, e todos saberiam que este foi um bandido.

            Outra punição era emitir uma documentação com “tarja amarela” na qual especificava o crime, para o bandido e soltá-lo. Ao qualquer um pedir os documentos do bandido, saberia imediatamente quem ele era. Isto dificultava conseguir bons empregos, pouso e tudo o mais. E tinha a vantagem de não precisar deixar o bandido preso, gastando o dinheiro público. a própria sociedade se encarregaria de segregar o bandido.

            Pra que por exemplo prender um estelionatário? Basta lhe dar um RG com tarja a amarela escrito:

            ” Estelionatário ” , e soltá-lo. Qualquer um que for negociar com ele ao pedir documentação, saberá quem ele é e se precaverá. É a teoria de que toda a sociedade deve conhecer o passado de cada um.

            Na Inglaterra os crimes ficam registrados na ficha da pessoa pelo resto da vida. Se uma pessoa cometeu um crime quando era criança, e 30 anos depois tentar entrar para a polícia, eles puxam a ficha da pessoa e com certeza irão barrá-la, pelo crime cometido quando ainda era criança. Um ótimo sistema.

            Estas punições alternativas, esvaziam as cadeias, e funcionam com muito mais eficiência.

            ———

            Na Arábia Saudita a maioria dos casos, evita-se prender o bandido, e preferem dar punições alternativas. Por exemplo, menores apanhados vandalizando e pixando muros, foram condenados a levar 6 chibatadas de bambu, e depois soltos. Uma punição dolorosíssima, dizem. Dizem que os menores nunca mais voltam a delinquir.

            Para os adultos, também existem pena de chibatadas, mas em muito maior número. Isto para crimes leves. E aplicadas em praça pública, para toda a sociedade ver.

            Ninguém em sua sã consciência ousaria praticar crimes de roubo ou violentar uma mulher num país destes. Por isto a criminalidade deste tipo é praticamente inexistente nos países onde impera a Sharia, a Lei Islâmica.

            Muitas mulheres lá, não depositam o seu dinheiro em bancos, mas costumam comprar colares de ouro e usar no dia a dia, nas ruas, pois sabem que ninguém seria louco de roubar, de tamanha a severidade das leis. Fora a vergonha extrema que a pessoa passaria se fosse pega roubando, pois lá um ex criminoso é tratado quase que como um leproso.

            Os crimes pesados, como tráfico de drogas, tem pena de morte na Arábia. Basta meio grama de drogas na Arábia para ser condenado por tráfico. A tolerância zero e severidade extrema, são características da Arábia Saudita, e mesmo assim eles evitam usar a pena de encarceramento.

             

            ——–

            Em todos estes casos, na Arábia existe uma crença no povo, que lhes foi inculcada por séculos, de que transgredir a lei é algo pecaminoso, vergonhoso e indigno, e esta crença os impede de cometer crimes.

            Mas no Brasil, um país onde a Fé em Deus é na maioria das vezes da boca pra fora, e as pessoas pouco se importam ao julgamento da sociedade, que medo há de praticar crimes?

            Esta é a raiz do problema.

          4. A Dinamarca ganha da Arábia Saudita

            Sr. Zé Guimarães,

            A vida e a cultura da Dinamarca sem muito diferentes da vida e da cultura da Arabiia Saudita. Enquanto neste país 1.0 pessoa é vpitima de homicídio doloso por grupo de cada 100 mil habitantes, na Dinamarca,o número de pessoas vítimas de homicídio doloso por grupo de cada 100 mil habitantes é 0,9. Essa comparação demonstra que a baixa criminalidade na Arábia Saudita não é efeito do que você acha que é, pois a Dinamarca tem outro sistema de tratar os criminosos e a criminalidade lá é menor do que na Arábia Saudita

          5. Sim, mas

            Concordo, Sr Ribeiro, mas ganha por pouco. São diferentes métodos de se tratar a criminalidade, ambos eficientes, a Arábia usa de conservadorismo extremo, e os países nórdicos usam de progressismo extremo.

            E o Brasil ficou no meio do caminho entre o progressismo e o conservadorismo, não pulou nem para um lado do muro, nem para o outro, e no fim acabou criando um dos sistemas penais mais ineficientes do mundo.

            Este é o ditado melhor ser frio ou quente, do que morno…

          6. Os índios explicam

            Aqui posto a explicação indígena para a criminalidade:

            Os índios tem uma lenda para explicar cada fenômeno da Criação. Também a criminalidade é explicada por eles com uma Lenda:

             

            Compartilho uma visão interessante, de várias tribos indígenas:

            Os índios acreditavam que as pessoas reencarnam, várias vezes. Na primeira reencarnação, todos eram bons, mas aos poucos a maioria foi contaminada pelo mal. Há quem diga que 70% da humanidade é composta por espíritos altamente trevosos que reencarnaram do inferno, e isto expicaria o porque de tanto sofrimento sobre a Terra. Uns 25% seriam mais ou menos e 5% ou menos seriam Espíritos de Luz.

            Na visão dos índios, a mãe até o quarto mês de gestação, pode escolher o tipo de alma que reencarnará no feto que ela carrega no ventre. Pelo nível dos pensamentos da gestante ela escolhe, na atração da igual espécie. Uma gestante que tenha pensamentos baixos, como ódio, ou sensualidade, ou inveja, ou ciúmes por exemplo, atrai um espírito trevoso que encarnará  nela, e ao crescer, será um bandido, ou uma pessoa muito ruim.

            Ao contrário, se uma gestante tiver só pensamentos Nobres puros, integros e altruístas, durante a gestação, atrairá um Espírito de Luz que encarnará no feto que está na barriga dela, e ao crescer este ser humano será uma pessoa boa, e que terá só atitudes honradas

            Por isto, os índios tem o costume de quando a mulher está grávida, ela ficar de “resguardo”, período em que ela fica separada da aldeia, numa cabana fazendo seus afazeres domésticos, mas concentrada em suas orações e bons pensamentos, para que a Aura de Luz dela atraia um Espírito bom para reencarnar no bebê dela. Qualquer pensamento ruim, pode ser uma brecha para um espírito trevoso conseguir reencarnar no feto em formação. Por isto a gestante fica vigilante com seus pensamentos.

            Mas isto é uma Lenda indígena.

            Coincidência ou não, entre os índios, pelos menos os que tem o costume de resguardo, não há criminalidade. Dizia Orlando Villas Boas, que nunca viu um marido bater na esposa ou uma mãe bater num filho. Eles vivem em harmonia perfeita dentro de sua aldeia. Entre os índios não há roubo nem assassinato, nem criminalidade, pelo menos entre os da mesma aldeia.

            Coincidência ou não, os povos árabes tem uma das menores criminalidades do planeta, e também um dos costumes mais recatados do planeta. Os árabes na questaão de sexualidade vivem como se estivessem na idade média. Na Arábia, até entre marido e mulher existe muito recato e pudor, até mesmo entre quatro paredes.

            Coincidência ou não, a criminalidade na sociedade brasileira explodiu, após os anos 70, 80, e 90,  após a  “liberação sexual” da década de 70, onde  todos os valores familiares, recato, foram banidos, e substituidos pela sexualidade desregrada.  E por uma “coincidência” a criminalidade que era quase inexistente até esta época, passou a invadir o país como uma epidemia.

             

             

            Podem ser só “coincidências”, mas há quem diga que não existem coincidências. É muita coincidência junta.

            Este é uma Lenda indígena que explica uns povos terem criminalidade elevada e outros não terem.

            Os povos antigos relacionavam a moralidade à qualidade dos seres humanos e tinham várias Lendas para explicar e justificar esta Moralidade.

          7. Como são as regras do seu sexo?

            Despir-se no escuro?

            Pelamor, Cara, pára com isso.

            “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.

            E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?

            Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.

            Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.

            Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” João, Evangelista

          8. Calma, é apenas uma Lenda

            Calma, é só uma Lenda. Respeito as  sua crenças, caro Sr. Ribeiro.

            Esta Lenda que contei, é só para ilustrar como a moralidade de algumas tribos de  indios, as vezes é muito semelhante a das igrejas cristãs, pois ambos pregam um certo regramento. A igreja católica também, na idade média, pregava recato total, até entre os casais, até entre quatro paredes; os países islâmicos até hoje vivem com costumes de recato como se estivessem na idade média ainda. Segundo me consta, realmente os casais islâmicos fazem sexo no escuro, sem se despirem, a mulher não tira nem o véu. São costumes deles, respeito também.

            Religião, crenças e Lendas não se discute, alguns acreditam, e outros não. Cada povo tem o direito de ter suas Lendas.

            Não quero entrar no mérito de religião, pois sairia fora do contexto deste post, mas digo de passagem que existem muitos evangelhos de apóstolos que foram banidos pela igreja, chamados de “Evangelhos Apócrifos”. Evangelho Apócrifo de Tomé, de Pedro, e muitos outros, que a igreja escondeu.  Todos eles disponíveis na internet, muitos dos quais mostram um Jesus com opiniões que vão além  dos atuais dogmas das igrejas. Mas isto, como eu disse não é o assunto deste post, e não faria sentido discutir religião, pois vivemos num país laico, a crença religiosa é livre, cada um acredita no que bem entender.

            A parte que pode ser aplicada aqui destas lendas é: Disciplina e regramento. Os povos com Disciplina severa, disciplinam todos os setores de sua vida, desde o berço ( e na lenda que contei, até antes do berço, para quem acredita), naturalmente que uma criança criada nesta atmosfera de Disciplina máxima, tende a crescer um adulto respeitador de regras sociais, e a criminalidade será baixa.

            Toda religião que torna o ser humano melhor, é válida.

             

          9. Post hoc, propter hoc?

            Post hoc, propter hoc é uma falácia que consiste criar uma relação de causalidade entre fatos apenas porque um ocrre depois do outro. Quando o galo canta, o sol nasce. O falacioso dirá que a causa do nascimento do sol é o cantar do galo. Isso não é verdade. A criminalidade aumentou na década de 70 porque a população brasileira, que era preponderantemente rural, se urbanizou. A urbanização aumentou as desigualdades sociais, já que a terra, que já era muito concentrada no Brasil, ficou mais conccentrada ainda com o êxodo rural, com o consequente inchaço das cidades e a favelização.

          10. Causalidade é ciência

            Caro Sr. Ribeiro

            A causa e efeito são ciência. Na Ciência, quando um fato se repete com muita frequência, os cientistas e bons observadores  estabelecem uma lei.

            Há 500 anos atrás, as pessoas ririam se cientistas dissessem que as epidemias são causadas por bactérias. Hoje sabemos desta causa e efeito. Dentro de séculos, o povo vai olhar para trás para nossos tempos e observar muitas de nossas ignorâncias sobre outras causas e efeitos que a ciencia ainda não descobriu.

            Com certeza o sol não nasce por que o galo canta, mas o galo canta sim, apenas por que o sol está principiando a nascer. Como vê para cada fenômeno repetitivo há sempre uma causalidade, uma lei, talvez invertida, mas há.

            ———–

            A urbanização não significa obrigatoriamente aumento de violência. Se fosse assim, todos os países que se urbanizaram teriam criminalidade elevada, e violência elevada. Países europeus, Japão, Canadá e Austrália tem alto nível de urbanização, e tem criminalidade baixíssima.

            Por outro lado, os países africanos, com população predominantemente rural, tem violência altíssima. Não apenas as guerras, mas crimes comuns, assaltos, estupros, roubos e assassinatos são uma epidemia em quase toda a África.

            Urbanização e violência não tem obrigatoriamente uma co-relação.

            ———–

            Agora, se o argumento é de que a desigualdade cria a criminalidade, então como explica a Índia e países Árabes terem uma desigualdade imensa, e criminalidade baixíssima?

            Eu explicaria pela teoria da Disciplina. Índia e Arábia Saudita  são povos altamente disciplinados, a disciplina quando acontece pra valer num povo, se nota em todos os setores da sociedade, ela passa a ser o alicerce do povo. A disciplina passa a ser notada na baixa criminalidade, na moralidade, nos costumes sexuais, no recato, na política e em tudo o mais, simples assim.

            O Brasil virou um país que desconhece o que significa a disciplina, infelizmente.

            – – –

            ——–

            Por outro lado, em todas as épocas onde o povo perdeu a moralidade, e a disciplina, se seguiu a violência e a decadência de Impérios, como que por uma inegável “coincidência”.

            Aqui alguns exemplos:

            Na Roma Antiga, famosa por suas orgias, praticadas pelo povo em geral, do mais humilde até os Imperadores. Em Roma a violência chegou a níveis alarmantes. Nas estradas haviam salteadores, podemos citar o exemplo de Barrabás, famoso bandido. Mas a violência praticada pelo estado, que não só invadia e saqueava países em busca de riquezas e escravos. Além é claro da terrível queda de conduta de Imperadores, como Nero, capaz das maiores abominações e absurdidades, como nunca se viu naquela época, chegando ao ponto de matar a própria mãe. A violência era parte do dia a dia dos romanos e viver nos territórios romanos era algo perigoso.

            Na Antiga Babilônia. Famosa, por suas orgias e por sua decadência moral extremada. Babilônia significa: “a grande prostituta.”. A violência na Babilônia era algo extremo. Não só o perigo de salteadores, e de criminosos mas também do próprio governo, que invadia e assaltava países vizinhos em busca de riquezas e escravos. As abominações da Babilônia ficaram famosas e descritas na Bíblia.

            Império Asteca. Este foi um dos Imperios pre colombianos indígenas mais decadentes de todos os tempos, no quesito moralidade. As orgias, os sacrifícios humanos que se seguiam as torturas, o uso indiscriminado e generalizado de drogas, tornaram a vida no Império Asteca um inferno. Não só a violência era extrema no Império asteca, mas por fim os próprios Imperadores com seus exércitos invadiam e saqueavam países vizinhos em busca de riquezas e escravos, muitos dos quais para sacrifícios humanos. Parecia um retrato do inferno.

             

            O Sr. pode até não acreditar em nada além da matéria, mas há de concordar com uma inequívoca “coincidência” entre a decadência moral e a violência. Praticamente sempre, em todas as épocas  onde os padrões morais decaíram, se seguiu ondas de violência e de criminalidade e a destruição de Impérios e de países. 

             

            ———

            Para finalizar, deixo aqui um texto com a famosa frase de Lênin:

            “Esta digressão é necessária para se entender o alcance social da virtude do pudor. Ao contrário do que afirmam alguns, não é mera questão de convencionalismos transitórios. Na verdade, esta é uma das virtudes que possui em grau mais alto a discreta eficácia de um alicerce.
            O menosprezo pelo pudor produziu, ao longo dos tempos, falhas que acabaram implodindo civilizações inteiras.

            “Quando quisermos destruir uma nação, deveremos destruir a sua moral. Assim, ela cairá em nossas mãos como um fruto apodrecido”. A receita de Lenin, carregada de cínico realismo, sintetiza a tática adotada por todos os sistemas de dominação humana. Uma sociedade narcotizada pelo erotismo é presa fácil dos interesses ideológicos, políticos e econômicos.

            A experiência cotidiana, contudo, confirma os estudos realizados no mundo inteiro acerca das consequências negativas do erotismo.

            Na verdade, o pudor justifica-se porque a sexualidade é uma das dimensões profundas da personalidade, algo de que toda a pessoa sadia sabe que não pode tratar com a mesma ligeireza com que se fala do tempo. A degeneração dos costumes tem sido o preâmbulo de uma generalizada degeneração social. Fala-se muito da corrupção que flagela o setor público, e lança-se mão da denúncia mais enérgica e mais pertinaz. Mas já não é mais possível ocultar a verdadeira raiz do câncer que, lentamente, vai tomando conta do organismo social: a crise moral.”

            ( extraído de um site cujo nome não me lembro)

          11. Você tá confundindo ‘inchaço’ com urbanização

            O que ocorreu no Brasil foi uma urbanização caracterizada pela falta de planejamento, ou seja, aconteceu um ‘inchaço’. Não foi a urbanização em si, mas a falta de planejamento dessa urbanização, ou melhor, dessa favelização que desencadeou a violência generalizada.

            Lenin estava se referindo ao moral das tropas da Nação inimiga enquanto disposição de ânimo, não enquanto conjunto de valores e princípios éticos. Pelo jeito, o senhor não sabe da diferença entre moral enquanto conjuto de valores e princípios éticos e enquanto disposição de ânimo. Já imaginou um General em guerra contra um país inimigo tendo seus soldados indisposição de ânimo? Sua nação será destruída.

          12. Disciplina

            Caro Sr. Ribeiro

            O “inchaço” ao que o sr. se refere também ocorre na Índia e países Árabes. Até muito mais do que no Brasil, pois a Índia tem mais de 1 bilhão de habitantes. E mesmo assim, mantém uma certa criminalidade baixa, assim como os países árabes. As “favelizações” que o Sr se refere, existem também na Índia e países Árabes. Como porém são povos que possuem uma certa Disciplina e conduta fortemente pautada por regras a criminalidade é baixa.

            Com relação a Lênin, mesmo se a gente tentar interpretar do seu modo, como uma moral das tropas, a  moral também será interpretada como Disciplina, e Patriotismo, ou seja, valores Nobres, Nobreza  de Caráter, Espírito de renúncia, Disposição ao Sacrifício, Heroísmo, etc. Ou seja, quase que uma forma Nobre e Elevada de se pensar, o oposto do desregramento.

            Maquiavel também dizia que o Patriotismo mantém a coesão, seja de tropas ou de cidadãos, ou de uma Nação enquanto que as tropas mercenárias, que não tinham nenhum objetivo Nobre e elevado a movê-las, nenhum Patriotismo, por fim acabavam por por a perder um país.

            No fim, resulta que o país ou as tropas que tiverem a melhor Disciplina, vencem, e mantém a paz dentro de suas fronteiras. Foi o que eu disse no comentário, um povo ( ou uma tropa) altamente Disciplinado, terá disciplina em todos os setores de sua vida. Na baixa criminalidade, nos bons costumes de recato, disciplina na vida sexual, disciplina  no respeito às instituições e autoridades, disciplina no controle e regramento dos vícios, disciplina nos seus pensamentos e atitudes do dia a dia, tudo isto pode ser considerado moral Elevado de que Lênin nos fala. Geralmente um destes costumes de Disciplina costuma vir acompanhado dos outros.

          13. O diferencial entre o Brasil e os países citados no comentário

            As Populações da Índia e dos Países Árabes também são vítimas das favelizações. Mas, no caso da Índia, já foi demonstrado que suas desigualdades sociais são bem mais reduzidas do que as do Brasil. No que concerne aos países Árabes, o diferencial é que lá a violência não está sufocada, ela apenas é exercida pelo poder público, que manda apedrejar ou permite o apederejamento de gays, lésbicas, transexuais, de adúlteras, que corta a mão de ladrões ou permite que se o faça; que proíbe as mulheres de dirigir e de estudar. A violência está presente nos países Árabes com seus apedrejamentos, chicotadas públicas, burcas, etc. A questão é que as pessoas não consideram a violência estatal como violência. Aí eles deitam e rolam, sendo, por isso, preferível chamar o ladrão, como diria o Chico Buarque. A violência nos Países Árabes é institucionalizada, tal qual no Brasil, nos anso de chumbo.

            Quanto à destruição das Nações através da destruição de sua moral, o Senhor sabe que as forças armadas de todas as nações/países são disciplinadas e, excetuando-se exércitos mercenários, são também patriotas. Agora derrote humilhantemente um exército numa batalha e você verá o seu moral despencar. Tal derrota humilhante nos os torna menos patriotas nem menos disciplinados, só retira a sua disposição de ânimo.

            Se um país não quer arriscar baixar o moral de suas tropas, pois que não comece uma guerra, pois quem está em guerra corre o risco de ter o moral da tropas destruído.

          14. Argumento controverso

            Caro Sr. Ribeiro.

            Há controversias no seu argumento. A Índia é menos desigual que o Brasil? Mas a Índia tem 180 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria. Num país de 1 bilhão e 250 milhões de habitantes. O Brasil tem 200milhões de habitantes e 16 milhões abaixo da linha da miséria. Na Índia é comum ver pessoas morrendo de fome mesmo , ao passo que no Brasil os pobres passam fome, mas morrer de fome é mais raro. Se não me engano, li notícias de morte por desnutrição de 5 milhões de crianças na Índia em poucos dias, e no Brasil é uma notícia rara, mesmo guardando a porcentagem populacional. Isto sem contar os pobres da India, que são número bem maior do que os 180 milhões de miseráveis.

            Este argumento portanto é controverso. 

            Certamente que deve haver um ou outro indicador social que a Índia está melhor que o Brasil, principalmente porque o Brasil está com a economia em queda livre e o desemprego fora de controle.

            ———-

            Na Arábia Saudita mulheres não podem estudar?  De onde o Sr. tirou esta notícia? Deve estar confundindo com outros países mulçumanos, pois na Arábia as mulheres só podem ser atendidas por médicas mulheres, dentistas mulheres, vendedoras mulheres, ou seja, eles formam muitas mulheres em medicina, odontologia, para darem um atendimento exclusivo ao público feminino. Imagine uma mulher indo ao genicologista na Arábia, só uma medica mulher poderia examiná-la.

            Na Arábia não usam burca, e sim o nicab, outro tipo de véu.

            Existe muito preconceito e estereótipos contra os costumes da Arábia Saudita, principalmente por parte da esquerda no Brasil. As pessoas pensam que é o pior dos mundos apenas por que tem uma disciplina severa e conservadora, quando na verdade nem é tão ruim assim.

            Deixo aqui um vídeo para o Sr. sobre uma brasileira que foi trabalhar na Arábia como professora de inglês e fala muito bem do país, desmistificando os preconceitos:

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=tQc_CMlye9A align:center]

            Se assistir os videos desta brasileira no you tube, verá que não há violência do estado na Arábia Saudita contra o cidadão. O cidadão que vive dentro das leis lá é muito bem tratado e tem muito mais segurança jurídica do que aqui no Brasil. Apenas as leis são severas contra quem transgride as leis lá.

            A professora de inglês brasileira dá aulas para médicas árabes, vendedoras, dentistas, atendentes, e moças com toda sorte de profissões possíveis da sociedade árabe.

            Se assistir os videos desta professora no you tube, verá que a vida na Arábia é de alto nível econômico, comparando-se ao Brasil. Verá também que as mulheres lá tem uma vida quase normal, vão aos shoppings, saem, trabalham, viajam, apenas com mais roupa do que aqui. Acima de tudo existe uma segurança e tranquilidade muito grande para ee viver lá, diferentemente daqui. Nos muitos anos que esta professora viveu na Arábia, nunca foi desrespeitada por ninguém. Lá não se ouve falar quase de assaltos ou de violência. Também nunca se ouve falar de golpes de estado na Arábia, pois o Governo controla tudo, desde o ministério público, a polícia, a midia, a internet, a TV, ninguém poderia derrubar um governo assim, de dentro para fora, como aqui. Muitas empresas investem lá devido a esta segurança Diferentemente daqui. Isto proporciona coesão social.

            Uma disciplina assim, iria muito bem no Brasil.

            A Disciplina é o segredo das sociedades prósperas. Mesmo nos países europeus, os mais democráticos do mundo, há uma forte disciplina. Diferentemente do Brasil.

            O conservadorismo dos árabes funciona bem há milênios, enquanto que aqui, a cada 20 anos temos um golpe de estado. É a cultura deles. Não existe cultura superior ou inferior, mas culturas diferentes. Toda cultura tem seu valor e algo para ensinar a quem tenha humildade para aprender.

            ———–

            As mulheres que sofrem algum desrespeito nos países Islâmicos é pelo próprio marido, por que pela sociedade são extremamente respeitadas. O marido lá tem muito poder sobre a mulher, o patrão lá tem muito poder sobre o empregado, e o governo muito poder sobre os cidadãos. Isto é a essência do conservadorismo. Mas só quem tiver um mau marido, um mau patrão e um mau governo sofrerá na Arábia. Isto em menor grau também é assim aqui no Brasil e em qualquer lugar do mundo.

            ———

            Agora o que é do post:

            As leis funcionam na Arábia ou na Noruega não por serem brandas, nem por serem severas, nem por serem conservadoras, ou progressistas, mas por serem eficientes.

            Quando na Arábia cortam a mão de um ladrão, ele nunca mais poderá pegar em uma arma para roubar, isto é punição eficiente.

            Quando na Noruega dão ao bandido a escolha de sair da prisão ao fim da pena se ele se esforçar para regenerar-se ou permanecer lá por mais 5 anos, e se não melhorar, mais 5 anos, à escolha dele, isto é eficiencia, pois todos irão querer sair o mais cedo possível, por isto funciona.

            No Brasil, ao contrário  há eficiência mínima no sistema penal, pois manter pessoas presas por décadas, além de caro, não as impede de sair de lá e praticar crimes de novo, além de torná-las mais violentas e a prisão ser uma universidade do crime. Não tem um propósito na pena do Brasil, do ponto de vista da eficiência, a não ser vingar-se do preso, o que não leva a nada.

            Não é a brandura ou a severidade da pena  que conta, mas a eficiência.

             

             

          15. Mão tenho preconceito contra Árabes

            Quer dizer que se uma mulher na Arábia Saudita estiver morrendo de parto e só encontrar médicos homens, ele irá morrer apenas porque seu marido não deixa o médico fazer o parto?

            Uma morte dessas não é uma violência contra a mulher?

            Vou demonstrar novamente que as desigualdades sociais na Índia são muit mais suaves do que no Brasil.

            Faça o seguinte: pesquise o PIB da Índia e divida esse PIB pela sua população. Memorize o quociente encontrado.

            Faça o mesmo em relação ao Brasil, igualmente memorizando o resultado encontrado.

            Se você dividisse toda a riqueza da Índia igualmente entre a sua população, ainda assim haveria pobres mas se você dividisse toda a riqueza do Brasil pela sua população não haveria pobres. Em sendo assim, onde a riqueza está mais concentrada, aqui no Brasil ou na Índia? É claro que é aqui.

          16. Atendimentos de urgência

            Caro Sr. Ribeiro

            Mulheres são preferencialmente atendidas por médicas mulheres na Arábia. Obviamente, que em caso de emergência, os hospitais não negariam socorro a uma mulher mesmo que fosse atendida por um homem.

            Pode parecer que estas leis são discriminatórias contra as mulheres, mas é exatamente o oposto, elas servem para proteger as mulheres. A região da Arábia antes de Maomé aparecer, era um lugar extremamente aguerrido. Mulheres eram raptadas se andassem nas ruas, então nunca mais eram vistas, pois um vez que uma mulher raptada fosse levada para um harém qualquer nos confins do país nunca mais seria descoberta, ou resgatada. Infelizmente esta é a natureza barbara daqueles povos do deserto.

            Então fizeram esta lei de as mulheres andarem com o véu, isto praticamente acabou com os raptos. A mulher pode ver todos, mas as pessoas em volta não podem ver a fisionomia dela, nem saber quem ela é, se é feia , ou bonita. Como todas vestem preto, uma mulher escaparia facilmente de um perseguidor na multidão, se misturando as outras mulheres que vestem do mesmo modo. Os Árabes são super protetores com suas mulheres e familias. Por isto as mulheres vivem suas vidas meio que separadas dos homens que não sejam de sua família. Mas isto não é algo ruim, pelo que contam, elas se sentem super protegidas com isto e aprovam.

            Ainda por cima existe um costume de as mulheres sempre andarem acompanhadas por um homem, por questões de segurança para protegê-las. É um costume, não uma lei. Cada uma segue se quiser.

            O Príncipe Maomé tentou tudo o que pode para melhorar a vida do povo e das mulheres. Antes dele os costumes eram mais conservadores ainda, Maomé pode ser considerado um líder progressista. Tentou acabar com os juros e os rentistas, e com sucesso.

            O apedrejamento já existia antes de Maomé aparecer, ele tentou acabar com muitos costumes barbaros, mas não conseguiu nem a metade do que queria. Por fim, houve uma sangrenta guerra civil na Arábia, em revolta contra Maomé. Este, fugiu para o deserto e deixou seu vizir ao encargo de sufocar a rebelião, o que ele fez com extremo sucesso. Dez anos durou esta guerra. Por trás dela estavam  os rentistas, todos mortos pelo vizir.

            Maomé tentou acabar com a poligamia, mas foi rechaçado. Por fim, conseguiu restringir a poligamia a 4 mulheres por homem no máximo. Já era um imenso avanço progressista.

            Antes de Maomé as prisões na Arábia eram terríveis calabouços no subsolo, onde a pessoa que entrasse, raramente saia com vida mesmo sendo a estadia de curta duração. Fácil entender num país que tinha prisões infestadas de aranhas, escorpiões e cobras das mais venenosas do planeta. A maioria tinha tanto medo de ser preso que se suicidava antes.

            Então Maomé acabou com tudo isto, humanizando as prisões, extinguindo os calabouços teríveis. A maioria das penas foi comutada em chibatadas, para evitar que a pessoa ficasse presa. Mesmo as pessoas que eram presas a partir daí eram presas em prisões com um minimo de qualidade de vida. Muitas outras penas e costumes   porém, Maomé não conseguiu mudar, pois eram costumes milenares.O apedrejamento que também era praticado pelos judeus foi um destes costumes que não pôde mudar contra a vontade de um povo.

            Maomé proibiu a prisão por endividamento. Na concepção dele, quem empresta dinheiro o faz por desejo de ajudar, então não pode exigir a prisão do endividado.

            Maomé era um lider muito tolerante. Permitia que todas as religiões fossem respeitadas, embora não pudessem ser praticadas em público, para não ressucitar uma nova guerra civil, uma vez que a guerra dos dez anos foi gerada por judeus rentistas que queriam impor sua religião sobre as outras. Os países islâmicos tanto são tolerantes, que na idade média, os judeus fugidos da inquisição na europa, iam para o mundo árabe, onde podiam praticar suas crenças em paz.

            Principe Maomé tentou acabar com a escravidão na Arábia, além de promover a igualdade entre as classes sociais ( pelo menos do ponto de vista social e religioso) e a igualdade entre as raças. Durante o governo dele, negros e pessoas de quaisquer outras raças foram promovidos a cargos superiores.

            Maomé construiu Universidades por todo o Império Árabe. Incentivou as ciências, as artes, e mandou contruir banhos públicos, para incentivar a higiene e o saneamento de muitas doenças presentes na época.  Maomé foi considerado um pai do povo, muito amado e estimado. Os nossos algarismos “arábicos” são uma contribuição devida a Maomé, pois ele mandou seus sábios aos confins do Império para trazer mais ciência. Os algarismos arábicos na verdade foram trazidos da Índia pelos árabes, por isto são chamados de arábicos. Durante o Governo de Maomé, as ciências, a matemática, a medicina, a astronomia, a física e a química tiveram um avanço nunca visto antes.

            Vale dizer que após a morte de Maomé muitas de suas conquistas foram revogadas, aliás por seu próprio genro, Ali. Revogaram a poligamia de 4 mulheres no máximo, a partir dali se uma pessoa pagasse uma taxa para o estado, poderia ter quantas esposas quisesse. Enfim, muito do que Maomé deixou de bom foi desfigurado e destruido, para servir as conscupiscencias do povo e principalmente da elite daquele país.

             

            ——————

            Não sou a favor de todos os costumes da Arábia, muito menos de apedrejamentos. Acredito que as penas de morte devam ser aplicadas sem dor, e rápidas, foi isto que a Revolução Francesa tentou instituir e ensinar  com o uso da guilhotina. Execução rápida e sem dor. Mas no Brasil não daria certo, com certeza só petistas seriam condenados.

            Há uma diferença entre as violências praticadas pelo Imperio Asteca. Os Astecas saiam mundo afora matando, saqueando, roubando e escravizando pessoas. Não vizavam nenhum objetivo senão beneficiar-se às custas da destruição ou escravização de  povos inteiros, com requintes de crueldade nunca vistos sobre a Terra.

            Os Árabes nunca fizeram isto. Mesmo nas terras onde eles conquistaram, respeitaram os povos, os costumes. É diferente uma pessoa receber uma pena de chibatadas ou pena de morte  após um julgamento com juiz, advogado de defesa, e tudo o que tem direito, como fazem os Árabes. As penas do código penal Árabe, são como a pena que um pai daria para o próprio filho, para endireitá-lo, ou no caso de ser incorrigível, para não destruir a vida dos demais na sociedade, a pena de morte. A perspectiva destes tipos de código penal do oriente médio é proteger a sociedade contra uns poucos indivíduos, ao invés de proteger um indivíduo e sacrificar a sociedade. Uma escolha plausível. O código penal deles tenta eliminar de vez o mal da sociedade pela raiz, sem deixar o menor risco de voltar a aparecer de novo.

            E por mais incrível que pareça as penas dos Árabes funcionam, mantém a sociedade em paz há milênios, sem guerras, sem golpes de estado e sem desordens.

            ————-

            As cadeias brasileiras são quase que tão crueis quanto os costumes “barbaros ” do oriente citados pelo Sr. . Aqui um preso corre risco de ser vilentado ou linchado pelos pŕoprios colegas de cela. Sem contar que será “treinado” numa “Universidade do Crime”.

          17. Eu não sabia que você tinha mudado sua visão do mundo árabe

            Sr. Zé Guimarães, noutro comentário, o Senhor disse:

            “Imagine uma mulher indo ao genicologista [sic] na Arábia, só uma medica mulher poderia examiná-la.”

            Aí dava a idéia de que nem que a vaca tussisse a mulher árabe não seria atendida por um ginecologista, por exempo. Mas agora o Senhor abre uma exceção para o caso de emergência.

            Não daria para estender o atendimento para urgência, também?

            A saúde pública agradeceria.

            Sobre o rapto das Árabes Pré-Maometanas: É possível que toda a população feminina ter vivido presa por medo de ser raptada? Na região devia haver muitos haréns, né?

            As feias também eram raptadas para viverem em haréns?

            A descoberta de que o véu impede o rapto foi genial. O véu ou a prisão?

            Os homens que morrerem de acordo com os ensinamentos do Alcorão terão 72 virgens de olhos negros. E as Mulheres morrerem de acordo com os ensinamentos de Maomé, serão premiadas com que no além-túmulo?

          18. Acredita quem quiser

            Caro Sr. Ribeiro

            O atendimento de casos de urgência é obrigatório em praticamente todos os países do mundo. Não entendo o espanto. Se uma pessoa chegar nos EUA ou aqui, com um caso de urgência num hospital particular, então, mesmo que a pessoa não tenha dinheiro ou plano de saúde, o hospital tem obrigação de atendê-la, depois els vêem como fica. E se o hospital negar atendimento e o paciente falecer, a família pode processar o hospital por negligência, e receber uma indenização. Nada diferente num país árabe, que tem médicos e médicas, para cada gênero, mas em emergências tem a  prioridade de salvar vidas.

            ———

            Quanto aos raptos

            Acontece que os raptos e abusos de mulheres não são parte do passado. Até mesmo hoje em dia, ocorrem estupros coletivos de mulheres por homens nos países islâmicos, raros, porque são punidos com penas severas, porém ocorrem. Basta dar uma busca na internet sobre o asunto que achará casos.

            ———–

            E a escravidão e comércio de mulheres no oriente médio nunca deixou de ser realidade, infelizmente. Numa cultura onde há milênios a mulher é tratada como mercadoria valiosa, não é difícil entender os raptos. Mulher, infelizmente nesta cultura há milênios pode muitas vezes ser vendida como um camelo. Da mesma forma que um camelo de raça andando sozinho pode ser roubado e vendido, uma mulher também, no oriente médio. Costumes bárbaros que nem Maomé conseguiu eliminar.

            Um povo aguerrido, vivendo em confins do deserto, longe de autoridades ou de civilizações, se uma moça sumir no meio do deserto, ninguém acha mais. Difícil saber se morreu, se foi comida por animais selvagens ou se foi raptada.

            Se hoje ainda é assim, imagine há 1300 anos atrás, numa época de guerra civil onde corriam rios de sangue, num país quase que sem leis. Um país traumatizado pela violência que acabou criando leis severíssimas para conter esta violência. Por trás de cada tradição, há uma história as vezes trágica.

            A história das72  virgens após a morte foi outra mentira que adicionaram após a morte do Profeta, para encorajar os soldados a morrer pelo Islã . Maomé nunca disse isto.

            ——

            Se a vida na Arábia é tão ruim assim, por que encontramos tantos brasileiros indo trabalhar lá? E mais interessante ainda, voltando com muito dinheiro, capital inicial para montarem seu negócio no Brasil…O oposto não se verifica, dificilmente verá árabes vindo trabalhar no Brasil… Ou pessoas de qualquer outra nacionalidade, para competir com os 12 milhões de desempregados brasileiros.

            Mas discutir com uma pessoa que é dogmática é inútil. Melhor deixar ela ter razão que sai mais barato.

            ————

            Pelo menos é esta a versão que me contaram, mas acredita quem quiser.

            Respeito suas crenças, Sr Ribeiro. Saudações

             

          19. Você se sente desrespeitado porque questionam suas crenças?

            Desculpe, Amigo. Não questionarei mais suas crenças, questionarei apenas os costumes árabes impostos pelos teocratas. Quem quiser usar véu, que use, eu não tenho nada contra, nem a favor, muito pelo contrário. Mas as Mulheres vítimas de estupro coletivo não usam véus, porventura?

            É que se elas usam, esses véus são inúteis quanto à imunidade contra estupro.

          20. Não tem de que

            Não tem de que se desculpar, caro Sr. Ribeiro. O bom dos debates é a divergência de opiniões. se todos pensassem  igual, ninguém aprenderia nem ensinaria.

            Respondendo a pergunta, as mulheres sem véu e desacompanhadas são as vítimas preferenciais dos estupros coletivos nos países árabes. Teve até uma ocidental, uma jornalista no oriente médio vestida de roupas ocidentais, e foi assediada por vários homens, saiu na mídia de vários países.

            Realmente, se estivesse com véu, e acompanhada dificilmente teria acontecido isto com a jornalista. A probabilidade de uma mulher sem véu e desacompanhada ser assediada e violentada no oriente médio é imensa.

            Já na Arábia Saudita, só na capital é permitido mulher andar sem véu, uma vez que o policiamento lá é fortíssimo. Mas as mulheres por segurança  andam de véu em sua maioria  até mesmo na capital. No interior do país o véu é obrigatorio, bem como a roupa preta, chamada de abaia. Por segurança.

            —————-

            A roupa preta em qualquer sociedade tem um significado: Significa, austeridade, respeito e lei . Se um homem árabe ver com uma moça de abaia (um vestido que é sempre de cor preta) ele sabe que significa para não mexer, pois ali tem leis e regras severas.

            Por isto os juízes vestem toga preta, para colocarem respeito. Por isto os seguranças , os homens de negócio, os deputados, vestem terno preto, em sua maioria . Se um juiz vestisse toga branca, ou amarela, ninguém o levaria mais a sério. É a simbologia da cor da roupa.

            Só a cor da roupa já serve para inibir a violência num país destes. Quem não conhece estas regras, e as viola, corre perigo.

            —————

            Eu tbm acho errado estes costumes bárbaros de homens atacarem mulheres, acho engenhoso a forma de defesa que a sociedade inventou, de usar véu para continuarem a levar suas vidas e passarem despercebidas em um país com tantos perigos.

            Aqui, mais vídeos feitos por brasileiros trabalhando na Arábia Saudita:

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=birP5A7oc5o align:center]

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=jn53eFa6Vsw align:center]

             

          21. Além de usar roupas pretas, sou negro mas ninguém me respeita

            Parece que não é a severidade das penas que mantém o nível de criminalidade baixo na Arábia Saudita mas a falta de oportunidade de cometer crimes. Se as mulheres vestirem roupas de cor diferente da cor preta, sem andarem sem véus e desacompanhadas são violentadas. Já imaginou se as mulheres árabes andassem desacompanhadas, sem véus e de cor-de-rosa? O índice de criminalidade centuplicaria, nada obstante o rigor das penas.

          22. Preconceito no Brasil

            Caro Sr. Ribeiro, sim, o preconceito racial no Brasil existe, infelizmente. Mas há mais preconceito de classe social do que de raça. Pois se o Rei Pelé, que é milhonário,  chegar num shopping center vestido de terno e gravata,  todos atenderão ele muito bem, porque ele tem dinheiro, e porque ele veste um terno e gravata. Ao passo que se um branco de olhos azuis chegar no mesmo shopping vestido de mendingo, eles chamam a segurança e prendem o branco.

            Pode perceber que se numa blitz policial uma pessoa branca ou negra que for parada pelos policiais, estiver vestindo roupa social, e tiver comportamento de militar ( corte de cabelo militar, fisionomia séria de militar, respostas como de militar, “sim senhor”) a pessoa quase sempre é liberada da blitz.

            Se na blitz a pessoa estiver de bermuda, esculhambado, se for tatuada, com piercing, barbudo e cabeludo, os policiais implicam muito mais, se é que não multam, batem,  ou prendem.

            Moral da história, é melhor se vestir conservadoramente no Brasil, para não ser abordado por autoridades.

            ————

            Em comparação, na Arábia existe grande número de negros, pois é um país bem próximo da África, e eles não tem preconceito racial nenhum. Na maioria das vezes os negros árabes nem percebem que são negros, de tão integrados à sociedade que estão.  Está vendo como todas as  sociedades tem algo para ensinar?

            Os negros trazidos nos navios negreiros para o Brasil, muitos deles eram do norte da África, eram mulçulmanos, sabiam ler e escrever ( em árabe) haviam estudado em Universidades árabes, tinham uma cultura superior até aos portugueses e brasileiros da época.

            ——————

            Sim, tbm acredito que o que impede os crimes na Arábia é a falta de possibilidade de cometer. Eles encurralaram e reprimiram a sociedade árabe de tal maneira, que ficou quase impossível de se cometer crimes lá. Não deixa de ser válido, pois funciona bem há milênios este sistema.

            ———-

          23. Talvez o assédio às mulheres acabe sem o uso do véu

            Talvez essa tara dos árabes seja causada justamente pelo uso do véu. É que eles não têm costume de ver a fisionomia das mulheres. Se se acostumarem a contemplar a beleza feminina, eles páram de assediar as mulheres. Afinal, diz o ditado popular que quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza.

          24.  Se falta de roupa acabasse

             Se falta de roupa acabasse com crimes, o Brasil, não teria crime algum.

            As mulheres indígenas em algumas tribos andam completamente nuas, desde o nascimento até a velhice, e os homens índios vêem tanta nudez na sua frente a vida toda, que nem relacionam a nudez com erotismo mais, parece uma coisa perfeitamente normal uma índia andar nua. São raríssimos os assédios sexuais por índios à índias numa mesma tribo. Passam a ver as índias nuas como alguém de sua família, na maior inocência.

            Mas com o avanço das civilizações, os índios Incas dos Andes, que já não viviam em pequenas aldeias, onde todo mundo se conhecia, mas sim vivam em grandes cidades, construídas por eles mesmos. Aí eles tiveram de passar a usar roupa, por que um índio iria conviver com índias que nunca viu na vida, e vice versa, provavelmente não havia mais aquele respeito e aquele olhar inocente que se tem pelas moças da pequena comunidade onde se mora.

            Geralmente quando os povos ficam civilizados, e passam a viver em grandes cidades, começam a perder a inocência, daí têm de se proteger. Aí o processo fica meio que irreversível, ou se regredirem a nudez, acaba se tornando uma Sodoma total. A inocência uma vez perdida não volta.

            ———

            Uma vez ouvi uma questão assim, que numa comunidade de nudez, trinta pessoas de ambos os sexos vivam em nudez absoluta, morando em suas casas. Vamos supor que destes trinta, vinte e nove, sejam realmente puros de pensamento, inocentes e sem malícia alguma. Uma suposição já de antemão impossível nos dias atuais, pois o contrário é que seria mais certo, conquanto ainda raro.

            Este trigésimo poderia ser motivo de preocupação para a comunidade toda, pois ninguém sabe o que ele poderia aprontar. Quem iria arriscar deixar suas filhas e eposa andando totalmente nuas numa comunidade onde tivesse um homem que não fosse confiável? e menos ainda se tivesse quase 99% de homens pouco confiáveis.

            ———

            Dizem a Bíblia que o povo Israel viveu bem e em Paz, até que um dia, quando o embaixador da Babilônia veio de visita e eles fizeram a besteira de mostrar a ele todo o ouro e tesouros do seu Templo. então ao voltar para a Babilônia, o embaixador relatou toda a riqueza aos babilônicos, que sem demora montaram uma expedição de mercenários, bandidos e guerreiros, para assaltar e saquear Israel. E Israel foi saqueado, todo o seu ouro confiscado, suas cidades destruídas por completo, seu povo levado escravo e cativo.

            Moral da história: Numa terra onde o povo tem malícia e maldade no coração, mais sábio e prudente, é ocultar todo o tipo de riquezas, e o que for cobiçável, inclusive as mulheres se possível for.

            ———–

            Mas o fato é de que numa situação destas como na Arábia nem seria possível voltar atrás naquele país aos tempos da nudez, pois o povo já perdeu sua inocência, e seria perigoso, como que arriscar mostrar coisas valiosas diante de pessoas pouco confiáveis.

          25. A culpa do estupro é do estuprador, não da vítima

            A maioria dos brasileiros tem as seguintes opiniões:

            “A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”.

            “Se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.

            Traduzindo: quem tem esse tipo de opinião acha que a culpa é da vítima de estupro, e não do estuprador. Ou seja, se a mulher se vestir como achar melhor, e se as vestimentas que ela acha melhor não forem as que a maioria acha conveniente, então seu estupro está naturalizado e justificado. Achar que as mulheres tem que usar véu e roupa preta para não serem estupradas equivale a justificar o seu estupro se ela deixar de usar o véu e roupas pretas. Nada, entretanto, justifica o estupro nem mesmo o fato de eu ver uma mulher nua que eu nunca tinha visto antes. de forma que só pelo fato de se formar uma grande cidade e as mulheres usarem roupas provocativas elas tenham que ser estupradas.

          26. Sabemos disto

            Caro Sr. Ribeiro

            Sabemos disto, que a culpa é do estuprador, e não da vítima, eu concordo plenamente. Só que este discurso não funciona na prática. O criminoso  vai continuar culpado e praticando crimes, dando risada da cara da Justiça , e a vítima continuará a ser vítima. Ainda mais em países de terceiro mundo, como a Arábia, onde nos confins do deserto faltam policiamento.O criminoso está pouco se lixando se ele é culpado ou não. E também o medo do castigo não inibe 100% dos crimes.

            O objetivo de uma sociedade que esconde seus bens valiosos e cobiçáveis, incluindo suas mulheres, é que eles não estão se perguntando de quem é a culpa, eles estão querendo resolver o problema, da maneira mais rápida e eficiente  possível. Ficar apontando culpados em muitas das vezes não irá impedir que crimes aconteçam. E eles também punem o estuprador lá com penas severíssimas, lá eles cortam fora os órgão genitais dos estupradores, para que o criminoso não possa mais praticar o crime de novo.

            Mas por vias das dúvidas, por segurança, e para ter um sistema social 100% eficiente, eles também escondem as mulheres atrás de véus, para garantir que nenhum crime ocorrerá mesmo. Aí fica fácil entender o porque de eles terem uma criminalidade tão baixa assim.

            Já imaginou com um calor de quase 50°C à sombra no deserto, as mulheres andando toda cobertas de roupas pretas, dos pés à cabeça? Talvez por isto os árabes durmam a tarde toda ( siesta) e trabalhem de noite, até de madrugada. É uma sociedade com o tipo de pensamento de fazer todo o tipo de sacrifício possível para que a criminalidade seja quase zero mesmo.

            ———–

             

          27. Mulher, objeto de cama e mesa?

            Então a mulher é um bem valioso e deve ser guardada a sete chaves?

            Acho que não é por amor às mulheres, mas por amor próprio, que os homens impõem costumes desconfortáveis às mulheres. Afinal, pelo teor dos seus comentários, a mulher árabe é um bem tão valioso quanto um camelo.

          28. Vidas são valiosas

            Os árabes são super protetores com suas famílias. Familiares são valiosos sim. Vidas são valiosas. Este é um conceito Nobre. Arriscar a vida de membros da família, não me parece uma coisa Nobre. Duvido que um brasileiro também deixasse seus familiares andando tranquilos num local onde há grande incidência de sequestros, violência, ou estupros.

            A questão aqui, é que como os brasileiros não viveram um histórico de sequestros e violência tão grave assim, fica difícil imaginar o que seja isto.

            Mas há um similar que vou ilustrar. Para os moradores de outros estados, o Rio de Janeiro é um antro de criminalidade. E histórias dramáticas de pesssoas de outros estados que foram viajar para lá e foram assaltadas, sequestradas, mortas, metralhadas. Para o povo de SP, o Rio é o cão chupando manga. Mesmo com toda a violência de SP, o Rio aparece no imaginário do povo paulista como um bandidódromo aterrorizante. Um pesadelo sem limites . Talvez nem seja tudo isto, mas é assim que os paulistas vêem. Então os paulistas evitam a todo custo que seus familiares ( filhos, filhas, etc) , vão ao Rio. Se alguém falar que vai passear no Rio, os pais amendrontam contando histórias terríveis ( reais) sobre amigos que foram ao Rio de Janeiro  e nunca mais voltaram.

            Será que os paulistas estão tratando suas famílias como mercadoria, como camelos? Ou apenas querem ver seus familiares vivos? Só quem tem familia, e já foi, ou viu a família ser assaltada, ou sequestrada,  ou até violentada, vai entender esta postagem. Para os outros isto vai parecer paranóia de paulista. Sei o que falo a respeito do assunto, porque sou paulista.

            Realmente o povo paulistano é traumatizado e tem uma certa paranóia de violência e assaltos, devido às próprias histórias de sua cidade. Mas discutir ou julgar os medos dos outros é inútil, errado, e antiético, cada um tem seus traumas, seus medos, reais ou imaginários, mas Dignos de respeito.

            Mas, como eu disse, só uma pessoa que não esteja contaminada por dogmas irá respeitar as culturas diferentes, e as crenças diferentes.

            Respeito suas crenças, caro Sr. Ribeiro.

          29. A questão é que mulher não é um bem, não que vida não valha nada

            Sr. Zé Guimarães, em nenhum momento eu neguei que vidas não sejam valiosas, o que eu questionei foi o fato de você afirmar que mulher é um bem: “O objetivo de uma sociedade que esconde seus bens valiosos e cobiçáveis, incluindo suas mulheres, é que eles não estão se perguntando de quem é a culpa, eles estão querendo resolver o problema, da maneira mais rápida e eficiente  possível”.

            Está claro que você considera a mulher como objeto, e isso fica fora de dúvida se na sua frase abaixo transcrita a gente substituir o verbo incluir por excluir:

            “O objetivo de uma sociedade que esconde seus bens valiosos e cobiçáveis, EXCLUINDO suas mulheres, é que eles não estão se perguntando de quem é a culpa, eles estão querendo resolver o problema, da maneira mais rápida e eficiente  possível”.

            Ao tratar a mulher como um bem, escondendo-a sob véus para protegê-la, você se assemelha ao Sérgio Moro, que negou o pedido de transferência de Léo Pinheiro, da OAS,  da carceragem da PF de Curtiba para o Complexo Médico-Hospitalar, alegando que a continuidade do Léo Pinheiro na cercaregem da PF de Curitiba era para sua própria segurança, acautelando, assim, eventual risco à sua integridade física. Assim, você deixa claro que trata a mulher como um bem, mas isso é para o próprio bem dela. É como se o Moro dissesse ao Léo Pinheiro: você está doente e precisa urgentemente de tratamento médico-hospitalar mas eu vou mentê-lo na prisão para o seu próprio bem.

          30. Para os bandidos

            Para os bandidos as mulheres são apenas bens, sim. Não vêem como seres humanos senão não cobiçariam mulher alguma. Mas para os familiares elas são vidas.

            Toda escolha tem seus ganhos e suas perdas. Mesmo na Noruega, há mazelas sociais, muitas das quais não entram nas estatísticas. Nos países nórdicos, há escravidão de mulheres em prostíbulos, a maioria aliciadas no leste europeu, com promessa de trabalho, e quando chegam nos países nórdicos, acabam tendo de trabalhar numa semi escravidão, sem chances de fugir. O Brasil também tem isto. Não ache você que os países nórdicos são o Éden, e que não há problemas lá. Outro problema ue se tornou uma praga nos países europeus, inclusive Noruega é a elevadísima taxa de divórcio,  famílias destruídas e desestruturadas. Já na Índia e Arábia, o divórcio é quase que inexistente. Como eu disse, cada escolha tem seus ganhos e perdas.

            Se o Sr. não gosta do conservadorismo, está no seu direito.

            A sua comparação dos costumes árabes com o Moro, é totalmente despropositada, típica de quem não conhece cultura árabe. Se tivesse assistido os videos  que eu deixei, veria que a maioria das moças árabes gostam de sua cultura, de seus hábitos. Talvez por nunca ter conhecido nada diferente. Talvez porque há milênios seu povo viva assim. Também lá o uso de ar condicionado na maioria dos prédios torna o uso de vestimentas menos desconfortável, isto combinado com os hábitos noturnos dos árabes.

            Mesmo os homens na arábia se cobrem dos pés a cabeça. Isto não é só das mulheres, é a cultura milenar deles.  Eles só não usam véu. E para executerem trabalhos ao ar livre, como reparos em estradas, eles também trabalham sempre de noite, porque o calor lá é insuportável. 

            Muito do julgamento negativo de uma pessoa é puramente psicológico. Uma pessoa pode escolher agradecer pelo que tem, e julgar positivamente, ou ficar resmungando. Como o exemplo das manifestações de 2013, onde o povo foi as ruas para reclamar de 20 centavos de aumen to, e de tomates a 7 reais o kg… Mesmo quem nunca andou de ônibus foi aquelas passeatas, mas eu me recusei, pois sempre fui de agradecer, nunca de reclamar. Hoje temos um desemprego colossal, cortes na educação, saúde, na previdência, o ônibus aumentando a passagem, feijão a 15 reais o KG, e o mais engraçado é que se o povo reclamar é reprimido com rigor. Como se vê, quem critica geralmente leva a pior na vida. Criticar só piora as coisas, pois não é uma atitude construtiva. Geralmente a pessoa que critica muito é também mal vista na sociedade, como sendo uma pessoa negativa.

            Mas respeito suas crenças, Sr. Ribeiro.

             

          31. A atração sexual pelo sexo oposto é natural

            Se a atração sexual por mulheres equivale a bandidagem, todos os homens e mulheres, à exceção dos homossexuais, são bandidos. Sentir atração sexual pelo sexo oposto e inclusive por pessoas do mesmo sexo é natural. Porém, não é só porque se sente atração sexual por alguém que se deva fazer sexo forçado com ela, ainda que ela ande nua.

            Acho que nossa discussão nesse tópico saturou. Só uma coisa que eu queria observar: Num comentário seu, você apontou, como alternativa aos crimes contra o patrimônio (furtos famélicos) válulas de escape da fome, entre elas, o jejum, a coleta de folhas comestíveis e nutritivas nas florestas. Eu também não defendo que os famintos devam roubar, acho que a válvula de escape da fome é a revolução socialista, porque a coleta de folhas comestíveis nutritivas é inviável para quem mora nas cidades e perigosa para o pobre que mora na zona rural cuja propriedade do solo e da terra é concentrada nas mãos dos latifundiários. Adentrar uma propriedade privada da terra pode redundar em alvejamento e morte. Quanto ao jejum, também não vejo como se combate a fome chamando-a de jejum. Um faminto não se saciará se afirmar que está jejuando e não passando fome. Não se mudam as coisas, mudando-lhes apenas os nomes, já dizia Engels.

            Valeu, Camarada. Mto obrigado.

          32. Agradeço tbm

            Agradeço muito também pela sua presença, Sr. Ribeiro, foi uma satisfação poder conversar e aprender com o Sr. Espero que possamos discutir mais tópicos futuramente em outros posts.

            Respondendo, sim, é natural atração pelas pessoas do sexo oposto, o que não é correto na minha concepção é cobiçar; da mesma maneira que posso admirar quem tenha um carro melhor que o meu sem sentir cobiça ou seja inveja, posso admirar uma mulher sem sentir cobiça alguma, isto é Nobreza de caráter. Precisa ter muita maturidade, espírito de renúncia quando a vida exige asim, para entender esta Nobreza. Infelizmente a maioria das pessoas nem entendem mais o que é admiração sem cobiça. Qualquer pensamento impuro já é uma forma de cobiça.

            Para o Sr que gosta de mensagens bíblicas deixo uma, o Mandamento “Não cobiçarás a mulher do próximo”. Com isto não se referia apenas a mulheres casadas, mas a qualquer mulher, inclusive às filhas do próximo. O cobiçar é que é o erro, com relação a qualquer mulher. Mesmo a própria esposa, se for ver por este mandamento é um erro cobiçar, mas sim, um Matrimônio deve existir para servir ao cônjuge, buscando a felicidade dele; quem cobiça porém serve somente a si mesmo de forma egoística. Se todos pensassem assim, a Terra seria um Paraíso. Um casamento é antes de mais nada uma missão, que exige desprendimento e espírito de renúncia, assim, como ser solteiro também exige estas virtudes.

            ————

            Respondendo sobre coletas de plantas comestíveis:

            Realmente até para eu que moro no interior na época da crise da década de 90 foi difícil  conseguir folhas comestíveis no mato, precisava pegar nas beiras de estrada, quando um galho ou outro atravessa para fora da cerca, de preferência a noite, para ninguém achar ruim. Uma vez um proprietário me viu apanhando jatobás no meio da rua, que tinham caído do pé que estava dentro da casa dele, e o galho ía para a rua, e no dia seguinte ele cortou a árvore. As vezes eu ia nas matas de terras devolutas, ou do estado, longe da civilização, longe das cidades e de tudo, mas antes me certificava de que não tinham dono mesmo, perguntando e pesquisando. Mesmo entre um latifúndio e outro, existem matas ciliares, e terras do estado, o país é muito grande é nem tudo é de propriedade particular. A coisa mais perigosa é coletar plantas onde tem seres humanos por perto. Nas cidades ficaria difícil mesmo, pois até terreno baldio tem dono. Se tiver uma mata disponível porém, com conhecimento a gente não passava fome de jeito nenhum.

            Mas até os moradores pobres de cidades tem opções, pois podem pegar restos de comidas em feiras, ( vegetais por exemplo) em sacolões, no ceasa, e existem hoje cartilhas para pessoas carentes, principalmente na internet, de aproveitamento de restos de alimentos, tais como cascas, farelo, sementes, coisas que a maioria joga fora e que tem muita nutritividade. São receitas de reaproveitamento de cascas, talos, folhas e sementes. Por exemplo, casca de batata, casca de banana, casca de abacaxi, casca de ovo triturada, casca de abóbora, casca de melancia, casca de maracujá, coisas que vão para o lixo, e podem ser utilizadas em receitas para comunidades carentes, e são muito nutritivas.

            O jejum é como um preparo físico; um maratonista pode correr 40 Km porque tem preparo, ele vai aumentando sua resistência aos poucos. No começo do treinamento, o maratonista sente dores e caimbras terríveis, mas com o tempo nem dói mais; a pessoa acostumada a jejuar, é a mesma coisa, só sente dor no começo depois de algum tempo treinando não sente mais as dores da fome, embora tenha seus limites vitais também. Ficar em jejum é a mesma coisa, com a prática de jejuns, a resistência a fome é aumentada. Embora os excessos não sejam recomendados, um pouco de jejum faz bem à saúde.

            Por fim, se não tivesse jeito mesmo, e uma pessoa não achasse nenhum recurso para se alimentar, se estivesse desempregado, se fosse uma pessoa como o Mahatma Gandhi, faria oração e preferiria  a  morte por inanição, ao invés de roubar, isto se não tivesse nenhuma saída mesmo. Ele sempre preferiria uma morte honrada. Mas hoje em dia existem tantas opções, que dificilmente se chegaria a isto. Mesmo em comunidades religiosas, eles doam cestas básicas, ou alimentos. Também ressalto que se uma pessoa tiver casa própria não precisa passar fome, pois pode plantar no quintal, ou montar um comércio na garagem, alugar os quartos para fazer uma pousada, pensão, tem muitas opções.

            O que não se recomenda de jeito nenhum, é quem passa fome e está desempregado casar e ter filhos, pois  perpetua a pobreza, e as chances dos filhos conseguirem sucesso na vida nestas condições são mínimas. Isto é Espírito de Renúncia e Heroísmo.

             

             

             

          33. Sr. Guimarães, você tem um discurso para cada ocasião

            Sr. Zé Guimarães, tenho notado que, dependendo de seus interesses e conveniências, você usa dois pesos e duas medidas. Quando você que instituir a lei de talião no Brasil, você afirma que tal lei deve ser instituída no Brasil porque na Árabia Saudita, onde tal lei vigora, a ordem jurídica é cumprida e respeitada pela sua população. Por outro lado, quando se trata de justificar os costumes impostos pelos teocratas do antecitado país, como o uso do véu e o não atendimento médico-hospitalar de mulheres por médicos, você transforma todos os médicos da Arábia Saudita em Rogers Abdeknassihs, exceto em casos de emergência e urgência, todos os Árabes, em raptores e todas as mulheres, em camelos.

          34. Porque se conformar com costumes violentos?

            Certamente, você, Sr. Zé Guimarães, não teria gostado de Jesus intervir e evitar o iminente apedrejamento da mulher adúltera, já que, do seu ponto de vista, Jesus estaria sendo preconceituoso com esse costume da sua época, que consistia em apedrejar as adúlteras. Você acha que ninguém deve meter o nariz nos costumes dos outros, por mais violentos e discriminatórios que eles sejam, nada obstante, em outros comentários seus postado aqui neste artigo, o Senhor tenha criticado, entre outras violências, a do império asteca.

    1. Exatamente

      Muitos dos nosso presos são políticos. Como “recuperar” um preso como o Dirceu, que teve sua pena da ação penal 470 anulada por falta de provas ( domínio do fato) , ou seja que não cometeu nenhum crime além de mexer com os brios da elite?

      Por isto não aprovariam nunca estas prisões humanas no Brasil, a nossa elite quer mais é se vingar dos presos. É uma sociedade alicerçada no ódio, e isto sim é o crime maior.

  4. Aqui a sociedade serve para reabilitar o preso pobre

    Aqui no Brasil temos o desembargador Paulo Espírito Santo que se filia à teoria da dissuasão no que se refere aos ricos e à teoria da reabilitação prisional do ex-presidiário pela sociedade. Veja o que o sujeito escreveu num acórdão:

    “As pessoas – no caso dos empresários – deveriam pensar: eu prefiro ganhar menos a passar pelo que está passando aquele grande empresário, um dos maiores construtores do Brasil, há dois anos preso. Porque ele deve estar sofrendo. Mas isso nunca passou pela cabeça delas porque essa questão carcerária não as ameaçava. Elas não acreditavam naquilo. O criminoso da violência urbana, pessoa mais pobre, esse não liga e até gosta de ficar um pouco lá. Dali a pouco é solto, fuma maconha, bebe… É essa a realidade”.

    O Sérgio Moro, segundo o antecitado desembargador, está dissuadindo os ricos a cometer crimes. Quanto aos pobres, segundo o mesmo desembargador, a dissuasão não funciona, porque quando ele volta prá sociedade ele se reabilita para a prisão, porque gosta e não porque não lhe dão oportunidade.

    Será que o Desembargador daria um emprego de caseiro para um ex-presidiário pobre?

    Se ele não emprega um ex-presidiário pobre, como é que este ex-presidiário vai sobreviver sem emprego?

    O nosso judiciário e o nosso Ministério Público.são jurássicos.

  5. Esse tipo de comparação é

    Esse tipo de comparação é absolutamente ridiculo.

    Faltou explicar quanto custa manter um preso nas condições das prisões norueguesas.

    Depois teriamos que muldiplicar o resultado por 600 mil, isto é, o numero de detentos no Brasil.

    Não sobraria dinheiro no pais nem para pagar as contas de luz das repartições publicas,

    Isto tudo sem contar o custo real, evidentemente, bem mais caro da “reabilitação”  de  bandidos, como o que esfaqueou o dono de uma padaria, dias atras .

    Depois de levar todo o dinheiro, voltou-se para a vitima para perguntar se ja havia sentido a dor de uma facada,

    “Pois então vai sentir agora”, completou, desferindo o golpe.

    1. Noruega X Brasil

      Rodrigues: concordo com seu “absolutamente ridículo”, para os comparativos do artigo, particularmente quanto ao nosso Pais. O texto em si, respeitando o trabalho do seu elaborador, estaria mais para um Almanaque que no GGN. Mas, vamos aos números da realidade.

      A população carcerária no Brasil é estimada (por baixo) em 620.000 detentos enquanto na Noruega fica em torno de 4.000. A diferença é de 616.000. Ou seja mais de 10% da população na Noruega.

      A população nossa é de ~204.000.000 habitantes, enquanto na Noruega, ~5.100.000. A sobra de ~199.000.000 dispensa comentários. Até porque o percentual det/hab de ~0,08%  na Noruega é infinitamente diferente do ~0,3% nosso.

      A Noruega tem ~385.000km², enquanto nos, ~8.500.000km². É chão. Enquanto eles têm ~13 hab/km², nós ficamos com 24 hab/km². Ou seja, temos ~85% a mais.

      E para não alongar, o PIB per capta lá é de US$ 97,300.00 enquanto o daqui não vai além de US$ 11,727.00 segundo o Banco Mundial.

      Isto sem tocar na educação. pois enquanto lá se fecha prisões, aque a PEC 241 pretende fechar escolas.

      Mas nem tudo é “absolutamente ridículo”, pois mostrou, por exemplo, como funciona nosso Judiciário, cujo Verdugo de Curitiba é paradigma nacional (com aval do TRF4 e do STF).

      Como se trata de um Judiciária político-partidário 2 teorias regem o sistema. Aos amigos, a Justiça (Teoria da Reabilitação, aplicada em Delcídio, Jucá, Temer, Renam, Youseff, Cerveró, Aloisio e, agora, em Cunha, que nem algemado foi e dizem até deu autógrafos para os policiais de FHC). Enquanto aos inimigos, a Lei, de preferência, lenta e corrupta  (Teoria da Retaliação e Vingança, como a dos empreiteiros que não aceitaram os termos da Farsa-Tarefa na delação da Farsa-Jato e que consistia em, simplesmente, pronunciar o nome LULA. Veja que até para simples depoimente algemaram Lula).

      Inclusive, os tipos de prisão. Enquanto para Cunha vão copiar o modelo de Haldem (inclusive com 5 “assistentes”), para Lula, que ainda não foi em cana porque o prédio não ficou pronto, vão reconstruir o Carandiru.

      Viva o Carrasco de Diamantino. Viva aquela patota do TRF4 que apoia, incondicionalmente, os atos e métodos curitibanos. Viva ao próprio Verdugo de Curitiba.

      Cada povo não tem só o governo que merecde. Tem, também, o Legislativo e o Judiciário…

       

      1. Não leu até o final

        Noto que o Sr. não leu até o final a postagem, pois senão teria lido que a prisão paradisíaca é a mais barata da Noruega. As causas são simples de explicar, os próprios presos trabalham e fazem toda a manutenção do prédio, não precisa de muros altos, cercas elétricas, sistêmas de segurança caríssimos e finalmente, como o índice de reincidência é baixo, o governo não precisa gastar dinheiro duas vezes.

        O índice de reincidência baixo explica também porque eles tem uma população carcerária tão pequena, em comparação com a nossa, ou seja um ótimo negócio, do ponto de vista de custos do estado.

         

        ——————

        O que é absolutamente ridículo?

        Um povo organizado, civilizado, como os norueguêses, com leis que não são baseadas no ódio, mas sim na reflexão?

        Não me parece tão ridículo assim citar bons exemplos, só precisamos pegar a parte da história compatível com o Brasil.

        Quanto a copiar 100%  este sistema no Brasil, isto não fui eu quem disse, foi o Sr. Em nenhum momento eu disse na postagem que o sistema Norueguês se aplicaria 100% ao Brasil.

        ————

        Na minha opinião apenas alguns itens do sistema Norueguês seria aplicaveis pelo menos a princípio ao Brasil:

        1° Todos os presos trabalhando, por que ficar o dia todo trancado sem fazer nada os torna agressivos.

        2° Não libertar o preso quando a pena acaba, mas sim passar por uma avaliação de psicólogos, para saber se ele se regenerou realmente, em caso o preso não tenha se regenerado, fica condenado a prorrogar a pena por mais 5 anos, até a próxima avaliação dos psicólogos.

        O segundo ítem é o segredo da baixa reincidência, pois o preso se esforça ao máximo para melhorar e passar na avaliação, para não ter de ficar mais 5 anos preso inutilmente.

        Os outros ítens, talvez depois que estes dois forem aplicados com sucesso, e apopulação carcerária brasileira diminuir.

    2. Os presos da Noruega são caros ou os nossos são baratos?

      Se você quer ter o preço mínimo por preso, sugira a pena de morte. Mas não conte comigo.

      1. Gostaria muito que os presos

        Gostaria muito que os presos tivessem no cafe da manhã champanhe com suco de laranja, baguete francesa com presunto espanhol, frutas variadas.

        Para o almoço faisão ao Porto, como bebida vinho branco frances.

        No lugar de celas, amplas moradias para acolher a familia ou namoradas.

        Seria interessante tambem alugar o municipal para os presos assistirem os grandes concertos e bales.

        Agora, infelizmente, me parece, que mesmo durante os governos populares, não tivemos condições para manter tanto conforto nas prisões.

        Sendo assim, a nossa realidade recomenda então investir mais na educação das crianças, para protege-las da delinquencia.

        So isso.

        1. Me desculpe prezado,

          mas nenhum ser humano normal precisa dessa frescurada toda para viver, muito menos os presos. Estes, aliás, no mais das vezes só precisam ser tratados como gente!

           

    3. Não leu até o final

      Noto que o Sr. não leu até o final a postagem, pois senão teria lido que a prisão paradisíaca é a mais barata da Noruega. As causas são simples de explicar, os próprios presos trabalham e fazem toda a manutenção do prédio, não precisa de muros altos, cercas elétricas, sistêmas de segurança caríssimos e finalmente, como o índice de reincidência é baixo, o governo não precisa gastar dinheiro duas vezes.

      O índice de reincidência baixo explica também porque eles tem uma população carcerária tão pequena, em comparação com a nossa, ou seja um ótimo negócio, do ponto de vista de custos do estado.

      ————-

      Agora quanto a copiar 100%  este sistema no Brasil, isto não fui eu quem disse, foi o Sr. Em nenhum momento eu disse na postagem que o sistema Norueguês se aplicaria 100% ao Brasil.

      ———————

      Na minha opinião apenas alguns itens do sistema Norueguês seria aplicaveis pelo menos a princípio ao Brasil:

      1° Todos os presos trabalhando, por que ficar o dia todo trancado sem fazer nada os torna agressivos.

      2° Não libertar o preso quando a pena acaba, mas sim passar por uma avaliação de psicólogos, para saber se ele se regenerou realmente, em caso o preso não tenha se regenerado, fica condenado a prorrogar a pena por mais 5 anos, até a próxima avaliação dos psicólogos.

      O segundo ítem é o segredo da baixa reincidência, pois o preso se esforça ao máximo para melhorar e passar na avaliação, para não ter de ficar mais 5 anos preso inutilmente.

    4. Olho por dente

      O Antonio Rodrigues acha que não se deve recuperar o infrator, mas deixá-lo apodrecer na prisão, em vingança.

      Se dependesse apenas dele, se o infrator sobrevivesse à vingança da qual seria vítima, deveria ser executado, com os projéteis debitado na conta da sua família.

      Attica State – Lennon

  6. Se aqui o crime compensa, imagina na Jamaica, digo, Noru

    Se com essas prisões imundas aqui do Brasil, o crime aqui compensa, na Nuroégua ele compensaria muito mais.

    Você preferiria sem um doente na Nuroégua ou um criminoso profissional no Brasil?

    Prá você, onde compensaria mais?

    Ou lá o governo garante a vida de todo mundo melhor ainda do que na prisão?

    1. Quem garante não é o governo…

      Na Noruega, quem garante a vida de todo o mundo melhor ainda que na prisão não é o governo, mas os cidadãos e empresas privados que pagam os impostos. O governo não cria riquezas, apenas administra uma receita de impostos, e só pode garantir vida boa para todo o mundo se essa receita for suficiente para tal.

      Um criminoso costumaz pouco está ligando se a prisão é imunda ou não, desde que ele fique pouco tempo lá.

      1. Por acaso, o criminoso norueguês não é cidadão?

        Se na Noruega quem garante a vida de todo o mundo (melhor ainda que na prisão) são os cidadãos e empresas privadas que pagam os impostos, e se o criminoso norueguês já tinha sua sobrevivência garantida pelo estado antes de cometer crimes, então o criminoso norueguês não era cidadão nem antes nem muito menos depois de cometer crimes.

        O Norueguês que nasceu para ser criminoso não paga impostos, Mundim? Se paga, porque era sustentado pelo Estado em vez de sustentá-lo, mesmo antes de cometer crimes?

    2. Reincidência baixa

      Contrariando suas expectativas, a criminalidade na Noruega é baixa. A taxa de reincidência dos prisioneiros é de 16% contra 70% do Brasil, ou seja, não é o fato de compensar ou não que torna uma pessoa criminosa.

      Se cadeias humanas dignas fossem um incentivo ao crime, a Noruega deveria ter uma taxa de reincidência criminal altíssima, não acha?

      O verdadeiro incentivo ao crime, é a crise de valores de uma sociedade. Quando a midia passa em horário Nobre telenovelas que são escolas da violência e do banditismo, estão incentivando a criminalidade. Infelizmente, esta midia está respaldada por vários  setores poderosos da sociedade, que confundem e condenam a obrigatoriedade da qualidade dos programas com censura.

       

      1. A criminalidade na Nuroégua corresponde às minhas expectativas

        Eu não sustento que as boas condições das prisões estimule a prática de crimes. O que eu estou defendendo é que prisões medivais não desestimulam o crime. Se fosse assim, no Maranhão não haveria crimes, mas é onde há um dos maiores índices de violência no Brasil. O que eu tenho defendido que desestimula o crime são as desigualdades sociais.

        Criticando o Programa de Gotha, no que se refere à ‘Regulamentação do trabalho em reclusão’, Marx disse:

        “Reivindicação mesquinha num programa operário geral. Em todo o caso, tinha que se expressar claramente que não se entende tratar, por medo da concorrência, os criminosos comuns como gado e que não se lhes quer cortar, nomeadamente, o único meio de correcção: o trabalho produtivo. Isto era, contudo, o mínimo que se poderia esperar de socialistas.”

        Eu sou Marxista. Marx é que não era.

  7. Mundim continua mais perdido do que cego em tiroteio

    O Mundim é um caso perdido. Ele não se emenda nem que a vaca tussa. Nunca perde aquela sua velha mania falaciosas.

    Inicialmente ele afirmou que a causa do crime é a grande probabilidade de impunidade, e isso leva as pessoas inescrupulosas a cometer crimes. Aí, quando eu observo que como os riscos de punição são iguais para todos mas que, apesar disso, nem todos praticam crimes, portanto, a causa da criminalidade não é a reduzida probabilidade de impunidade mas a inescrupulosidade, ele complementa sua afirmativa dizendo que a causa dos crimes não são apenas os baixos riscos de punição mas também a inescrupulosidade.

    A partir da afirmativa inicial do Mundim, eu cheguei à seguinte conclusão:

    “Como os riscos de impunidade são os mesmos para todos os brasileiros (…) então você não pratica crimes não é porque os riscos são baixos mas porque você é pessoa escrupulosa”.

    Ao que o Mundim retruca:

    “Foi exatamente isso o que eu disse. Você apenas repetiu com outras palavras.”

    Aqui, o Mundim se contradiz, ao afirmar que o que faz com que ele não enverede pelos caminhos do crime não são os baixos riscos de punição, mas seus escrúpulos.

    Mas o Mundim comete outra gafe lógica. Ele afirma que a causa do crime é a impunidade. Quando ele foi encurralado sob o argumento de que se a causa do crime fosse a impunidade, presidiários não cometeriam crimes dentro da prisão. Aí ela afirma que presos cometem crimes enquanto cumprem suas penas porque as penas são brandas, e que se no Brasil fosse instituída a prisão perpétua, isso inibiria o crime, de forma que um presidiário condenado à prisão perpétua não praticaria crimes enquanto cumprisse a pena de prisão perpétua.

    Ora, se, mesmo sabendo que pode vir a ser punido com pena privativa de liberdade, o sujeito pratica crimes, porque ele deixaria de praticar crimes sabendo que não vai mais escapar da prisão?

     

  8. Noruega que

    Noruega que, aliás, é um dos países que vai explorar nosso pré-sal.

    É claro que eles continuarão bem, muito bem, inclusive os presos deles. Enquanto isso nós assistiremos ao fim do nosso país.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador