Cai o desemprego e sobe o salário dos brasileiros, mostra IBGE

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Caiu o desemprego e o número de brasileiros que procuram emprego há mais de anos e aumentou a renda média mensal

Foto: Reprodução

Caiu o desemprego e o número de brasileiros que procuram emprego há mais de anos e aumentou a renda média mensal. É o que mostra o PNAD Contínua divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (22).

O desemprego no Brasil neste trimestre caiu 0,4 pontos percentuais em comparação aos meses anteriores do ano, chegando a 7,7%.

Também houve uma grande redução no número de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais: se hoje são 1,8 milhão de brasileiros, no final de 2022 era 2,6 milhões – uma queda de 28,2%. É o menor índice de final de ano desde 2015.

Ainda, houve um aumento no rendimento médio mensal dos brasileiros, hoje de R$ 2.982. Na metade do ano era de R$ 2.933 e no final de 2022 era de R$ 2.862.

Desemprego

O maior polo industrial do país, São Paulo, teve uma queda de 7,8% para 7,1% de desocupação. Outros dois estados também registraram importantes reduções no desemprego: Maranhão, de 8,8% para 6,7% e Acre, de 9,3% para 6,2%.

Houve aumento no desemprego em apenas um estado: Roraima, que a desocupação subiu de 5,1% para 7,6%. Nos demais estados, os níveis permaneceram estáveis.

Desigualdade regional

Os estados da Bahia e Pernambuco, ambos do Nordesten foram os que registraram as maiores taxas de desemprego do país: 13,3% e 13,2%, respectivamente. Rondônia e Mato Grosso tiveram os menores índices: 2,3% e 2,4%, respectivamente.

Além disso, atualmente, 73,8% dos trabalhadores do setor privado têm carteira assinada no Brasil, sendo os três estados do Sul do Brasil liderando esse privilegiado segmento: 87,8% dos trabalhadores de Santa Catarina, 82,7% do Rio Grande do Sul e 80,9% do Paraná têm carteira assinada.

Na outra ponta, trabalhadores autônomos têm a maior presença em estados do Nordeste – Maranhão com 31,8%, Pernambuco com 31% – e o estado de Rondônia com 34%.

A informalidade também é maioria no Maranhão (57,3%), no Pará (57,1%) e no Amazonas (55%), e minoria em Santa Catarina (26,8%), no Distrito Federal (30,6%) e em São Paulo (31,3%).

Desigualdade também tem cor e sexo

Pretos e pardos lideram os índices de desemprego: 9,6% e 8,9%, respectivamente, frente a 5,9% dos brancos. E as mulheres também acima (9,3%) do que os homens (6,4%).

Acesse a íntegra do relatório do PNAD Contínua do IBGE aqui.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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