‘Não tenho nada do que me arrepender’, diz Delfim sobre atuação no regime militar

Sugerido por Pedro Penido dos Anjos

Do O Globo

Delfim Netto sobre atuação no regime militar:‘Não tenho nada do que me arrepender’

Ministro mais poderoso da área econômica durante o regime militar, o economista rebate as críticas de que o período do chamado Milagre trouxe um benefício falso para o país. ‘Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais do que outros’

Sobre sua atual ligação com o ex-presidente Lula e o PT, afirma que ‘eles se aproximaram de mim’

SÃO PAULO – Fevereiro de 1967. O economista Delfim Netto, que acabara de deixar a Secretaria de Finanças no governo paulista de Laudo Natel, recebe em São Paulo a visita do coronel Mário Andreazza. Na pasta, Andreazza levava o convite do então presidente Costa e Silva para que Delfim assumisse o Ministério da Fazenda. Delfim tinha 38 anos.

Foram sete anos no cargo, nos governos Costa e Silva e Médici, período marcado por grandes obras públicas e crescimento acelerado do PIB. Para os críticos, Milagre Econômico feito às custas de arrocho salarial, endividamento externo e manipulação de preços. Na administração Figueiredo, Delfim voltou primeiro para a Agricultura (de março a agosto de 1979). Com o pedido de demissão de Mario Henrique Simonsen (que lhe sucedera na Fazenda no governo Geisel), foi para o Planejamento, onde permaneceu até março de 1985.

Hoje, prestes a completar 86 anos (em 1º de maio), Delfim diz que não se preocupa com o veredito dos livros. Em entrevista, na última segunda-feira, diz que “não tem nada do que se arrepender” e defende o legado de 1964, ao afirmar que o governo João Goulart “estava completamente desorientado”. Durante a conversa, reagiu com veemência em dois momentos. No primeiro, negou interferência dos militares na gestão econômica. No segundo, rebateu a ideia de que sua gestão na Fazenda foi facilitada pelo regime de força. Segundo ele, tudo o que foi feito caberia num período de democracia plena.

O senhor diria que 1964 foi uma revolução ou golpe militar?

Pode escolher a palavra que quiser. Se recuperar as informações, vai ver que a sociedade estava em pânico. O governo não existia, estava completamente desorientado. Havia uma desconfiança brutal entre a sociedade e o governo. Aquelas passeatas todas não caíram do céu.

Mas o senhor acreditou no fantasma do comunismo?

Você acredita que era fantasma? É óbvio que existia uma ameaça. Pior, não era de comunistas; era de ignorância.

Como assim?

Na verdade, era uma tentativa de fazer um curto-circuito e substituir o sistema. Eu dou risada agora. Porque diziam: “Eram todos democratas”. Mas não tinha um democrata.

Qual o legado de 1964?

O que estamos vivendo é um legado de 64. A atual Constituição, por exemplo. A História tem todo um processo, o que aconteceu e o que resultou no que estamos hoje. O Brasil hoje é um país muito melhor do que foi no passado.

Necessariamente, deveríamos ter passado pela experiência militar?

Não necessariamente. Isso é um marxismo de pé quebrado. A História passou por onde tinha de ter passado. Ou melhor, por onde o acidente a levou.

Poderia ter sido pior na época?

Poderia ter sido uma Cuba ou Coreia do Norte. O parque jurássico está aberto para mostrar o que seria.

O senhor foi o ministro da área econômica mais poderoso no período. Considera que os livros de História fazem justiça ao seu trabalho?

Não me interesso por isso. Acho deplorável, eles não fazem nada além da pura demagogia, ideologia, não têm conhecimento de nada. São de uma ignorância brutal. Só me divirto. Não fico triste, porque quem será julgado pela História serão eles.

Agrada a imagem de Milagre Econômico dada àquele período?

Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa. É de uma tolice imaginar que o Brasil cresceu durante 32 anos seguidos, começando na verdade em 1950, a 7,5% ao ano, por milagre.

Então, cresceu por quê?

Porque o Brasil trabalhou, poupou, aumentou sua participação externa, reduziu a inflação.

Os adversários dizem que foi graças a um arrocho salarial, endividamento externo e manipulação de preços.

Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais que outros. Quem eram esses que melhoraram mais? Exatamente aqueles que tinham sido privilegiados com educação superior e cuja demanda cresceu enormemente no processo de desenvolvimento. Tinha um exército industrial de reserva enchendo o primeiro decil (os 10% mais pobres). E tinha um número muito restrito, no décimo decil (os 10% mais ricos), de pessoas que tinham sido beneficiadas pela educação. Ampliou a distância entre eles, mas todos melhoraram. É coisa muito simples. E as pessoas diziam: “Você queria primeiro crescer e depois distribuir”.

Dividir o bolo.

Esta frase nunca passou pela minha boca. Disse que não se pode distribuir o que você ainda não produziu, a não ser que você tome emprestado.

E a manipulação de preços?

Não houve manipulação de preços, o que houve foi o controle de oferta. Se tinha uma chuva como agora em São Paulo, um sujeito no Paraná ou em Minas dizia: “Manda mais caminhões para São Paulo ou para o Rio”, de tal forma a calibrar a oferta. Houve trabalho para fazer isso, não caiu do céu. Foi administração legítima.

Então, por que a FGV corrigiu a inflação de 1973 (dos 15,5% originalmente anunciados para 20,5%)?

É uma questão de levantamento. Se ela (a FGV) melhorou o levantamento, está tudo bem. Qual o problema?

Também pesa sobre o senhor responsabilidade pelos efeitos da crise externa de 1982, depois da adoção de uma maxidesvalorização e da indexação de salários.

A crítica básica na época era: “Você não poderia ter crescido”.

Simonsen defendia um ajuste de caráter recessivo.

Simonsen era uma figura extraordinária, mas foi embora porque quis. Foi embora porque sabia que tinha quebrado o Brasil, junto com o Geisel. Naquele momento, o mundo estava numa crise gigantesca. Com o aumento dos preços do petróleo e dos juros americanos, quebrou o mundo. Se estou quebrado, cresço 8% ou cresço 4%? Cresço 8%, porque já estou quebrado mesmo. Se tivesse crescido só 4%, teria jogado fora quatro pontos do PIB, e com resultado nulo. É tão simples assim: o Brasil quebrou porque quebrou o mundo.

Se pudesse, mudaria alguma medida, alguma decisão tomada?

A gente tem de olhar o que aconteceu levando em conta o que se sabia na época e as circunstâncias. Não tenho nada do que me arrepender.

Há também a crítica de que existia uma onda de ufanismo exacerbado, falso, que fez mal no país.

Todo governo gosta de um pouco de publicidade. O Brasil do “ame-o ou deixe-o” era parte da história em que você tentava construir um nacionalismo. Mas não tinha nada de mau que produzisse coisa defeituosa, que pudesse deturpar a mentalidade dos brasileiros.

Adotou alguma medida que numa democracia plena não poderia ter saído do papel?

Provavelmente, não. Simplesmente as coisas aconteciam um pouco mais depressa. Tudo poderia ter sido feito em outro regime, em que talvez demorasse um pouco mais para o convencimento da sociedade. Mais nada.

Os militares tiveram influência na sua gestão?

Nunca, nunca entrou no meu gabinete um oficial fardado. Nunca, nunca houve a menor interferência militar na administração civil.

Durante a análise do texto do AI-5, o senhor defendeu uma concentração ainda maior de poderes. Por quê?

Fizemos uma reforma tributária que durou 25 anos. Em 1973, o Brasil era citado pelo Banco Mundial como exemplo nessa área.

Quer dizer que no tempo dos militares as coisas eram melhores?

É você que está dizendo isso.

O senhor já disse que não tinha conhecimento de casos de tortura. Mas é difícil imaginar que um ministro tão poderoso não soubesse de nada.

Tortura é condenável em qualquer hipótese. Uma vez perguntei ao presidente Médici se havia tortura. Ele me disse que não. Nós ouvimos, como todos, coisas aqui e ali. Acreditei nele.

Não deveria ter acreditado tanto?

Confiei porque era um sujeito correto, decente.

Nesse ponto, os militares deveriam se retratar por alguma coisa?

Aconteceu, aconteceu. Houve coisas que foram deploráveis. No fundo, se fez um arranjo no governo Figueiredo para a transição que tem de ser respeitada, e ponto final.

Há testemunhos de que o senhor ajudou a obter dinheiro do setor privado para financiar a caça a opositores. A chamada Operação Bandeirantes (Oban), em meados de 1969.

Isso não existiu.

Mas o senhor nega participação em reunião com banqueiros?

Nunca houve discussão de financiamento para a Oban em lugar nenhum do governo. O objetivo dessa reunião foi falar sobre taxa de juros, que já era uma obsessão.

É possível imaginar um novo 1964?

Não tem nada de novo 64. Isso terminou porque o processo histórico nos impôs uma Constituição (de 1988) da qual saíram instituições muito mais robustas. É inimaginável hoje uma situação fora do regime democrático. Mesmo porque as pessoas aprendem.

Durante o regime militar, o senhor acumulou inimigos poderosos, foi chamado de czar da economia. Hoje, é consultor informal do governo, que tem raiz num partido de esquerda. Quem mudou mais: o senhor ou os inimigos?

Eles se aproximaram de mim.

Isso significa que ficaram mais sábios?

Não sei. Não sou sábio. Bem mocinho, pretendia ser um socialista fabiano (movimento criado no fim do século XIX cujo objetivo era a busca dos ideais socialistas por meios graduais e reformistas). Só me livrei disso estudando Economia. Para mim, é tudo um processo.

Redação

21 Comentários

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  1. “confiei porque era um

    “confiei porque era um sujeito correto, decente”. Todos são passíveis de cometer erros. Delfin pode estar mentindo, mas eu prefiro acreditar no que ele diz sobre o assunto. Pode-se até dier que estou sendo inocente, mas nisso até agradeço, pois no atual momento da sociedade brasileira ser inocente é uma graaande virtude.

  2. Tem sim, que se arrepender.

    Tem sim, que se arrepender. Não o faz por orgulho.

    Ele foi cúmplice, talvez o mais brilhante em termos intelectuais, de um sistema egresso de um golpe civil-militar e que governou com mãos de ferro durante vinte anos, oito dos quais sob a égide de um instrumento autoritário e arbritário inédito na história do país, o famigerado AI-5. 

    Por ele se fechou o Congresso e se amordaçou o Judiciário; veio a licença para matar, torturar, exilar; a censura passou a ser total. E Delfim Netto agora vem com essa conversa de que acreditou em Médici quando este lhe disse que n Brasil não havia tortura. 

    Sempre avaliei que essa aproximação dele com o Lula se deveu a necessidade de lustrar um pouco sua biografia. Não que existisse chance para justificá-lo totalmente perante a história, mas que pelo menos amenizasse essa sua consciente particicipação para que properasse um dos regimes mais tirânicos da vida nacional. 

    Não só se arrepender, mas também pedir desculpas. 

    1. Costa, aqueles anos sem

      Costa, aqueles anos sem Delfin teriam sido um desastre completo na economia.  Olhe pra traz e aponte pelo menos dois nomes de igual peso intelectual que os militares teriam aceito.

      Eles nao existiam.  Ele era o melhor do pior.

  3. Que situação, hein, seu Dr.

    Que situação, hein, seu Dr. Delfin? Foi um braço da ditadura civil, sim. Tem coaragem de negar? Direito, tem, mas pegou mal. Não tem como negar. Um homem inteligente não isso…

  4. O professor Antonio Delfim

    O professor Antonio Delfim Neto, foi a alma do governo militar, e praticamente quase tudo que deu certo no governo militar se deve a ele. Fez vista grossa para torturas, para manipulação de índices de inflação? Com certeza o fez.. Mas ele participava de um governo antidemocrático e arbitrário, e não havia como proceder de maneira diferente se quisesse continuar fazendo parte do governo.

    Ao contrário de outros economistas de sua época, Delfim é um grande entusiasta da política e dos ganhos sociais e econômicos do governo do PT, e é frequente fonte de consultas e de conselhos da presidenta Dilma.

    Delfim Neto está incrivelmente lúcido e com uma agilidade mental impressionante para um velhinho de 83 anos.

  5. Sinto-me enojada em ver

    Sinto-me enojada em ver homens como Delfim Neto ainda na política brasileira, posando de bom moço.

    Qualquer pessoa que tenha participado tão diretamente dos governos militares estavam de acordo com tudo que foi feito contra a nossa sociedade e nosso desenvolvimento. No caso de Delfin, ele sabia, como certo, quais seriam os destinos da nossa educação e cultura, na medida em que os militares perseguiram, prenderam, mataram e exilaram as pessoas que mais engrandeciam nosso País, desde os cantores e compositores musicais, passando por artistas plásticos, jornalistas, e até grandes mestres da educação. Esses governos fizeram o desfavor ao Brasil, diminuindo, e muito, a qualidade do ensino, enquanto os verdadeiros mestres não tinham espaço pra permanecerem em salas de aula, e os que quisessem ministrar suas aulas mediante suas convicções, seus estudos, eram impedidos, e até presos, às vezes no próprio estabelecimento de ensino, porque não havia uma universidade onde lá não estivesse um espião para determinar o que deveria e não deveria ser pautado. Enfim, tudo foi feito contra o desenvolvimento do Brasil, que até hoje se ressente desse período amargo e triste da nossa história.

    Delfin tem mesmo que defender, não as ideias dos militares apenas, mas, sobretudo, sua posição nesse período, tendo em vista que a partir dele se locupletou na politicagem e enriqueceu de forma vergonhosa.

    1. se sente enojada de pessoas

      se sente enojada de pessoas como o sarney tambem?

      e seguindo essa linha de raciocinio hipocrita deveria se sentir enojada de gente desavergonhada que pede voto para ele e sua filha como o sr lula conhece?

      rs

  6. Não vejo razao para condenar

    Não vejo razao para condenar Delfim ao alegar que deu boa fé na palavra do governo

    Seria a mesma coisa de condenar TODOS os presidentes da republica ( incluindo ai a Dilma ) se ao ser questionada por algum jornalista tendencioso se há ou nao tortura no governo federal ou nos governos estaduais feitas por agentes da policia ela respondar que  não 

    É obvio que ela iria dizer que nao pois é obrigada a dar boa fé na palavra do governante local e do responsavel pela PF ou das forças armadas atuais

    E todos sabemos que ha sim tortura no Brasil nao ´só nas repartiçoes policiasi como principalmente no sistema penitenciario

    De modo que essa argumentaçao fajuta é só coisa de progressista que tem na má fé com o trato da realidade sua especilidade maior…

  7. Deixemos de caças bruxas…….

    Julgar os outros, para alguns parece tarefa facil, porém devemos considerar o momento e as circunstâncias!

    Nada porém justifica as torturas e mortes havidas naqule período, e sendo assim, o Dr. Delfim, tendo feito seu trabalho, a convite dos generais, não poderá negar que desconhecia o que acontecia nos porões da ditadura!

    Enfim, foi-se a época, e querer revivê-la, e retornar o pesadelo daqueles tempo!!! 

  8. Fez tudo que fez por um só

    Fez tudo que fez por um só motivo : uma sede por estar sempre no centro das decisões do poder .

    Sempre criticou as posições esquerdistas , chamando-os de incompetentes . Em suas entrevistas nos anos 80 falava mal até de Celso Furtado . Com a aproximação do PT , abrandou seu discurso.

    Alega  não ter tomado conhecimento das torturas à época ;  já seu colega João Paulo dos Reis Velloso , ex ministro do planejamento de Médici, menos poderoso do que Delfim , porém mais digno , declarou em entrevista a Geneton Moraes Netto em 2013 , que tomou conhecimento das torturas e chegou a reclamar com o ministro do Exército .

    Em relação ao período do MILAGRE , diz que alguns ganharam mais e outros menos. Jamais menciona que o preço pago foram  as duas  DÉCADAS PERDIDAS , nas quais aqueles que ganharam menos com o MILAGRE foram os que mais perderam na hora de pagar a conta .  

  9. como ele agora é parceiro do pt não pode falar mal

    mais u m sujeito inútil na face da terra, quando morrer vai soltar uns rojões, gordo nojento. ainda defende a ditadura.

        1. pera que essa agora a gente

          pera que essa agora a gente vai ter que ressaltar…rs

          entao é mentira que a esquerda defenda a ditadura de Cuba?

           

  10. Enquanto essa superstição,

    Enquanto essa superstição, “salvar a democracia da cubanização”, continuar a ser repetida sem ser desmascarada como pretexto mesquinho para depor um Presidente constitucional por puro “olho grande” no poder, é claro que não vão se arrepender nunca.

    Podem continuar, inclusive, dizendo que suspenderam o habeas corpus para “garantir” a liberdade; que achatram o salário para o “bem estar” do trabalhador, etc.

  11. Vamos largar a mao de

    Vamos largar a mao de demagogia 

    A esquerda vive defendendo a ditadura Cubana

    O Franklyn Martins um hipocrita que viveu de salario da Globo por anos nao faz questao nenhuma de esconder ou se desculpar de ter feito parte do MR *

    O Sr Dirceu tambem nao nega ter sido guerrilheiro, e todos sabem ( mesmo os pelegos ) que a luta armada nao foi feita por quem queria democracia , foi feita por gente que queira trocar uma ditadura por outra

    Questao de HONESTIDADE pura e simples, o Gabeira nunca escondeu isso , essa é uma das razões pelas quais os pelegos nao o perdoam pois sao mentirosos cronicos, desonestos, totalitarios e gostam de propogar a mentira cinica de que homicidias ( devidamente mortos ) como Marighela e Lamarca eram democratas e lutavam pela legalidade

    Entao é só questao de ter decencia e assumir os prós e os contras de nossas opçoes ideologicas

     

  12. Alguem que compara Jango,

    Alguem que compara Jango, grande conciliador politico, rico fazendeiro, casado com uma das mulheres mais bonitas e elegantes da sociedade a epoca, aos ditadores da Coreia do Norte, não pode ser uma pessoa esperta.

    Ou talvez esteja achando que todos nos somos bobos.

    O ex ministro, xodo dos militares, sabe tanto ou mais de que todos nos, que Jango não queria, nem tinha o perfil politico de alguem que articula para alterar o sistema politico do pais.

    Pretendia apenas promover a reformas necessarias para tirar o pais do atraso.

    E isso incomodava certos interesses ligados a exploração brutal dos mais pobres e das riquezas do pais.

  13. Delfim reloaded

    O “grande legado” do Delfim e da ditadura foi esse ensino de quinta categoria que temos hoje, o monopolio das comunicações, a inflação galopante que deixaram para Tancredo-Sarney. Falar que o Brasil estava desgovernado no tempo de Jango? E os dois anos que o General Figueiredo largou mão do pais?! Vá te catar, Delfim. Sujeito insensível da peste! Não sabia que havia torturas?! Que nada, ele tava c. e a. pra isso.

  14. Em tempo

    E claro que ele não tem nada de que se arrepender! Nunca esteve por baixo, nunca pegou ônibus apinhado para ir trabalha na casa do chapéu pra ganhar o salário de fome que o grande ministro nos enfiou goela abaxo. Nos dos outros é refresco. Claro, durma em paz no seu traveseiro de penas, genial economista!

  15. O ‘Gordinho sinistro’ não se arrepende…

    … nem de escolher hotéis errados em solo europeu….? Consta que houve um rolo danado…procede?

  16. O Jango de hoje é o Nicolas

    O Jango de hoje é o Nicolas Maduro. Apenas com  diferenças em grau, pois Nicolas é infinitamente mais burro que o Jango. Outra diferença é que o Brasil possuia uma  infraestrutura razoavel e capital humano brilhante (os cabeças pensantes da burocracia, Celso Furtado, Roberto Campos, o pessoal do BNDES, Simonsen, os quadros do Itamarati,…). Ah, e os americanos. Alguem pode duvidar que eles deixariam um regime comunista ou levemente de esquerda prosperar naqueles anos de guerra fria? 

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