BRF lucra R$ 877 milhões no terceiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A BRF Foods apresentou um lucro líquido de R$ 877 milhões durante o terceiro trimestre, resultado 53,3% acima do apurado no mesmo período de 2014. Segundo os dados divulgados pela companhia, a receita operacional líquida apurada pela dona das marcas Sadia e Perdigão aumentou 14,4%, para R$ 8,3 bilhões. No Brasil, a Receita Operacional Líquida (ROL) alcançou R$ 3,954 bilhões, número 3,8% maior na comparação a igual período de 2014. O resultado foi favorecido pelo aumento de 7,8% na receita com produtos processados e de 8% em aves in natura.

O desempenho do mercado internacional também foi considerado favorável, sobretudo no Oriente Médio e na África. A ROL da região alcançou a marca de R$ 1,9 bilhão, número 26,2% maior em relação a 2014. Os volumes registraram redução, mas o cenário foi favorecido pelo aumento nos preços médios em reais de 34,8%, na comparação com o ano anterior. A margem EBIT do Oriente Médio e Africa (MEA) chegou a 19,4%, resultado das mudanças estruturais adotadas na região.

O lucro bruto totalizou R$ 2,6 bilhões, ante R$2,1 bilhão em 2014, registrando crescimento de 21,3% no período. A margem bruta apresentou incremento de 1,8 ponto percentual (p.p.), passando de 29,6% em 2014 para 31,4% neste ano, impulsionada principalmente por melhores preços médios em reais em todas as regiões, com destaque para MEA (+34,8% a/a), Europa (+24% a/a) e LATAM (+56,7% a/a). Em relação ao 2T15, o lucro bruto ficou 3% acima, mas com leve contração de 0,5 p.p. na margem bruta, impactada por menor diluição de custos, apesar de ganhos em volume (+2,0% t/t) e em preços médios em reias (+2,7% t/t).

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) acompanhou a alta e registrou R$ 1,52 bilhão, número 34,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. A margem EBITDA também subiu, e chegou a 18,4%, em comparação a 15,6% no terceiro trimestre do ano passado.

O Retorno sobre o Capital Investido (ROIC, sigla em inglês) apresentou resultados positivos, atingindo 13,9%, contra 9,1% no terceiro trimestre do ano passado. O cenário favoreceu a queda da dívida líquida da empresa no período, que ficou em 1,24 vez, ante 1,40 vez no 3T14. O lucro líquido da BRF cresceu 53% e atingiu o montante de R$ 877 milhões no período.

O custo do produto vendido (CPV) totalizou R$ 5,7 bilhões, 11,5% maior na comparação ante 2014, principalmente em decorrência do impacto da variação cambial nos preços dos grãos e componentes das embalagens e insumos importados; fretes; e maiores custos com utilidades e energia. Os grãos, principais componentes do custo da empresa, apresentaram alta no preço em reais na comparação anual de 6% para a soja, 9,2% no milho e o farelo de soja apresentou alta de 17%. Apesar do efeito dólar mais alto, o CPV como percentual da ROL totalizou 68,6%, ante 70,4% no 3T14, uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) na comparação anual.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Vamos agora esperar que a BRF

    Vamos agora esperar que a BRF devolva à sociedade o subisídio concedido por meio de empréstimos do BNDES. Ou então restará ao PT assumir que subsídios concedidos financiam lucros de acionistas milionários. E depois geram déficits bilionários a serem pagos com impostos e cortes sociais. Agora sabemos para onde foram os cortes…

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