Balança tem déficit semanal de US$ 646 milhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O saldo comercial brasileiro ficou negativo em US$ 646 milhões durante a terceira semana de fevereiro, com uma média diária negativa em US$ 129,2 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A corrente de comércio somou US$ 7,978 bilhões, com resultado médio por dia útil de US$ 1,595 bilhão.

Ao longo de cinco dias úteis, as exportações brasileiras foram de US$ 3,666 bilhões (média diária de US$ 733,2 milhões), 1,6% superior à média de US$ 721,4 milhões registrada até a segunda semana do mês. De acordo com os dados divulgados, houve incremento nas exportações de produtos manufaturados (9,5%), principalmente de autopeças, automóveis de passageiros, suco de laranja congelado, motores para veículos e partes, açúcar refinado, e veículos de carga. Por outro lado, decresceram as vendas de semimanufaturados (-19,6%), por conta de celulose, ferro-ligas, couros e peles, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido e alumínio em bruto. Os produtos básicos também tiveram queda (-1,7%), em razão de minério de ferro, e carne bovina, de frango e suína.

As importações contabilizaram US$ 4,312 bilhões no período, com desempenho médio diário de US$ 862,4 milhões. Houve retração de 6,8% sobre a média verificada até a segunda semana (US$ 925,5 milhões), que se explica, principalmente, pela diminuição nos gastos com equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, plásticos e obras, e siderúrgicos.

Com o resultado, a variação acumulada no mês está deficitária em US$ 2,687 bilhões (média diária negativa de US$ 179,1 milhões). A corrente de comércio, no acumulado mensal, está em US$ 24,447 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,629 bilhão.

Nos 15 dias úteis de fevereiro, as exportações foram de US$ 10,880 bilhões, com média diária de US$ 725,3 milhões. Pela média, houve redução de 16% em relação a fevereiro de 2013 (US$ 863,8 milhões). Houve queda nas três categorias de produtores: básicos (-20,4%), semimanufaturados (-16,8%), e manufaturados (-14,2%). Na comparação com o resultado diário do mês de janeiro passado (US$ 728,5 milhões), as exportações diminuíram 0,4%, com redução nas vendas de semimanufaturados (-13,9%) e básicos (-0,5%), enquanto cresceram as vendas de manufaturados (3,8%).

As aquisições no exterior estão em US$ 13,567 bilhões, com média diária de US$ 933,6 milhões. O resultado está 3,3% abaixo da média de fevereiro do ano passado (US$ 934,9 milhões). Sobre o resultado verificado em janeiro passado (US$ 934,9 milhões), houve queda de 0,9%.

No acumulado do ano, há déficit na balança comercial de US$ 6,745 bilhões, com o resultado médio diário negativo de US$ 182,3 milhões. Nos dias correspondentes de 2013, houve déficit de US$ 4,602 bilhões, com média negativa de US$ 148,5 milhões. A corrente de comércio totaliza, em 2014, US$ 60,557 bilhões, com média diária de US$ 1,636 bilhão. O valor é 1,4% menor que a média aferida no período equivalente do ano passado (US$ 1,659 bilhão).

De janeiro à terceira semana de fevereiro deste ano (37 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 26,906 bilhões (média diária de US$ 727,2 milhões). Na comparação com a média diária do período correspondente de 2013 (US$ 755,5 milhões), as exportações decrescem 3,7%. As importações foram de US$ 33,651 bilhões, com média diária de US$ 909,5 milhões. O valor está 0,6% acima da média registrada no período equivalente de 2013 (US$ 903,9 milhões).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

5 Comentários

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  1. Interessante é a reação dos

    Interessante é a reação dos frequentadores do Jornal GGN a certas matérias, rotulam com uma estrelinha até mesmo quando a matéria é da própria redação.

    1. Nao sao “frequentadores”, sao

      Nao sao “frequentadores”, sao snipers.  Aconteceu o dia todo tambem.  Eu particularmente odeio ver um item ser estrelado sem ser lido, e mais ainda os auto-estreladores.

      Quanto ao item…  o rombo de mais de 1.4 bilhao semanal vazou ontem ou antes de ontem…  porque hoje de manha ficamos sabendo da “previsao” de alta de juros.  E vazou MESMO.

      Previsivel, ne?

  2. Há quem seja contrário ao aumento do Imposto de importação!

    A verdade é que a classe média alta e os mais ricos estão fazendo a festa, comprando no exterior.

    Ainda ontem vi um dele exibindo um carro importando, de altíssimo valor, causando admiração a todos.

    Que beleza!  Que brasileiros inteligentes! .

    Penso que é imortante, pois, aumentar o imposto de importação de produtos que aqui fabricamos e que temos em fartura, pois é inegável que esta “farra do boi” vai-nos levar ao pior dos quadros. Já assisti a este filme no tempo do FHC,  quando a moeda era supervalorizada, para evitar a inflação. Evitava até um momento, quando Brasil, literamente falando, quebrou!

    A nossa moeda, infelizmente, está ainda valorizada. O medo do governo atual é a não compreensão de possível inflação, máxime agora em época de inflação. Mas é imperativo que a moeda nossa seja livre e tenha seu valor de acordo com as nossas condições. Enquanto isto, um bocado de imposto sobre a importação, máxime de produtos não indispensáveis, como remédios, maquinários, etc, é muito benvindo.

    Outro dia, li um texto que me deu raiva. O cara falava mal do governo porque iria aumentar o valor do imposto de importação em 1,5%. Dizia, ele, que iria aumentar a carga tributária. Ora, precisamos equilibrar a nossa balança comercial. Se o povo não tem juízo e compra no exterior, o que fazer?

    Há, assim, gente que é contrário à defesa de nossa produção e dos empregos.

    O Brasil não pode dar um tiro no pé.

    Temos que valorizar nossas indústrias, empresas e trabalhadores. A importação exagerada que hoje assistimos, fora as viagens malucas que estão todos fazendo para conhecer o exterior ( coisa chique?!), contando vantagens quando chegam de lá, é ridículo. grotesco, estapafúrdio e melancólio.

      

  3. A s ocilações  passam    de

    A s ocilações  passam    de anuais,semestrais,mensais,semanais e  em breve  chegaremos as avaliações diárias.

    O calendário  fiscal  deve ser considerado ou é mais uma  das convenções  a serem desconsideradas  de acordo com o”animus” econômico?

    E  o calendário lunar , deve-se levar à sério?

    E os  Maias?

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