Bolsa de valores despenca 11,31% no mês de junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o mês de junho com uma desvalorização de 11,31%, em um total de 47.457 pontos. Tanto a instabilidade apresentada pelas empresas de Eike Batista como as incertezas geradas no mercado internacional foram decisivas para a perda apurada no período.

Segundo os dados divulgados pela BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), o volume financeiro total no segmento Bovespa atingiu R$ 178,84 bilhões em junho, acima dos R$ 162,35 bilhões registrados em maio de 2013. A média diária obteve recorde de R$ 8,94 bilhões contra R$ 7,73 bilhões de maio. O número total de negócios também atingiu uma marca considerada histórica pela bolsa, de 21,381 milhões, enquanto o montante em maio foi de 19,734 milhões. A média diária de negócios teve recorde de 1,069 milhão, ante 939.710 no mês anterior.

As ações que apresentaram maior giro financeiro durante o mês foram Vale PNA (VALE5), com R$ 13,9 bilhões; Petrobras PN (PETR4), com R$ 12 bilhões; Itauunibanco PN (ITUB4), com R$ 8,3 bilhões; Bradesco PN (BBDC4), com R$ 5,5 bilhões; e BMF Bovespa ON (BVMF3), com R$ 4,7 bilhões.

Na análise do movimento diário, os papéis que obtiveram as maiores altas do índice oficial ao longo do mês foram Suzano Papel PNA (SUZB5, com 6,59%), Fibria ON (FIBR3, com 5,32%), Embraer ON (EMBR, com 5,17%), Dasa ON (DASA3, com 4,23%) e Oi ON (OIBR3, com 2,56%). Na outra ponta, as quedas de maior expressão foram OGX Petróleo ON (OGXP3, com -42,75%), LLX Log ON (LLXL3, com -41,76%), B2W Digital ON (BTOW3, com -34,17%), Gafisa ON (GFSA3, com -24,41%) e Gol PN (GOLL4, com -22,99%).

O valor de mercado (capitalização bursátil) das 365 empresas com ações negociadas na bolsa brasileira ao final de junho foi de R$ 2,25 trilhões, abaixo dos R$ 2,46 trilhões registrados em maio, e referente ao mesmo número de empresas.

Segundo a bolsa, as 182 companhias que são negociadas nos chamados Níveis Diferenciados de Governança Corporativa – Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado – respondiam por 67,70% do valor de mercado, 78,49% do volume financeiro e 88,09% dos negócios realizados no mercado à vista. Ao final de maio, as 182 empresas representavam 67,69% do valor de mercado, 83,67% do volume financeiro e 89,07% da quantidade de negócios.

Acionistas recebem R$ 4,42 bilhões no mês

A movimentação financeira decorrente dos eventos de Custódia gerenciados pela bolsa chegou a R$ 4,42 bilhões em junho. Desse montante, R$ 1,77 bilhão se refere a dividendos e R$ 1,29 bilhão a juros sobre capital próprio, pagos a acionistas usuários da custódia da bolsa. Em maio de 2013, os valores movimentados foram de R$ 4,98 bilhões no total, dos quais R$ 1,93 bilhão refere-se a dividendos e R$ 2,66 bilhões a juros sobre capital próprio.

Em junho, o mercado a vista (lote-padrão) respondeu por 95,4% do volume financeiro; seguido pelo de opções, com 3,4%; e pelo mercado a termo, com 1,2%. O after market (negociação fora do horário regular do pregão) movimentou R$ 634,39 milhões, com a realização de 50.916 negócios, ante R$ 872,16 milhões e 49.252 transações no mês anterior.

Os investidores estrangeiros lideraram a movimentação financeira no segmento Bovespa, com participação de 44,03% ante 44,35%, em maio. Na segunda posição, ficaram os investidores institucionais, que tiveram participação de 33,36%, ante 31,76%. As pessoas físicas movimentaram 13,48%, ante 15,79% do mês anterior. As instituições financeiras ficaram com 8,34% ante 7,38%; e as empresas registraram 0,69%, ante 0,70% no mês anterior.

Os investimentos estrangeiros nos papéis de empresas brasileiras até junho atingiram um total de R$ 14,3 bilhões, resultado de R$ 10,1 bilhões ofertados no Brasil e o saldo positivo de R$ 4,2 bilhões na negociação no mercado secundário da bolsa. No mês de junho, o balanço foi negativo em R$ 4,1 bilhões, resultado de vendas de R$ 80,7 bilhões e de compras de ações de R$ 76,6 bilhões.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador