China, como parceira no campo de Libra, traz mais vantagens que os EUA

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Sugerido por implacavel

De O Cafezinho

A China e o campo de Libra

O jornalista Paulo Nogueira toca num ponto que já foi abordado pelo Tijolaço algumas vezes, com outro enfoque. A presença da China na parceria com a Petrobrás, explorando o Campo de Libra, é mais vantajosa para o Brasil do que a norte-americana ou britânica. No artigo, Nogueira cita uma economista zambiana que tem abordado as diferenças entre China, Europa e EUA no tratamento dos problemas do continente africano.

Enquanto Europa e EUA sempre se caracterizaram pela exploração predatória, temperada por um assistencialismo de ongs, a China tem gerado empregos, indústrias e empreendedorismo na África. Nogueira, ao final do texto, dá uma estocada no nacionalismo hipócrita e demagógico de Serra, flagrado pelo Wikileaks prometendo dar o pré-sal a Chevron, petroleira norte-americana.

*

Por que é bom torcer para que a China ganhe o leilão de Libra

Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo

Uma questão tem sido virtualmente ignorada — ou deliberadamente distorcida — no controvertido leilão do campo de libra: a presença da China.

É a chamada boa notícia.

Torcemos para que a China ganhe. É o melhor parceiro que se pode ter hoje. Em seu excelente livro “The Winner Take All”, que relata a corrida organizada e bem-sucedida chinesa em busca de recursos naturais que garantam seu futuro, a economista Dambisa Moyo mostra como a China rompeu o paradigma ocidental nessa área.

Tradicionalmente, o ocidente promoveu guerras para tomar posse de áreas ricas em recursos naturais. Por meio das bombas, estabeleceu relações que eram absurdamente desfavoráveis para os países plenos de recursos. Veja o que os Estados Unidos fazem há anos no Oriente Médio, por exemplo, para assegurar petróleo.

A China, por ter uma natureza diferente, foi por outro caminho, demonstra Dambisa. Busca recursos naturais tendo por base uma relação em que ambas as partes ganhem. (Na brilhante definição do intelectual britânico Bertrand Russell, feita há cerca de um século depois de uma temporada na China, é um ‘país artista’, não feito para guerras.)

O papel da China na África ilustra perfeitamente isso. Dambisa, economista de prestígio internacional, está familiarizada com o quadro: é natural da Zâmbia.

Em 2002, conta ela, a China deu 1,8 bilhão de dólares para países pobres africanos. O dinheiro foi empregado em coisas como o treinamento de 15 000 profissionais africanos, a construção de 30 hospitais e 100 escolas e o aumento de bolsas de estudo para estudantes. “Dois anos antes, a China perdoara dívidas de 1,2 bilhão de dólares de países africanos”, narra Dambisa. “Em 2003, perdoou mais 750 milhões de dólares.”

O comércio bilateral entre a China e a África subiu de 10 bilhões de dólares em 2000 para 90 bilhões em 2009.

“A China oferece uma alternativa à África ao assistencialismo”, disse Dambisa numa entrevista recente à revista Época. “Estimula o comércio e o empreendedorismo, e cria empregos nas regiões em que está presente. É uma troca ou simbiose. A China é muito melhor para a África do que os Estados Unidos ou a Europa.”

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Dambisa

Não é à toa que os países africanos, como mostram pesquisas, prefiram amplamente as parcerias com a China, e não com os americanos ou as potências europeias.

No Brasil, como se vê no livro de Dambisa, a China já é também um parceiro fundamental. Nos seis primeiros meses de 2010, a China multiplicou por 10 seus investimentos no Brasil e os elevou para 20 bilhões de dólares. Com isso, os chineses se tornaram os principais investidores internacionais no Brasil, à frente dos Estados Unidos. A China é hoje, além disso, o principal parceiro comercial do Brasil.

Faltam ao Brasil recursos para explorar rapidamente o petróleo de Libra? Pena. Que se busquem parceiros, e entre estes não poderia haver ninguém melhor que os chineses.

É patética, obtusa e demagógica a reação de líderes como Serra. “Agora vamos ficar numa relação de uma quase colônia da China, um neocolonialismo do Brasil em relação aos chineses, o que me parece incrível”, disse Serra esta semana.

O que diria ele se a parceria estivesse prestes a ser travada com os americanos? Você pode imaginar. Incrível mesmo é alguém ainda dar ouvidos para o bestialógico neonacionalista de Serra.

Por: Miguel do Rosário

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Leiloar o maior campo já
    Leiloar o maior campo já descoberto do mundo é inaceitável

    Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%

    por Fernando Siqueira

     

    Com as bênçãos do governo e do Poder Legislativo, um crime contra a soberania nacional está em andamento e já tem data marcada. O Campo de Libra, situado na província brasileira do pré-sal, na Bacia de Santos, que é a maior descoberta de petróleo convencional do século XXI, irá a leilão no dia 21 de outubro, na primeira rodada de licitações da camada do pré-sal. O pontapé inicial foi dado no dia 3 de setembro, com a publicação do edital. Todo o processo culminará, em novembro, na assinatura dos contratos com os consórcios vencedores, novos donos de um tesouro nacional desapropriado do povo brasileiro.

    A pressão das majors(ou Big Oils, ou sete irmãs) sobre o governo brasileiro foi muito forte. O seminário sobre óleo e gás em fevereiro de 2013 no Riocentro teve como tema central a reabertura dos leilões. Depois veio o vice-presidente norte-americano Joe Biden pressionar, pessoalmente, a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster. A escolha de Libra para essa licitação sob o regime de partilha satisfez as exigências. A área é imensa, e não será necessária a atividade de exploração, pois o campo já foi descoberto. O ganhador só vai desenvolver o campo, que hoje já se sabe conter muito petróleo. De acordo com testes de curta duração feitos pela Petrobras, que perfurou o campo, os volumes in placesituam-se entre 28 bilhões e 42 bilhões de barris. Se considerarmos um fator de recuperação de 35% (média dos campos da Bacia de Campos), os volumes recuperáveis podem variar entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris. Mas geólogos da Petrobras estimam em mais de 15 bilhões.

    A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fixou em 41,65% a parcela mínima da União no leilão de um campo já perfurado, testado e comprovado que abriga reservas fantásticas. Os dados que mais assustam, no entanto, estão relacionados às facilidades oferecidas pelo governo para que as empresas estrangeiras se apropriem de uma de nossas maiores e mais estratégicas riquezas. O governo vem causando um prejuízo crônico à Petrobras, reduzindo drasticamente seu caixa, obrigando-a, de forma ilegal, a comprar combustíveis no exterior e vender mais barato para as distribuidoras, suas concorrentes. Ao mesmo tempo, retoma o campo que estava com a Petrobras por conta da cessão onerosa e estabelece um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que prejudica a Petrobras e impede a participação das demais empresas nacionais.

    Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%. Estamos leiloando um bilhete premiado. Nenhum país soberano e independente faz esse tipo de leilão. “A ideia é atrair as empresas estrangeiras e não espantar investidores”, diz a ANP. As entidades nacionalistas buscam instrumentos jurídicos para impedir o leilão.

    O Congresso Nacional defendeu, até o último minuto, a destinação mínima de 60% desse óleo-lucro para a União, mas foi vencido ao final. Após reunião dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com os líderes do governo na Câmara, a exigência dos 60% caiu “em nome de uma maior segurança jurídica das empresas que disputarão a licitação”. A votação, em 14 de agosto, foi rápida após o acordo com o Planalto e sepultou de vez a garantia de retorno decente para o país. Os 41,65% são um valor irrisório para o que representa o manancial do Campo de Libra. Ora, os leilões já não têm sentido por termos autossuficiência para mais de cinquenta anos, quanto mais nas condições desse campo perfurado, com reservas de 15 bilhões de barris e risco zero. Se alguém arrematar por menos de 60%, o leilão representará um fabuloso prejuízo.

    Pior é que a ANP e o governo enganam a nação quando dizem que a União ficará com, no mínimo, 75% do petróleo. Ora, o produtor fica com 40% do petróleo para remunerar seu custo de produção (esse custo é cerca de US$ 40 por barril); o contrato prevê que osroyalties, de 15%, serão também ressarcidos ao produtor. Sobram 45% para a partilha. Se o vencedor oferecer 60%, a União ficará com 60% de 45%, ou seja, 27% do petróleo produzido. E o consórcio, este sim, ficará com 73% do petróleo. Absurdo!

    De volta às privatizações

    Em entrevista recente concedida ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente da Petrobras do governo Lula, Sérgio Gabrielli, afirmou que leiloar Libra “vai na contramão da lei de partilha”. Ele destacou outro ponto sensível do edital: o bônus de R$ 15 bilhões pedido pela ANP à empresa vencedora do leilão. Segundo o ex-presidente, tais procedimentos estão “mais próximos da concessão de FHC do que da partilha”. Ele se refere à Lei das Concessões (Lei n. 9.478, de 1997), do presidente Fernando Henrique Cardoso, que era destinada a áreas de alto risco exploratório e exigia um bônus alto, uma vez que o concessionário passava a ser o proprietário do petróleo.

    Na mesma entrevista, Gabrielli declarou: “Como diminui o risco de exploração, o grande elemento a definir passa a ser como partilhar o lucro futuro. Então, o grande elemento deve ser a participação no lucro-óleo que deverá voltar ao Estado. À medida que você coloca um bônus muito alto, a partilha do lucro no futuro é menor. Ao fixar o bônus alto, você tem uma visão de curto prazo na exploração e no desenvolvimento de um recurso que já tem o grau de confirmação muito alto. […]. Mesmo com a certeza de que lá tem petróleo, você submete todo o ganho potencial futuro do Estado a uma parcela menor – o que é ruim, no novo conceito de partilha. […] Nessa operação de R$ 15 bilhões, o governo vai receber de imediato, mas a consequência disso é que, no lucro do futuro, o governo vai ficar com uma fatia menor”. Ou seja, o governo cobre o buraco do presente, mas compromete seriamente o futuro.

    Na verdade o governo estabeleceu um bônus alto com dois objetivos: 1) dificultar a participação de empresas nacionais, inclusive a Petrobras, estrangulada por ele; e 2) atingir a meta do superávit primário, que precisa de R$ 15 bilhões para se completar.

    Conjuntura internacional aterradora

    O momento em que o leilão ocorre é outro ponto relevante. A insegurança energética mundial é imensa. Estados Unidos, Europa e Ásia, além do cartel internacional, estão cada vez mais dependentes do petróleo das reservas mundiais, escassas, com cerca de 60% no Oriente Médio. Quando o pré-sal foi descoberto, imediatamente foi reativada a quarta frota norte-americana para “proteger o Brasil”, uma pressão militar óbvia. Ao mesmo tempo, o cartel internacional das petrolíferas vem agindo pelos bastidores. No setor, olobbydo cartel está profundamente infiltrado dentro do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e da Organização Nacional dos Industriais do Petróleo (Onip). Todos eles juntos conseguem dobrar os três poderes do país. Só as manifestações do povo nas ruas poderão reverter essa submissão.

     

    Fernando Siqueira

    Vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet).

     

  2. Claro, o sistema de trabalho

    Claro, o sistema de trabalho da China é excelente, engenheiro chinês, capataz chinês, operario chinês, só funciona assim porque ninguem trabalha sob chicote, só o proprio chinês, ssa é a experiencia nos projetos da China na Africa.

    A cegueira ideologica leva a essas aberrações. A China é a nação mais predatoria do planeta, a Asia inteira sabe disso, o mundo sabe disso menos o autor do post.

    1. se correr o bicho pega se ficar o bicho come

      “Para tanto, a ideia do “exército ao redor de um poço de petróleo” é interessante. Todo mundo sabe que o petróleo orienta a geopolítica global. O fluxo de petróleo decide quem é dominante, quem é invadido e quem é excluído da comunidade global. O controle físico até mesmo de um segmento de oleoduto resulta em grande poder geopolítico. E os governos que se veem nessa posição são capazes de conseguir enormes concessões.

      De tal forma que, em um só golpe, o Kremlin é capaz de condenar o Leste Europeu e a Alemanha a um inverno sem aquecimento. E até a perspectiva de Teerã abrir um oleoduto do Oriente até a Índia e a China é um pretexto para Washington manter uma lógica belicosa.

      […]

      …, as riquezas de países como o Quênia sendo roubadas e vendidas em leilão a plutocratas em Londres e Nova York.

      […]

      Os Estados Unidos não são os únicos culpados. Nos últimos anos, a infraestrutura da internet de países como Uganda foi enriquecida pelo investimento chinês direto. Empréstimos substanciais estão sendo distribuídos em troca de contratos africanos com empresas chinesas para construir uma infraestrutura de backbones de acesso à internet ligando escolas, ministérios públicos e comunidades ao sistema global de fibras ópticas.

      A África está entrando na internet, mas com hardware fornecido por uma aspirante a superpotência estrangeira. Há o risco concreto de a internet africana ser usada para manter a África subjugada no século XXI.

      CYPHERPUNKS – Liberdade e o Futuro da Internet. Julian Assange com Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann. Boitempo Editorial, 2013.

      Se a presidenta Dilma desse uma passada de olho neste livro que é um alerta de quem têm uma experiência direta cara a cara com o inimigo e o combate: “conhecemos o novo Estado da vigilância do ponto de vista de um insider, porque investigamos seus segredos”, ela poderia evitar constrangimentos públicos porque poderia agir como a sabedoria popular do espírito francês diante das maldades e bisbilhotices do mundo: Je me défends (Eu me defendo).

      “Sabemos que as antigas potências colonialistas usarão qualquer vantagem que tiverem para suprimir a independência latino-americana.

      […]

      Não é segredo algum que, na Internet, todos os caminhos que vão e vêm da América Latina passam pelos Estados Unidos. A infraestrutura da internet direciona a maior parte do tráfego que entra e sai da América do Sul por linhas de fibra óptica que cruzam fisicamente as fronteiras dos Estados Unidos. O governo norte-americano tem violado sem nenhum escrúpulo as próprias leis para mobilizar essas linhas e espionar seus cidadãos. E não há leis contra espionar cidadãos estrangeiros. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens vindas de todo o continente latino-americano são devoradas por órgãos de espionagem norte-americanos e armazenados para sempre em depósitos do tamanho de cidades.

      […]

      O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latino-americanos protegem seus segredos com hardware criptográfico. Esses hardwares e softwares embaralham as mensagens, desembaralhando-as quando chegam a seu destino. Os governos os compram para proteger seus segredos, muitas vezes com grandes despesas para o povo, por temerem, justificadamente, a interceptação de suas comunicações pelos Estados Unidos.

      Mas as empresas que vendem esses dispendiosos dispositivos possuem vínculos estreitos com a comunidade de inteligência norte-americana. Seus CEOS e funcionários seniores são matemáticos e engenheiros da NSA, capitalizando as invenções que criaram para o Estado de vigilância. Com frequência seus dispositivos são deliberadamente falhos: falhos com um propósito. Não importa quem os está utilizando ou como – os órgãos de inteligência norte-americano são capazes de decodificar o sinal e ler as mensagens.

      Esses dispositivos são vendidos a países latino-americanos e de outras regiões que desejam proteger seus segredos, mas na verdade constituem uma maneira de roubar esses segredos.”

      E a administração Obama estimula a espionagem eletrônica como fundamental tática da operação de inteligência corporativo-estatal belicosa insidiosa para criar seu Império de vigilância global. 

       

       

  3. Libra o maior campo

    Libra o maior campo descoberto no mundo? Libra tem de 8 a 12 bilhões de barris, é campo bem pequeno, a Franja do Orinoco na Venezuela tem 297 bilhões de barris comprovados, a principal concessionaria é a Chevron, é impressionante o que se escreve de tolices, sugiro ver os sites da Agencia Internacional de Energia da ONU e o da Energy Information Agency do Departamento de Energia dos EUA.

  4. A Chuna se tornou o principal

    A Chuna se tornou o principal investidor internacional no Brasil, à frente dos EUA, que coisa assombrosa mas é um delerio de quem acha a China a salvação da humanidade.

    Do total do estoque de investimento estrangeiro no Brasil, de US$688 bilhões, os EUA tem US$160,9 bilhões e em segundo lugar vem a Espanha com US$103 bilhões, a China nem aparece.

    Basta consultar o censo de capitais estrangeiros de 2012, do Banco Central do Brasil, está facinho no Google.

     

     

  5. Acho que eu nunca li tanta

    Acho que eu nunca li tanta bobagem junta em um texto, e olha que eu sou leitor assiduo dos blogs progrecistas.

    É muita cegueira ideológica essa interpretação causuística entre uma China imperialista benevolente e o imperialismo ocidental predatório.

    Acho que o senhor Paulo Nogueira deva pensar que a história da umanidade começou no século 16. Ora, a China é uma cultura muito antiga, quase tão antiga quanto o Egito dos faraós. Roma era uma vila camponesa quando o primeiro imperador unificou os 3 reinos.

    Desde os primórdios a história da China é uma história de violencia, guerras, exploração e genocidio. Nem importa qual a dinastia no comando o reino sempre.

    Os chinêses sempre se consideraram o centro do universo e todo o resto meros barbaros incivilizados. Enquanto os ingleses estavam virando o negócio do chá por ópio em favor deles, o imperador e seus eunucos continuavam a tratar a Rainha Vitória como uma barbara suja, não mais digna que um chefe de clã das estépes. 

    Isso sem falar das divisões de classes. Até os anos 80 era estabelecido que existiam os “servos camponeses”.

    Mas voltando.

    Eu acho muito curioso essas pessoas em que o ódio ideológico é capaz de distorcer as mais simples das lógicas. Então é melhor o Brasil ser dependente (colonia mesmo) de um país só para “afrontrar” os malvados americanos?

    1. Diga uma nação que não tenha uma história assim:

      “Desde os primórdios a história d … é uma história de violencia, guerras, exploração e genocidio. Nem importa qual a dinastia no comando o reino sempre”.

       Vejamos seu parágrafo seguinte:

      “Os chinêses sempre se consideraram o centro do universo e todo o resto meros barbaros incivilizados. Enquanto os ingleses estavam virando o negócio do chá por ópio em favor deles, o imperador e seus eunucos continuavam a tratar a Rainha Vitória como uma barbara suja, não mais digna que um chefe de clã das estépes”.

      Quer dizer que Dona Vitória se meteu, nos negócios que deram fama ao Fernandinho Beiramar, ao Cartel de Medellin e gente da mesma laia, o tráfico e comérrcio de drogas, com os mesmos métodos de imposição dos negócios pela violência, no caso a Guerra do ópio, e você acha que ela teve comportamento de uma “civilizada”, não o que ela efetivamente teve e significou para a China no seu tempo: a entrada de imensa miséria, ruína moral e decadência para o império chinês, que era, naquela altura do século XIX, o maior PIB do planeta, a nação mais rica existente. Dona Vitória foi civilizada para os seus, gente das classes aristocráticas e burguesas; para os proletários e minorias de sua sua nação e as gentes de outros povos, ela foi imperialista e colonialista, uma bárbara suja, enfim.

  6. Traíção e deslealdade são os

    Traíção e deslealdade são os sentimentos que Lula e Dilma Rousseff estão nos fazendo, nós os petroleiros, ter que experimentar nesses dias.

    O leilão do Campo de Libra (quantos e quais mais no futuro) é um crime de lesa-pátria.

    E mandar uma Força Nacional de segurança para garantir, com uso da força se necessário, o tal leilão é mais que traíção, é um tiro calhorda na nossa história de lutas pelo petróleo e em defesa dos governos petistas desde 2003.

    1. Uma canalhada mesmo,

      Uma canalhada mesmo, concordo.  Mas tem mais em jogo que nos nao estamos sabendo, pense comigo:

      Eh ESPECIALMENTE interessante para os EUA a entrada da China agora.  Nao entendi porque ainda.  Sei que as americanas cairam fora, e sei que a primeira pessoa do mundo a falir por causa do pre-sal foi um brasileiro, e sei que ninguem do governo brasileiro esta escutando as criticas dos proprios brasileiros a respeito do potencial desse campo.

      Alguem esta tendo a terrivel impressao que a China esta entrando numa fria?

      Alguem realmente acha que a Petrobras nao quer ter a chance de desenvolver esse campo sozinha?  Ou que “falta” dinheiro pra Petrobras o fazer???

    2. A confiança!

      Fez-me lembrar a música:

      “Quando a gente gosta,é claro que agente cuida!  Fala que me ama, mas é da boca prá fora!”

      A gente ama, cuida e CONFIA!!!      

  7. Esperavam 40 licitantes,

    Esperavam 40 licitantes, apareceram 11, ficaram 9 e agora provavelmente só tera um lance , de estatais chinesas com a Petrobras. Para consolar então vem esse papo ridiculo de que é melhor chinês do que qualquer outro Pais. Francamente, é primitivo demais.

    A China é o agiota do capitalismo, uma empresa em dificuldades quando perde credito em bancos de primeira linha, parte para os “banquinhos”, quando nem nesses consegue credito recorre aos “agiotas”.

    A China pega os ossos que ninguem quer, cobra carissimo porisso e a vitima ainda se faz de contente porque acha que está fazendo desfeita aos anglo-americanos, franceses e alemães.

    As majors ocidentais exploraram petroleo há 120 anos em quaisquer circunstancias, a Chevron descobriu o petroleo da Arabia Saudita, a BP descobriu o petroleo do Iran, a Total, antiga Compagnie Française des Petroles foi do quarteto que primeiro explorou petroleo no Iraque, a Shell era a grande produtora da Russia Imperial antes da Revolução Sovietica e descobriu o petroleo da Venezuela em consorcio com a Standard Oil of New Jersey, hoje Exxon. São putas velhas do capitalismo e ja viram de tudo. Se não entraram em Libra devem ter suas razões.

    1. Não participam por que não é ótimo, pra China é estratégico
      Simnples assim, os Americanos, talves por poder EXPLORAR nos dois sentido do termo, outras plAGAS e por ão gostarem da partilha não interessaram pelo negócio.
      Pra China é super-estratégico , eles precisam ter garantias de fornecimento e não querem FICAR NA MÃO dos Americanos.
      Há uma suspeita da não participação das Americanas para não avalizar o direitto do Brasil explorar, Eles acham que a área é ie águas internacionais,

      1. Os anglo-americanos não

        Os anglo-americanos não vieram porque o negocio é ruim. Simples assim.

        Não é por ideologia, a Chevron é a maior concessionaria da Franja do Orinoco, na Venezuela e está negociando com o Governo Kircher para assumir os ativos da YPF que eram da Repsol, estatizados por Madame kirchner.

        O campo de Libra é pequeno, de dificil e arriscada exploração e o bonus de entrada é absurdamente alto.

        É bom para chinês, para quem só sobra osso.

        1. …”o negócio é ruim” …
          Um

          …”o negócio é ruim” …

          Um “negócio” pressupõe tipicamente 2 ou mais partes.

          Quando vc diz que é “ruim”, vc quer dizer, evidentemente: “para eles”.

          Simples assim.

          O que não signfica “para nós”.

          Ou para outros que quiserem entrar, por outras razões.

          Então vc deveria estar feliz!

          Estranhamente, não parece.

           

          PS: Um campo de petróleo que, sozinho, pode estar entre as 15a maiores reserva do mundo (numa lista de maiores reservas soberanas, de países, não pode ser chamado de pequena por alguém de conhecimento e boa saúde mental, que se fraca ou inexistente, pode levá-lo à uma depreciação consistente de seu próprio país.

    2. Muito boa observações a

      Muito boa observações a respeito do capitalismo chinês, escreva um pouco a respeito do capitalismo yanque, e o quanto uma “parceria” com este seria mais vantajoso para o Brasil

  8. Caro Cláudio Augusto.

    Caro Cláudio Augusto. Recomendo a você a leitura do livro “Sobre a China” do insuspeitíssimo Henry Kissinger, sim senhor, o homem que foi ministro do exterior dos USA no governo Nixon. É ele um admirador profundo da China e dos chineses. Não tem essa de veio ideológico em seu livro e sim a análise competente de alguém que negociou arduamente com a China e a conhece profundamente. Ele traça um panorama histórico da China inacreditável e conclui: é o único país do mundo que nunca atacou com armas outro país. A guerra para eles é um exercício de retórica com outros países e não o de levantar armas. A prática chinesa é e sempre foi, independente de ideologia política, a de se defender. Bradam aos quatro ventos: não ataquem a China porque ela tem sim gente e armas para defender seu imenso território, incluído aí o Tibete que é parte da China há milênios. Leia. É instrutivo, isento, notável livro sobre um dos mais desconhecidos países do mundo com um dos mais enigmáticos povos do mundo que projeta tudo para um prazo mínimo de 100 anos.

  9. Vantagens pra China, né?

    ‘Governo está promovendo, com o pré-sal, a maior privatização e entrega da história’

    VALÉRIA NADER E GABRIEL BRITO, no Correio da Cidadania, em 16.10.2013

    Acompanhar a realidade brasileira e as narrativas sobre ela tem sido uma experiência complexa.

    Em um dia, e por um lado, aparecem, nas grandes mídias, notícias que destacam um crescimento do emprego e do rendimento do trabalho em alguns meses, a perda de fôlego na subida da inflação e até mesmo a recuperação da aprovação ao atual governo diante da queda bombástica da mesma após as manifestações de junho.

    Até aí, estamos frente a um cenário bem tranquilo no Brasil, bom para o governo e para a população.

    Em outros dias, e por outro lado, são os mesmos veículos a destacarem os grandes insucessos com que tem se deparado o governo, em face, especialmente, da desistência do leilão do pré-sal pelas grandes corporações do petróleo mundial e da baixa adesão de concorrentes para as concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos —  o que seriam consequências de um Estado dirigista e de condições escorchantes impostas aos grupos privados.

    Tantas meias-verdades, quando não grosseiras manipulações, inserem-se e decorrem de  contexto em que já está acirrado o debate eleitoral (faltando ainda quase um ano para o próximo pleito presidencial) e no qual grandes infraestruturas econômicas (ou o que restou delas) estão novamente no olho de uma acirrada disputa intercapitalista.

    Para comentar e analisar estes fatos, o Correio da Cidadania conversou com o engenheiro e professor da USP Ildo Sauer, ex-diretor de energia e gás da Petrobras no mandato de Lula.

    Em uma conversa que forçosamente teve início pelo primeiro e próximo leilão do pré-sal – do qual os atuais mandatários parecem que não vão arredar pé, a despeito de tantos clamores em contrário, de movimentos sociais até reconhecidos técnicos e estudiosos do setor –, o engenheiro  utilizou de sua costumeira lucidez e contundência.

    Os grandes atores capitalistas que têm ganhado espaço no Brasil nas últimas gestões, desde FHC, passando por Lula, e agora com Dilma, serão, segundo Ildo, novamente contemplados no setor do petróleo.

    Um processo que se revigora a cada nova investida, e sob a guarda principal do BNDES,

    Para o engenheiro,  “esse hibridismo do projeto fernandista com o projeto lulista/dilmista coloca um contexto no qual o governo, agora, promove o leilão parcial do petróleo já encontrado, coisa que nenhum país do mundo faz”.

    É ainda enfático ao dizer que “vender petróleo já descoberto, em leilão, sem quantificar exatamente seu valor, é uma inovação absolutamente estarrecedora, criada por este governo, inspirado na legislação do modelo de partilha, proposto em 2002, como um avanço em relação às concessões, quando ainda persistia um risco grande em relação aos modelos geológicos. Porém, quando o pré-sal foi confirmado (uma teoria de décadas, que só pôde ser comprovada com o avanço da geofísica e dos novos modelos computacionais, nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 na Petrobras), o modelo de partilha foi superado, já ali”.

    A primeira parte da entrevista pode ser lida a seguir. Na segunda parte, que será em breve publicada, prossegue-se com o enfoque de outros setores que passam por lógica de reestruturação semelhante à do petróleo e com uma avaliação do cenário eleitoral.

    Correio da Cidadania: Na última entrevista que nos concedeu, você afirmava que o governo Lula “assumiu toda a herança de FHC da dependência associada, da hegemonia financeira no país, de setores privatizados” e que o governo Dilma trata de “destruir tudo que ainda resta de capacidade de planejamento público”. A insistência do governo no próximo leilão de petróleo, no campo de Libra, na área do Pré-Sal, apesar de tantos clamores em contrário, são uma evidência dessa constatação?

    Ildo Sauer: Com certeza, sim. A atitude do governo Dilma Rousseff, sucedendo o governo Lula da Silva, confirma, lamentavelmente, a metamorfose no caráter daquilo que foi proposto na campanha de 2002, colocando os governos do PT como sequência natural aos governos neoliberais tucanos.

    Se os primeiros aprofundaram a dependência associada, os governos do PT a mantiveram e acrescentaram alguns conceitos, que eu diria inspirados na visão da CEPAL, para criar os chamados “campeões nacionais”.

    Às custas do BNDES e outras garantias vindas do sistema público estatal, puderam se transformar em grandes atores capitalistas, no Brasil, na América Latina, na África e no mundo.

    Está aí o projeto: os frigoríficos, com a JBS-Friboi; as telecomunicações, com a Andrade Gutierrez; as redes elétricas, com a Camargo Correa; a petroquímica, com a Braskem, do grupo Odebrecht; os biocombustíveis, com o grupo Odebrecht e outros, no Brasil e na África. Todas essas empresas têm os fundos de pensão e empresas estatais como uma espécie de apoio e muleta para os projetos.

    Assim, esse hibridismo do projeto fernandista com o projeto lulista/dilmista coloca um contexto no qual o governo, agora, promove o leilão parcial do petróleo já encontrado, coisa que nenhum país do mundo faz.

    Vender petróleo já descoberto, em leilão, sem quantificar exatamente seu valor, é uma inovação absolutamente estarrecedora, criada por este governo, inspirado na legislação do modelo de partilha, proposto em 2002, como um avanço em relação às concessões, quando ainda persistia um risco grande em relação aos modelos geológicos.

    Porém, quando o pré-sal foi confirmado (uma teoria de décadas, que só pôde ser comprovada com o avanço da geofísica e dos novos modelos computacionais, nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 na Petrobras), o modelo de partilha foi superado, já ali.

    No estágio em que nos encontramos, depois que o modelo geológico do pré-sal foi confirmado, com uma nova e imensa província petrolífera confirmada, o normal, em qualquer país do mundo, seria delimitar o volume de petróleo envolvido e eventualmente até certificar tal volume. Depois, definir uma estratégia, o que não foi feito.

    Por exemplo: na Arábia Saudita, Venezuela, Irã, Iraque, e em todos aqueles campos onde há fortes indícios de petróleo, é feita uma conclusão do processo exploratório – chama-se assim tecnicamente – que permite confirmar o volume envolvido, pra daí definir uma estratégia em relação ao ritmo de produção.

    E se o volume for muito grande, como o caso brasileiro indica, coordena-se com os demais países produtores, no sentido de garantir que o preço do petróleo possa ser mantido num patamar elevado, gerando mais riqueza para os países produtores.

    Isso é uma disputa geopolítica estratégica, entre os grandes consumidores – comandados pelos EUA, a China, que entrou no clube agora, e outros em menor escala, como a Índia – e os países produtores – comandados pela OPEP, cujo líder principal ainda é a Arábia, maior produtora, com cerca de 10 milhões de barris por dia, em coordenação com a Rússia, que não é da OPEP, mas também produz quase 10 milhões de barris por dia.

    OPEP mais Rússia respondem por 35 milhões de barris, dos quase 90 milhões de barris consumidos diariamente no mundo.

    Parte significativa é produzida e consumida dentro de países como os EUA, que têm uma produção muito grande, inclusive com a entrada agora do petróleo não convencional e o gás não convencional, chamados shale gas e shale oil, com biocombustíveis e outros potenciais de eficiência energética.

    Além disso, há o anúncio recente, de 2011, do acordo entre os presidentes Obama e Rousseff, para acelerar o desenvolvimento dos recursos do pré-sal, com a cooperação dos dois países e no interesse de ambos, se é que isso é possível. Mas foi assim que a Casa Branca anunciou o acordo.

    Os EUA dizem que vão buscar desenvolver sua plataforma continental, atrás de shale gas e oil no mundo inteiro, especialmente no México, por estar próximo, na China, que tem mais recursos, e também na Argentina e Brasil.

    No México, a Casa Branca já pressiona e negocia a abertura do Golfo do México, na parte do país asteca, pois a parte norte-americana já está em desenvolvimento.

    Correio da Cidadania: Diante, portanto, do peso e papel dos EUA no xadrez do petróleo, passou a ser determinante o que pode decorrer na exploração do pré-sal, não?

    Ildo Sauer: A estratégia global dos EUA é tentar quebrar a espinha dorsal da OPEP, porque, em 1960, quando ela foi criada, os Estados Nacionais controlavam 2% das reservas mundiais, as multinacionais, 84% e a URSS, 14%.

    Em 2010, temos o reverso: as multinacionais têm menos de 10% e os Estados Nacionais, na maioria com empresas 100% públicas, ou híbridas, como a Petrobras e a Statoil, e algumas chinesas, detêm, em conjunto, mais de 92% das reservas. Foi isso que permitiu a coordenação da produção, elevando o preço, paulatinamente, desde o primeiro experimento, no início de 2005, quando o barril ainda estava em 30 dólares.

    Apesar das tentativas da OPEP, em 1973 e 1979, de levantar o preço, isso não se sustentou, porque havia a atuação da União Soviética, que vendia fora da cota, além do próprio México e outros países, que não cumpriam com as cotas e tentavam vender por fora do acordo, o que solapou os preços.

    Portanto, essa é a disputa. É evidente que, para um país produtor, com uma riqueza do tamanho do pré-sal (fruto da natureza, pois foi produzido em pelo menos 130 ou 140 milhões de anos – e, do ponto de vista social, fruto de uma luta que em 16 de outubro coroa 60 anos, com o aniversário da Petrobras), tal disputa, natural e social, outorgará à sociedade brasileira uma riqueza que na verdade pertence às gerações futuras.

    Porque, neste quadro que citei há pouco, o petróleo tende a ter uma possibilidade de valorização nas próximas décadas, na medida em que se aproxima o fim da disponibilidade de recursos convencionais.

    Os substitutos de petróleo, mais caros, não convencionais, as energias renováveis, ou mesmo a liquefação do carvão, que seria a única forma atualmente possível de fazer energia convencional, ou a mudança do padrão urbano-industrial, tudo isso leva a um custo. E quem controla o petróleo pode se apropriar de uma chamada renda absoluta, renda diferencial, desde que construa as condições políticas para isso, o que a OPEP tem feito.

    Portanto, a pergunta é: o acordo que a senhora Rousseff assinou com Obama, em 2011, é do interesse do país?

    Parece-me que não, é o contrário.

    O interesse brasileiro deveria ser se coordenar com a OPEP para manter os preços, especialmente no futuro. Até porque, como eu disse, este petróleo que está aí pertence às gerações futuras.

    O conceito de royalty vem da ideia de que existe um soberano. Antigamente, o soberano era o rei, agora o soberano é o povo.

    Pelo artigo 20 da Constituição, é a nação brasileira. Arrancar esse petróleo e convertê-lo em moeda, algo possível por muitos modelos técnicos e econômicos, só faz sentido se o petróleo produzido for convertido em uma riqueza superior à que o próprio petróleo representará no futuro, se ainda for mantido nos seus reservatórios.

    De maneira que esse é o grande dilema geopolítico, estratégico e ético enfrentado pela sociedade brasileira, quando o governo anuncia o leilão do campo de Libra. Esse é o contexto que deve ser entendido.

    O governo tem dado mostras de que não compreendeu nem o papel do petróleo na história da energia e da sua reprodução social, e nem a disputa que está aí.

    Correio da Cidadania: Caso fosse pra tratar o assunto petróleo com seriedade hoje, o que deveria ser feito, em sua opinião, tanto em termos operacionais, como no que se refere à atual legislação que arbitrará a partilha?

    Ildo Sauer: A primeira medida, em qualquer país, seria concluir o processo exploratório, a um custo de aproximadamente 7 bilhões de dólares, fazendo uns 100 poços exploratórios de Santa Catarina ao Espírito Santo, permitindo-nos delimitar o volume de reservas.

    Isso proporcionaria avaliar com segurança qual estratégia poderia ser tomada.

    Ao longo de 60 anos, a Petrobras foi capaz de descobrir 20 bilhões de barris convencionais, dos quais 5 bilhões foram produzidos, tendo uma reserva de cerca de 15 bilhões. Mas, no modelo do pré-sal, já temos assegurados, sem confirmação formal, cerca de 60 bilhões de barris.

    São 15 bilhões em Libra; 9 bilhões em Lula (antigo Tupi); 4 bilhões em Iara; 10 bilhões no campo de Carioca; 9 bilhões no campo de Franco; 2 bilhões em Guará; cerca de 5 bilhões nas áreas das chamadas baleias.

    De modo que, se fizermos a soma de tudo, chegamos a quase 60 bilhões de barris. Há, no entanto, muitos geólogos e especialistas acreditando que o Brasil tem no mínimo 100 bilhões de barris, podendo chegar a 300 bilhões, o que seria a maior reserva do mundo. Esse é o quadro.

    Quando vamos fatiar e vender, fazendo um leilão de 15 bilhões de barris, o acontecimento não é grave só pelo que o país conseguiu acumular em 60 anos de história, com  todo o trabalho envolvido da Petrobras; significa também que o modelo de tratar petróleo como algo convencional, e não como um assunto estratégico, está equivocado.

    Como disse no começo, o modelo da partilha era interessante antes, quando permitia obter mais recursos públicos em relação ao regime das concessões. Hoje, ambos estão superados.

    Todos os países do mundo que possuem grandes reservas, como Arábia, Venezuela, Irã, Iraque, a própria Líbia, Kuwait, Emirados Árabes, todos eles têm uma empresa 100% estatal, que é o modelo preferido. Outros, como não têm a empresa estatal, apelam a um modelo de prestação de serviço com a própria empresa.

    A Petrobras foi contratada pra concluir o processo exploratório, como já o fez, por causa da capitalização e da cessão onerosa daqueles 5 bilhões de barris (quando da sanção em lei do modelo de partilha).

    A ironia foi essa: a Petrobras foi contratada pela ANP pra encontrar alguns campos que somassem 5 bilhões de barris.

    Encontrou Libra, que tinha 15 bilhões, muito além do necessário; encontrou Carioca, com 10; Franco, com 9. Isto é, acabou que o benefício colateral foram as descobertas feitas pela Petrobras.

    O certo seria concluir esse processo e saber quanto existe de petróleo no Brasil. E então a Petrobras seria uma prestadora de serviços. Receberia do governo um prêmio muito grande para manter a tecnologia e remunerar as pessoas.

    Porque a lei da partilha, apesar de todos os seus problemas, só foi sancionada nos últimos dias do governo Lula (22/12/2010), que durante oito anos exerceu, na plenitude, o modelo da concessão, por ele combatido como candidato.

    Ele exerceu tal modelo por mais tempo que o próprio criador, FHC, que o criou em 1997, começando a exercê-lo a partir de 2000.

    Mas a lei 12.351/2010 permite, de todo modo, em seu artigo 8, ao governo e à União, estabelecer o contrato de partilha de produção diretamente com a Petrobras, dispensando a licitação, ou mediante a licitação, mas sem modelo de leilão.

    Assim, ainda que o governo precise arrumar dinheiro, buscar recursos, por razões macroeconômicas, porque está com problemas de fluxo na balança de pagamentos e no equilíbrio das contas públicas, poderia fazê-lo mediante a contratação aberta e transparente da Petrobras, para então buscar os parceiros, negociando aberta e francamente, como é o caso de China, Índia e outros mais.

    Mas não. O governo resolve fazer um leilão que assemelho ao seguinte: suponha que cada campo de petróleo corresponde a uma fazenda cheia de bois. E o dono da fazenda vai leiloá-la sem sequer contar o número de bois. É o caso de Libra.

    A ANP diz que pode ter entre 8 e 12 bilhões de barris, mas muitos geólogos da Petrobras acreditam até em 15. Como fazer o leilão? Péssimo sinal.

    Indica que estamos abrindo mão de uma estratégia global em benefício de um contrato microeconômico, que se resolve sozinho. Uma vez assinado o contrato com o consórcio, incluindo a Petrobras como operadora ou financiadora, ela pode participar em até 70%. Mas a  empresa está quebrada, com dificuldades, por causa da descapitalização que o governo impôs a ela, ao obrigá-la a importar combustíveis (GLT, gasolina, diesel e outros) e vendê-los abaixo do preço de importação.

    Ao mesmo tempo, a empresa não tem plano de investimentos. Está, portanto, numa situação desfavorável para participar do leilão, dando mais chance aos outros.

    Em resumo, o que o governo quer leiloar agora é um duplo recurso: primeiro, o recurso natural, o campo, petróleo; segundo, a capacitação tecnológica da Petrobras, feita operadora e, portanto, minimizando o risco econômico e financeiro do sócio que vier, que só precisará aportar recursos financeiros para cumprir o programa de investimento.

    É uma avaliação simples: se esse campo de Libra tiver de fato 15 bilhões de barris, serão necessárias cerca de 20 plataformas, ao custo de 3 a 4 bilhões de dólares, cerca de 70 bilhões de dólares ao todo.

    Mas, se a produção for acelerada, por exemplo, pra exaurir o campo em 20 anos, ao invés dos 35 anos possíveis, significa produzir 2 milhões de barris por dia.

    Com o custo de capital, somado à operação e manutenção, em 15 dólares, com os 15% de royalties, também 15 dólares, sobram 70 dólares, caso o atual preço de 100 dólares por barril seja mantido.

    Isso multiplicado por 2 milhões de barris por dia dá 730 milhões de barris por ano, mais de 50 bilhões de dólares de ganho líquido por ano. Ou seja, o investimento se paga em um ano ou um ano e meio. No máximo, em dois anos. É o dilema que está colocado.

    Correio da Cidadania: Diante de um quadro quase surreal, aparentemente sem paralelo algum no mundo, que rifa nosso planejamento estratégico para o futuro, o que você considera que pode ou dever ser feito contra este leilão?

    Ildo Sauer: Sabe qual o grave problema? Se o Brasil começar a colocar de 1 a 2 milhões de barris por dia no mercado, e a Petrobras, no seu plano de negócios, estiver prevendo se tornar uma exportadora grande até 2020, o Brasil poderá já estar exportando de 2 a 3 milhões de barris por dia nesse ano, ficando atrás somente da Rússia e Arábia, junto de Venezuela, Irã (se não for invadido também), Iraque (que não se recuperou), Líbia (que decaiu muito)…

    Portanto, é o quadro colocado aí. É difícil compreender qual a visão geopolítica e estratégica que motivou o governo a cometer o desatino de propor o leilão desse jeito, sem sequer saber quanto de petróleo existe.

    Por isso, também, que eu e outros fazemos a proposta de, primeiro, cancelar e suspender o leilão imediatamente. Estamos buscando parceria, pra entrar na justiça, com movimentos sociais e parlamentares, como os senadores Roberto Requião, Pedro Simon, Randolfe Rodrigues etc.

    Até o senador Aloyzio Nunes Ferreira e outros têm manifestado apoio a um decreto legislativo que cancele e suspenda o leilão. Outros defendem a entrada na justiça.

    Mas a base que eu e outros defendemos, principalmente, é que a primeira etapa seria concluir o processo exploratório.

    Se temos 100 bilhões de barris, ou 200, ou 300, ou 60, a estratégia é uma ou outra, de acordo com a condição. Depois, que se faça um plano nacional de desenvolvimento econômico e social.

    Para saber quanto teríamos de investir em educação e saúde públicas, mobilidade e reforma urbana, reforma agrária, proteção ambiental, infraestrutura produtiva, ciência e tecnologia e, acima de tudo, a promoção de tecnologia de transição energética, através das fontes renováveis, tornando-as mais baratas e competitivas.

    Em algumas décadas, isso será mandamento, e não uma questão de escolha.

    Só depois de saber o orçamento de tudo isso é que iríamos organizar a produção, em coordenação com os demais países, pra manter o preço elevado e obter o excedente econômico.

    Isso poderá incluir parcerias estratégicas com países que poderão aportar recursos, por exemplo, China, Índia e outros que precisam de petróleo.

    Eles têm tecnologias, serviços e produtos que poderiam ajudar a fazer a rede de transporte de alta velocidade nas cidades, entre estados, além de ferrovias, portos e tudo mais. Isso é possível.

    Com esse plano, poderíamos, então, alterar radicalmente a condição socioeconômica do país, promovendo um país desenvolvido.

    Correio da Cidadania: Desse modo, a debatida subordinação está sendo francamente assumida como projeto de país? O ‘bilhete premiado’ está sendo rasgado?

    Ildo Sauer: Na linha do que disse na entrevista anterior (‘Pacotes do governo vão completar processo que FHC não conseguiu terminar’), precisamos depender necessariamente das empresas capitalistas, brasileiras ou estrangeiras, como propôs FHC, ou mesmo as nacionais, criadas pelo Lula.

    Com nossas instituições criadas socialmente – ao estilo do que propuseram Ruy Mauro Marini, Caio Prado Jr., Theothonio dos Santos, Vânia Brambilla, e outros que trabalham com a dialética da dependência –, seria possível alterar radicalmente os termos de intercâmbio e a inserção internacional de nosso país.

    Inserção esta que, pela lógica da Dilma, será subalterna, ao apenas aportar petróleo pra jogá-lo pelo mundo, ao invés de construir uma estratégia diferente, pela qual esse intercâmbio se faça em termos menos assimétricos, com maior igualdade, privilegiando o resgate das dívidas sociais do Brasil.

    A Constituição brasileira, em seu artigo 5, fala dos direitos sociais. Começa pela educação e saúde, passa pela moradia e muitos outros. O artigo 20 diz que o subsolo, o petróleo e os potenciais hidráulicos pertencem à nação.

    O governo diz que não tem dinheiro pra cumprir as dívidas do artigo 5, mas está desperdiçando a riqueza potencialmente presente, garantida pelo artigo 20.

    Portanto, recuperando a dimensão do que têm dito esses teóricos citados – que buscam maior autonomia para a sociedade brasileira na sua relação com os países centrais, da América do Norte, Europa e Ásia –, a utilização dos recursos naturais com vistas à sua apropriação social, ao lado do avanço da capacidade produtiva sob comando público (leia-se, sob comando da Petrobras),  faria possível definir uma estratégia capaz de, em uma década, resgatar grande parte da dívida social brasileira.

    Mas não é que está acontecendo. Não há esse plano. Está tudo sendo feito no improviso, por incompetência, falta de visão estratégica e geopolítica, arrogância, ignorância. Ou ainda má fé, que me custaria acreditar.

    Está claro, portanto, que a visão adotada pelo governo — com a respectiva  missão delegada à ANP, a partir de uma avaliação superficial do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de promover o leilão açodadamente — indica um desastre político.

    Ainda que o governo diga que  resultarão muitos recursos e dinheiro dessa estratégia, está claro que não é bem assim. Estamos abrindo as portas para um modelo de entrega.

    É a maior privatização da história brasileira, muito maior do que a promovida pelos tucanos. Essa senhora Rousseff, de uma tacada só, está promovendo a maior privatização e entrega da história.

    Repito que não há notícia no mundo, de país algum, que resolva leiloar e vender petróleo, sem saber quanto do produto já foi descoberto. Isso não se faz! É contra qualquer noção de gestão de recursos naturais, no curto, médio e longo prazo.

    Correio da Cidadania: Como enxerga, finalmente, e à luz de tudo que foi dito, o fato de, aparentemente, o leilão do campo de Libra não ter atraído a participação de um número maior de empresas, como, por exemplo, a grandes Chevron e Exxon?

    Ildo Sauer: Não surpreende, mesmo que a imprensa brasileira tente usar tais empresas a fim de mostrar que o leilão foi um fracasso.

    Bom, fracasso é fazer o leilão. Como a Petrobras já está decidida, por lei, como operadora, escolhendo quais plataformas e onde comprá-las, não interessa à Chevron, Exxon, BP e BG (esta menor), pois elas querem operar e perseguir óleo.

    Neste caso, o papel que se reserva a elas é o de sócio financeiro. E tais empresas também sabem que ninguém tem esse dinheiro em caixa, 70 ou 80 bilhões de dólares.

    Vão todos buscar no mercado financeiro. Hoje, quem tem muito mais recurso financeiro são as empresas chinesas.

    O Estado chinês acumulou reservas internacionais de 3 trilhões de dólares, grande parte delas emprestadas ao governo dos EUA.

    Obviamente, tirar de lá 80 bilhões pra vir pra cá não tem um significado tão relevante para um país como a China, com a Sinopec, CNPC, Petrochina, seja qual delas estiver nos leilões.

    Sabe-se que elas, se vierem, vão lucrar muito e ainda vão garantir suprimento seguro para a China com tal modelo.

    Valéria Nader, jornalista e economista, é editora do Correio da Cidadania; Gabriel Brito é jornalista.

     

    1. O PT, como é de seu feitio,

      O PT, como é de seu feitio, vide mensalão, está agindo sorrateiramente na internacionalização da Petrobras. A petroleira, assim como a Embrapa, são nossas maiores, senão únicas, reservas tecnológicas, valiosíssimas em dois assuntos estratégicos a nível mundial, produção de energia e de comida, e estão sendo, disfarçadamente entregues a interesses de corporações estrangeiras.

      1. Tecnologia brasileira?

        A Petrobrás ainda é uma reserva tecnológica nossa. Isso você deveria dizer, pois ela serai entregue aos gringos com o nome de PETROBRAX. Eu que trabalhei numa empresa do grupo Telebras e sei o quanto tínhamos de tecnologia nacional de telecomunicações, posso fazer essa afirmação. O CPQD da Telebras fazia pesquisa e desenvolvia tecnologia de ponta, gerando muitos empregos qualificados. O que fez a Tucanaria? Destruiu tudo. É só isso que sabem fazer. Mas não o fizeram de graça.

    2. Pré-Sal, Campo de Libra, Petrobras, petróleo, Ildo Sauer

      Começou mal a entrevista já, com o Ildo falando mal da política dos ‘campeões nacionais’ do BNDES, adotada no governo Lula, que visa criar multinacionais brasileiras competitivas globalmente, algo de que o Brasil necessita muito para poder se desenvolver, de fato.

       

      Todas as grandes multinacionais asiáticas (do Japão, Coréia do Sul, China) foram criadas com forte participação e ajuda do Estado (com oferta de crédito barato, juros baixos, reservas de mercado, dumping cambial e trabalhista, etc).

       

      Os EUA também tem política de criar ‘campeões nacionais’, em alguns setores fundamentais de sua economia, como as áreas espacial e a militar.

       

      Dizer que isso é uma política herdada de FHC é uma brutal asneira. FHC nunca adotou política estatal de fortalecimento de grupos nacionais competitivos em termos globais, pois seu projeto aprofundava a dependência do Brasil com relação aos países ricos. Era o oposto do projeto dos governos Lula-Dilma, que visa obter maior autonomia em relação aos mesmos. Vejam que a participação dos EUA nas exportações do Brasil, durante os governos Lula-Dilma, despencou para algo como 14%, contra cerca de 30% na época de FHC. 

       

      Se o interesse dos EUA no pré-sal é tão grande, então porque não temos nenhuma grande petrolífera ianque participando do leilão do Campo de Libra? Ele não diz… Logo, todo esse interesse dos EUA ficou só no gogó, mesmo…

       

      Discurso confuso, o dele: Ele fala que só faz sentido produzir petróleo se for para gerar riqueza para as gerações futuras, o que é correto, mas é exatamente isso que o Regime de Partilha criado pelo governo Lula faz. A PetroSal, por exemplo, terá poder de vetar qualquer decisão dos consórcios produtores que seja prejudicial ao país. Navios e plataformas serão feitas no Brasil, com um grau crescente de nacionalização. E 25% dos royalties vão para a saúde e 75% para a Educação. A renda apropriada pelo Estado será investida em inovação, área social, meio ambiente. A construção de novas grandes refinarias nos próximos anos (no RJ, CE, MA e PE) ampliará a capacidade de refino da Petrobras, fazendo com que aumente as exportações de derivados e não apenas a de petróleo bruto.

       

      Ele não sabe de nada disso, não? Ridícula essa entrevista.

      Ele fala do Brasil ter uma empresa 100% estatal para o petróleo. Mas o Brasil nunca teve isso. A Petrobras sempre teve, desde a sua criação, boa parte do seu capital nas mãos do setor privado. Aliás, o governo Lula aumentou a participação estatal na empresa de 38% para 48% do capital total quando promoveu a capitalização da Petrobras em 2010. Lembram disso, né? Ildo parece que esqueceu. 

       

      Além disso, se o Estado fosse comprar todas as ações em mãos de particulares elas se valorizariam de forma brutal e o custo disso para o Estado seria gigantesco. De onde sairia o dinheiro para efetuar essa compra? Cairia do céu, feito maná?

      A entrevista dele é fraca, muito fraca. Todos esses caras que trabalham em governos, dos quais saem carregando mágoas, só falam besteira depois. É o caso do Ildo. 

       

      Aliás, só para encerrar: O monopólio estatal do petróleo nunca foi total. Ele valia para pesquisa, exploração e refino. Mas nunca existiu para os setores de distribuição e de comercialização. Por isso que sempre tivemos postos da Esso, Texaco, etc, aqui no Brasil.

       

      E o Ildo fala que primeiro teria que delimitar, com precisão, quanto petróleo tem no pré-sal, certo? Mas quanto tempo iria demorar para fazer isso? Com certeza, seria um trabalho de muitos anos. Até lá, o petróleo ficaria submerso, sem gerar nenhum tipo de riqueza e de benefício para o país, correto? Se fôssemos um país desenvolvido, com as questões sociais resolvidas, poderíamos nos dar a esse luxo. Mas não somos.

       

      As injustiças e as desigualdades ainda são imensas e precisamos de muitos recursos para resolver tais problemas.

       

      O pré-sal nos proporcionará essa chance, é uma oportunidade única, até porque temos um governo com muito mais sensibilidade social.

       

      O Ildo fala como se o Brasil fosse uma Noruega, rica em petróleo, mas que faz uma exploração controlada do mesmo. Mas ela pode se dar a esse luxo, pois é o país número 1 no IDH da ONU. E nós somos apenas o 85o., certo?

       

      Além disso, se esperarmos muito para explorar essa riqueza, quem garante que daqui a alguns anos não teremos novamente um governo neoliberal, tucano-marinista-campista, governando o Brasil? 

       

      E se isso acontecer não é preciso dizer o que eles farão com essa riqueza toda, né? Vai tudo para as ‘Chevrons’ da vida, como o Serra prometeu que faria em 2010.

       

      Com base em tudo o que li até agora, entendo que as regras do ‘Regime de Partilha’ tiveram uma grande preocupação com o futuro do país, sim.

       

      E se quisermos ter um futuro melhor, precisamos investir já. 

       

      E para isso precisamos de recursos, que é justamente o que o pré-sal irá nos proporcionar. 

    3. Pré-Sal, Campo de Libra, Petrobras, petróleo, Ildo Sauer

      Vejam o que a revista ‘Exame’ (da Abril e neoliberal) escreveu sobre o Regime de Partilha criado pelo governo Lula para o petróleo do pré-sal:

       

      “Ao contrário dos leilões anteriores, o modelo em Libra é o de partilha de produção, e não concessão. O vencedor será o grupo que oferecer ao governo a maior fatia de “óleo lucro” – petróleo produzido depois de pagos os investimentos iniciais feitos pelas empresas – para vender por conta própria. 

      O lance mínimo é de 41,65% de participação, mas o governo espera que as ofertas cheguem a 75% ou mais. 

      O novo modelo é mais atrativo financeiramente para o governo, mas não para as empresas. O problema é que a alta taxa de participação do Estado nos lucros, somada a operação obrigatória e exclusiva da Petrobras, deixou as grandes petrolíferas internacionais receosas com o pré-sal.”.

       

      Assim, a própria ‘Exame’ desmente o Ildo Sauer, deixando claro que as grandes petroleiras dos EUA e Reino Unido não estão participando do leilão do Campo de Libra porque as regras do regime de Partilha beneficiam muito mais ao Estado brasileiro do que às empresas privadas que gostariam de investir no setor. 

      Se estivesse, de fato, ocorrendo uma privatização do petróleo do pré-sal alguém duvida que a BP, BG, Exxon e Chevron estariam participando do leilão de Libra? Elas entrariam com tudo para ganhar o leilão, sem dúvida alguma.

      Todos esses intelectuais que trabalham em governos, dos quais saem carregados de mágoas, só falam besteira depois. 

      É o caso do Ildo.

       

  10. Não podemos parar o Brasil pra investir tudo na Petrobrás.
    Naõ podemos despir um santo pra cobrir outro!
    Há podemos expolorar devagar?
    Acho que não,pois, as tecnologias avançam e temos que aproveitar esse tempo de preços altos,e aplicar em Educação , ciência e tecnologia.
    Temos demandas sociail imensas e não podemos arriscar .
    Parceiros extratégicos no momento é importante , podemos amarrar parcerias com a China na África, Há quem diga que é muito provável, dado as semelhanças, existi reservas de pré-sal na Àfrica, mas,
    Temos que ficar também atento com os Chineses e estudadar os problemas que a Embrater está enfrentando lá..
    Os Chineses trabalhadores em solo Brasileiro devem ter os direitos dás mesmas leis da CLT>
    Os Chineses tem que ter eo mesmo cuidado e ,se necessário impor o respeito ás normas ambientais e não permitir economia porca que nos leve a acidentes como o da chevron que por pura economia porca , indiferença ou ganãncia não repeitou asos processos de exploração

  11. Amanhã teremos o maior ato de

    Amanhã teremos o maior ato de vandalismo da história do Brasil.

    Dilma et caterva irão depredar e destruir o nosso patrimônio.

    E você aí, preocupado com as agências de banco e as lixeiras.

  12. Quanta tolice…

    A energia fóssil está com seus dias contados!  Se não forem buscados outros meios, ficaremos eternamente a luz de velas…E ainda  bem que por aqui, o calor tropical ( excetuado os pampas) impera !!

    Com a exploração do gás/óleo de xisto, os maiores consumidores do mundo terão ainda uma boa folga e isto fará com que, as “imensas” (para ignorantes) reservas do pré-sal  se transformem rapidamente em um grande mico…

    Vai ser igual a  galera que plantou tomate no meio deste ano: Vendiam a caixa de 10 kg  por R$ 0,50  enquanto  o “zóio grande”  brihou  ao ver os R$ 10,00  por kg  do início.

    Por isso, com chinês, paquitanês  ou mesmo marciano,  vamos explorar esta p….. logo  enquanto há tempo….

    O resto é conversa  prá boi dormir.   o Serra e o PSDB, nacionalistas???  Me façam uma garapa  de  cana cayana !!!

  13. Pergunta…

    Se  as condições do novo processo de Partilha fossem tão vantajosos  assim para os licitantes  como afirma o vice da aepet,  com certeza não teríamos tão poucos  participantes como estão aparecendo…

    O resto é lero-lero e  venha  cá que eu também quero !!!!

  14. Pré-Sal, Campo de Libra, Petrobras, petróleo, Ildo Sauer

    Leilão do Campo de Libra: Regras garantem ao Estado Brasileiro uma participação mínima de 73,35% na renda líquida! – por Marcos Doniseti!

     

    Capitalização da Petrobras, feita no governo Lula, elevou a participação do Estado no capital total da empresa para 48%.

    Usando dos dados publicados pelo Fernando Brito no ‘Tijolaço’ (ver link abaixo), fiz alguns cálculos que mostram que as regras do ‘Regime de Partilha’, e que foram aprovadas pelo Congresso Nacional, durante o governo Lula, garantem ao Estado Brasileiro uma participação mínima de 73,35% da renda líquida obtida com a extração do petróleo do pré-sal. 

    Senão, vejamos:

    Obs: A participação mínima do Estado Brasileiro, pelas regras do leilão, é de 40%.

    A participação mínima da Petrobras no consórcio vencedor (não importando qual seja o mesmo) é de 30%, certo? 

    E é claro que esta participação será ainda maior se a Petrobras fizer parte do consórcio vencedor do leilão.

    Mas o objetivo aqui deste texto é pensar sempre nas piores possibilidades, ou seja:

    1) A de que a Petrobras não integrará o consórcio vencedor do leilão (o que dificilmente acontecerá, pois a empresa se preparou muito para o mesmo);

    2) A oferta do consórcio vencedor para a participação do Estado Brasileiro no Campo de Libra for de apenas 41,65%, que é o mínimo exigido pelas regras do leilão.

    Então, nestas condições, que são as piores possíveis, qual seria a participação total do Estado Brasileiro na renda líquida obtida com a extração do petróleo do Campo de Libra?

    Ela seria de 73,35%. 

    Isso mesmo!

     

    Regras do ‘Regime de Partilha’, criadas pelo governo Lula, garantem ao Estado Brasileiro uma participação mínima de 73,35% na renda líquida do petróleo do pré-sal. Na China o índice é de 71% e na Rússia é de 69%.

    Levando em consideração as condições acima, qual seria a participação do Estado Brasileiro com o barril de petróleo cotado a US$ 100? 

    É o que iremos calcular a partir de agora (a partir de dados retirados do ‘Tijolaço’):

    Receita bruta por barril (A) US$ 100:

    Royalties (15%) – US$ 15;
    Custos de Extração  – US$ 30;
    Receita Líquida – US$ 55;
    Óleo do Governo (participação de 41,65%) – US$ 23;
    Óleo do Consórcio – US$ 32;
    Imposto de Renda (de 25%, cobrado sobre a renda líquida do consórcio, que é de US$ 332 – US$ 8;
    CSLL (9%, também cobrado sobre os US$ 33 de renda líquida do consórcio) – US$ 2,88.

    Lucro Final do Consórcio – US 21,12 (30,2%). 

    Para saber como calcular o lucro final do consórcio basta somar o IR e o CSLL e abater o valor alcançado (US$ 10,88) dos US$ 32 de renda líquida do consórcio. 

    Então, 34% (US$ 10,88) dos US$ 32 obtidos pelo consórcio ficarão com o Estado Brasileiro, frutos da cobrança do IR e da CSLL. 

    Mas também temos uma participação mínima da Petrobras no consórcio vencedor (não importando qual seja o mesmo) e que é de 30%. 

    Logo, a Petrobras ficará com US$ 6,34 destes US$ 21,12 de renda liquida (já descontados o IR e o CSLL) que o consórcio vencedor terá.

    E também não podemos esquecer que quando o Presidente Lula capitalizou a Petrobras, a participação do Estado no capital total da empresa subiu para 48%. 

    Logo, destes US$ 6,53 de lucro líquido (que é a parcela mínima que a Petrobras terá no Lucro Líquido do Consórcio vencedor) a parcela do Estado Brasileiro será de US$ 3,17. 

    Somando tudo (ou seja: 1) Royalties; 2) IR, 3) CSSL; 4) Participação mínima de 40% do Estado Brasileiro sobre todo o petróleo extraído; 5) Participação mínima de 30% da Petrobras no consórcio vencedor; 6) Participação de 48% do Estado no capital total da Petrobras) a fatia TOTAL do Estado brasileiro na renda obtida com a extração do petróleo no Campo de Libra, nas condições descritas acima (e que são as mais pessimistas possíveis), será de (no mínimo) US$ 52,05. 

    Isso representa uma participação total de 74,35% do Estado Brasileiro sobre a Receita Líquida (que é de US$ 70, pois temos que descontar os US$ 30 de custo para extrair o petróleo) obtida com a extração do petróleo do pré-sal do Campo de Libra. 

     

    Participação do Estado na renda obtida com a extração de petróleo nos países acima. Somente a Venezuela e o Cazaquistão tem percentual maior do que aquela que é garantida ao Estado Brasileiro, que é de, no mínimo, de 73,35%. 

    Assim, repito: As regras do Leilão, conforme o regime de Partilha (aprovado pelo Congresso Nacional durante o governo Lula) garantem ao Estado Brasileiro uma participação mínima de 74,35% sobre a Receita Líquida obtida com a extração do petróleo do pré-sal.  

    Para se ter uma ideia do que isso significa, isso é mais do que a participação do Estado na China (que é de 71%) e na Rússia (de 69%). E ninguém é louco de dizer que os governos destes dois países são entreguistas, não é mesmo?

    E o Fernando Brito, do ‘Tijolaço’, calculou que se a oferta de participação do Estado Brasileiro, feita pelo consórcio vencedor do leilão, for de 65%, então a participação Estatal total na renda obtida com o petróleo do pré-sal será de 86,2%, pouco distante dos 88% da Venezuela Bolivariana. 

    Então, é por isso que colunistas da reacionária ‘Veja’ (como o Rodrigo Constantino) e a neo-entreguisa Marina Silva falam tanto em querer acabar com o ‘Chavismo’ do governo Lula-Dilma, pois estes adotam regras e programas que beneficiam muito mais ao Brasil e ao seu povo do que qualquer governo anterior. 

    Logo, somente alguém totalmente desinformado, ou que pratique uma deslavada desonestidade intelectual, pode dizer que a realização do leilão do Campo de Libra representa algum tipo de ‘entreguismo’ das riquezas do país para o exterior. 

    Muito pelo contrário. 

     

    As regras do “Regime de Partilha”, que foram aprovadas pelo Congresso Nacional durante o Governo Lula, foram feitas justamente para elevar substancialmente a parcela do Estado Brasileiro (e do seu povo, é claro) na renda obtida com a extração do petróleo do pré-sal.

    E é justamente porque o Governo Lula elevou fortemente o percentual mínimo a que o Estado Brasileiro terá direito com a extração do petróleo do pré-sal é que as forças mais reacionárias, entreguistas, traiçoeiras e vende-pátrias da Nação desejam cancelar e inviabilizar o leilão do Campo de Libra. 

    Com isso, estas forças retrógradas (que são ‘os de sempre’ – PIG-PSDB-DEM-PPS-Bancos estrangeiros – mais os novos integrantes das mesmas, que são Marina Silva e Eduardo Campos) poderiam, caso vençam a eleição presidencial de 2014, alterar totalmente as regras de extração do petróleo do pré-sal, em prejuízo do Estado e do Povo Brasileiros. 

    E é claro que tal mudança iria ser feita no sentido de acabar com o regime de Partilha e não no sentido de fortalecê-lo.

    Assim, teríamos a volta do ‘Regime de Concessão’ implantado pelo governo FHC, que possuía regras muito mais benéficas ao setor privado estrangeiro. 

    E isso iria levar a uma substancial redução da participação do Estado na renda obtida com a extração do petróleo do pré-sal. 

    E os maiores beneficiados com um eventual adiamento do leilão do Campo de Libra seriam justamente as grandes multinacionais petrolíferas estrangeiras (dos EUA, Reino Unido, etc) que ficaram de foram do leilão justamente porque sabem que as regras adotadas pelo ‘Regime de Partilha’ são muito mais atraentes para o Estado Brasileiro (que ficará com, no mínimo, 73,35% da renda líquida obtida com a extração do petróleo do pré-sal) do que para elas. 

    Assim, da forma como o ‘Regime de Partilha’ foi concebido e planejado pelo governo Lula, teremos uma participação estatal mínima de 73,35% na renda obtida com o petróleo do pré-sal.

    E esta é, (como vimos aqui), uma participação maior do que aquela que o Estado obtém na China (71%) e na Rússia (69%) com a extração do petróleo.

    Assim, somente um total desinformado pode afirmar que o leilão do Campo de Libra representa algum tipo de ‘entreguismo’.

    Na verdade, acontece exatamente o contrário, ou seja, com o ‘Regime de Partilha’ a participação do Estado na renda líquida é muito maior (de elevadíssimos 73,35%, como vimos) do que seria no ‘Regime de Concessão’.

    E é justamente por isso que as forças mais retrógradas do país lutam arduamente para inviabilizar o leilão do Campo de Libra. 

    E se isso acontecer, inevitavelmente o ‘Regime de Partilha’ estará sob sério risco.

     

    E é claro que tal fato iria resultar num brutal fortalecimento dos defensores do “Regime de Concessão’ que vigorava antes do governo Lula (ou seja, no governo FHC) e cujas regras eram muito mais benéficas ao setor privado estrangeiro do que ao Estado Brasileiro. 

    Foi a criação do ‘Regime de Partilha’ (junto com a ‘Capitalização da Petrobras’, que elevou a participação do Estado no capital total da empresa para 48%) que permitiu esse brutal aumento da participação do Estado Brasileiro na renda líquida obtida com a extração do petróleo do pré-sal. 

    Logo, destruir com o ‘Regime de Partilha’ (criado pelo governo Lula) e voltar com o ‘Regime de Concessão’ (implantado pelo governo FHC) é tudo o que os verdadeiros entreguistas, traidores e vende pátrias realmente desejam.

    Não Passarão!  

    Link:

     http://tijolaco.com.br/index.php/libra-os-numeros-que-mostram-o-equivoco-de-cancelar/

    Comentário Adicional:

    Obs1: A oferta ´mínima de petróleo que o consórcio vencedor terá que oferecer ao Estado no leilão do Campo de Libra é de 41,65%. Por isso, a parte da renda líquida obtida com o petróleo do pré-sal que ficará com o Estado brasileiro passou de 73,35%, como eu havia estimado anteriormente, para 74,35% da mesma, ok? Mas isso não altera o essencial, que é o fato de que o Estado brasileiro será o maior beneficiado com geração de riqueza proporcionada pelo petróleo do pré-sal. 

    Obs2: Revista ‘Exame’ critica o Regime de Partilha criado pelo governo Lula para o pré-sal!

    Esse comentário que posto a seguir eu retirei de um texto da ‘Exame’ (neoliberal, da Editora Abril) e confirma o que eu disse a respeito das regras do Regime de Partilha criadas pelo governo Lula não serem favoráveis às grandes petroleiras estrangeiras, mas sim ao Estado brasileiro: 

    “Ao contrário dos leilões anteriores, o modelo em Libra é o de partilha de produção, e não concessão. O vencedor será o grupo que oferecer ao governo a maior fatia de “óleo lucro” – petróleo produzido depois de pagos os investimentos iniciais feitos pelas empresas – para vender por conta própria. 

    O lance mínimo é de 41,65% de participação, mas o governo espera que as ofertas cheguem a 75% ou mais. 

    O novo modelo é mais atrativo financeiramente para o governo, mas não para as empresas. O problema é que a alta taxa de participação do Estado nos lucros, somada a operação obrigatória e exclusiva da Petrobras, deixou as grandes petrolíferas internacionais receosas com o pré-sal.”:  Link: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/os-perigos-do-campo-de-libra Link: http://guerrilheirodoanoitecer.blogspot.com.br/2013/10/leilao-do-campo-de-libra-regras.html

  15. Pré-Sal, Campo de Libra, Petrobras, petróleo,

    Algumas das vantagens do Regime de Partilha do 

    petróleo do pré-sal – por Marcos Doniseti!

     

    Com a adoção do Regime de Partilha para o petróleo do pré-sal, os Governos de Lula e Dilma garantiram que, no mínimo, 74,35% da renda líquida obtida com o petróleo do pré-sal fique com o Estado Brasileiro, beneficiando ao país e ao seu povo. Este percentual é maior do que a participação do Estado existente na China(71%) e na Rússia (69%).

    1) No mínimo, 74,35% da renda líquida obtida (descontado os gastos com a extração do petróleo) ficará com o Estado Brasileiro. Para efeito de comparação, na China o percentual é de 71% e na Rússiá de 69%.

    Esse percentual (de 74,35%) poderá ser ainda maior, dependendo de quanto petróleo os consórcios oferecerão ao Estado nos leilões. 

    O percentual mínimo estabelecido pelo marco regulatório do pré-sal é de 40%, mas em muitos casos haverá vários concorrentes nos leilões e, daí, é praticamente certo que o percentual oferecido ao Estado será muito maior, podendo chegar a até uns 60%-65% do petróleo extraído. 

    E quanto maior for o percentual ofertado pelos consórcios, melhor será para o Estado e para o povo brasileiro;

    2) Foi criada a PetroSal, que irá gerir os contratos do sistema de produção dos campos do pré-sal. E a empresa terá o poder de vetar qualquer decisão dos consórcios produtores que possa vir a ser prejudicial ao país;

    3) Dos royalties (que representam 15% do total do faturamento obtido com a extração do petróleo do pré-sal) arrecadados com o petróleo do pré-sal, 25% irão para a Saúde e 75% para a Educação;

    4) A Petrobras será a única operadora de todos os campos do pré-sal, facilitando o controle e a fiscalização sobre  as atividades dos consórcios produtores;

    5) Por lei, 40% do petróleo extraído pelos consórcios será obrigatoriamente entregue ao Estado;

    6) Haverá um aumento enorme de encomendas para as indústrias nacionais que são fornecedoras da Petrobras (para a construção de navios, plataformas, etc), gerando centenas de milhares de empregos em toda a cadeia produtiva de fornecedores da empresa;

    7) Grande parte dos empregos gerados na cadeia produtiva de fornecedores da Petrobras exigirá trabalhadores com maior qualificação e, é claro, pagarão bons salários;

    8) Mesmo não fazendo parte dos consórcios vencedores dos leilões do pré-sal, a Petrobras terá direito a 30% do lucro líquido dos mesmos (já descontados o IR e o CSLL);

    9) 34% dos lucros obtidos pelos consórcios produtores (já descontados os royalties e os gastos com os custos de extração) ficarão com o Estado, que cobrará 25% de IR e 9% de CSLL sobre os mesmos;

    10) Em 2010, o governo Lula promoveu a capitalização da Petrobras, por meio da qual aumentou a participação do Estado no capital total da empresa de 38% para 48%. 

    Com isso, garantiu-se que uma parcela maior dos lucros obtidos pela Petrobras na exploração do pré-sal ficassem com o Estado brasileiro. 

  16. Nos petistas radicais

    Nos petistas radicais criou-se a sensaçao de que a Petrobras pode tudo, isto é, tem dinheiro para fazer tudo..até chover. Nos olhos dos voltados ao “american dream” like Motta Araújo (finado André Araújo,eu acho) é uma afronta aos interesses do Tio Sam. Pois tudo é ideologia. A forma como foram conduzidas as privatizações no Governo FHC deixaram tanta marca negativa que hoje, qualquer coisa que as faça lembrar, mesmo que de longe, se torna o mai novo CRIME LESA PÁTRIA. A questão e que o poder sobre libra ficará nas mão do Estado brasleiro, eles sabem disso, eles que eu digo é CHEVRON, SHELL, essas “putas velhas” que só querem o “bem” segundo o finado AA (Moooota). Descer lenha na China como faz o nosso intrépido comentarista e colega de blog deixa claro sua opção ideológica, que na cabeça dele, é claro, não é ideologia em sim, mas, pasmem, a COISA CERTA A FAZER. De fato, a cegueira afeta todos os lados…é triste

  17. campo de libra

    Os maiores importadores no mundo:

    2008

    Estados Unidos 11 milhões de B.D.

    Japão……………    6 milhões

    China……………     4 milhões

    Previsão para 2014

    China …………..   11 milhõesda extração

    Estados Unidos     6 milhões

    Japão……………      4 milhões

     

    A China cresce com sabedoria com 51 bilhões de dolares participa da extração de de óleo de um grande campo.

    Aprende a extrair petroleo do pré-sal (Libra) com a tecnologia brasileira. E vae pesquisar petróleo em aguas profundas no mundo inteiro. Lembro: não precisa expionar via Inteernet a nossa tecnologia.

     

  18. Quero acreditar que por trás

    Quero acreditar que por trás de tudo isso haja uma estratégia, a de garantir que, se os norte-americanos quiserem se apossar desses poços por não reconhecerem a soberania do Brasil além de 200 milhas da costa, a China ajude a reforçar até mesmo militarmente que tais reservas petrolíferas já têm dono, e que qualquer tentativa de tomada indevida poderá trazer dissabores apreciáveis. Prefiro ter um big brother chinês a um norte-americano.

  19. Brasil, Petroleo Brics

    Fazer uma negociação complexa como esta e querer ganhar em todos aspectos é coisa de capitalista predador.
    Espero que o comércio entre os BRICS se fortaleça e os yanques e a sua turma se isolem cada vez mais.
    Avante Brasil

  20. CHINA

    QUERIA SABER QUAL A OPNIÃO DO JORNALISTA QUANTO AOS DANOS AO MEIO AMBIENTE QUE A CHINA ESTA FAZENDO ?

    VOCE FALA EM CAPITALISMO SELVAGEM MAS ESQUECE DE MENCIONAR O COMUNISMO SELVAGEM DA CHINA, ONDE CIDADES ESTÃO FICANDO ESCURAS EM PLENO DIA DEVIDO A POLUIÇÃO DO AR.

    ONDE CIDADES ESTÃO SENDO ENCOBERTAS PELA POEIRA DO DESERTO POR DIAS.

    ONDE OS RIOS ESTÃO PRATICAMENTE MORTOS DEVIDO A POLUIÇÃO DESENFREADA DAS INDUSTRIAS.

    SERA QUE O ESPERTO JORNALISTA SABE QUE NA CHINA AINDA NASCEM BEBES ANENCEFALOS DEVIDO A POLUIÇÃO ?

    SERA QUE O ESPERTO JORNALISTA SABE QUE NA CHINA O MAIOR PROBLEMA QUE SERA ENFRENTADO NOS PROXIMOS ANOS SERA A FALTA DE AGUA PARA BEBER ?

    SERA QUE O ESPERTO JORNALISTA SABE QUE A CHINA NÃO PERDOA DIVIDAS CONTRAIDAS COM PAISES AFRICANOS, O QUE ELA FAZ E TROCAR A DIVIDA POR OBRAS, QUE OBRIGATORIAMENTE SERÃO FEITAS POR EMPRESAS CHINESAS E INCLUSIVE TRABALHADORES CHINESES. ISSO MESMO A CHINA MANDA NAVIOS COM TRABALHADORES E LA E A CASA DELES ENQUANTO DURAR A OBRA ( SERA QUE ISSO NÃO LEMBRA OS NAVIOS NEGREIROS DA HISTORIA DO BRASIL ?).

    AQUI NO BRASIL VC ACHA QUE ELES ESTARAM PREOCUPADOS COM VAZAMENTOS E O QUE PODE ACONTECER COM NOSSO LITORAL. OS CHINESES VÃO EXPLORAR O PRE SAL BRASILEIRO ATE A ULTIMA GOTA, POUCO SE IMPORTANDO COM O POVO BRASILEIRO.

    SERIA BOM LEMBRAR AO ESPERTO JORNALISTA QUE A CHINA NUNCA FOI  “‘país artista’, não feito para guerras”.  MUITO PELO CONTRARIO, A CHINA SEMPRE ESTEVE EM ESTADO DE GUERRA DESDE O SECULO III.

    OU SERA QUE A MURALHA DA CHINA FOI CONSTRUIDA MERAMENTE COMO OBRA ARTISTICA ?

    A CHINA AINDA TEM HOJE EM DIA GRANDES PROBLEMAS DE FRONTEIRAS COM MUITOS PAISES (INDIA, PAQUISTÃO, COREIA DO NORTE, COREIA DO SUL, JAPÃO, RUSSIA, MONGOLIA, NEPAL, BUTÃO, MIAMAR, LAOS, VIETNAN E TAMBEM COM TAIWAN).

    REALMENTE E UM PAIS DAS ARTES MESMO, MAS DAS ARTES DA GUERRA.

    1. petroleo

      cara ,vc penssa como o candidato a presidência fernando gabeira,achei isso muito certo o q vc disse e o gabeira tbm,espero que vote nele

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