BC acredita que inflação ainda seguirá longe da meta em 2016

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A taxa de inflação ainda vai continuar longe da meta ao fim de 2016, o que é considerado um “sinal importante” a respeito dos impactos da estratégia anual de ajuste da taxa Selic, segundo o Relatório de Inflação elaborado pelo Banco Central. Outro sinal citado pelo banco é a elevação das expectativas de inflação para este ano.

O banco acredita que pode levar a inflação para o centro da meta no fim de 2016. Neste ano, a autoridade monetária projeta uma inflação de 9%, ante 7,9% previstos em março, e de 4,8% em 2016, contra 4,9% previstos anteriormente. A meta de inflação é 4,5% e o limite superior é 6,5%. Portanto, para este ano, expectativa é de estouro da meta, com redução da inflação no próximo ano.

A inflação medida pela variação, em doze meses, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 8,47% em maio, 2,10 pontos percentuais (p.p.) acima da registrada até maio de 2014. De um lado, os preços livres acumulam variação de 6,82% em doze meses (7,07% até maio de 2014); de outro, os preços administrados por contrato e monitorados variaram 14,09% (4,08% até maio de 2014).

“Apesar de redução, as expectativas de inflação para o final de 2016 ainda mostram diferença relevante em relação à meta. Isso, a despeito da queda em comparação com os níveis observados no Relatório de Inflação de março e da significativa elevação das expectativas de inflação para o ano corrente. Esses fatos constituem um importante sinal sobre os efeitos da estratégia atual de política monetária”, avalia a autoridade monetária.

O Banco Central destaca que uma fonte de risco é a expectativa de alta dos preços, impactada negativamente nos últimos meses pela inflação alta e pela dispersão de aumentos de preços. “Cabe notar que o descasamento sistemático entre aumentos de salários e de preços, a elevada difusão da inflação e aumentos de preços de bens e serviços frequentemente adquiridos – a exemplo de alimentos e serviços públicos – constituem indicativos de que a inflação percebida pelos agentes econômicos pode estar sendo superior à inflação efetiva”, diz o BC.

Para fazer com que a inflação volte à meta, o banco tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A Selic, atualmente em 13,75% ao ano, está em ciclo de alta e já passou por seis elevações seguidas.

No relatório, o BC analisa que um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que perdura por quatro trimestres, reduz a demanda agregada e consequentemente tende a diminuir a inflação. Segundo o estudo do Banco Central, o efeito máximo dessa elevação ocorre em dois anos.

O BC avalia ainda que a contenção de gastos públicos também leva tempo para produzir efeito. Segundo o relatório, um aumento permanente de 1 ponto percentual no superávit primário estrutural também leva dois anos para produzir todo o impacto desejado na demanda. O superávit primário estrutural é um cálculo feito com base na exclusão de receitas e despesas extraordinárias, assim como das decorrentes dos ciclos econômicos. O governo estabelece uma meta de superávit primário para economizar dinheiro e usá-lo no pagamento de juros da dívida pública.

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Temos o Estado Brasileiro, tomado feito terra de posseiros.

    Olhem os gráficos de desemprego e da taxa SELIC.

    Desenho ajudar a entender.

    Simplesmente temos a ruína da economia brasileira deliberadamente provocada pela dupla Tombini e Levy mais Plano de Nelson “A espera de um milagre”.

    Brasil, com suas reservas de petróleo, outros recursos minerais, e celeiro mundial em economia felizmente com menos de 20% do PIB atrelado ao comercio exterior, felizmente, ao contrario da Africa do Sul ou do Japão, pode crescer e voltar a crescer apenas com o crescimento do mercado interno, onde temos o melhor momento de população em condições ativas, propensa a consumir com baixa relação de carros, bens duráveis. frota de caminhões envelhecida, carência de estradas de ferro. Um pais com quantidade de estados, área e população que por si dispensa, os falsos dólares americanos despejados e aceitos para salvar a economia americana e europeia.

    Temos o Estado Brasileiro, tomado feito terra de posseiros. Mais uma etapa Brasil eternamente colonia da aristrocracia estrangeira.

    O Legislativo, terceirizado, representa os financiadores empresários nacionais e estrangeiros negociando com outros grupos poderosos.

    Regras constitucionais e para tomada do poder  em processo de usurpação.

    Permanência vitalicia dos presentes Ministros do STF , um verdadeiro cálice !

    Repeteco ao que se seguiu ao golpe da proclamação da Republica..

    Em síntese, estelionato eleitoral.

    Não existe surpresa nos números da economia agora do governo Dilma II.

    Representa o desprezo a população 100% empregada e ao Especulador financeiro, malandro, procurando emprego

     Na, Né, Ni, No Não. Pelo o amor de Deus !

    Levy adora o sucesso da curva de desemprego, – – dentro do plano apresentado para reduzir o valor da mão-de-obra brasileira, sem depreciar o  valor do REAL. Não importa de desemprego chegar a nível de pico Tucano de 25%.

    Missão do BACEN, praticar a mais elevadas taxa de juros aceitas gentilmente pela POPULAÇÃO brasileira  em favor do POVO brasileiro, posto que na democracia o poder emana do povo, em nome do povo para o povo.  Curva de taxa de juros SELIC reverte as expectativas de baixas, que chegaram a ter rendimento liquido menor do que o rendimento da poupança que provocou o desemprego dos gurus, da vagabundagem e ganhos fáceis estereis.

    Sim desemprego de 50% não é problema da missão somebody love com Tombini e cambada PROCON, com a conivência da Presidenta eleita pelo PT que adotou as politicas econômicas do PSDB, segundo eles próprios. 

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,desemprego-sobe-a-6-7-em-maio–a-maior-taxa-em-cinco-anos,1713202

    4.04.55.05.56.06.57.0Mai/14Jun/14Jul/14Ago/aspectos/14Out/14Nov/14Dez/14Jan/15Fev/15Mar/15Abr/15Mai/15Taxa de desocupaçãoFonte: PME/IBGE  21.07.201002.09.201020.10.201008.12.201019.01.201102.03.201120.04.201108.06.201120.07.201131.08.201119.10.201130.11.201118.01.201207.03.201218.04.201230.05.201211.07.201229.08.201210.10.201228.11.201216.01.201306.03.201317.04.201329.05.201310.07.201328.08.201309.10.201327.11.201315.01.201426.02.201402.04.201428.05.201416.07.201403.09.201429.10.201403.12.201421.01.201504.03.201529.04.201503.06.20150%2,5%5%7,5%10%12,5%15%02.09.2010, 10,75%  http://br.investing.com/central-banks/ 

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